sábado , 21 dezembro , 2024

‘Marvel: Avante’ | Os bastidores da Fase 4 do MCU mais acessíveis do que nunca

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Os serviços streaming começaram a ganhar força há cerca de dez anos, quando as locadoras já dava seus últimos respiros, se mostrando um modelo desgastado não apenas pela popularização da internet e as facilidades trazidas pela pirataria – que além de ser gratuita, permitia que as pessoas assistissem aos filmes sem precisarem sair de casa -, mas também por conta da crise financeira que grande parte do ocidente enfrentou a partir de 2009.

Como mostrado em “Capitã Marvel”, a era de ouro das locadoras foi nos anos 1990.

Com isso, serviços como a Netflix começaram a oferecer mensalidades mais em conta para serem “locadoras virtuais”. Praticamente a mesma lógica da pirataria, mas dentro da lei e sem o risco de baixar Homem de Ferro e ganhar de “brinde” duas músicas do Black Eyed Peas, um vídeo russo aleatório e um vírus pesado. Os anos foram passando e mais alternativas começaram a surgir nesse mercado, como o Amazon Prime Video e o Disney+, praticamente jogando a última pá de cal sob o túmulo das locadoras. Paralelamente a esse embate entre Locadoras X Streaming, o mercado Home Video começou a sentir os efeitos da inovação também. Nos últimos anos, os colecionadores de DVDs e Blu-ray’s gastaram bastante tempo reclamando sobre a dificuldade de encontrar mídias físicas nas lojas, o que de nada adiantou. Por algum tempo, a grande preocupação com um possível fim das mídias físicas eram os bônus e conteúdos especiais que vinham nos discos, como documentários, cenas excluídas, cenas estendidas e tudo mais.



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Um exemplo clássico dessas cenas alternativas acontece no MCU. Na abertura alternativa de O Incrível Hulk (2008), Bruce Banner (Edward Norton) tenta se matar, mas o Hulk o impede. Esse momento foi referenciado pelo próprio Banner (Mark Ruffalo) em Os Vingadores (2012). No entanto, ela estava disponível nos bônus da edição de colecionador do DVD do filme desde 2008. É verdade que esses conteúdos especiais foram deixados de lado por muito tempo no streaming. Só que, agora com o Disney+ consolidado, a plataforma da Disney passou a disponibilizar esses materiais nas pastas dos filmes e séries, facilitando o acesso àqueles que gostam de assistir aos bônus, e também começou a fazer produções especiais focadas unicamente nesse segmento, como é o caso de Marvel: Avante.

Assista também:
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A “série” se propõe a registrar e disponibilizar as principais histórias de bastidores da Fase Quatro da Marvel. Logo, o primeiro “episódio” é sobre o grande fenômeno do estúdio em 2021 até agora: WandaVision. Ao longo de quase uma hora, a produção aborda aspectos como as gravações dos dois primeiros episódios terem acontecido com a presença de platéia, ao melhor estilo Toma Lá, Dá Cá, e como isso influenciou na experiência dos atores e da equipe criativa; Como foi que os profissionais de efeitos visuais reagiram ao convite para participarem de uma série que replicaria a estética de cinco décadas históricas da TV em uma única produção; As dificuldades da dupla Kristen Anderson-Lopez e Bobby Lopez em compor músicas de abertura para cada episódio com uma temática diferente, e, claro, as maquiagens mirabolantes. Uma das coisas mais curiosas retratadas nesse documentário é que tiveram de pintar o ator Paul Bettany de azul para que facilitasse o trabalho do VFX para criar o rosto do Visão todo por computação gráfica, mas sem perder as expressões faciais de Bettany.

Visão arrumou uma graninha extra fazendo bico no Blue Man Group

Mas a parte mais legal desse tipo de documentário é justamente ver de perto a diferença dos atores para seus personagens. Paul Bettany é mais descontraído com aquele jeito esquisitão dele, e o Visão é mais tranquilo, inocente. Elizabeth Olsen é um poço de fofura, distante da Wanda, que é atormentada pelo passado. Já Randall Park aproveitou seu tempo de tela para mostrar seu amor pelo Agente Jimmy Woo e falar sobre a relação especial que ele tem com seu personagem, enquanto Teyonah Parris se mostrou uma pessoa completamente empolgada e muito feliz de estar vivendo aquilo. Bem diferente de toda a seriedade de Monica Rambeau.

Esse tipo de material é muito interessante, principalmente para os fãs das produções, que poderão conferir tudo sobre os bastidores de seus filmes e séries favoritos. Marvel Avante ainda está dando seus passos iniciais e vai lançar um novo episódio quando suas produções da Fase Quatro estiverem completamente disponíveis no Disney+. Assim, ao final de 2021, teremos vários conteúdos exclusivos novos pelo preço de um único DVD. Essa acessibilidade é um dos grandes benefícios do streaming, que estão cada dia mais empenhados em transformar o Home Video em um nicho mercadológico. A tendência agora é que outras plataformas, como HBO Max, Netflix e Amazon Prime Video comecem a investir também na aquisição e produção de bônus exclusivos para suas produções nos catálogos. Será um processo interessante para acompanharmos nos próximos anos.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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‘Marvel: Avante’ | Os bastidores da Fase 4 do MCU mais acessíveis do que nunca

Os serviços streaming começaram a ganhar força há cerca de dez anos, quando as locadoras já dava seus últimos respiros, se mostrando um modelo desgastado não apenas pela popularização da internet e as facilidades trazidas pela pirataria – que além de ser gratuita, permitia que as pessoas assistissem aos filmes sem precisarem sair de casa -, mas também por conta da crise financeira que grande parte do ocidente enfrentou a partir de 2009.

Como mostrado em “Capitã Marvel”, a era de ouro das locadoras foi nos anos 1990.

Com isso, serviços como a Netflix começaram a oferecer mensalidades mais em conta para serem “locadoras virtuais”. Praticamente a mesma lógica da pirataria, mas dentro da lei e sem o risco de baixar Homem de Ferro e ganhar de “brinde” duas músicas do Black Eyed Peas, um vídeo russo aleatório e um vírus pesado. Os anos foram passando e mais alternativas começaram a surgir nesse mercado, como o Amazon Prime Video e o Disney+, praticamente jogando a última pá de cal sob o túmulo das locadoras. Paralelamente a esse embate entre Locadoras X Streaming, o mercado Home Video começou a sentir os efeitos da inovação também. Nos últimos anos, os colecionadores de DVDs e Blu-ray’s gastaram bastante tempo reclamando sobre a dificuldade de encontrar mídias físicas nas lojas, o que de nada adiantou. Por algum tempo, a grande preocupação com um possível fim das mídias físicas eram os bônus e conteúdos especiais que vinham nos discos, como documentários, cenas excluídas, cenas estendidas e tudo mais.

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Um exemplo clássico dessas cenas alternativas acontece no MCU. Na abertura alternativa de O Incrível Hulk (2008), Bruce Banner (Edward Norton) tenta se matar, mas o Hulk o impede. Esse momento foi referenciado pelo próprio Banner (Mark Ruffalo) em Os Vingadores (2012). No entanto, ela estava disponível nos bônus da edição de colecionador do DVD do filme desde 2008. É verdade que esses conteúdos especiais foram deixados de lado por muito tempo no streaming. Só que, agora com o Disney+ consolidado, a plataforma da Disney passou a disponibilizar esses materiais nas pastas dos filmes e séries, facilitando o acesso àqueles que gostam de assistir aos bônus, e também começou a fazer produções especiais focadas unicamente nesse segmento, como é o caso de Marvel: Avante.

A “série” se propõe a registrar e disponibilizar as principais histórias de bastidores da Fase Quatro da Marvel. Logo, o primeiro “episódio” é sobre o grande fenômeno do estúdio em 2021 até agora: WandaVision. Ao longo de quase uma hora, a produção aborda aspectos como as gravações dos dois primeiros episódios terem acontecido com a presença de platéia, ao melhor estilo Toma Lá, Dá Cá, e como isso influenciou na experiência dos atores e da equipe criativa; Como foi que os profissionais de efeitos visuais reagiram ao convite para participarem de uma série que replicaria a estética de cinco décadas históricas da TV em uma única produção; As dificuldades da dupla Kristen Anderson-Lopez e Bobby Lopez em compor músicas de abertura para cada episódio com uma temática diferente, e, claro, as maquiagens mirabolantes. Uma das coisas mais curiosas retratadas nesse documentário é que tiveram de pintar o ator Paul Bettany de azul para que facilitasse o trabalho do VFX para criar o rosto do Visão todo por computação gráfica, mas sem perder as expressões faciais de Bettany.

Visão arrumou uma graninha extra fazendo bico no Blue Man Group

Mas a parte mais legal desse tipo de documentário é justamente ver de perto a diferença dos atores para seus personagens. Paul Bettany é mais descontraído com aquele jeito esquisitão dele, e o Visão é mais tranquilo, inocente. Elizabeth Olsen é um poço de fofura, distante da Wanda, que é atormentada pelo passado. Já Randall Park aproveitou seu tempo de tela para mostrar seu amor pelo Agente Jimmy Woo e falar sobre a relação especial que ele tem com seu personagem, enquanto Teyonah Parris se mostrou uma pessoa completamente empolgada e muito feliz de estar vivendo aquilo. Bem diferente de toda a seriedade de Monica Rambeau.

Esse tipo de material é muito interessante, principalmente para os fãs das produções, que poderão conferir tudo sobre os bastidores de seus filmes e séries favoritos. Marvel Avante ainda está dando seus passos iniciais e vai lançar um novo episódio quando suas produções da Fase Quatro estiverem completamente disponíveis no Disney+. Assim, ao final de 2021, teremos vários conteúdos exclusivos novos pelo preço de um único DVD. Essa acessibilidade é um dos grandes benefícios do streaming, que estão cada dia mais empenhados em transformar o Home Video em um nicho mercadológico. A tendência agora é que outras plataformas, como HBO Max, Netflix e Amazon Prime Video comecem a investir também na aquisição e produção de bônus exclusivos para suas produções nos catálogos. Será um processo interessante para acompanharmos nos próximos anos.

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