O cineasta James Gunn, atualmente co-CEO da DC Studios e diretor do aguardado ‘Superman’, abordou recentemente sua demissão da Marvel em 2018, recordando o profundo apoio que recebeu de amigos e colegas, e como essa experiência transformou sua abordagem criativa.
Em entrevista à Rolling Stone, Gunn explicou como se sentiu acolhido e o impacto disso em sua trajetória.
Ele afirmou: “Não há dúvida de que, sem essa experiência, não acho que teria escrito o Superman que escrevi. Eu definitivamente não estaria fazendo esse trabalho se não fosse demitido, mas não sei se estaria fazendo esse trabalho mesmo que não fosse por isso. Eu só não acho que um personagem tão puro teria me atraído”.
Gunn foi demitido da Marvel após a viralização de tweets antigos (com mais de uma década), nos quais ele fazia brincadeiras de mau gosto sobre estupro e abuso. Na época, ele reconheceu que a Disney “tinha o direito total” de demiti-lo.
Após a demissão, as estrelas de ‘Guardiões da Galáxia’ assinaram uma carta aberta pedindo seu retorno, o que de fato aconteceu. Gunn foi recontratado pelo estúdio e dirigiu o aclamado ‘Guardiões da Galáxia Vol. 3’. Posteriormente, ele assumiu o comando do DCU, e agora se prepara para lançar ‘Superman’, o filme de estreia do novo universo cinematográfico da DC.
Sobre como essa experiência impactou sua escrita de ‘Superman’, Gunn explicou: “Eu não acho que isso abriu a porta para eu escrever o Superman puro. Isso abriu a porta para eu parar de criar para que as pessoas gostassem de mim. Isso é minimizá-lo — para que as pessoas me amem. Acho que, em algum nível, tudo o que fiz veio de um lugar agradável”.
Questionado se isso era um tipo de “sapateado para o público”, ele respondeu: “Isso é exatamente certo. Que veio daquele garoto em uma família disfuncional tentando fazer todo mundo feliz dançando. Literalmente, era isso que era a porra da minha carreira; Não no total, mas foi uma carência da minha parte. Uma necessidade de ser amado.”
Gunn fez um paralelo com seu relacionamento com os atores: “Uma das coisas mais interessantes para mim é o meu relacionamento com os atores. Como eu fiquei bom em trabalhar com pessoas como Chris Pratt é porque ele entrou e eu fiquei tipo, ‘Pare. Você não precisa fazer malabarismos.’ A mesma coisa com John Cena. ‘Você não precisa fazer malabarismos para que o público goste de você. Você é uma porra de uma estrela de cinema. Você apenas está presente e é você mesmo e mostra essa vulnerabilidade natural que faz parte de quem você é como ser humano.’ E isso fala com as pessoas”.
Lembrando que Superman estreia em 10 de julho de 2025, dando início oficial ao novo DCU.
Superman, o primeiro longa-metragem da DC Studios a chegar às telonas, deve estrear nos cinemas de todo o mundo neste verão, distribuído pela Warner Bros. Pictures. Em seu estilo característico, James Gunn assume a nova história do super-herói original, no recém-imaginado universo DC, com uma combinação singular de ação épica, humor e coração, um Superman movido pela compaixão e por uma crença inerente na bondade da humanidade.
David Corenswet estrela como Clark Kent/Superman.
O elenco também conta com Rachel Brosnahan (Lois Lane), Nicholas Hoult (Lex Luthor), Edi Gathegi (Michael Holt/Senhor Incrível), Anthony Carrigan (Rex Mason/Metamorfo), Nathan Fillion (Guy Gardner/Lanterna Verde), Isabela Merced (Kendra Saunders/Mulher-Gavião), Skyler Gisondo (Jimmy Olsen), Sara Sampaio (Eve Teschmacher), Wendell Pierce (Perry White), Milly Alcock (Kara Zor-El / Supergirl) e outros.
