A renomada atriz Angelina Jolie está pronta para encantar o público com sua interpretação da lendária cantora de ópera Maria Callas no filme ‘Maria’, dirigido por Pablo Larraín.
Em uma entrevista recente à Vanity Fair, Larraín revelou um dos segredos por trás da produção: a própria Jolie deu voz à personagem, passando por um intenso treinamento vocal para se aproximar da sonoridade única de Callas.
Para criar uma performance autêntica, a equipe de produção desenvolveu uma técnica inovadora que combinou as vozes de Jolie e Callas.
“Você sempre escuta Angelina e sempre escuta Maria Callas. Quando ouvimos Maria Callas em seu auge, a maior parte do som é Callas—90%, 95%—e quando ouvimos Callas mais velha e no presente, quase tudo é Angelina”, explica Larraín.
A preparação de Jolie para o papel foi meticulosa. Durante seis meses, a atriz dedicou-se a aulas de canto, imersão na obra de Callas e horas de escuta atenta da ópera. Larraín descreve o desafio de conciliar a necessidade de utilizar a voz real de Callas com a de uma atriz que não era cantora profissional:
“Como você pode fazer um filme sobre Maria Callas sem usar sua voz? Não dá. E também não é possível realizar um filme desse tipo com uma atriz que não esteja realmente cantando. É algo autêntico—foi extremamente assustador para ela, mas ela conseguiu”, afirma Larraín.
A dedicação de Jolie foi recompensada. Larraín relata que, após algumas semanas de filmagens, ele parou de dar instruções à atriz.
“Foi tão verdadeiro que simplesmente continuamos filmando e deixamos ela fazer o que queria. Ela pode te deixar entrar quando quer, e pode criar uma distância onde deseja. É uma dança de vulnerabilidade”, concluiu.
‘Maria’ tem direção de Pablo Larraín e roteiro de Steven Knight.
Além de Angelina Jolie, o elenco ainda conta com Pierfrancesco Favino (‘Nostalgia’), Alba Rohrwacher (‘Corações famintos’), Haluk Bilginer (‘Şahsiyet’), Kodi Smit-McPhee (‘2067’) e Valeria Golino (‘Euforia’).
“Baseado em fatos, Maria vai contar a história tumultuada, bela e trágica da vida da maior cantora de ópera do mundo, revivida e reimaginada durante seus últimos dias na Paris dos anos 1970”, diz a sinopse.