O cineasta José Padilha, conhecido pelo filme ‘Tropa de Elite‘ e a série ‘O Mecanismo‘, deu uma entrevista a revista Veja e, em meios a alguns comentários políticos, falou sobre como foi dirigir ‘Robocop‘ (2014). Segundo ele, a experiência foi traumatizante.
“Foi muito difícil fazer RoboCop. Não era meu roteiro e eu não sabia operar uma produção daquela magnitude. Mas RoboCop é um filme que ganhou dinheiro, e trouxe grandes oportunidades para mim. Mas dirigir um filme gigante foi uma experiência que me traumatizou. Tentei fazer do meu jeito, e não funciona assim. Foi um aprendizado”, disse Padilha.
Que continuou: “Você tem de aceitar que, num filme como RoboCop, não vai controlar tudo. Na minha carreira aqui, foquei muito mais em roteiro que em direção. E tem de ter paciência. Mas o fato de alguém atuar em Hollywood não significa que seja melhor que o sujeito que só faz cinema no Brasil”.
Ainda assim, o cineasta contou que ganhou um grande amigo, Gary Oldman: “Oldman virou meu amigo — junto com o Wagner Moura e o Michael Keaton, é o melhor ator com quem eu já trabalhei na vida. Samuel L. Jackson também foi ótimo”.
Estrelado por Joel Kinnaman, o filme contou com Gary Oldman, Abbie Cornish, Jackie Earle Haley, Michael Keaton e Samuel L. Jackson no elenco. O longa teve uma repercussão tímida nos cinemas, acumulando US$ 242 milhões ao redor do mundo para um orçamento de US$ 100 milhões.