Linna da Quebrada participou da Rio2C, na semana passada, realizada na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, para falar sobre como a publicidade pode se adequar à comunidade das travestis e deixou claro que ainda existe muito a ser feito, segundo o site Tenho Mais Discos que Amigops.
Com o título do painel sendo ‘Comunicação de Marca: Inclusão, Respeito e Diversidade‘, que também contou com a pesquisadora trans Mariah Rafaela Silva, Lina lembrou que o mercado precisa parar de usar a diversidade de forma oportunista.
“O que está sendo vendido ali não é a minha música, não é o meu filme, nem o meu desenho, sou eu mais uma vez. Sou eu mais uma vez que tenho que ficar exposta e expor as minhas cicatrizes. E, para isso, eu preciso continuar me machucando, porque eu preciso continuar falando sobre as minhas dores isso possa vender. Em uma de minhas músicas, eu tenho tentado me convencer que nem tudo que vende vem de mim ou vem de nós para que a gente possa vender outros produtos e eu possa descolar a minha pessoalidade daquilo que está à venda. Do contrário, constantemente o que prevalece à venda sou eu”, falou Lina.
Ela também defendeu o seu corpo como um ato político: “Eu venho de um atravessamento de territórios. Antes, eu já trabalhava com música, trabalho com arte. Eu acredito que meu corpo é político e que o corpo de cada uma de nós aqui também é político. Porque, se não, há uma sobrecarga sobre mim, como se os nossos corpos, os corpos trans, fossem mais políticos que os outros e por isso eu tivesse uma responsabilidade maior nesse debate e nesse embate”.
E aí, concorda com tudo que Lina disse? Fala pra gente!