sexta-feira , 22 novembro , 2024

Netflix deve perder 4 milhões de usuários, indicam projeções

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Segundo recentes projeções feitas pela analista Laura Martin, a gigante do streaming Netfix deve perder 4 milhões de usuários em 2020, devido aos altos preços e ao crescente número de competidores. Além disso, ela também prevê que o valor das ações da plataforma também deve cair em 2%.

Alguns anos atrás, a Netflix era um dos poucos (senão o único) serviço de streaming disponível e, dessa forma, construiu um império virtual pautado na monopolização de produtos audiovisuais. À época do seu lançamento, seu plano mais caro residia na casa dos R$15,00 e, agora, as opções variam de R$21,90 até R$45,90 (um crescimento exponencial desde sua “estreia”).



Martin acredita que haja uma contraposição entre o preço que os consumidores pagam e a qualidade da definição das telas e, para além disso, uma concorrência cuja “lei da oferta e da procura” é muito mais acessível. Nos últimos anos, por exemplo, tivemos a insurgência de outros serviços de streaming, incluindo a Amazon Prime (cujo valor mensal é apenas R$9,90 e o anual, R$89,90) e o Hulu (que cobra 16 dólares por seu plano premium nos Estados Unidos). E, com se não bastasse, a própria Casa Mouse resolveu dar vida à sua plataforma, o Disney+ que, apesar de ainda não estar disponível no Brasil, tem valor médio que oscila entre 28 reais mensais280 reais anuais).

Com o lançamento da HBO Max e do Peacock no ano que vem, o número de serviços disponível será de 10 – e apenas o da HBO terá valor superior ao da Netflix (e por motivos relativamente justos, considerando que seu catálogo será muito mais tentador, ainda mais levando em conta que as dez temporadas da aclamada série ‘Friends’ estarão em sua biblioteca).

De qualquer forma, não é apenas o preço que implica a escolha dos usuários, mas também o supracitado conteúdo: recentemente, a pioneira plataforma vem recebendo duras críticas por suas produções originais, que, no geral, são destinadas apenas a um determinado público. Entre outros comentários, vários consumidores também reclamam do tempo de carregamento das obras e da própria qualidade das legendas.

As projeções não se baseiam apenas em prospectos futuros, como também utilizam análises recentes para respaldar seus argumentos: segundo a Futuresource, o período entre junho de 2017junho de 2018 assinalou um crescimento de 23% de usuários apenas no Brasil; porém, o mesmo período para 2019 demonstra uma queda de 9% e contabiliza que, até 2022, esse crescimento fique estagnado na casa dos 2,5%.

No mercado norte-americano (o que mais alimenta os lucros da Netflix), os números também não agradam: além de perder mais de 120 mil assinaturas no semestre passado, a plataforma teve uma queda de 9% em relação a suas ações, ainda que o CEO Reed Hastings tenha comentado que “nossa posição é excelente” (via The New York Times). A companhia também reportou que, no primeiro trimestre, conseguiu trazer 2,7 milhões de novos usuários para o serviço – um número bem menos do que os 5 milhões prometidos e esperados pelos investidores.

Apesar das agourentas projeções, é improvável que a gigante enfrente sua ruína – ao menos nos próximos anos. Mesmo com as consideráveis quedas, a Netflix ainda representa uma grande revolução no modo de se consumir produtos audiovisuais e, quando lançada, competiu com o monopólio mercenário das salas de cinema e até mesmo gerou controvérsias dentro dos circuitos de premiação. Agora, chegou sua vez de enfrentar essa competição – e mudar sua estratégia no cenário atual.

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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Alguns anos atrás, a Netflix era um dos poucos (senão o único) serviço de streaming disponível e, dessa forma, construiu um império virtual pautado na monopolização de produtos audiovisuais. À época do seu lançamento, seu plano mais caro residia na casa dos R$15,00 e, agora, as opções variam de R$21,90 até R$45,90 (um crescimento exponencial desde sua “estreia”).

Martin acredita que haja uma contraposição entre o preço que os consumidores pagam e a qualidade da definição das telas e, para além disso, uma concorrência cuja “lei da oferta e da procura” é muito mais acessível. Nos últimos anos, por exemplo, tivemos a insurgência de outros serviços de streaming, incluindo a Amazon Prime (cujo valor mensal é apenas R$9,90 e o anual, R$89,90) e o Hulu (que cobra 16 dólares por seu plano premium nos Estados Unidos). E, com se não bastasse, a própria Casa Mouse resolveu dar vida à sua plataforma, o Disney+ que, apesar de ainda não estar disponível no Brasil, tem valor médio que oscila entre 28 reais mensais280 reais anuais).

Com o lançamento da HBO Max e do Peacock no ano que vem, o número de serviços disponível será de 10 – e apenas o da HBO terá valor superior ao da Netflix (e por motivos relativamente justos, considerando que seu catálogo será muito mais tentador, ainda mais levando em conta que as dez temporadas da aclamada série ‘Friends’ estarão em sua biblioteca).

De qualquer forma, não é apenas o preço que implica a escolha dos usuários, mas também o supracitado conteúdo: recentemente, a pioneira plataforma vem recebendo duras críticas por suas produções originais, que, no geral, são destinadas apenas a um determinado público. Entre outros comentários, vários consumidores também reclamam do tempo de carregamento das obras e da própria qualidade das legendas.

As projeções não se baseiam apenas em prospectos futuros, como também utilizam análises recentes para respaldar seus argumentos: segundo a Futuresource, o período entre junho de 2017junho de 2018 assinalou um crescimento de 23% de usuários apenas no Brasil; porém, o mesmo período para 2019 demonstra uma queda de 9% e contabiliza que, até 2022, esse crescimento fique estagnado na casa dos 2,5%.

No mercado norte-americano (o que mais alimenta os lucros da Netflix), os números também não agradam: além de perder mais de 120 mil assinaturas no semestre passado, a plataforma teve uma queda de 9% em relação a suas ações, ainda que o CEO Reed Hastings tenha comentado que “nossa posição é excelente” (via The New York Times). A companhia também reportou que, no primeiro trimestre, conseguiu trazer 2,7 milhões de novos usuários para o serviço – um número bem menos do que os 5 milhões prometidos e esperados pelos investidores.

Apesar das agourentas projeções, é improvável que a gigante enfrente sua ruína – ao menos nos próximos anos. Mesmo com as consideráveis quedas, a Netflix ainda representa uma grande revolução no modo de se consumir produtos audiovisuais e, quando lançada, competiu com o monopólio mercenário das salas de cinema e até mesmo gerou controvérsias dentro dos circuitos de premiação. Agora, chegou sua vez de enfrentar essa competição – e mudar sua estratégia no cenário atual.

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Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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