James Cameron é um dos diretores mais influentes e prestigiados da história do cinema e, ao longo de sua carreira, revolucionou a sétima arte com inovações tecnológicas que continuam a ser emuladas por outros realizadores. Afinal, ele é a mente responsável por produções como ‘Aliens: O Resgate’, ‘O Exterminador do Futuro’, ‘Titanic’ e ‘Avatar’ – e, desde sempre, posa como um defensor dos adventos dos efeitos especiais e visuais no cinema.
Em uma recente entrevista à Associated Press, Cameron, que se prepara para lançar o terceiro capítulo da franquia ‘Avatar’ nos cinemas, comentou sobre o uso dos avanços tecnológicos no show business como forma de diminuir os gastos de produção.
“O mercado cinematográfico está diminuindo”, ele afirmou. “Tomara que não continue a diminuir. No momento, está estagnado em cerca de 30% abaixo dos níveis de 2019. Esperamos que ele não seja mais canibalizado. Na verdade, esperamos que possamos trazer um pouco dessa magia de volta. Mas a única maneira de manter essa magia viva e fortalecê-la é fazer os tipos de filmes que as pessoas sentem que precisam ver no cinema”.
Cameron continua: “infelizmente, esses filmes não estão recebendo tanta aprovação quanto antes porque os estúdios não podem pagar por eles. Ou eles só podem se dar ao luxo de correr o risco com certas ações de blue chip, o que não permite o lançamento de novas propriedades intelectuais. Não permite que novos cineastas entrem nesses gêneros”.
O diretor, então, comentou sobre o alto custo de empregar artistas de efeitos visuais, que veem seus trabalhos ameaçados pelos valores exorbitantes de orçamento que, atualmente, não podem ser arcados nem mesmo pelos grandes estúdios. “Eu gostaria de ver o custo dos artistas de efeitos visuais cair. Os artistas de efeitos visuais ficam com medo e dizem: ‘ah, vou ficar sem emprego’. Eu digo: ‘não, o jeito é ficar sem emprego se as tendências continuarem e simplesmente não fizermos mais esse tipo de filme'”, ele disse.
“Se você desenvolver ou aprender essas ferramentas, seu processo de produção será mais rápido, o que reduzirá o custo das produções, e os estúdios serão incentivados a fazer cada vez mais esse tipo de filme. Para mim, esse é um ciclo virtuoso que precisamos manifestar. Precisamos fazer isso acontecer, ou acho que o cinema pode nunca mais voltar”.
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