Dentro de dois dias exatamente o mundo poderá comemorar um novo halloween – conhecido aqui no Brasil como o dia das bruxas, e celebrado no dia 31 de outubro. Mas para os aficionados por terror e toda esta temática – mesmo que seja assustadora apenas de mentirinha – as comemorações da data começam no início do mês e duram todos os dias de outubro. Para ajudar você, querido leitor, a entrar completamente no clima desta data que tanto adoramos, continuamos com nossa série de matérias com dicas de filmes e séries muito propícios a serem assistidos e celebrados nesta ocasião de sustos e arrepios, mas também muita diversão. Seguindo com a coluna deste ano, trazemos agora dicas do segundo streaming de propriedade da Disney, para seus filmes mais adultos: a Star+. Aqui, no entanto, a proposta é diferente das demais desta coluna. Desta vez optamos por filmes mais novos que estão recém-lançados na plataforma, alguns inclusive deste ano, com estreias inéditas no Brasil. Confira abaixo os 10 filmes que selecionamos para você.
Noites Brutais (2022)
Um dos filmes de terror mais elogiados do ano, Barbarian (título original do longa) chega ao Brasil diretamente na plataforma da Star+ de forma exclusiva, sem antes passar pelas salas de cinema. Com alma de produção pequena e independente, o filme não ganhou o hype de outros longas de terror no ano – como por exemplo Halloween Ends, Sorria ou sequer A Órfã 2, mas o que vendeu este Noites Brutais foi a ótima propaganda boca a boca e os elogios rasgados da crítica. A campanha de marketing também contou com muita criatividade, ao colocar câmeras de visão noturna dentro dos cinemas filmando a reação para lá de assustada do público ao assistir ao filme. Outro ponto positivo é a imprevisibilidade do roteiro, repleto de reviravoltas. Na trama, uma jovem (papel de Georgina Campbell) chega a uma casa de Airbnb que alugou simplesmente para perceber que o local já tinha um ocupante (papel de Bill Skarsgard). Os dois são forçados a passar a noite no local – ela com muito receio. Mas este provará ser o menor de seus problemas.
Fresh (2022)
Outra pequena pérola do gênero escondida no acervo da Star+, Fresh chegou à plataforma logo após sua exibição no prestigiado festival de Sundance no início deste ano. Esse também é um filme repleto de surpresas e reviravoltas, que conta com um verdadeiro show da dupla protagonista: a jovem promissora Daisy Edgar-Jones e Sebastian Stan. O filme começa como uma irreverente e mordaz sátira ao mundo dos relacionamentos modernos, mostrando como é difícil encontrar uma alma gêmea nos tempos atuais, ou apenas alguém minimamente apresentável. Jones vive Noa, a moça desiludida. Quando ela finalmente parece ter encontrado o homem de seus sonhos, na forma do cirurgião Steve (Stan), as coisas logo se mostrarão um pesadelo.
O Predador: A Caçada (2022)
Mais um filme lançado ainda este ano de forma exclusiva na plataforma Star+. Quando comprou a Fox, a Disney realmente acertou uma mina de ouro, em posse de um dos estúdios mais tradicionais e frutíferos de Hollywood. Essa dica aqui você deve conhecer bem, já que se trata de um dos filmes mais comentados de 2022, mais elogiados e abraçados pelos fãs – que se tornou também um dos mais populares do ano. Caso você ainda precise de um incentivo para assisti-lo, fica aqui na nossa dica – ou caso tenha visto, vale a reprise. Como o nome deixa claro, esse é mais um filme da franquia O Predador, sobre um caçador intergaláctico vindo para um safari na Terra. Este porém é o filme mais original e criativo da série desde que foi lançada lá em 1987. Desta vez a ação se passa nos anos 1700 e traz como protagonistas uma tribo da nação Comanche, considerados os melhores caçadores da época. Neste cenário Naru (Amber Midthunder) tenta quebrar barreiras e redefinir o papel das mulheres em sua tribo, proibidas de caçar ao lado dos homens na época. Ela quer provar seu valor, e para isso irá se deparar com uma criatura mais que amedrontadora.
Espíritos Obscuros (2021)
Um dos filmes de terror que mais geraram expectativa no ano passado, Antlers (no original) é uma fábula sombria que aborda o folclore de lendas nativo-americanas. O chamariz aqui é o diretor Scott Cooper, que traz no currículo filmes prestigiados e até vencedores do Oscar, vide Coração Louco, Tudo por Justiça e Aliança do Crime. É sempre bom ver um diretor de tamanho prestígio mudar de gênero e resolver trabalhar em outro estilo que não está acostumado, aumentando assim seu alcance criativo. E Cooper se sai muito bem em sua primeira investida no terror. Aqui, uma professora de escola (Keri Russell) e seu irmão xerife (Jesse Plemons) começam a se preocupar com um dos pequenos alunos dela (Jeremy T. Thomas) e sua situação em casa. Tudo está diretamente ligado à lenda do Wendigo, uma criatura mitológica que os antigos indígenas acreditavam ser um espírito maligno que é a mistura do homem, da natureza e dos animais. A produção é de Guillermo del Toro.
O Beco do Pesadelo (2021)
A proposta em nossas listas de dicas para o dia das bruxas é ter alguma sugestão para todo mundo e para todos os gostos. E por mais que a data seja sinônimo de sustos, medo e terror, nem todos tem o paladar para isso, mas muitos ainda desejam curtir a data com algo, digamos, mais acessível. Enquanto alguns preferem produções “assustadoras de mentirinha”, com elementos cômicos, os chamados “terrir”, outros optam pelo “primo” do terror, o suspense, que igualmente traz teor assustador e de gelar a espinha, porém, sempre focando em elementos reais e deixando de lado o teor sobrenatural da fantasia. Nesse quesito se encaixa O Beco do Pesadelo, dirigido por Guillermo del Toro (por falar no cineasta). A superprodução é baseada num livro clássico, escrito por William Lindsay Gresham, e já havia sido levado às telas em 1947, num filme intitulado por aqui como O Beco das Almas Perdidas. Agora, em versão de blockbuster para adultos, com direito à fotografia e direção de arte de tirar o fôlego, del Toro conta a história de um golpista que vai subindo na vida ao trapacear e tirar dinheiro de pessoas ingênuas e incautas. Porém, a ambição logo será sua ruína. O elenco igualmente impressiona, encabeçado por Bradley Cooper, Cate Blanchett e Rooney Mara.
Freaky: No Corpo de um Assassino (2020)
Essa é uma boa perdida para os que não curtem filmes muito assustadores e preferem algo mais leve na hora de celebrar o halloween. Não que Freaky não tenha sua cota de sustos e cenas mais violentas e sangrentas. O “terrir” é escrito e dirigido por Christopher Landon, que tem se especializado no subgênero, misturando terror e comédia de maneiras satisfatória em filmes de sucesso vide Como Sobreviver a um Ataque Zumbi e os dois A Morte te dá Parabéns. E se no último citado o cineasta misturou slasher com filmes de repetição do tempo, aqui ele cria um terror adolescente misturado aos filmes de troca de corpos. Na trama, uma adolescente patricinha termina trocando de lugar com um serial killer no melhor estilo Jason.
Casamento Sangrento (2019)
Foi este filme que garantiu a vaga para os diretores Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett comandarem o quinto filme da franquia Pânico, lançado este ano. Mas não apenas isso, como também sua continuação direta, Pânico 6, que os cineastas estão finalizando para a estreia em 2023. Casamento Sangrento é um terror criativo, que igualmente reserva certo humor ácido na forma de sátira. A trama acompanha Grace, a ótima Samara Weaving, em seu dia mais feliz, o casamento com Alex (Mark O’Brien). Porém, a tradição da família pede por um jogo antes da noite de núpcias. Assim, o que era para ser felicidade, se torna uma luta por sobrevivência quando Grace, com vestido de noiva e tudo, é caçada por sua nova “família” de psicopatas.
Fragmentado (2017)
Esqueça Vidro (2019), a dita conclusão da “saga” de M. Night Shyamalan que terminou se mostrando uma grande balela. E se concentre apenas neste Fragmentado, um dos melhores esforços do cineasta dentro do gênero, mostrando ao mundo que havia recuperado a boa forma. Mesmo com a ligação com Corpo Fechado (2000) ao final, Fragmentado é seu filme próprio, e é melhor pensar nele assim, com começo, meio e fim de forma independente. Um tour de force de James McAvoy, o filme traz o ator interpretando diversos personagens, todos personalidades saídas da mente do mesmo sujeito, um indivíduo extremamente problemático. Algumas de suas personalidades são criminosas e sequestram três jovens.
Mama (2013)
Para os fãs de It – A Coisa (2017) e sua continuação, um enorme sucesso do gênero, vale a pena conhecer o primeiro trabalho juntos do cineasta argentino Andy Muschietti e da estrela Jessica Chastain – e ele ocorreu aqui nesse conto gótico, que tem produção de Guillermo del Toro (ele de novo!). Quando lançou este terror, Chastain já tinha duas indicações ao Oscar no currículo, o que elevou o status do longa e chamou atenção para ele. Na trama, ela vive uma roqueira, uma mulher de estilo de vida radical e alternativo, que precisa cuidar das duas sobrinhas pequenas de seu namorado quando o irmão dele morre. Acontece que as meninas viveram sozinhas numa casa abandonada por algum tempo, sob os cuidados de uma entidade conhecida como Mama. E a criatura virá atrás das meninas, ao mesmo tempo em que conhecemos o passado da entidade.
Garota Infernal (2009)
Existia certo hype no lançamento deste Jennifer’s Body (no título original) nos cinemas, isto porque na época o nome da estrela e protagonista do longa, Megan Fox, era simplesmente um dos mais quentes de Hollywood, graça ao sucesso estrondoso dos filmes Transformers. Quando o filme estreou de fato, bem, digamos que a comoção diminuiu bastante devido ao resultado. Seja como for, bastaram apenas alguns anos mais tarde, talvez uns dez desde seu lançamento, para Garota Infernal ser redescoberto e abraçado por uma nova geração, se tornando uma obra cult. Além, é claro, de uma boa pedida para o dia das bruxas. Na trama, Fox e Amanda Seyfried são melhor amigas colegiais bem diferentes. Fox é a bonitona popular, enquanto Seyfried é a tímida nerd. A dinâmica da amizade muda consideravelmente quando Fox é feita de sacrifício humano para que uma banda de rock em início de carreira alcance o estrelato, se tornando assim um demônio devorador de homens. O que nunca é bom.