A situação do diretor Joss Whedon está ficando cada vez mais delicada e seus suposto comportamento abusivo com membros de elenco e da equipe de produção continua rendendo polêmica.
E mais uma vez, o astro Ray Fisher veio a público se posicionar publicamente a favor de duas mulheres que, no passado, já haviam denunciado o comportamento abusivo de Whedon. As pessoas em questão são Kai Cole, ex-mulher do diretor, e a atriz Charisma Carpenter, mais conhecida por ter estrelado a popular série ‘Angel’.
Em um tweet categórico, Fisher demonstrou seu apoio a elas, dizendo:
“Eu acredito em Kai Cole e Charisma Carpenter”.
I believe Kai Cole and Charisma Carpenter.
— Ray Fisher (@ray8fisher) July 3, 2020
O apoio em questão é uma alusão às revelações passadas feita por ambas. No caso de Charisma, Whedon chegou a demití-la da série ‘Angel’, por ter ficado grávida. Já as circunstâncias envolvendo a ex-esposa são mais profundas, com Cole revelando em uma carta aberta ao portal The Wrap em 2017 que ele seria um homem “hipócrita pregando ideais feministas”.
No caso de Charisma, a atriz chegou a falar sobre sua relação com Whedon, de forma efêmera:
“Minha relação com Joss foi exaustiva… Todos nós passamos por algumas coisas em geral e eu estava enfrentando meus problemas e então eu engravidei. E eu acho que ele pensou em seguir com a temporada por outro caminho”.
Já em seus relatos pesados, Kai foi categórica:
“Ele me enganou por 15 anos, para que ele pudesse ter o que queria. Eu acreditei, todos acreditaram que ele era um dos caras legais comprometidos com os direitos das mulheres, comprometido ao nosso casamento e com as mulheres com quem ele trabalhava. Mas agora eu vejo que ele usou o seu relacionamento comigo como um escudo, tanto antes, bem como durante o nosso casamento, para que ninguém questionasse o seu relacionamento com outras mulheres ou escrutinasse sua escrita ou qualquer outra coisa, chamando-na nada além de feminista”.
Entenda o caso
O ator Ray Fisher fez sérias acusações contra o diretor Joss Whedon, alegando que os produtores-executivos Geoff Johns e Jon Berg permitiram um comportamento “nojento e abusivo” durante as filmagens de ‘Liga da Justiça‘.
“O tratamento de Joss Whedon no set com o elenco e na equipe da ‘Liga da Justiça’ foi nojento, abusivo, pouco profissional e completamente inaceitável. Isso foi permitido, de várias maneiras, por Geoff Johns e Jon Berg. Responsabilidade> Entretenimento”, afirmou.
Joss Wheadon’s on-set treatment of the cast and crew of Justice League was gross, abusive, unprofessional, and completely unacceptable.
He was enabled, in many ways, by Geoff Johns and Jon Berg.
Accountability>Entertainment
— Ray Fisher (@ray8fisher) July 1, 2020
Pouco depois, o diretor Kevin Smith apoiou o ator Ray Fisher e revelou mais detalhes sobre o comportamento de Joss Whedon no set de ‘Liga da Justiça‘.
Segundo ele, já existiam histórias nos bastidores de que Joss Whedon estava “desmerecendo” o trabalho do Zack Snyder.
No episódio mais recente do podcast Fatman Beyond, Kevin Smith endorsou os comentários de Fisher:
“Um dia eu visitei o set de A Ascensão Skywalker, e fiquei conversando com pessoas que tinham trabalhado nas duas versões de Liga da Justiça. O pessoal dos efeitos especiais disse que Joss tinha o hábito de falar mal da versão de Zack [Snyder]. Ele cortava, descartava e era negativo quanto à versão de Zack, que ele havia assistido e que todas aquelas pessoas haviam feito juntas. Eles disseram que o set ficou bem tóxico”, afirmou.
Vale lembrar que o papel do Ciborgue foi drasticamente reduzido nas refilmagens de Whedon, mas Zack Snyder prometeu que dará ao personagem o destaque merecido no novo corte do filme, que tem previsão de estreia para 2021 na HBO Max
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