Continuando nossos especiais sobre o Mês da História das Mulheres, o CinePOP separou uma breve lista com 15 artistas femininas para se pensar sobre a importância das mulheres no cenário musical.
Desde o classicismo pungente de Aretha Franklin até as exuberantes e potentes críticas de Charli XCX, montar a matéria em questão não foi um trabalho fácil – ainda mais por termos deixado de fora diversos nomes.
Confira abaixo nossas escolhas – e a faixa que escolhemos para cada uma delas:
ARETHA FRANKLIN
Música: Respect
A Rainha do Soul abre nossa lista com um lugar mais do que especial: sua presença impactante no cenário musical e como símbolo de empoderamento para as mulheres negras dos Estados Unidos alcançou níveis inenarráveis, auxiliados principalmente pela icônica e atemporal “Respect” – em toda sua narcótica envolvência do jazz e do soul.
BEYONCÉ
Música: Run the World (Girls)
Who run the world? Girls! A frase da música homônima de Beyoncé, uma das maiores performers de todos os tempos, mistura electro-pop e R&B e é extremamente clara em sua mensagem: as mulheres são responsáveis por controlar o mundo e, sem elas, nada do que temos seria possível.
MADONNA
Música: Express Yourself
Madonna não é a Rainha do Pop por qualquer motivo, e sim por sua capacidade de se tornar relacionável com absolutamente qualquer tipo de narrativa fonográfica. “Express Yourself”, uma de suas músicas mais conhecidas, almeja pela união das mulheres através de frases como “não aceite o segundo lugar” ou “se expresse” para incentivar o empoderamento feminino.
LADY GAGA
Música: Born This Way
O Manifesto Monstro de “Born This Way” é o ato performático de maior impacto da década passada e permite que a canção transite entre as múltiplas facetas minoritárias da sociedade. Enquanto é encarnado como hino LGBTQ+, a própria Lady Gaga comentou que um dos seus singles mais aclamados é inspirado pelos movimentos feministas dos anos 1990 e que funciona como seu lema de libertação.
CINDY LAUPER
Música: Girls Just Wanna Have Fun
Facilmente um dos hinos de liberdade mais conhecidos de todos os tempos, “Girls Just Wanna Have Fun” é o marco criativo da carreira de Cindy Lauper e uma faixa que é redescoberta ano após ano pelas novas gerações. Lançada em 1983, a rendição da artista ganhou reconhecimento cultural e é utilizado até hoje como um hino feminista.
RITA LEE
Música: Pagu
A icônica Rita Lee lançou o country-rock “Pagu” como um dos singles promocionais de seu aclamado álbum ‘3001’. Através de versos pungentes mascarados com uma atmosfera sutil e dissonante, Lee fala sobre a mais pura estética do feminismo, dizedo também que as mulheres podem ser o que bem entenderem: “minha força não é bruta, não sou freira, nem sou puta” é o verso que resume a jornada crítica da canção.
PITTY
Música: Desconstruindo Amélia
“Desconstruindo Amélia” abre portas para o rock nacional ao trazer aos holofotes uma história sobre uma mulher foi criada para ser dona de casa, mãe, prendada e subserviente a uma sociedade tradicionalista e patriarcal. Felizmente, coube a Pitty distorcer a imagem idealizada e obediente que os homens têm sobre as mulheres, criticando a desigualdade de gênero em todos os seus âmbitos.
IZA
Música: Dona de Mim
IZA surgiu no cenário do entretenimento brasileiro há alguns anos e ascendeu a uma fama meteórica que lhe garantiu sucessos comerciais e críticos, incluindo a autoafirmativa mistura de synth-pop e funk de “Dona de Mim”. Aqui, a cantora e compositora fala sobre, mesmo em meio a adversidades, as mulheres conseguem superar o que vier à sua frente e tirar proveito das situações mais controversas e difíceis imagináveis.
FIFTH HARMONY
Música: BO$$
Quando Fifth Harmony ainda era um grupo de extremo sucesso antes da surpreendente separação, suas músicas eram dignas de entrar para quaisquer listas de canções de empoderamento feminino. Talvez a faixa que mais represente o estilo confiante e envolvente do grupo seja “BO$$”: entrando como single do álbum ‘Reflection’, a faixa foi inclusive comparada com os primeiros trabalhos do trio Destiny’s Child.
ALICIA KEYS
Música: Girl on Fire
Exaltando um dos momentos mais pivotais de sua vida, a faixa-titular de seu 5º álbum é um microcosmos peculiar – e uma das mais marcantes e poderosas de sua explosiva carreira; tanto a versão original quanto a colaboração com Nicki Minaj exploram elementos de reafirmação como mãe, filha, artista e, principalmente, mulher – estendendo seu legado como um hino emancipatório até os dias de hoje.
SALT-N-PEPA
Música: None of Your Business
As primeiras damas do hip-hop, conhecidas como Salt-N-Pepa, não poderiam jamais ficar de fora da nossa lista. À frente de seu tempo e promeninentes nos anos 1980 e 1990, o trio levou para casa o Grammy de Melhor Performance Rap por um Duo ou Grupo pela memorável “None of Your Business”, que denuncia o slutshaming e que critica o julgamento alheio feito às mulheres.