Billie Eilish fez seu aguardado retorno ao mundo da música nos últimos dias com o lançamento do antecipadíssimo ‘Hit Me Hard and Soft’, seu terceiro compilado de originais que veio acompanhado de considerável mistério pela falta de singles ou materiais promocionais consideráveis.

Pouco depois da estreia do álbum, Eilish voltou a reiterar seu importante nome na indústria mainstream e na nova geração, sagrando-se como um dos maiores nomes da Gen-Z através de uma lírica pungente e de um bem-vindo amadurecimento que já vinha acontecendo desde a iteração predecessora, ‘Happier Than Ever’. E, é claro, Billie viria a se reunir mais uma vez com o irmão, Finneas O’Connell – responsável pela irretocável produção de cada uma das breves dez faixas.

Para celebrar o lançamento do disco, preparamos uma breve lista ranqueando suas cinco melhores canções.

Confira abaixo as nossas escolha e conte para nós qual a sua favorita:

5. “BLUE”

“BLUE” emerge como uma finalização magnífica do álbum e apresenta uma presença vibrante de instrumentos orquestrais para dialogar com a teatralidade quase operística da faixa de abertura, “SKINNY” – e dá indícios de um ciclo inquebrável de insatisfação e necessidade de mais que já é de praxe dentro da identidade musical de Billie.

4. “LUNCH”

Depois de uma apoteótica e teatral faixa de abertura, somos arremessados à potência clássica de um baixo setentista e de um sensual soft-funk em “LUNCH”, um dos vários ápices do compilado que volta a alfinetar os críticos conservadores de uma arte que está em constante movimento. Aqui, Eilish referencia a si mesma em um testamento celebratório que, em momento algum, beira a narcisismo ou o pedantismo – apenas revela o fato de que a cantora consegue criar um enlace estrutural entre suas iterações.

3. “L’AMOUR DE MA VIE”

“L’AMOUR DE MA VIE” é uma epopeia de uma profunda decepção romântica que, assim como a inefabilidade dos sentimentos, navega por uma comunhão revigorante de um midtempo à vulcânica erupção do electro-synth e do prog-pop em uma futurista e narcótica trajetória.

2. “THE GREATEST”

Além de todo o conceitualismo presente na íntima estrutura do álbum, ‘Hit Me Hard and Soft’ tem um apreço pela estética mercadológica que transforma cada uma das faixas em um hit em potencial – “THE GREATEST”, facilmente uma das melhores criações de Billie e Finneas, não seria diferente. A faixa pega acordes emprestados de ‘When We All Fall Asleep’ e leva o tempo necessário para explodir em uma cândida e tocante narrativa de dúvidas e de insuficiência.

1. “THE DINER”

“THE DINER”, considerado por este que vos escreve como a melhor canção da obra – e como uma das melhores incursões da década no mundo fonográfico -, nos leva de volta a algo similar ao que Lenka nos presenteara em 2009 com a ótima “Trouble Is a Friend” – remodelada ao bel-prazer de Billie e garantindo mais uma performance aplaudível que une “bad guy”, “oxytocin” e “nda” em um mesmo lugar.