A rival DC mostrou que era possível com Mulher-Maravilha (2017). Antes que pudéssemos piscar a Warner engatilhou a sequência. Mulher-Maravilha 1984 já estreia no ano que vem, em novembro. Neste meio tempo, a Marvel, que não gosta de ficar atrás, fez a sua estreia com o sucesso Capitã Marvel, que em apenas uma semana arrecadou US$ 525 milhões mundialmente.
10 Super-Heroínas que Merecem filme Solo
Capitã Marvel veio com a promessa de abrir portas para este tipo de superprodução levadas por mulheres também na Marvel. Pensando nisso, resolvemos confeccionar nossa nova lista dos sonhos. Aqui, especularemos sobre as heroínas da casa de ideias que merecem mais destaque, seja em seus próprios filmes solo, seja dentro de suas respectivas equipes ou até mesmo ganhando os holofotes no mundo que habitam. Vem com a gente conhecer e não esqueça de comentar.
Viúva Negra
Chega quase a ser uma injustiça. A Viúva Negra de Scarlett Johansson pode ser considerada a primeira heroína dentro do MCU. Sua primeira aparição nas telonas antecede inclusive o primeiro filme da superequipe Os Vingadores, já que a espiã deu as caras originalmente em Homem de Ferro 2 (2010). Apesar disso, quem ganhará o primeiro filme solo será a Capitã Marvel. Só não venham culpar a ruiva (agora loira) se um certo ranço pairar no ar.
Não dá para falar sobre heroínas que merecem filme próprio na Marvel sem colocar no topo das prioridades a espiã russa de trajes negros apertados. São simplesmente seis longas da casa nos quais a Viúva fez aparição, variando em importância. E desde o primeiro Vingadores (2012), a promessa de um filme só dela. Bem, ao menos agora parece estar cada vez mais próximo de acontecer, com o projeto já em fase de pré-produção.
Fora isso, Scarlett Johansson não precisa nem provar que é capaz de segurar uma obra do tipo, tendo protagonizado filmes de ação como Lucy (2014) e A Vigilante do Amanhã (2017). Se ela não foi a primeira a ter filme solo, que ao menos seja a segunda.
As X-Men
Agora que o acordo de compra da Disney com a FOX finalmente foi aprovado, em breve veremos o universo dos mutantes fazendo parte do MCU. Com o toque de Midas do estúdio, nossa esperança de que as personagens femininas ganhem o merecido destaque é grande. O universo X é basicamente tão rico quanto o universo da Marvel em si, e guarda algumas das personagens mais importantes da casa. Infelizmente, até o momento, nenhuma delas conseguiu muito destaque no cinema – tirando a Mística de Jennifer Lawrence… urrrrrrr.
Assim, muito em breve poderemos ver filmes dos X-Men protagonizados pela Tempestade, Vampira e Jean Grey, como se deve. Porém, uma dúvida permanece. X-Men: Fênix Negra estava pronto para ser lançado este ano e foi adiado para 2019 – assim como Novos Mutantes. Apesar de inúmeras desculpas, nada tira da cabeça que o real motivo foi refilmagens para já incluir tais obras dentro do MCU. Será? Se isso de fato ocorrer, teremos Sophie Turner e Alexandra Shipp, que já haviam estreado em X-Men: Apocalypse (2016), mantidas como Jean e Tempestade respectivamente. E por que não? As atrizes são talentosas e merecem.
Além das duas, existe rumor da aparição de Olivia Munn reprisando o papel de Psylocke, outra personagem que merece um desdobramento maior de um arco. O espaço, no entanto, está aberto para Vampira – heroína adorada pelos fãs – interpretada por Anna Paquin nos primeiros filmes da franquia. Esta talvez seja mais difícil da Marvel manter. Tirando estas personagens da frente, que são de maior importância, depois pode-se começar a pensar em Kitty Pride, vivida por Ellen Page no passado, e até mesmo em Jubileu – se a opção for por uma pegada mais teen e irreverente.
Dominó
Esta poderia inclusive se enquadrar no item acima, já que nos quadrinhos nasceu dentro do universo X. No cinema, no entanto, superou todas as expectativas ao ser interpretada pela maravilhosa Zazie Beetz – logo de cara subvertendo a caracterização esperada de sua contraparte no papel – no sucesso Deadpool 2 este ano.
Deadpool, embora seja um derivado da franquia mutante, faz parte do lote da venda e agora está nas mãos da Disney. Projetos como um terceiro Deadpool e um filme da equipe X-Force estão no ar, mas seja como for, em qualquer um destes filmes no qual for aparecer novamente, a Dominó de Beetz merece o destaque que teve ou ainda maior. E quem sabe no futuro possa protagonizar um filme solo. Este foi o caso de uma personagem secundária que não sabíamos que queríamos, mas que depois de Beetz, já amamos demais.
X-23
Igualmente podemos abrir um grande parêntese aqui. A obra-prima Logan (2017) colocou um ponto final na carreira de Hugh Jackman como Wolverine – pelo menos é o que o ator diz (veremos se muda de ideia após a compra da Disney). No entanto, abriu portas para a pequena Dafne Keen brilhar na pele de Laura, conhecida nos quadrinhos como X-23. A personagem tem a deixa perfeita para sua história continuar e com a aquisição da Disney, os produtores fariam bem em manter a atriz associada à personagem, já que foi um grande chamariz do filme. Não duvidamos que a Marvel irá colocar seu novo produto para produzir e que pela frente virão aventuras de jovens mutantes.
Mulheres de Wakanda
Pantera Negra foi o grande sucesso inesperado do ano. Enquanto todos focam na representatividade racial que o filme trouxe a um outro nível, esquecem de olhar a representação feminina que igualmente veio com a obra – de certa forma antes de Capitã Marvel. Tudo bem, tudo bem, o filme ainda se chama Pantera Negra e fala sobre um homem assumindo o trono de um país. Mas é inegável a importância das (muitas) personagens aqui, de uma forma da qual não estamos acostumados em um filme do tipo.
A princesa e gênio tecnológico Shuri (Letitia Wright), a chefe da guarda do país Okoye (Danai Gurira), a espiã Nakia (Lupita Nyong´o) e até mesmo a Rainha Ramonda (Angela Bassett) ganharam nossos corações com seu carisma e tiveram espaço e desenvolvimento dignos. Obviamente, Pantera Negra 2 já recebeu sinal verde, mas a Marvel quebraria barreiras de verdade se orquestrasse um filme solo para estas mulheres poderosas em um derivado. O filme poderia funcionar como uma espécie de As Panteras (com o perdão do trocadilho), onde Shuri, Nakia e Okoye poderiam agir em missões ordenadas pela Rainha.
Lembrando também que nos quadrinhos, Shuri já assumiu o manto, ou a armadura, do Pantera Negra. A ideia está aí.
Vespa
Aos poucos os passos foram dados por Evangeline Lilly dentro do arco de sua personagem. Hope Van Dyne é filha da Vespa original dos quadrinhos, Janet Van Dyne. Em sua primeira aparição no filme Homem-Formiga (2015), ela mostrou que era capaz e estava ávida pela ação. Na continuação Homem-Formiga e Vespa, lançada este ano, ela finalmente se transformou por completo na heroína, se mostrando mais apta a salvar o dia do que o protagonista – ajuda ter a forma física ridiculamente absurda de Lilly.
Então, quem sabe para um terceiro filme poderíamos ter uma simples inversão de palavras no título, ao invés de Homem-Formiga e a Vespa: Vespa e o Homem-Formiga. Achamos digno. Uma outra possibilidade seria voltar ao passado no terceiro filme e apresentar missões nas décadas de 1960, 1970 e 1980 da dupla original Janet Van Dyne e Hank Pym. Para isso, novos protagonistas precisariam ser escalados, revezando os personagens com Michelle Pfeiffer e Michael Douglas, respectivamente.
Mulher Invisível
Novamente, esta é outra possibilidade que chega com a compra da FOX pela Disney. O Quarteto Fantástico foi a primeira superequipe da Marvel nos quadrinhos, precedendo inclusive Os Vingadores. Sua importância para a casa é inestimável. Porém, quando falamos em cinema, o grupo chega como os primos pobres. O histórico da “família” de heróis da Marvel não é dos melhores. Em 1994, Roger Corman produziu um filme, com o único intuito de manter os direitos para o estúdio, sem nunca ter sido de fato lançado. Em 2005, uma obra quase infantil até fez certo sucesso (aquela com Chris Evans) e trouxe Jessica Alba de lentes azuis e peruca loira pra lá de artificiais na pele de Sue Storm, a Mulher Invisível. O filme rendeu uma continuação em 2007.
E se o Quarteto Fantástico tem extrema importância para a Marvel, Sue é um dos pilares da casa quando o assunto é representatividade feminina. Dez anos depois e o Quarteto ganhava um reboot de resultado… bem, desastroso. Kate Mara, uma atriz talentosa, foi a bola da vez, que não teve qualquer chance de mostrar o que podia no papel. É quase certo que nas mãos da Marvel os membros deste elenco serão descartados. É claro também que Sue só apareceria num filme do Quarteto, mas que o faça com o espaço certo e com o peso necessário.
Feiticeira Escarlate
Em qualquer lista das maiores personagens femininas dos quadrinhos Marvel, Wanda Maximoff não fica de fora de nenhuma. Uma das heroínas mais complexas deste universo, a Feiticeira Escarlate por muitas vezes se comportou e foi tratada como vilã. Seu psicológico extremamente abalado unido a seus poderes grandiosos já foram responsáveis por algumas das maiores sagas da Marvel.
No cinema, por outro lado, a personagem até foi ganhando certo destaque, mas seu potencial ainda não foi atingido – e esperamos que esteja sendo guardado. Vivida pela talentosa Elizabeth Olsen, ninguém tem muito do que reclamar de sua caracterização – a não ser pelo sotaque que foi minguando até desaparecer. O problema é realmente o roteiro dos filmes nos quais apareceu, que ainda não focaram no que a personagem pode render.
Assim como nos quadrinhos, a Feiticeira Escarlate talvez não precise de um filme solo, mas o que queremos mesmo é um longa que aborde o desenvolvimento do arco certo para a personagem, que consequentemente irá coloca-la nos holofotes como protagonista da história. Olsen apareceu em quatro filmes como Wanda, contando a ponta não creditada em Soldado Invernal – na cena pós-créditos.
Valquíria
Representatividade importa. Antes da Dominó pra lá de estilosa de Zazie Beetz (e muito melhor que sua contraparte no papel), a Marvel já tinha realizado a manobra certa ao criar Valquíria – uma personagem loira e de olhos azuis nos quadrinhos – nas formas de Tessa Thompson. Com filmes como Cara Gente Branca (2014), Creed (2015), Aniquilação (2018) e a série Westworld, Thompson sem dúvidas encontra-se atualmente na crista da onda.
Não por menos, a atriz roubou a cena na pele da guerreira que é parte da guarda especial de um reino fantástico, em Thor: Ragnarok (2017). Nascida nas histórias do Deus do Trovão, a personagem mitológica mudou completamente seu arco, no filme se tornando uma renegada após suas companheiras serem dizimadas. Há inclusive uma menção subliminar à bissexualidade da guerreira, que abandonou a luta após a morte da amada. Tessa exala carisma na pele da personagem.
A Valquíria de Thompson é uma Mulher-Maravilha incorreta e beberrona. Ou seja, bem mais divertida que a original. Justamente por isso, queremos vê-la novamente chutando traseiros em outra aventura. A personagem é tão rica que até merecia uma história espacial só dela.
Lady Sif
E se falamos em coadjuvantes de Thor, não podemos de forma alguma esquecer de Lady Sif. Tudo bem que Tessa Thompson teve o espaço em Ragnarok que nenhuma outra personagem feminina teve dentro da trilogia do Deus do Trovão, nem mesmo Natalie Portman. A mais prejudicada, no entanto, foi a guerreira vivida pela bela Jaimie Alexander nos dois primeiros filmes – Thor (2011) e Thor: O Mundo Sombrio (2013). Coadjuvante absoluta no cinema, nos quadrinhos Lady Sif foi interesse amoroso do herói, sendo a protagonista feminina de suas histórias.
A personagem nas formas de Alexander chegou inclusive a participar de séries de TV, como Agentes da SHIELD, mas por alguma razão ficou de fora de Ragnarok e sem qualquer conclusão sobre seu paradeiro e destino. Esta é uma ponta que a Marvel está devendo amarrar. Com o fim de Asgard, ninguém pode imaginar no momento como seria uma possível aparição da personagem. Seja como for, Lady Sif merece o aprofundamento correto nos cinemas igualmente.
Bônus:
Elektra
A assassina anti-heroína é motivo de culto pelos fãs da Marvel. No cinema ela não teve a melhor das representações. Sua estreia nas telonas foi em Demolidor: O Homem sem Medo (2003), filme que na época até fez certo sucesso, mas envelheceu mal e hoje é motivo de desprezo. No longa, a personagem foi vivida por Jennifer Garner, cuja presença marcou tanto que terminou gerando um derivado só seu. Elektra (2005), no entanto, foi um destes filmes caça-níqueis sem qualquer proximidade com a essência da personagem. O filme foi execrado, colocando fim na saga da assassina nas telonas – até o momento.
Com a parceria Marvel / Netflix, depois que os direitos de tais personagens reverteram para a Disney, Elektra voltou a dar as caras no audiovisual, desta vez na série do Demolidor, feita da maneira correta. Ou pelo menos da maneira mais próxima da certa. Na pele da fraco-asiática Elodie Yung – mais parecida com suas formas nos quadrinhos – a assina teve seu arco mais famoso levado à risca, chegando inclusive a completá-lo na série Os Defensores (2017). Como ver Elektra em cena nunca é demais, nosso desejo aqui é por mais aparições da ninja de corpete vermelho nas telinhas. E quem sabe um dia ela ensaie um retorno às telonas.