A autora de ‘Harry Potter’, J.K. Rowling, e o bilionário Elon Musk chamaram a atenção nas redes sociais ao criticarem os Jogos Olímpicos por permitirem que a boxeadora Imane Khelif, da Argélia, competisse na categoria feminina na Olimpíada de Paris 2024.
Na Olimpíada de Paris, a luta de Khelif contra a italiana Angela Carini foi encerrada em 46 segundos, depois que Carini decidiu se retirar após levar alguns socos de Khelif. Carini, lutando para conter as lágrimas, comentou à BBC: “Poderia ter sido a luta de uma vida, mas naquele momento eu precisei preservar a minha vida também”.
Lembrando que Khelif foi desclassificada do Campeonato Mundial de Mulheres no ano passado após falhar em um teste de elegibilidade de gênero devido a níveis elevados de testosterona em seu sistema por um distúrbio em seu organismo.
Rowling, conhecida por suas posições polêmicas sobre questões de gênero, compartilhou em sua conta no X (antigo Twitter) uma foto do momento em que Khelif consolava a italiana Angela Carini.
“Poderia haver uma imagem que resumisse melhor o nosso novo movimento pelos direitos dos homens? O sorriso de um homem que sabe que está protegido por um estabelecimento esportivo misógino, aproveitando o sofrimento de uma mulher que ele acabou de atingir na cabeça e cuja ambição de vida ele acabou de destruir”, escreveu Rowling
Could any picture sum up our new men’s rights movement better? The smirk of a male who’s knows he’s protected by a misogynist sporting establishment enjoying the distress of a woman he’s just punched in the head, and whose life’s ambition he’s just shattered. #Paris2024 pic.twitter.com/Q5SbKiksXQ
— J.K. Rowling (@jk_rowling) August 1, 2024
Musk, por sua vez, compartilhou uma postagem da nadadora Riley Gaines, que afirmava: “Homens não pertencem aos esportes femininos”. O bilionário endossou a mensagem, afirmando: “Absolutamente”.
Absolutely https://t.co/twccUEOW9e
— Elon Musk (@elonmusk) August 1, 2024
O Comitê Olímpico Internacional (COI) defendeu sua decisão, afirmando que Khelif cumpre todos os requisitos para competir na categoria feminina, já que é considerada uma mulher em seu passaporte.
“Todos que competem na categoria feminina estão em conformidade com as regras de elegibilidade da competição. Eles são mulheres em seus passaportes e isso está declarado”, afirmou, segundo a Variety.
A italiana Angela Carini, por sua vez, evitou criticar a presença de Khelif, dizendo: “Desejo que ela continue até o fim e que possa ser feliz. Sou alguém que não julga ninguém. Não estou aqui para dar julgamentos”.