Segundo o The Hollywood Reporter, o estado de Sir Arthur Conan Doyle, lendário escritor responsável pela criação do detetive Sherlock Holmes e de suas maravilhosas aventuras, abriu um processo contra a Netflix e contra a adaptação ‘Enola Holmes’, estrelada por Millie Bobby Brown e Henry Cavill.
Holmes é um personagem que está presente na cultura pop por mais de 130 anos e, devido à sua longevidade, faz parte do domínio público há bastante tempo – o que significa que qualquer um está livre para fazer o que quiser com as histórias. Entretanto, nem todas as histórias centradas no personagem estão, de fato, disponíveis para o público.
Alguns contos, de fato, ainda estão protegidos pelo estado por serem bastante divergentes da personalidade do protagonista, apresentando o detetive como alguém “amável”, “capaz de ter amizades”, “expressar emoções” e “respeitar mulheres”. Essas mudanças foram escritas em resposta ao momento em que Conan Doyle perdeu sua família na I Guerra Mundial, decidindo que o analítico e calculista personagem precisava crescer e deixar de ser “emotivo”.
Essas qualificações vão de encontro ao novo filme da plataforma de streaming. Logo de cara, Sherlock reage com bastante frieza acerca de sua irmã mais nova, depois abraçando-a com candura e com gentileza. Esses aspectos da personalidade do detetive ainda estão protegidos pela lei e, dessa forma, não estão inclusos no domínio público – o que explica o motivo do processo.
Sendo assim, a Netflix está sendo processada por dar “sentimentos” ao personagem que deve, por lei, ser “frio e calculista”.
Que louco, né?
Além de Brown e Cavill, o longa conta com Helena Bonham Carter como a mãe de Enola. Sam Claflin (‘Jogos Vorazes’, ‘Simplesmente Acontece’) completa o elenco.
Harry Bradbeer (‘Fleabag’) comanda o projeto.
Lembrando que a produção teve seus direitos de distribuição (exceto na China) adquiridos pela Netflix, e foi supervisiona pela Lionsgate.