domingo , 22 dezembro , 2024

O Mês do Terror | [REC] (2007) – O terror que soube aproveitar o subgênero found footage em alta

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Horror espanhol desenvolveu, usando uma única locação, seu enredo

O subgênero do found footage é o preferido de muitos diretores, principalmente aqueles com orçamento extremamente limitado, por permitir uma naturalidade que, de outra maneira, costuma se perder em produções maiores. O primeiro exemplar do tipo data de 1980, quando o cineasta italiano, Ruggero Deodato, lançou Holocausto Canibal.



Junto a todas as polêmicas que se formaram, à época, ao redor do filme (como a polícia abrindo uma investigação para apurar as cenas de assassinato presentes na produção) o título apresentou pela primeira vez as bases do que seria conhecida como o subgênero found footage; sendo a mais evidente o fato do espectador ser apresentado a uma gravação que é encontrada, dentro do enredo do filme, que revela os últimos momentos de alguém.

Pode-se argumentar que o subgênero teve um início ainda antes de 1980, cerca de dois anos antes, com Faces da Morte; entretanto, tanto essa produção como sua sequência não entregam os elementos do found footage.

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Indiscutivelmente o grande momento para esse segmento veio em 1999, quando o despretensioso A Bruxa de Blair atraiu olhares aterrorizados para si e a suposta veracidade dos acontecimentos mostrados na película. Além disso, é importante ressaltar que o filme foi um dos primeiros que se aproveitou da expansão da internet para fins publicitários, utilizando a rede global para conferir ainda mais credibilidade ao seu enredo.

“Bruxa de Blair” foi um divisor no subgênero

O sucesso comercial do mesmo pavimentou o caminho para uma nova geração de found footages a partir de 2007, com o primeiro Atividade Paranormal. A ótima aceitação do público (simbolizada pela bilheteria acima de US$ 190 milhões) somada a um baixo orçamento (de US$ 15 mil) abriram o caminho para que mais produções do tipo fossem produzidas ou procuradas. É o caso de As Fitas de Poughkeepsie, V\H\S e Rec.

Por volta de 2007 os diretores espanhóis, Jaume Balagueró e Paco Plaza, lançaram Rec na esteira da explosão dos found footages. O enredo, também assinado por eles em colaboração com Luiso Berdejo, segue uma apresentadora de um telejornal noturno que está realizando uma reportagem sobre como é a rotina noturna de um corpo de bombeiros.

O que começa como algo trivial, com entrevistas básicas acerca dos procedimentos deles e tomadas pelo local, muda quando o grupo recebe uma chamada de emergência em um apartamento. Com a jornalista e sua equipe seguindo-os durante todo o trajeto, eles chegam ao local e percebem que a emergência vem de uma senhora que vive sozinha; ao tentar ajudá-la um dos policiais do local é atacado pela mesma.

A produção espanhola contou com orçamento extremamente controlado.

O grupo, então tenta sair do prédio junto com os outros moradores porém logo eles descobrem que estão trancados em quarentena dentro do local, mesmo com o policial ferido. Esse é outro caso de uma obra experimental que contou com um orçamento extremamente limitado, pouco mais de US$ 2 milhões, porém teve um retorno muito favorável, US$ 23 milhões mundialmente.

Um dos elementos mais notáveis do filme é a utilização de um único cenário pelo resto da obra. Ter um prédio residencial, de pequeno porte, contribui para que o sentimento de claustrofobia e medo dos moradores, bombeiros e jornalistas se torne mais crível, além de intensificar a problemática do estado de quarentena ali presente.

Cenário único é algo bem comum em obras do found footage, isso porque se evita um gasto bem maior ao que a produção tem disponível mas porque também a simplicidade de ter um único cenário barateado mantém a fantasia de que a gravação em destaque é algo crível. 

A atmosfera independente se fez presente também nas gravações, já que todas as locações são reais e não houve uma criação de um set para as filmagens; o contato dos atores com o roteiro também foi incomum, visto que nenhum deles sabia de antemão qual era o destino de seus personagens e o desfecho da obra como um todo. 

Rec recebeu quase que de imediato ao seu lançamento um status diferenciado, garantindo sinal verde para pelo menos mais quatro sequências, com o segundo ainda sendo assinado pela dupla e o terceiro e quarto contando com um revezamento dos dois diretores. Em 2009 um remake hollywoodiano intitulado Quarentena levou a mesma história do primeiro filme para Los Angeles, porém sem contar com a participação de Balagueró e Plaza.

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Junto a todas as polêmicas que se formaram, à época, ao redor do filme (como a polícia abrindo uma investigação para apurar as cenas de assassinato presentes na produção) o título apresentou pela primeira vez as bases do que seria conhecida como o subgênero found footage; sendo a mais evidente o fato do espectador ser apresentado a uma gravação que é encontrada, dentro do enredo do filme, que revela os últimos momentos de alguém.

Pode-se argumentar que o subgênero teve um início ainda antes de 1980, cerca de dois anos antes, com Faces da Morte; entretanto, tanto essa produção como sua sequência não entregam os elementos do found footage.

Indiscutivelmente o grande momento para esse segmento veio em 1999, quando o despretensioso A Bruxa de Blair atraiu olhares aterrorizados para si e a suposta veracidade dos acontecimentos mostrados na película. Além disso, é importante ressaltar que o filme foi um dos primeiros que se aproveitou da expansão da internet para fins publicitários, utilizando a rede global para conferir ainda mais credibilidade ao seu enredo.

“Bruxa de Blair” foi um divisor no subgênero

O sucesso comercial do mesmo pavimentou o caminho para uma nova geração de found footages a partir de 2007, com o primeiro Atividade Paranormal. A ótima aceitação do público (simbolizada pela bilheteria acima de US$ 190 milhões) somada a um baixo orçamento (de US$ 15 mil) abriram o caminho para que mais produções do tipo fossem produzidas ou procuradas. É o caso de As Fitas de Poughkeepsie, V\H\S e Rec.

Por volta de 2007 os diretores espanhóis, Jaume Balagueró e Paco Plaza, lançaram Rec na esteira da explosão dos found footages. O enredo, também assinado por eles em colaboração com Luiso Berdejo, segue uma apresentadora de um telejornal noturno que está realizando uma reportagem sobre como é a rotina noturna de um corpo de bombeiros.

O que começa como algo trivial, com entrevistas básicas acerca dos procedimentos deles e tomadas pelo local, muda quando o grupo recebe uma chamada de emergência em um apartamento. Com a jornalista e sua equipe seguindo-os durante todo o trajeto, eles chegam ao local e percebem que a emergência vem de uma senhora que vive sozinha; ao tentar ajudá-la um dos policiais do local é atacado pela mesma.

A produção espanhola contou com orçamento extremamente controlado.

O grupo, então tenta sair do prédio junto com os outros moradores porém logo eles descobrem que estão trancados em quarentena dentro do local, mesmo com o policial ferido. Esse é outro caso de uma obra experimental que contou com um orçamento extremamente limitado, pouco mais de US$ 2 milhões, porém teve um retorno muito favorável, US$ 23 milhões mundialmente.

Um dos elementos mais notáveis do filme é a utilização de um único cenário pelo resto da obra. Ter um prédio residencial, de pequeno porte, contribui para que o sentimento de claustrofobia e medo dos moradores, bombeiros e jornalistas se torne mais crível, além de intensificar a problemática do estado de quarentena ali presente.

Cenário único é algo bem comum em obras do found footage, isso porque se evita um gasto bem maior ao que a produção tem disponível mas porque também a simplicidade de ter um único cenário barateado mantém a fantasia de que a gravação em destaque é algo crível. 

A atmosfera independente se fez presente também nas gravações, já que todas as locações são reais e não houve uma criação de um set para as filmagens; o contato dos atores com o roteiro também foi incomum, visto que nenhum deles sabia de antemão qual era o destino de seus personagens e o desfecho da obra como um todo. 

Rec recebeu quase que de imediato ao seu lançamento um status diferenciado, garantindo sinal verde para pelo menos mais quatro sequências, com o segundo ainda sendo assinado pela dupla e o terceiro e quarto contando com um revezamento dos dois diretores. Em 2009 um remake hollywoodiano intitulado Quarentena levou a mesma história do primeiro filme para Los Angeles, porém sem contar com a participação de Balagueró e Plaza.

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