terça-feira , 5 novembro , 2024

Jon Favreau e a nova Era ‘Star Wars’ na Cultura Pop

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Fenômeno mundial que enfim chegou ao Brasil por meios legais, The Mandalorian é a série mais assistida do Disney+ no mundo. Com direito a exibição dos dois primeiros episódios em uma sessão especial da Tela Quente, no horário nobre da Rede Globo, a aventura Star Wars já aportou em terras brasileiras com os dois pés na porta.

Ambientada após os acontecimentos da trilogia original, a série conta a história de um Mandaloriano (Pedro Pascal) que, após o fim do Império, viu a galáxia entrar em uma nova briga para preencher as lacunas de poder deixadas pela derrocada de Palpatine e Darth Vader, e passou a ganhar a vida sendo um dos melhores caçadores de recompensa do limite da Nova República. Porém, sua história muda drasticamente ao encontrar uma criança alienígena que deveria ser sua missão. Junto a esse Bebê Yoda – não é o nome dele de verdade, mas convenhamos… É o melhor nome possível para ele -, ele segue desbravando a galáxia ao melhor estilo Clint Eastwood possível.

Depois do fraco desempenho do Episódio IX nas críticas de praticamente todo o mundo, muita gente acreditou que a saga Star Wars já estava saturada e acabou não botando muita fé nessa produção que foi encabeçada por Jon Favreau. Responsável por dar o pontapé inicial no Universo Cinematográfico Marvel e por resgatar Robert Downey Jr. do ostracismo, transformando o ator no Homem de Ferro, Favreau é um nome que conta com bastante prestígio nos bastidores da Disney. Ele também foi o responsável por trabalhar com efeitos inovadores para dar vida aos animais de Mogli: O Menino Lobo (2016), o que rendeu ao estúdio o Oscar de melhores efeitos visuais, e por seguir aprimorando a técnica fotorrealista no bilionário O Rei Leão (2019).

Essa sede por inovação do diretor e o bom retorno que ele tem dado ao estúdio o credenciaram para comandar a produção que tende a ser a primeira de uma nova era Star Wars no mundo: as séries de streaming. Parte do sucesso de The Mandalorian vem justamente dessa vontade de usar novas tecnologias do diretor. Isso porque ele misturou efeitos práticos a uma nova forma de cenário que foi criada exclusivamente para a série, cujo resultado foi tão bom que já começou a ser pretendida por outras produções. Chamada Stagecraft, a tecnologia em questão consiste em uma tela côncava de LED de 7 metros de altura por 20 de diâmetro, que recebe a projeção de cenários e locações na tela, permitindo que os atores interajam e vejam onde seus personagens estão. Isso tira a necessidade de se trabalhar com o famoso fundo verde e ajuda na interpretação, já que os profissionais conseguem ver o que estão fazendo, sem precisarem se apoiar tanto na imaginação. Favreau mandou construir um estúdio inteiro ao redor disso, chamado The Volume.

Uma das coisas que têm sido mais interessantes em colaborar nesse projeto Disney e Lucasfilm é que nós temos a chance de criar novas tecnologias que vão mudar o jeito de se fazer televisão e cinema. […] Os atores não vão mais até a locação. Agora é a locação que vem até os atores! […] Em parceria com a Industrial Light & Magic, nós criamos um sistema com o qual conseguimos aplicar imagens e efeitos visuais em tempo real para criarmos um belo cenário de Star Wars”, comentou o diretor Jon Favreau.

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A tecnologia do The Volume é tão revolucionária que já foi pedida pelo diretor Taika Waititi, que atuou e comandou um dos episódios da série, para as gravações de Thor: Amor & Trovão. Outro filme de grande orçamento que vai contar a tecnologia é O Batman, de Matt Reeves. Sem dúvidas, esse aparato tecnológico marca o início de uma nova era nos cinemas, na qual os atores poderão trabalhar com mais naturalidade, aumentando o realismo e deixando as pessoas cada vez mais se questionando sobre o que é real e o que é ficção.

Junto a essa revolução silenciosa, a ideia de explorar gêneros cinematográficos dentro do universo Star Wars foi um tiro certeiro. Os fãs já não aguentavam mais as intrigas da família Skywalker, então foi uma forma inteligente de explorar e expandir o universo, sem cair naquela mesma ladainha de Space Opera com Casos de Família. Essa abordagem já tinha dado certo antes com os heróis da Marvel, que passaram a fazer filmes de diferentes gêneros estrelados por protagonistas superpoderosos, como é o caso de Homem-Formiga, que é um filme de assalto. Trazer essa pegada de Faroeste para a galáxia muito, muito distante se provou um sucesso e é muito provável que tenha dado início a uma nova Era de Star Wars na cultura Pop.

As duas temporadas de The Mandalorian estão disponíveis no Disney+.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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Ambientada após os acontecimentos da trilogia original, a série conta a história de um Mandaloriano (Pedro Pascal) que, após o fim do Império, viu a galáxia entrar em uma nova briga para preencher as lacunas de poder deixadas pela derrocada de Palpatine e Darth Vader, e passou a ganhar a vida sendo um dos melhores caçadores de recompensa do limite da Nova República. Porém, sua história muda drasticamente ao encontrar uma criança alienígena que deveria ser sua missão. Junto a esse Bebê Yoda – não é o nome dele de verdade, mas convenhamos… É o melhor nome possível para ele -, ele segue desbravando a galáxia ao melhor estilo Clint Eastwood possível.

Depois do fraco desempenho do Episódio IX nas críticas de praticamente todo o mundo, muita gente acreditou que a saga Star Wars já estava saturada e acabou não botando muita fé nessa produção que foi encabeçada por Jon Favreau. Responsável por dar o pontapé inicial no Universo Cinematográfico Marvel e por resgatar Robert Downey Jr. do ostracismo, transformando o ator no Homem de Ferro, Favreau é um nome que conta com bastante prestígio nos bastidores da Disney. Ele também foi o responsável por trabalhar com efeitos inovadores para dar vida aos animais de Mogli: O Menino Lobo (2016), o que rendeu ao estúdio o Oscar de melhores efeitos visuais, e por seguir aprimorando a técnica fotorrealista no bilionário O Rei Leão (2019).

Essa sede por inovação do diretor e o bom retorno que ele tem dado ao estúdio o credenciaram para comandar a produção que tende a ser a primeira de uma nova era Star Wars no mundo: as séries de streaming. Parte do sucesso de The Mandalorian vem justamente dessa vontade de usar novas tecnologias do diretor. Isso porque ele misturou efeitos práticos a uma nova forma de cenário que foi criada exclusivamente para a série, cujo resultado foi tão bom que já começou a ser pretendida por outras produções. Chamada Stagecraft, a tecnologia em questão consiste em uma tela côncava de LED de 7 metros de altura por 20 de diâmetro, que recebe a projeção de cenários e locações na tela, permitindo que os atores interajam e vejam onde seus personagens estão. Isso tira a necessidade de se trabalhar com o famoso fundo verde e ajuda na interpretação, já que os profissionais conseguem ver o que estão fazendo, sem precisarem se apoiar tanto na imaginação. Favreau mandou construir um estúdio inteiro ao redor disso, chamado The Volume.

Uma das coisas que têm sido mais interessantes em colaborar nesse projeto Disney e Lucasfilm é que nós temos a chance de criar novas tecnologias que vão mudar o jeito de se fazer televisão e cinema. […] Os atores não vão mais até a locação. Agora é a locação que vem até os atores! […] Em parceria com a Industrial Light & Magic, nós criamos um sistema com o qual conseguimos aplicar imagens e efeitos visuais em tempo real para criarmos um belo cenário de Star Wars”, comentou o diretor Jon Favreau.

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A tecnologia do The Volume é tão revolucionária que já foi pedida pelo diretor Taika Waititi, que atuou e comandou um dos episódios da série, para as gravações de Thor: Amor & Trovão. Outro filme de grande orçamento que vai contar a tecnologia é O Batman, de Matt Reeves. Sem dúvidas, esse aparato tecnológico marca o início de uma nova era nos cinemas, na qual os atores poderão trabalhar com mais naturalidade, aumentando o realismo e deixando as pessoas cada vez mais se questionando sobre o que é real e o que é ficção.

Junto a essa revolução silenciosa, a ideia de explorar gêneros cinematográficos dentro do universo Star Wars foi um tiro certeiro. Os fãs já não aguentavam mais as intrigas da família Skywalker, então foi uma forma inteligente de explorar e expandir o universo, sem cair naquela mesma ladainha de Space Opera com Casos de Família. Essa abordagem já tinha dado certo antes com os heróis da Marvel, que passaram a fazer filmes de diferentes gêneros estrelados por protagonistas superpoderosos, como é o caso de Homem-Formiga, que é um filme de assalto. Trazer essa pegada de Faroeste para a galáxia muito, muito distante se provou um sucesso e é muito provável que tenha dado início a uma nova Era de Star Wars na cultura Pop.

As duas temporadas de The Mandalorian estão disponíveis no Disney+.

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