A astronomia, ou a busca de explicações sobre o que acontece no espaço, é algo que sempre esteve presente no mundo de todos os curiosos. Desde criança olhamos para cima e buscamos entender as origens do nosso planeta e com várias perguntas que vão desde a caminhada do homem à lua até mesmo se existe vida em outro lugar fora a Terra.
O mundo mágico do cinema sempre buscou retratar histórias, conflitos, que de alguma forma encostam em conceitos astronômicos ou que se prendem a conceitos físicos para explicações sobre origens, situações, ações. Pensando em produções que estão dentro desse diagrama, separamos abaixo alguns filmes que exploram os limites do universo e seus conceitos, alguns até mesmo abordando a filosofia da existência nas ações de difíceis escolhas.
Quem não gosta de um bom filme sobre os tempos de guerra fria, das famosas corridas especiais? Tom Hanks e o diretor Ron Howard adoram esse universo e durante algumas conversas resolveram recriar no cinema, em meados da década de 90, o famoso caso da expedição Apollo 13. Na trama, acompanhamos três astronautas que tinham como missão inicial ir pra lua mas acabam sofrendo uma pane elétrica na nave em que estão fazendo com que eles precisem de muita criatividade para poder voltar pra a Terra. O trabalho mostra também a questão da imprensa nessa história, sem repercussão nenhuma no lançamento do foguete mas com massiva cobertura quando do desastre ao triunfo.
Quando a razão e a emoção se encontram no espaço. Ad Astra entrega muito mais do que promete, além de referências cinéfilas a todo instante. Com uma brilhante atuação do excelente ator Brad Pitt e uma direção pra lá de competente de James Gray, o filme navega pelo sentimento através do lugar mais silencioso que conhecemos. A junção de ciência e ficção, que principalmente para leigos se torna algo fantástico pois não sabemos as reais limitações físicas espaciais, é a fórmula de sucesso desse grande filme.
Tentando transformar a sala de cinema em um verdadeiro templo angustiante e de muito drama, o cineasta mexicano Alfonso Cuarón chega com seu projeto Gravidade. Com poucos personagens, muita tensão e efeitos especiais muito bem executados a esperança do veterano diretor era encontrar uma atriz que conseguisse passar sozinha toda a verdade da sensação de estar em uma situação desesperadora. A escolha não poderia ter sido melhor, Sandra Bullock tem o melhor desempenho de sua carreira.
A solidão é a sorte de todos os espíritos excepcionais. Perdido em Marte marca o retorno do aclamado criador de Alien, o Oitavo Passageiro para trás das câmeras depois de um hiato. Baseado na obra de Andy Weir, o longa-metragem estimado em mais de 100 Milhões de Dólares, é uma aventura com toques de suspense e drama que promete agradar demais os cinéfilos de plantão. Mexendo com várias variáveis emocionais, praticamente um raio-x do protagonista é instaurado, o filme cresce exatamente nos raciocínios das argumentação para as tomadas de decisões de sobrevivência. Uma pequena obra-prima cinematográfica dessa lenda do cinema chamada Ridley Scott.
O universo tem o tamanho do seu mundo. Dirigido pelo cineasta russo Dmitriy Kiselev, um dos filmes russos mais norte-americanos dos últimos tempos, esse blockbuster europeu que mistura drama e aventura rumo ao desconhecido universo da física gravitacional em uma época onde a corrida espacial era questão de ordem nacional é uma grata surpresa. Baseado em fatos reais, Vremya Pervykh (Spacewalk – 2017) conta a versão russa sobre o primeiro homem a ‘caminhar no espaço’.
Não Olhe Para Cima
O retrato da polarização que remete à uma quarta parede. Não Olhe para Cima é um retrato apocalíptico, com pitadas de humor ácido, que no campo das reflexões gera inúmeras interpretações de quem acompanha as mais de duas horas desse novo trabalho do cineasta Adam McKay. Contando com um elenco de estrelas como: Leonardo DiCaprio, Meryl Streep e Jennifer Lawrence, Não Olhe pra Cima se aproxima muito do cenário político do Brasil.
No Mundo da Lua
Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado. E chega diretamente da Espanha uma animação super simpática, No Mundo da Lua. Explorando o tema família misturando com iniciativas tecnológicas ligadas ao incrível mundo da astronomia, o longa-metragem, que teve um lançamento modesto no circuito brasileiro anos atrás, é uma fábula divertida que em sua essência destrincha todos os caminhos do ato de sonhar aos olhos e ações de um grupo de amigos super inteligentes.
Não consuma a ternura com apenas uma boa noite, sonhe, imagine e principalmente acredite, é real! Para alegria dos cinéfilos de todo o planeta, o cineasta norte-americano Christopher Nolan voltou aos cinemas anos atrás com mais um daqueles trabalhos impactantes que, dessa vez, vai deixar até o Stephen Hawking de cabelos em pé. Interestelar é um drama que mostra a saga da humanidade rumo ao desconhecido mundo das galáxias e da relatividade do tempo no espaço. Orçado em 150 Milhões de dólares e com câmeras Imax sendo utilizadas em grande parte das filmagens, o trabalho do espetacular diretor da lendária trilogia do homem morcego é mais um daqueles filmes eletrizantes que valem a pena serem conferidos numa sala de cinema.
A força sem inteligência é como o movimento sem direção. Baseado no livro Hidden Figures, de Margot Lee Shetterly, Estrelas Além do Tempo fala sobre o preconceito na época da corrida espacial, com o foco em três grandes mulheres negras que ajudaram a mudar o rumo das descobertas norte americanas nesse período. Com ótimas atuações e uma trilha sonora assinada pelo craque Pharrell Williams, o longa-metragem dirigido pelo cineasta Theodore Melfi é um belo filme.
Passageiro Acidental
As linhas tênues entre a razão e a esperança. Disponível no catálogo da Netflix, Passageiro Acidental é um filme cheio de portas para serem abertas dentro de escolhas que partem de uma hipótese muito remota (uma surpresinha não vista por ninguém após a decolagem de uma nave que vai pra marte) mas acaba se transformando em um grande e quase filosófico jogo de argumentos onde podemos fazer paralelos com questões existenciais, filósofos e pensadores de todas as épocas. O filme é dirigido pelo brasileiro Joe Penna em seu segundo longa-metragem e conta com ótimo elenco.