quinta-feira , 26 dezembro , 2024

‘Ms. Marvel’ | Ritmo ‘parado’ do quinto episódio breca a série perto do fim

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[ANTES DE COMEÇAR A MATÉRIA, FIQUE CIENTE QUE ELA ESTÁ RECHEADA DE SPOILERS]

Se você ainda não assistiu aos  cinco primeiros episódios de Ms. Marvel, evite esta matéria, pois ela contém spoilers.



Faltando um episódio para acabar, Ms. Marvel parece ter se distanciado um pouco do seu lado ‘super-heroico’ para entrar quase em um drama histórico que não tem agradado tanto assim. Não dizendo que seja errada a valorização da cultura da personagem, mas a forma como está sendo conduzida talvez não esteja sendo a melhor nesse formato de série. Após um início muito interessante com aquela pegada de produção adolescente, Ms. Marvel pulou de vez na história da família Khan com uma trama meio confusa de viagem no tempo.

O penúltimo episódio começa literalmente com um documentário sobre a história do Paquistão, sua libertação do domínio britânico e as consequências desses anos de exploração no povo. Essa reafirmação da cultura paquistanesa e dos abusos que sofreram ao longo dos anos vinha sendo feita de forma mais sutil, mas agora veio de forma explícita.

Ela vem para explicar mais ou menos como a história interdimensional de Kamala Khan (Iman Vellani) começa. Então, o episódio conta a história de Aisha nos anos 40, quando ela renega os Djinn para viver com um vendedor de flores no interior. Em certos momentos, a história de amor deles lembra vagamente a dos pais de Shang-Chi. No entanto, a história chinesa é contada de forma mais dinâmica. Na série, parece que há pontos muito interessantes da história de amor deles que não foram contados para trazer um drama não tão instigante assim. Além disso, a relação com os Djinn segue muito cansativa, a ponto de você não torcer nem pra eles nem pros heróis da história. Se a Kamala apertasse um botão e mandasse os caras de volta pra casa, já seria um desfecho bom, só pra gente não precisar ouvir mais falar deles.

Assista também:
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E isso meio que acontece, porque eles conseguem abrir o portal pra casa, mas os que tentaram atravessar a luz supostamente morreram. A gente diz “supostamente” porque o visual lembra muito o dos Inumanos de Agentes da Shield quando entraram em contato com a Névoa Terrígena. E como a origem da Ms. Marvel é inumana nos quadrinhos, fica aí a expectativa para o último episódio.

Em meio a essa confusão toda de viagem no tempo e conexão com o passado, Kamala acaba entrando na história de sua família e ajuda uma menina na estação de trem a voltar segura pra casa. Então, ela descobre que as histórias de sua avó sobre ter seguido uma trilha de estrelas foi, na verdade, ocasionada pela própria Kamala com o bracelete enviado pela avó no futuro. Meio Dark, né? Poderia ser interessante. Potencial tinha. Mas a condução de todo o episódio é tão cansativa que nem mesmo esse momento consegue empolgar.

Resolvida a missão é entendendo melhor quem ela é, Kamala viaja de volta para o futuro, onde conta para sua família o que fez. Quebrando um pouco a personagem, sua mãe não surta ou algo do tipo, apenas fica muito feliz pelas histórias quase seculares da família serem sobre sua filha.

Por fim, talvez o único momento empolgante do episódio, Kamala percebe que o pingente de seu colar, que dizia seu nome em Urdu, se quebrou, formando o símbolo que a super-heroína vai adotar em seu uniforme. Nos quadrinhos, o raio é uma homenagem à Capitã Marvel. Na série, ele ganha um significado bem melhor.

Agora, a série chega ao seu último episódio precisando apresentar o uniforme da personagem, as tramas secundárias de seus amigos e resolver esse negócio de Djinn de uma vez por todas, porque ninguém aguenta mais. Ainda tem que trazer a questão do Departamento de Controle de Danos, que foi deixado de lado.

O último episódio de Ms. Marvel estreia no Disneyna próxima quarta-feira.

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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O penúltimo episódio começa literalmente com um documentário sobre a história do Paquistão, sua libertação do domínio britânico e as consequências desses anos de exploração no povo. Essa reafirmação da cultura paquistanesa e dos abusos que sofreram ao longo dos anos vinha sendo feita de forma mais sutil, mas agora veio de forma explícita.

Ela vem para explicar mais ou menos como a história interdimensional de Kamala Khan (Iman Vellani) começa. Então, o episódio conta a história de Aisha nos anos 40, quando ela renega os Djinn para viver com um vendedor de flores no interior. Em certos momentos, a história de amor deles lembra vagamente a dos pais de Shang-Chi. No entanto, a história chinesa é contada de forma mais dinâmica. Na série, parece que há pontos muito interessantes da história de amor deles que não foram contados para trazer um drama não tão instigante assim. Além disso, a relação com os Djinn segue muito cansativa, a ponto de você não torcer nem pra eles nem pros heróis da história. Se a Kamala apertasse um botão e mandasse os caras de volta pra casa, já seria um desfecho bom, só pra gente não precisar ouvir mais falar deles.

E isso meio que acontece, porque eles conseguem abrir o portal pra casa, mas os que tentaram atravessar a luz supostamente morreram. A gente diz “supostamente” porque o visual lembra muito o dos Inumanos de Agentes da Shield quando entraram em contato com a Névoa Terrígena. E como a origem da Ms. Marvel é inumana nos quadrinhos, fica aí a expectativa para o último episódio.

Em meio a essa confusão toda de viagem no tempo e conexão com o passado, Kamala acaba entrando na história de sua família e ajuda uma menina na estação de trem a voltar segura pra casa. Então, ela descobre que as histórias de sua avó sobre ter seguido uma trilha de estrelas foi, na verdade, ocasionada pela própria Kamala com o bracelete enviado pela avó no futuro. Meio Dark, né? Poderia ser interessante. Potencial tinha. Mas a condução de todo o episódio é tão cansativa que nem mesmo esse momento consegue empolgar.

Resolvida a missão é entendendo melhor quem ela é, Kamala viaja de volta para o futuro, onde conta para sua família o que fez. Quebrando um pouco a personagem, sua mãe não surta ou algo do tipo, apenas fica muito feliz pelas histórias quase seculares da família serem sobre sua filha.

Por fim, talvez o único momento empolgante do episódio, Kamala percebe que o pingente de seu colar, que dizia seu nome em Urdu, se quebrou, formando o símbolo que a super-heroína vai adotar em seu uniforme. Nos quadrinhos, o raio é uma homenagem à Capitã Marvel. Na série, ele ganha um significado bem melhor.

Agora, a série chega ao seu último episódio precisando apresentar o uniforme da personagem, as tramas secundárias de seus amigos e resolver esse negócio de Djinn de uma vez por todas, porque ninguém aguenta mais. Ainda tem que trazer a questão do Departamento de Controle de Danos, que foi deixado de lado.

O último episódio de Ms. Marvel estreia no Disneyna próxima quarta-feira.

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