domingo , 22 dezembro , 2024

Netflix | Beirute – Don Draper é destaque em modorrenta trama de negociação de reféns

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O grande apelo do enfadonho Beirute (Beurit) é o ator Jon Hamm em uma mistura do agente James Bond e publicitário Don Draper, de Mad Men (2007-2015). Isso porque esta é uma trama pífia desenvolvida no Oriente Médio, em que agentes da CIA tentam resgatar um dos seus parceiros de um sequestro armado por grupo palestino. Colocando em primeiro plano a visão estadunidense da guerra civil no Líbano, o filme se torna um engodo cansativo sem nenhuma abordagem sobre a situação do país, mas com objetivo de criar um “herói”.

Longe de uma visão política e de sequências de ação, o filme tenta se sustentar no suspense da resolução do caso pelo agente Mason Skiles (Jon Hamm), já que ele se torna responsável pela negociação entre israelenses e palestinos. Para adicionar um pouco de tensão à história, o enredo – situado em 1982 – começa com um flashback de uma década atrás durante uma festa na casa de Skiles, então diplomata norte-americano em Beirute, com sua esposa (Leïla Bekhti) e o órfão libanês de 13 anos Karim (Yoav Sadian).



Por conta da presença do garoto na casa, a festa acaba em uma dolorosa tragédia e atualmente Skiles passa os dias afogando as mágoas na bebida. Desiludido com a vida, ele se torna uma isca fácil para os planos às escuras da CIA durante a negociação. A única pessoa de confiança é a agente Sandy Crowder, interpretada pela maravilhosa Rosamund Pike (Garota Exemplar), que mantém o seu brilho na trama.

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Tudo indica que a presença de Skiles se faz necessária porque a vida do seu [ex-] melhor amigo Cal Riley (Mark Pellegrino) está em jogo nessa situação. Por outro lado, o chamado, na verdade, é relacionado ao garotinho Karim que cresceu e agora quer trocar o agente da CIA pelo seu irmão Abu Raja (Hichame Ouraqa), um terrorista notório pelas atrocidades cometidas em nome da Palestina, agora mantido como refém pelos israelenses.

Como a história dos países em questão fica relegada em terceiro plano, o roteiro não se importa em dar maiores explicações ou atribuir alguma coerência ao pedido de Karim. Em resumo, Beirute é um suspense encabeçado por um agente dividido entre buscar a vingança sobre seu trágico passado ou seguir o caminho certo e salvar toda a operação.

Claro que nesse meio há algumas descobertas a serem feitas sobre as reais intenções da CIA e os riscos de uma negociação entre povos opositores. Contudo, fica muito aquém de uma trama de espionagem como a de 007 – Skyfall (2012) ou qualquer longa da saga Missão Impossível.

Apesar de ser escrito por Tony Gilroy, roteirista de todos os filmes Bourne, Beirute não decola como um suspense interessante. Faltam-lhe cenas de ação e personagens cativantes, além do mais os mistérios e os contornos são insossos. Ainda que Jon Hamm se mostre imponente no papel, ele não é capaz de salvar uma enredo superficial e indiferente à relevância do contexto histórico.

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Longe de uma visão política e de sequências de ação, o filme tenta se sustentar no suspense da resolução do caso pelo agente Mason Skiles (Jon Hamm), já que ele se torna responsável pela negociação entre israelenses e palestinos. Para adicionar um pouco de tensão à história, o enredo – situado em 1982 – começa com um flashback de uma década atrás durante uma festa na casa de Skiles, então diplomata norte-americano em Beirute, com sua esposa (Leïla Bekhti) e o órfão libanês de 13 anos Karim (Yoav Sadian).

Por conta da presença do garoto na casa, a festa acaba em uma dolorosa tragédia e atualmente Skiles passa os dias afogando as mágoas na bebida. Desiludido com a vida, ele se torna uma isca fácil para os planos às escuras da CIA durante a negociação. A única pessoa de confiança é a agente Sandy Crowder, interpretada pela maravilhosa Rosamund Pike (Garota Exemplar), que mantém o seu brilho na trama.

Tudo indica que a presença de Skiles se faz necessária porque a vida do seu [ex-] melhor amigo Cal Riley (Mark Pellegrino) está em jogo nessa situação. Por outro lado, o chamado, na verdade, é relacionado ao garotinho Karim que cresceu e agora quer trocar o agente da CIA pelo seu irmão Abu Raja (Hichame Ouraqa), um terrorista notório pelas atrocidades cometidas em nome da Palestina, agora mantido como refém pelos israelenses.

Como a história dos países em questão fica relegada em terceiro plano, o roteiro não se importa em dar maiores explicações ou atribuir alguma coerência ao pedido de Karim. Em resumo, Beirute é um suspense encabeçado por um agente dividido entre buscar a vingança sobre seu trágico passado ou seguir o caminho certo e salvar toda a operação.

Claro que nesse meio há algumas descobertas a serem feitas sobre as reais intenções da CIA e os riscos de uma negociação entre povos opositores. Contudo, fica muito aquém de uma trama de espionagem como a de 007 – Skyfall (2012) ou qualquer longa da saga Missão Impossível.

Apesar de ser escrito por Tony Gilroy, roteirista de todos os filmes Bourne, Beirute não decola como um suspense interessante. Faltam-lhe cenas de ação e personagens cativantes, além do mais os mistérios e os contornos são insossos. Ainda que Jon Hamm se mostre imponente no papel, ele não é capaz de salvar uma enredo superficial e indiferente à relevância do contexto histórico.

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