sábado , 2 novembro , 2024

Macaulay Culkin – Afastado da fama desde 1994, o ator retorna em série de terror de sucesso

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Você lembra de Macaulay Culkin? Sim, o menino loirinho de nome difícil que encantou o mundo com o sucesso Esqueceram de Mim há trinta e um anos em 1990. Pois bem, após surfar na onda de sua popularidade ao longo do início dos anos 90 – época em que parecia estar em todo lugar, desde comerciais, participações na TV, clipes de música de astros e até mesmo em seu próprio desenho animado -, o ator mirim sumiu dos holofotes aos 14 anos de idade, em uma aposentadoria para lá de precoce. Agora Macaulay Culkin ressurge para seu trabalho mais significativo na frente das câmeras desde então: a décima temporada da badalada série de terror American Horror Story. Com isso só podemos dizer, “seja muito bem-vindo de volta, o mundo do entretenimento sentia a sua falta”.

Bem, é claro que Macaulay Culkin já não é mais aquele menino engraçadinho que toda mãe queria levar para a casa. O ator se encontra atualmente com 41 anos de idade e pode não lembrar muito a imagem que todos tinham dele então. De qualquer forma, durante esse período de exílio auto imposto, Culkin fez o que deu na telha, afinal já era milionário antes dos 15 anos de idade. E o que fazer quando não precisamos de dinheiro para viver? Curtir a vida. Não que o ator não tenha trabalhado, pelo contrário, fez muita coisa, mas sem a pressão de algo ter que dar certo ou gerar dinheiro. Macaulay tocou em bandas e fez participações em projetos de amigos nas telas. No cinema, se aventurou pelo mundo independente escolhendo produções ousadas, que passaram fora dos radares da maioria.

Em 2021, no ano em que seu auge na cultura popular completa 30 anos, o ator está disposto a sair das sombras e abraçar novamente a fama (moderada) ao participar de uma produção de prestígio. Resta saber como ele irá se sair ou se o futuro reserva uma retomada e um novo vislumbre de sucesso nesta nova fase de sua carreira. Seria definitivamente muito curioso. Já imaginaram o ator fazer as pazes com a fama trinta anos depois, se tornando novamente um dos artistas mais quentes de Hollywood? Isso seria muito legal.

Em homenagem ao retorno de Macaulay Culkin ao que esperamos que seja um novo sucesso em sua carreira, iremos lembrar para você a trajetória deste jovem astro, que conquistou o topo da cadeia alimentar de Hollywood numa idade em que muitos de nós sequer sabíamos ler direito. Esses são os trabalhos mais marcantes da carreira do menino Macaulay Culkin na década de 1990. Confira abaixo e comente.

Década de 1980

Quando vemos um ator explodindo com sucesso, logo imaginamos que ele tenha surgido do nada, do dia para a noite. Nunca é assim, e geralmente tal artista tem anos de estrada na carreira. Nós só não o conhecíamos antes. Com Macaulay Culkin, ainda na infância, acontecia exatamente isso. Por mais que muitos pensem que o garoto surgiu em Esqueceram de Mim, ele já tinha anos de estrada antes disso – mesmo que poucos. Sua estreia oficial ocorreu num episódio da série O Justiceiro (The Equalizer), em 1988. E sim, o programa foi refilmado para o cinema com Denzel Washington nos filmes O Protetor (2014 e 2018).

No mesmo ano, Culkin estreava no cinema no papel do filho de Burt Lancaster no drama O Rochedo de Gibraltar, e no ano seguinte vivia o filho de Jeff Bridges no drama romântico See You in the Morning. Neste período seu maior destaque viria em Quem Vê Cara Não Vê Coração (Uncle Buck), de 1989, comédia protagonizada pelo saudoso John Candy como um tio inconsequente precisando tomar conta dos sobrinhos. O filme é dirigido pelo icônico John Hughes, e foi devido à participação do pequeno Macaulay Culkin aqui, que o diretor o escalaria em seu maior sucesso da carreira.

1990

O ano de 1990 serviria como divisor de águas definitivo na carreira de Macaulay Culkin. Ninguém poderia prever o sucesso de Esqueceram de Mim, um filme de premissa simples e infantil, que viria a dominar o mundo. A história sobre um pequeno menino de 9 anos que termina esquecido em casa pela sua grande família, que saía de férias, trouxe à tona a lembrança da infância de todo espectador, além de contagiar o público com seu clima nostálgico e acolhedor de natal. Não por menos, o longa se tornaria o filme definitivo sobre os feriados de fim de ano. Esqueceram de Mim é reprise obrigatória nas TVs de todos os países pelo mundo na época de natal.

Esqueceram de Mim foi escrito por John Hughes, que recomendou Culkin para o diretor Chris Columbus e fez dele um astro devido ao papel. O misto de comédia, drama e certo “suspense de mentirinha” do filme se torna irresistível numa época do ano em que geralmente já estamos mais emotivos por conta própria. O mundo era contagiado pelo filme e grande parte disso se deve pelo carisma de Macaulay Culkin como protagonista. Assim, logo um novo astro mirim surgia.

1991

A explosão sem precedentes de Esqueceram de Mim inaugurou uma verdadeira “Macaulay mania” pelos EUA e mundo. É preciso levar em conta que Esqueceram de Mim estreou em dezembro de 1990, para coincidir é claro com o natal. Assim, o filme dominou os cinemas por muito tempo, permanecendo em cartaz por todo o início de 1991 igualmente, através de seus primeiros meses. E quem seria louco e tirar o filme de cartaz e parar de lucrar? Ou seja, por mais que a febre de Culkin houvesse iniciado em 1990, ela permanecia ainda muito viva em 1991.

Sem tempo a perder, era hora de capitalizar no carisma do guri. Assim, seus pais, donos de uma boa visão para os negócios, agentes e os produtores de Hollywood prepararam um 1991 muito especial para o menino. Época esta que completa 30 anos em 2021, e para a qual podemos olhar com muita nostalgia. Tudo começou com o polêmico retorno do astro Michael Jackson aos holofotes, adentrando os anos 90 com o clipe de Black or White (1991), uma canção que enfatiza bem a aparência que o astro pop apresentava na época para a surpresa de todos: ressurgindo “branco”. Culkin era persona grata no clipe, abrindo o vídeo de Jackson e participando de um trecho de rap com o cantor.

Mas aonde queríamos ver Macaulay Culkin era mesmo no cinema, e nas telonas o menino voltava em Meu Primeiro Amor, um filme mais calmo e romântico, bem diferente do teor de Esqueceram de Mim. Apesar de ser uma comédia juvenil igualmente, esta era mais voltada ao drama, e trazia o loirinho não como protagonista, mas como coadjuvante numa participação verdadeiramente marcante e emotiva. O filme está no acervo atual da Netflix, é só conferir e se preparar para chorar. Fechando o ano de 1991, a Macaulay mania não estaria completa sem o desenho animado próprio do ator. Quem lembra? A animação era parte da programação da Globo na época. Perdido nas Estrelas, como ficou conhecido Wish Kid no Brasil, trazia a versão animada de Culkin como um menino dono de uma luva de baseball mágica, que lhe atendida todos os desejos quando socada três vezes. O programa durou uma temporada de 13 episódios.

1992

Sem perder muito tempo, afinal nesta idade as crianças crescem muito rápido, os produtores da Fox trataram de tirar do papel a continuação do maior sucesso recente do estúdio. Assim, em dezembro de 1992 chegava aos cinemas Esqueceram de Mim 2: Perdido em Nova York. Como em time que está ganhando não se mexe, o segundo Home Alone era quase uma refilmagem do primeiro. Desta vez o pequeno Kevin (Culkin) sai de casa e chega até o aeroporto com sua família, mas se perde no local e termina embarcando para Nova York ao invés da Europa. Agora, sem ter a segurança de sua casa, ele prepara suas armadilhas para os mesmos bandidos na casa de um tio, que está sendo reformada. Não é tão bom quanto o original, pela falta de novidade, mas ainda é eficiente e serve como bom programa duplo com o primeiro. Uma pena foi só não terem engatilhado logo um terceiro – digo, com Macaulay.

1993

Macaulay Culkin adentrava seu terceiro ano de fama absoluta e encarava seu período mais sombrio. Bem, unicamente na frente das câmeras, é claro. O que acontece é que a esta altura todos estavam acostumados a ver o menino de forma graciosa aprontando das suas. Assim, a mesma Fox bolava uma ideia que talvez não tenha emplacado muito. A fim de mudar um pouco a imagem angelical do menino loirinho, sua nova produção o colocava bem malvado como um capeta. Literalmente como algo saído de A Profecia. Sem elementos sobrenaturais, Culkin dava vida a um psicopata mirim em O Anjo Malvado (The Good Son). No filme, o ator vive um pré-adolescente diabólico, transformando a vida da mãe e do primo (papel de Elijah Wood) num inferno com seus atos desumanos. Simplesmente perturbador. No mesmo ano, sem o mesmo impacto, Culkin aproveitava sua experiência como dançarino de balé para impulsionar a apresentação nos palcos de O Príncipe Quebra-Nozes, um espetáculo filmado.

1994

Chegamos no ano derradeiro da popularidade de Macaulay Culkin no cinema. Seu quarto ano de fama extrema iniciava com uma parceria com a MGM para uma produção que visava disputar com grandes filmes no verão norte-americano. Lançado em junho, Acertando as Contas com Papai trazia Culkin numa versão “alternativa” do menino Kevin de Esqueceram de Mim. A verdade é que todos os personagens do garoto eram muito espertos, mais até do que os adultos. Aqui ele vivia o filho de um golpista profissional (papel de Ted Danson, de Três Solteirões e um Bebê), sempre negligenciado pelo pai. Numa tacada só, ele obtém itens preciosos do pai e começa a chantageá-lo para que passem mais tempo juntos, ao mesmo tempo em que tenta endireitar o modo infrator do sujeito viver.

Em novembro, retomando a parceria com a Fox, Macaulay Culkin novamente se tornava desenho em Pagemaster – O Mestre da Fantasia. O filme mistura live-action com animação, ao contar a história de um menino que ao fugir de seus problemas, se depara com uma biblioteca mágica, cujos livros o levam para dentro de suas histórias, transformando-o em animação. A proposta aqui era por uma aventura de fantasia para os mais novos, no clima de A História Sem Fim. Terminando o ano, novamente em dezembro (época que parecia ser “a casa” do ator), seu último trabalho na infância viria com Riquinho, da Warner, adaptação dos famosos quadrinhos da década de 1950 – que depois viraram uma série animada – sobre um menino loirinho que era “a cara da riqueza”. Tudo a ver com Macaulay Culkin, certo? Esse parecia ser um papel que o menino havia nascido para interpretar e o longa, apesar de não fazer o sucesso esperado no lançamento, marcou época em suas reprises.

A “aposentadoria”

Acabado o ano de 1994, Macaulay Culkin foi ter uma adolescência normal. Ou quase. O rapaz se afastou das telas e dos holofotes e foi viver sua vida, retornando apenas esporadicamente em algum trabalho menor. Em 1998, faria participação no clipe Sunday, da banda Sonic Youth. Depois retornaria somente em 2003, no indie super alternativo Party Monster, biografia de um promoter de festas. No mesmo ano apareceria num episódio da cultuada Will & Grace. Desde então, o ator participou de seis filmes (todas obras pequenas e independentes), séries e curtas.

Porém, desde 1994, nada que Macaulay Culkin tenha feito na frente das telas foi tão significativo quanto sua participação em Double Feature, a décima temporada de American Horror Story. O programa já exibiu três dos dez episódios da temporada nos EUA. Independente do resultado do programa ou de como Culkin irá se comportar no papel, esse é um momento especial para o ator, seus fãs e os amantes nostálgicos do cinema.

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Bem, é claro que Macaulay Culkin já não é mais aquele menino engraçadinho que toda mãe queria levar para a casa. O ator se encontra atualmente com 41 anos de idade e pode não lembrar muito a imagem que todos tinham dele então. De qualquer forma, durante esse período de exílio auto imposto, Culkin fez o que deu na telha, afinal já era milionário antes dos 15 anos de idade. E o que fazer quando não precisamos de dinheiro para viver? Curtir a vida. Não que o ator não tenha trabalhado, pelo contrário, fez muita coisa, mas sem a pressão de algo ter que dar certo ou gerar dinheiro. Macaulay tocou em bandas e fez participações em projetos de amigos nas telas. No cinema, se aventurou pelo mundo independente escolhendo produções ousadas, que passaram fora dos radares da maioria.

Em 2021, no ano em que seu auge na cultura popular completa 30 anos, o ator está disposto a sair das sombras e abraçar novamente a fama (moderada) ao participar de uma produção de prestígio. Resta saber como ele irá se sair ou se o futuro reserva uma retomada e um novo vislumbre de sucesso nesta nova fase de sua carreira. Seria definitivamente muito curioso. Já imaginaram o ator fazer as pazes com a fama trinta anos depois, se tornando novamente um dos artistas mais quentes de Hollywood? Isso seria muito legal.

Em homenagem ao retorno de Macaulay Culkin ao que esperamos que seja um novo sucesso em sua carreira, iremos lembrar para você a trajetória deste jovem astro, que conquistou o topo da cadeia alimentar de Hollywood numa idade em que muitos de nós sequer sabíamos ler direito. Esses são os trabalhos mais marcantes da carreira do menino Macaulay Culkin na década de 1990. Confira abaixo e comente.

Década de 1980

Quando vemos um ator explodindo com sucesso, logo imaginamos que ele tenha surgido do nada, do dia para a noite. Nunca é assim, e geralmente tal artista tem anos de estrada na carreira. Nós só não o conhecíamos antes. Com Macaulay Culkin, ainda na infância, acontecia exatamente isso. Por mais que muitos pensem que o garoto surgiu em Esqueceram de Mim, ele já tinha anos de estrada antes disso – mesmo que poucos. Sua estreia oficial ocorreu num episódio da série O Justiceiro (The Equalizer), em 1988. E sim, o programa foi refilmado para o cinema com Denzel Washington nos filmes O Protetor (2014 e 2018).

No mesmo ano, Culkin estreava no cinema no papel do filho de Burt Lancaster no drama O Rochedo de Gibraltar, e no ano seguinte vivia o filho de Jeff Bridges no drama romântico See You in the Morning. Neste período seu maior destaque viria em Quem Vê Cara Não Vê Coração (Uncle Buck), de 1989, comédia protagonizada pelo saudoso John Candy como um tio inconsequente precisando tomar conta dos sobrinhos. O filme é dirigido pelo icônico John Hughes, e foi devido à participação do pequeno Macaulay Culkin aqui, que o diretor o escalaria em seu maior sucesso da carreira.

1990

O ano de 1990 serviria como divisor de águas definitivo na carreira de Macaulay Culkin. Ninguém poderia prever o sucesso de Esqueceram de Mim, um filme de premissa simples e infantil, que viria a dominar o mundo. A história sobre um pequeno menino de 9 anos que termina esquecido em casa pela sua grande família, que saía de férias, trouxe à tona a lembrança da infância de todo espectador, além de contagiar o público com seu clima nostálgico e acolhedor de natal. Não por menos, o longa se tornaria o filme definitivo sobre os feriados de fim de ano. Esqueceram de Mim é reprise obrigatória nas TVs de todos os países pelo mundo na época de natal.

Esqueceram de Mim foi escrito por John Hughes, que recomendou Culkin para o diretor Chris Columbus e fez dele um astro devido ao papel. O misto de comédia, drama e certo “suspense de mentirinha” do filme se torna irresistível numa época do ano em que geralmente já estamos mais emotivos por conta própria. O mundo era contagiado pelo filme e grande parte disso se deve pelo carisma de Macaulay Culkin como protagonista. Assim, logo um novo astro mirim surgia.

1991

A explosão sem precedentes de Esqueceram de Mim inaugurou uma verdadeira “Macaulay mania” pelos EUA e mundo. É preciso levar em conta que Esqueceram de Mim estreou em dezembro de 1990, para coincidir é claro com o natal. Assim, o filme dominou os cinemas por muito tempo, permanecendo em cartaz por todo o início de 1991 igualmente, através de seus primeiros meses. E quem seria louco e tirar o filme de cartaz e parar de lucrar? Ou seja, por mais que a febre de Culkin houvesse iniciado em 1990, ela permanecia ainda muito viva em 1991.

Sem tempo a perder, era hora de capitalizar no carisma do guri. Assim, seus pais, donos de uma boa visão para os negócios, agentes e os produtores de Hollywood prepararam um 1991 muito especial para o menino. Época esta que completa 30 anos em 2021, e para a qual podemos olhar com muita nostalgia. Tudo começou com o polêmico retorno do astro Michael Jackson aos holofotes, adentrando os anos 90 com o clipe de Black or White (1991), uma canção que enfatiza bem a aparência que o astro pop apresentava na época para a surpresa de todos: ressurgindo “branco”. Culkin era persona grata no clipe, abrindo o vídeo de Jackson e participando de um trecho de rap com o cantor.

Mas aonde queríamos ver Macaulay Culkin era mesmo no cinema, e nas telonas o menino voltava em Meu Primeiro Amor, um filme mais calmo e romântico, bem diferente do teor de Esqueceram de Mim. Apesar de ser uma comédia juvenil igualmente, esta era mais voltada ao drama, e trazia o loirinho não como protagonista, mas como coadjuvante numa participação verdadeiramente marcante e emotiva. O filme está no acervo atual da Netflix, é só conferir e se preparar para chorar. Fechando o ano de 1991, a Macaulay mania não estaria completa sem o desenho animado próprio do ator. Quem lembra? A animação era parte da programação da Globo na época. Perdido nas Estrelas, como ficou conhecido Wish Kid no Brasil, trazia a versão animada de Culkin como um menino dono de uma luva de baseball mágica, que lhe atendida todos os desejos quando socada três vezes. O programa durou uma temporada de 13 episódios.

1992

Sem perder muito tempo, afinal nesta idade as crianças crescem muito rápido, os produtores da Fox trataram de tirar do papel a continuação do maior sucesso recente do estúdio. Assim, em dezembro de 1992 chegava aos cinemas Esqueceram de Mim 2: Perdido em Nova York. Como em time que está ganhando não se mexe, o segundo Home Alone era quase uma refilmagem do primeiro. Desta vez o pequeno Kevin (Culkin) sai de casa e chega até o aeroporto com sua família, mas se perde no local e termina embarcando para Nova York ao invés da Europa. Agora, sem ter a segurança de sua casa, ele prepara suas armadilhas para os mesmos bandidos na casa de um tio, que está sendo reformada. Não é tão bom quanto o original, pela falta de novidade, mas ainda é eficiente e serve como bom programa duplo com o primeiro. Uma pena foi só não terem engatilhado logo um terceiro – digo, com Macaulay.

1993

Macaulay Culkin adentrava seu terceiro ano de fama absoluta e encarava seu período mais sombrio. Bem, unicamente na frente das câmeras, é claro. O que acontece é que a esta altura todos estavam acostumados a ver o menino de forma graciosa aprontando das suas. Assim, a mesma Fox bolava uma ideia que talvez não tenha emplacado muito. A fim de mudar um pouco a imagem angelical do menino loirinho, sua nova produção o colocava bem malvado como um capeta. Literalmente como algo saído de A Profecia. Sem elementos sobrenaturais, Culkin dava vida a um psicopata mirim em O Anjo Malvado (The Good Son). No filme, o ator vive um pré-adolescente diabólico, transformando a vida da mãe e do primo (papel de Elijah Wood) num inferno com seus atos desumanos. Simplesmente perturbador. No mesmo ano, sem o mesmo impacto, Culkin aproveitava sua experiência como dançarino de balé para impulsionar a apresentação nos palcos de O Príncipe Quebra-Nozes, um espetáculo filmado.

1994

Chegamos no ano derradeiro da popularidade de Macaulay Culkin no cinema. Seu quarto ano de fama extrema iniciava com uma parceria com a MGM para uma produção que visava disputar com grandes filmes no verão norte-americano. Lançado em junho, Acertando as Contas com Papai trazia Culkin numa versão “alternativa” do menino Kevin de Esqueceram de Mim. A verdade é que todos os personagens do garoto eram muito espertos, mais até do que os adultos. Aqui ele vivia o filho de um golpista profissional (papel de Ted Danson, de Três Solteirões e um Bebê), sempre negligenciado pelo pai. Numa tacada só, ele obtém itens preciosos do pai e começa a chantageá-lo para que passem mais tempo juntos, ao mesmo tempo em que tenta endireitar o modo infrator do sujeito viver.

Em novembro, retomando a parceria com a Fox, Macaulay Culkin novamente se tornava desenho em Pagemaster – O Mestre da Fantasia. O filme mistura live-action com animação, ao contar a história de um menino que ao fugir de seus problemas, se depara com uma biblioteca mágica, cujos livros o levam para dentro de suas histórias, transformando-o em animação. A proposta aqui era por uma aventura de fantasia para os mais novos, no clima de A História Sem Fim. Terminando o ano, novamente em dezembro (época que parecia ser “a casa” do ator), seu último trabalho na infância viria com Riquinho, da Warner, adaptação dos famosos quadrinhos da década de 1950 – que depois viraram uma série animada – sobre um menino loirinho que era “a cara da riqueza”. Tudo a ver com Macaulay Culkin, certo? Esse parecia ser um papel que o menino havia nascido para interpretar e o longa, apesar de não fazer o sucesso esperado no lançamento, marcou época em suas reprises.

A “aposentadoria”

Acabado o ano de 1994, Macaulay Culkin foi ter uma adolescência normal. Ou quase. O rapaz se afastou das telas e dos holofotes e foi viver sua vida, retornando apenas esporadicamente em algum trabalho menor. Em 1998, faria participação no clipe Sunday, da banda Sonic Youth. Depois retornaria somente em 2003, no indie super alternativo Party Monster, biografia de um promoter de festas. No mesmo ano apareceria num episódio da cultuada Will & Grace. Desde então, o ator participou de seis filmes (todas obras pequenas e independentes), séries e curtas.

Porém, desde 1994, nada que Macaulay Culkin tenha feito na frente das telas foi tão significativo quanto sua participação em Double Feature, a décima temporada de American Horror Story. O programa já exibiu três dos dez episódios da temporada nos EUA. Independente do resultado do programa ou de como Culkin irá se comportar no papel, esse é um momento especial para o ator, seus fãs e os amantes nostálgicos do cinema.

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