Relembrar o passado pode ser uma tarefa um tanto quanto melancólica – mas não em se tratando do cenário fonográfico.
Há dez anos, o mundo da música era bombardeado por diversos lançamentos de enorme calibre – desde a estreia oficial de Lana Del Rey com o adorado ‘Born to Die’, o retorno de Madonna com o frenesi exagerado de ‘MDNA’ e a estreia do aguardadíssimo e aclamado ‘Red’, de Taylor Swift.
Pensando nisso e para concluir nossa jornada pelo passado, o CinePOP separou uma breve lista com dez álbuns que completam uma década em 2022.
Confira abaixo e conte para nós qual o seu favorito:
BORN TO DIE, Lana Del Rey
Lançamento: 27 de janeiro
Apesar de ter estreado com seu álbum homônimo dois anos antes, Lana Del Rey ganhou vida oficialmente com o lançamento de ‘Born to Die’. Adotando seu alter-ego de maneira categórica, a produção é uma mistura inesperada de EDM e trip hop que colocou seu nome no centro dos holofotes. Com mais de 7 milhões de cópias vendidas ao redor do mundo, o disco conta com diversos singles, incluindo a faixa-titular, “Summertime Sadness”, “Video Games” e várias outras.
MDNA, Madonna
Lançamento: 23 de março
Em meio a uma estética que voltava a colocá-la no centro dos holofotes da controvérsia, Madonna optou por construir uma espécie de droga sintética cujo objetivo é viciar seus fãs – mas as escolhas, novamente, são equivocadas em grande parte das tracks. Com ‘MDNA’, que faz uma menção “mascarada” para o uso e os efeitos do ecstasy (MDMA), os ápices restringem-se mais aos materiais promocionais e à incrível capa do CD (que premedita as distorções e onomatopeias das quais ela se vale) do que às canções em si.
PINK FRIDAY: ROMAN RELOADED, Nicki Minaj
Lançamento: 02 de abril
Com ‘Pink Friday: Roman Reloaded’, a icônica rapper Nicki Minaj construiu uma jornada sonora que servisse como sequência direta de sua estreia em 2010. Dividindo a obra em uma orientação mais voltada ao hip hop e outra, ao dance-pop, Minaj reuniu-se com diversos produtores e compositores, dando origem a hits atemporais como “Starships”, “Pound the Alarm” e “Va Va Voom” – além de ter vendido mais de 1 milhão de cópias apenas nos Estados Unidos.
BLOWN AWAY, Carrie Underwood
Lançamento: 01 de maio
Três anos depois de seu último álbum, Carrie Underwood, um dos nomes mais conhecidos do cenário country contemporâneo, retornava com força inigualável com seu quarto compilado de originais, ‘Blown Away’. Elogiado pela crítica especializada e sucesso de vendas (com mais de 2 milhões de cópias apenas nos Estados Unidos), a produção conta com músicas como “Two Black Cadillacs” e “See You Again” e rendeu à artista um Grammy de Melhor Performance Country Solo pela faixa titular.
THE IDLER WHEEL…, Fiona Apple
Lançamento: 18 de junho
Quando pensamos em originalidade musical, Fiona Apple é a artista que mais corresponder a essas expectativas (ou, no caso, nos surpreende álbum a álbum). Com ‘The Idler Wheel…’, cujo título é derivado de um poema escrito pela própria performer, Apple consagrou o art pop como gênero artístico mais uma vez, recebendo aclame universal por parte da crítica e sendo homenageada como uma das maiores cantoras e compositoras de todos os tempos.
HAVOC AND BRIGHT LIGHTS, Alanis Morissette
Lançamento: 22 de agosto
Alanis Morissette marcou seu nome no cenário contemporâneo ainda no final dos anos 1990 com ‘Jagged Little Pill’ – e continuaria a ser adorada por seus fãs décadas depois. Com ‘Havoc and Bright Lights’, seu sexto álbum de estúdio, a artista voltou a apostar fichas no soft-rock e colaborou com Guy Sigsworth e Joe Chiccarelli. Apesar das críticas mistas, a produção teve sólidas vendas ao redor do mundo.
GOOD KID, M.A.A.D. CITY, Kendrick Lamar
Lançamento: 22 de outubro
‘Good Kid, M.A.A.D City’ é o segundo álbum de estúdio do rapper Kendrick Lamar – e, pouco depois de seu lançamento, consagrou-se como um clássico instantâneo. A produção, que se estende por 12 faixas na versão padrão, trouxe aparições de musicistas como Drake e Jay-Z. Ovacionado pelos especialistas, Lamar conquistou nada menos que quatro indicações ao Grammy Awards, incluindo Álbum do Ano.
RED, Taylor Swift
Lançamento: 22 de outubro
Taylor Swift começou a transitar entre os gêneros musicais com ‘Red’, uma das melhores e mais coesas entradas de sua discografia. Aqui, a versatilidade da artista começa a aflorar em um country-pop que incorporava diversas outras inflexões e premeditava seu amadurecimento, culminando com o supracitado ‘1989’. Retomando sua parceria com Max Martin e Shellback, Swift parou o mundo com uma épica produção sonora, incluindo a evocativa “All Too Well”.
LOTUS, Christina Aguilera
Lançamento: 09 de novembro
Considerado por muitos fãs como um dos trabalhos mais subestimados de Christina Aguilera, ‘Lotus’ dividiu a crítica especializada em virtude dos convencionalismos sonoros e do teor lírico – mas isso não impediu que o público se divertisse com algumas canções bastante animadas, como o lead single “Your Body”. Aqui, dance-pop e rock se amalgamaram através de produtores como Alex da Kid e Max Martin, além de contar com a curadoria da própria Aguilera.
UNAPOLOGETIC, Rihanna
Lançamento: 19 de novembro
O sétimo álbum de estúdio de Rihanna, intitulado ‘Unapologetic’, talvez tenha sido subestimado pelos especialistas musicais – ainda mais considerando o número considerável de singles promocionais gerados pelo disco. Incorporando elementos do hip hop, do EDM, do dubstep e do reggae, a artista se manteve fiel ao teor artístico dos álbuns anteriores e deu vida a canções como “Stay”, “Diamonds” e “Pour It Up”, além de ter conquistado o Grammy de Melhor Álbum Urbano Contemporâneo.