sábado , 21 dezembro , 2024

Nostalgia! Relembre os MAIORES ASTROS de Hollywood dos anos 90 e Seus Filmes Marcantes

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Cada geração é nostálgica em relação a uma determinada década ou período. Os mais velhos podem lembrar da era de ouro de Hollywood como uma época mais simples e de valores puristas – muitos tendo ficado ultrapassados nos dias de hoje, é claro. Quando falamos de cinema, no entanto, é inegável que os anos 70 serviram de divisor de águas da contracultura, a época dos hippies e a geração da Nova Hollywood, que revolucionaria o mercado para sempre, e mudaria a maior indústria de cinema do mundo. O resultado disso, por exemplo, entre outras coisas, foi o surgimento dos blockbusters, dos filmes-evento.

Assim seguiram os anos 80 e 90, como verdadeiras fábricas de fazer estrelas e astros modernos. Nessa nova matéria iremos justamente retornar para a década de 1990, para revisitar alguns dos maiores astros de Hollywood do período. Ou seja, daremos uma olhada em cinco atores que faziam muito sucesso na época e que talvez os mais novos não saibam da grandiosidade que foram seus nomes no período. Confira abaixo.



Kevin Costner

Começamos a lista com o verdadeiro Rei de Hollywood do início dos anos 90. É claro que Kevin Costner já fazia sucesso no fim dos anos 80 com filmes como Os Intocáveis (1987), Sem Saída (1987), Sorte no Amor (1988) e Campo dos Sonhos (1989). Mas seria na virada da nova década que o ator veria sua transformação em um dos maiores astros dos EUA. Isso porque logo em 1990, Costner protagonizou, produziu e, principalmente, dirigiu o épico de faroeste Dança com Lobos (filme que retrata os índios pela primeira vez apresentados como figuras bondosas e não como os vilões de sempre) – o grande vencedor do Oscar daquele ano com nada menos que 12 indicações, e 7 vitórias incluindo melhor diretor e melhor filme. É claro que um sucesso deste coloca qualquer um no topo do mundo, e Kevin Costner foi instantaneamente catapultado para lá.

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O ator soube aproveitar muito bem o status que havia ganhado e fez ótimas escolhas em seus projetos. Logo no ano seguinte apareceria em duas produções muito badaladas. A primeira foi Robin Hood – O Príncipe dos Ladrões, um dos blockbusters mais chamativos de 1991, que novamente investia em uma olhada moderna em um ícone do passado. Robin Hood marcou época e se tornou uma das maiores bilheterias do início dos anos 90. No mesmo ano, Costner retornaria num filme mais sério, político e investigativo – que não se esquivou das polêmicas devido à sua visão ideológica. JFK – A Pergunta que Não quer Calar foi indicado para 8 Oscar, incluindo melhor filme. A trilha de boas escolhas de projetos de Kevin Costner seguiria pelo fenômeno O Guarda-Costas (1992) – um dos filmes mais queridos da época; Um Mundo Perfeito (1993), drama dirigido e estrelado por Clint Eastwood; e Wyatt Earp (1994), faroeste superprodução que narra sobre o lendário xerife do título.

Como nada dura para sempre, Kevin Costner sentiria seu primeiro grande baque e veria sua reputação ser arranhada com o lançamento de Waterworld – O Segredo das Águas (1995), espécie de Mad Max na água que deveria ser o novo Dança com Lobos da carreira do astro (servindo como produtor também), mas se tornaria um dos filmes mais desastrosos do cinema na época. Mal havia se recuperado do fracasso de Waterworld e Costner resolveria investir de novo no gênero da ficção pós-apocalíptica, trocando os mares pelos desertos em O Mensageiro (1997), desta vez além de produtor servindo também como diretor. Com os dois knockouts, restou para o ator voltar aos romances esportivos com O Jogo da Paixão (1996), Por Amor (1999) e Uma Carta de Amor (1999). Hoje, Costner faz sucesso na elogiada série Yellowstone, desde 2018.

Tom Hanks

Hollywood é mesmo uma terra de sonhos, e pode mudar completamente a carreira de um ator, o transformando em um astro. Nunca é tarde. Atores podem ter suas carreiras transformadas de uma hora para outra. Veja o caso de Tom Hanks, por exemplo, na década de 80 o ator era apenas conhecido pelos filmes de comédia que fazia – nos quais se encontram Splash – Uma Sereia em Minha Vida (1984), Um Dia a Casa Cai (1986), Dragnet – Desafiando o Perigo (1987), Quero ser Grande (1988), Meus Vizinhos São um Terror (1989) e Uma Dupla Quase Perfeita (1989). Sim, Tom Hanks era um nome famoso e de sucesso, mas o que seria seu pulo do gato para se tornar um verdadeiro astro ocorreria no início dos anos 90 com sua vitória no Oscar de melhor ator.

É indiscutível que Filadélfia (1993) foi a grande chance que o ator teve de demonstrar que também podia ser um “ator sério”. Não que Hanks já não tivesse se aventurado pelo drama antes, mas o fez em produções “esquecidas” pelo público. Já Filadélfia se tornou um grande sucesso de crítica e público, e fez todos verem que Hanks era mais que um ator de comédias no papel de um advogado discriminado por ter AIDS e ser gay em 1993. Mas e quem disse que Tom Hanks pararia por aí? Sentindo o gostinho do prestígio, logo no ano seguinte o ator estava interessado em quebrar recordes e o fez se tornando o segundo ator da história a vencer o Oscar na categoria de intérprete principal por dois anos consecutivos. A segunda vitória foi pelo atemporal Forrest Gump (1994), que de quebra ainda se tornou um dos fenômenos mais queridos da sétima arte.

Por pouco Hanks não faz a trinca, já que em 1995 foi indicado uma terceira vez por Apollo 13, mas esta terminou não levando. Já imaginou? Em 1996 estreava na direção com seu “cover” dos Beatles em The Wonders – O Sonho não Acabou (cuja música da trilha grudou igual chiclete). Ainda no fim da década estrearia ao lado de Steven Spielberg no fantástico drama de guerra O Resgate do Soldado Ryan (1998) – com mais uma indicação para melhor ator -; no drama sobrenatural baseado em Stephen King À Espera de um Milagre (1999); e recobrando a parceria com Meg Ryan no romance Mens@gem para Você (1998). Ah sim, mostrando ser cool, Hanks cederia a voz para o boneco Woody na primeira animação em 3D da Disney e da história do cinema com Toy Story (1995) e voltaria para mais três filmes deste universo. Hanks continua em alta, e ano passado estrelou Elvis e O Pior Vizinho do Mundo (em cartaz nos cinemas).

Jim Carrey

É preciso aproveitar o auge de popularidade, pois nunca se sabe quanto tempo ela irá durar. Uma das coisas mais difíceis para um ator é administrar sua carreira e conseguir permanecer na crista da onda por décadas. Justamente por isso é admirável o que atores como Tom Cruise conseguiram atingir. Para Jim Carrey, nenhuma outra época se comparou aos anos 90. Carrey é mais um ator que já fazia filmes nos anos 80, mas na época estava bem longe de ser famoso. Em seu repertório da época estão longas que hoje se tornaram cult, como Procura-se um Rapaz Virgem (1985) e Meu Amante é de Outro Mundo (1988). Carrey inclusive obteve destaque na TV no início dos anos 90, quando estrelou o programa de esquetes In Living Color (de 1990 a 1994).

Mas o ano de 1994 definitivamente seria o divisor de águas na carreira de Jim Carrey. Aliás, nenhum outro astro de Hollywood talvez tenha tanto a agradecer ao ano de 1994 quanto Jim Carrey. Isso porque neste ano foram lançados os três filmes que colocariam o nome do ator no mapa para sempre. O primeiro foi Ace Ventura – Um Detetive Diferente, aposta certeira da Warner no ator de cara de borracha, criando um de seus personagens mais únicos da carreira. Seguindo de perto veio logo O Máskara, uma produção atemporal que foi um dos primeiros exemplos de filmes a utilizarem de maneira magnânima os efeitos especiais de computadores, pegando o rastro de Jurassic Park. E terceiro, para fechar o caixão, veio o mega sucesso da comédia incorreta Débi & Lóide – Dois Idiotas em Apuros. Pronto, o nome do ator estava escrito nas estrelas.

Logo no ano seguinte, Carrey estrelava em mais dois sucessos. Primeiro em Batman Eternamente, ao ser escolhido para o vilão Charada (e “sequestrar o filme”), isso que é moral. Depois veio Ace Ventura 2, já com o ator no topo do mundo. Daí foi só correr para o abraço. Porém, quanto mais alto estamos, maior é o tombo. E o tombo veio com O Pentelho (1996). No ano seguinte, no entanto, Carrey já estava recuperado, com O Mentiroso (1997). Depois, investiu em ser reconhecido como ator sério, e mandou muito bem em O Show de Truman (1998) e O Mundo de Andy (1999). Hoje, Carrey lida com sua depressão e a morte de sua companheira. Se tornou uma figura em partes polêmica, e em partes esquecida. Mesmo assim recuperou uma pequena porção de sua fama com os dois filmes da franquia Sonic, sucessos para a garotada.

Nicolas Cage

Talvez os mais novos nem consigam dimensionar o que foi Nicolas Cage nos anos 90. Isso devido ao status atual do astro, mergulhado em inúmeras produções do cinema B, que por aqui sequer recebem lançamento nos cinemas, e muitas vezes nos EUA também não. São muitas produções esquecíveis por ano protagonizadas por Cage. Mas quem viveu a época entende e sabe muito bem qual era a potência de Nicolas Cage no período. Assim como os demais atores desta lista, Cage começou sua carreira ainda na década de 1980, onde participou de boas produções cult, como Arizona Nunca Mais, Um Estranho Vampiro e O Feitiço da Lua. Mas assim como os demais atores contidos aqui também sua grande revelação viria em meados da década seguinte.

Foi em 1995, graças a um drama pouco conhecido hoje em dia, chamado Despedida em Las Vegas, que a carreira de Nicolas Cage mudaria para sempre. Foi devido a este filme, no qual interpreta um alcoólatra viajando até Las Vegas com o propósito de beber até morrer, que o ator ganharia o Oscar, entrando para o time A de astros de Hollywood. Depois disso, Nick Cage resolveu se transformar em um herói de ação, e o fez em grande estilo, com A Rocha (ao lado de Sean Connery, dirigido por Michael Bay), Con Air – A Rota da Fuga e A Outra Face (com John Travolta, de John Woo).

A esta altura Nicolas Cage já estava consolidado como um dos grandes nomes de Hollywood, e entregava alguns dos maiores blockbusters da época. Mas o ator não queria ficar conhecido apenas pelos filmes de ação. Desta forma resolvia investir também no romance, com Cidade dos Anjos (ao lado de Meg Ryan, 1998); nos thrillers, com Olhos de Serpente (de Brian De Palma, 1998) e Oito Milímetros (de Joel Schumacher, 1999); e no drama existencial, com Vivendo no Limite (de Martin Scorsese, 1999 – sentiram a moral). Aos poucos nos últimos anos Nicolas Cage vem fazendo as pazes com o sucesso. Em 2021 lançou o elogiado PIG – A Vingança, sobre um homem comum atrás de seu porco. E ano passado, deu o que falar com a comédia O Peso do Talento, no qual interpreta a si mesmo. Este ano viverá Drácula em Renfield – Dando o Sangue Pelo Chefe, comédia com a mitologia do maior vampiro de todos.

Arnold Schwarzenegger

Finalizando nossa lista dos maiores astros dos anos 80 temos o verdadeiro rei da ação do período. Schwarzenegger e Sylvester Stallone dividiram o protagonismo do gênero na década. Mas enquanto Stallone viu seu auge na década de 1980, em especial devido ao enorme sucesso de Rambo 2, o ator austríaco esperaria até a década seguinte, mesmo tendo tido sucessos nos anos 80, para se tornar o rei das bilheterias com O Exterminador do Futuro 2 (1991) – um fenômeno incontestável para o cinema entretenimento, surgindo como um marco divisor de águas no terreno dos efeitos visuais. É verdade que nos anos 80, Arnold já havia feito dois Conan, um Exterminador do Futuro, O Predador, Comando para Matar, entre outros. Mas o segundo Exterminador do Futuro não seria apenas mais um sucesso em seu currículo, mas sim um fenômeno mundial, elevando o status do grandalhão a um novo patamar.

É indiscutível que O Exterminador do Futuro 2 foi o auge da carreira de Schwarzenegger. E o astro estava disposto a seguir nessa tendência. Logo em seguida, ele preparou um projeto ambicioso, em nova parceria com o mesmo diretor de O Predador (John McTiernan). O filme em questão foi O Último Grande Herói (1993), o qual Arnold esperava que derrubasse os dinossauros de Spielberg em Jurassic Park. O resultado não foi bem esse na época, embora hoje a produção tenha ressurgido como cult. Sorte melhor teve sua investida seguinte, com True Lies (1994), o melhor filme de James Bond da época (que não era realmente de James Bond), dirigido por James Cameron. Foi esse sucesso todo que garantiu ao astro a entrada na galeria de vilões de Batman, em Batman & Robin (1997), infelizmente mais uma superprodução que não deu muito certo.

O último trabalho de Schwarzenegger no cinema até o momento foi retornando para a franquia que o consagrou em O Exterminador do Futuro – Destino Sombrio (2019) – o sexto longa da série. Arnold prepara ainda duas sequências tardias e promissoras de seu currículo. Trigêmeos já está em fase de pré-produção, e servirá de continuação para Irmãos Gêmeos, desta vez colocando o ator e Danny DeVito encontrando um terceiro irmão nas formas de Eddie Murphy. Além disso, Rei Conan trará o ator novamente como o Bárbaro, agora em fase mais velha, e está sendo desenvolvido atualmente.

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Cada geração é nostálgica em relação a uma determinada década ou período. Os mais velhos podem lembrar da era de ouro de Hollywood como uma época mais simples e de valores puristas – muitos tendo ficado ultrapassados nos dias de hoje, é claro. Quando falamos de cinema, no entanto, é inegável que os anos 70 serviram de divisor de águas da contracultura, a época dos hippies e a geração da Nova Hollywood, que revolucionaria o mercado para sempre, e mudaria a maior indústria de cinema do mundo. O resultado disso, por exemplo, entre outras coisas, foi o surgimento dos blockbusters, dos filmes-evento.

Assim seguiram os anos 80 e 90, como verdadeiras fábricas de fazer estrelas e astros modernos. Nessa nova matéria iremos justamente retornar para a década de 1990, para revisitar alguns dos maiores astros de Hollywood do período. Ou seja, daremos uma olhada em cinco atores que faziam muito sucesso na época e que talvez os mais novos não saibam da grandiosidade que foram seus nomes no período. Confira abaixo.

Kevin Costner

Começamos a lista com o verdadeiro Rei de Hollywood do início dos anos 90. É claro que Kevin Costner já fazia sucesso no fim dos anos 80 com filmes como Os Intocáveis (1987), Sem Saída (1987), Sorte no Amor (1988) e Campo dos Sonhos (1989). Mas seria na virada da nova década que o ator veria sua transformação em um dos maiores astros dos EUA. Isso porque logo em 1990, Costner protagonizou, produziu e, principalmente, dirigiu o épico de faroeste Dança com Lobos (filme que retrata os índios pela primeira vez apresentados como figuras bondosas e não como os vilões de sempre) – o grande vencedor do Oscar daquele ano com nada menos que 12 indicações, e 7 vitórias incluindo melhor diretor e melhor filme. É claro que um sucesso deste coloca qualquer um no topo do mundo, e Kevin Costner foi instantaneamente catapultado para lá.

O ator soube aproveitar muito bem o status que havia ganhado e fez ótimas escolhas em seus projetos. Logo no ano seguinte apareceria em duas produções muito badaladas. A primeira foi Robin Hood – O Príncipe dos Ladrões, um dos blockbusters mais chamativos de 1991, que novamente investia em uma olhada moderna em um ícone do passado. Robin Hood marcou época e se tornou uma das maiores bilheterias do início dos anos 90. No mesmo ano, Costner retornaria num filme mais sério, político e investigativo – que não se esquivou das polêmicas devido à sua visão ideológica. JFK – A Pergunta que Não quer Calar foi indicado para 8 Oscar, incluindo melhor filme. A trilha de boas escolhas de projetos de Kevin Costner seguiria pelo fenômeno O Guarda-Costas (1992) – um dos filmes mais queridos da época; Um Mundo Perfeito (1993), drama dirigido e estrelado por Clint Eastwood; e Wyatt Earp (1994), faroeste superprodução que narra sobre o lendário xerife do título.

Como nada dura para sempre, Kevin Costner sentiria seu primeiro grande baque e veria sua reputação ser arranhada com o lançamento de Waterworld – O Segredo das Águas (1995), espécie de Mad Max na água que deveria ser o novo Dança com Lobos da carreira do astro (servindo como produtor também), mas se tornaria um dos filmes mais desastrosos do cinema na época. Mal havia se recuperado do fracasso de Waterworld e Costner resolveria investir de novo no gênero da ficção pós-apocalíptica, trocando os mares pelos desertos em O Mensageiro (1997), desta vez além de produtor servindo também como diretor. Com os dois knockouts, restou para o ator voltar aos romances esportivos com O Jogo da Paixão (1996), Por Amor (1999) e Uma Carta de Amor (1999). Hoje, Costner faz sucesso na elogiada série Yellowstone, desde 2018.

Tom Hanks

Hollywood é mesmo uma terra de sonhos, e pode mudar completamente a carreira de um ator, o transformando em um astro. Nunca é tarde. Atores podem ter suas carreiras transformadas de uma hora para outra. Veja o caso de Tom Hanks, por exemplo, na década de 80 o ator era apenas conhecido pelos filmes de comédia que fazia – nos quais se encontram Splash – Uma Sereia em Minha Vida (1984), Um Dia a Casa Cai (1986), Dragnet – Desafiando o Perigo (1987), Quero ser Grande (1988), Meus Vizinhos São um Terror (1989) e Uma Dupla Quase Perfeita (1989). Sim, Tom Hanks era um nome famoso e de sucesso, mas o que seria seu pulo do gato para se tornar um verdadeiro astro ocorreria no início dos anos 90 com sua vitória no Oscar de melhor ator.

É indiscutível que Filadélfia (1993) foi a grande chance que o ator teve de demonstrar que também podia ser um “ator sério”. Não que Hanks já não tivesse se aventurado pelo drama antes, mas o fez em produções “esquecidas” pelo público. Já Filadélfia se tornou um grande sucesso de crítica e público, e fez todos verem que Hanks era mais que um ator de comédias no papel de um advogado discriminado por ter AIDS e ser gay em 1993. Mas e quem disse que Tom Hanks pararia por aí? Sentindo o gostinho do prestígio, logo no ano seguinte o ator estava interessado em quebrar recordes e o fez se tornando o segundo ator da história a vencer o Oscar na categoria de intérprete principal por dois anos consecutivos. A segunda vitória foi pelo atemporal Forrest Gump (1994), que de quebra ainda se tornou um dos fenômenos mais queridos da sétima arte.

Por pouco Hanks não faz a trinca, já que em 1995 foi indicado uma terceira vez por Apollo 13, mas esta terminou não levando. Já imaginou? Em 1996 estreava na direção com seu “cover” dos Beatles em The Wonders – O Sonho não Acabou (cuja música da trilha grudou igual chiclete). Ainda no fim da década estrearia ao lado de Steven Spielberg no fantástico drama de guerra O Resgate do Soldado Ryan (1998) – com mais uma indicação para melhor ator -; no drama sobrenatural baseado em Stephen King À Espera de um Milagre (1999); e recobrando a parceria com Meg Ryan no romance Mens@gem para Você (1998). Ah sim, mostrando ser cool, Hanks cederia a voz para o boneco Woody na primeira animação em 3D da Disney e da história do cinema com Toy Story (1995) e voltaria para mais três filmes deste universo. Hanks continua em alta, e ano passado estrelou Elvis e O Pior Vizinho do Mundo (em cartaz nos cinemas).

Jim Carrey

É preciso aproveitar o auge de popularidade, pois nunca se sabe quanto tempo ela irá durar. Uma das coisas mais difíceis para um ator é administrar sua carreira e conseguir permanecer na crista da onda por décadas. Justamente por isso é admirável o que atores como Tom Cruise conseguiram atingir. Para Jim Carrey, nenhuma outra época se comparou aos anos 90. Carrey é mais um ator que já fazia filmes nos anos 80, mas na época estava bem longe de ser famoso. Em seu repertório da época estão longas que hoje se tornaram cult, como Procura-se um Rapaz Virgem (1985) e Meu Amante é de Outro Mundo (1988). Carrey inclusive obteve destaque na TV no início dos anos 90, quando estrelou o programa de esquetes In Living Color (de 1990 a 1994).

Mas o ano de 1994 definitivamente seria o divisor de águas na carreira de Jim Carrey. Aliás, nenhum outro astro de Hollywood talvez tenha tanto a agradecer ao ano de 1994 quanto Jim Carrey. Isso porque neste ano foram lançados os três filmes que colocariam o nome do ator no mapa para sempre. O primeiro foi Ace Ventura – Um Detetive Diferente, aposta certeira da Warner no ator de cara de borracha, criando um de seus personagens mais únicos da carreira. Seguindo de perto veio logo O Máskara, uma produção atemporal que foi um dos primeiros exemplos de filmes a utilizarem de maneira magnânima os efeitos especiais de computadores, pegando o rastro de Jurassic Park. E terceiro, para fechar o caixão, veio o mega sucesso da comédia incorreta Débi & Lóide – Dois Idiotas em Apuros. Pronto, o nome do ator estava escrito nas estrelas.

Logo no ano seguinte, Carrey estrelava em mais dois sucessos. Primeiro em Batman Eternamente, ao ser escolhido para o vilão Charada (e “sequestrar o filme”), isso que é moral. Depois veio Ace Ventura 2, já com o ator no topo do mundo. Daí foi só correr para o abraço. Porém, quanto mais alto estamos, maior é o tombo. E o tombo veio com O Pentelho (1996). No ano seguinte, no entanto, Carrey já estava recuperado, com O Mentiroso (1997). Depois, investiu em ser reconhecido como ator sério, e mandou muito bem em O Show de Truman (1998) e O Mundo de Andy (1999). Hoje, Carrey lida com sua depressão e a morte de sua companheira. Se tornou uma figura em partes polêmica, e em partes esquecida. Mesmo assim recuperou uma pequena porção de sua fama com os dois filmes da franquia Sonic, sucessos para a garotada.

Nicolas Cage

Talvez os mais novos nem consigam dimensionar o que foi Nicolas Cage nos anos 90. Isso devido ao status atual do astro, mergulhado em inúmeras produções do cinema B, que por aqui sequer recebem lançamento nos cinemas, e muitas vezes nos EUA também não. São muitas produções esquecíveis por ano protagonizadas por Cage. Mas quem viveu a época entende e sabe muito bem qual era a potência de Nicolas Cage no período. Assim como os demais atores desta lista, Cage começou sua carreira ainda na década de 1980, onde participou de boas produções cult, como Arizona Nunca Mais, Um Estranho Vampiro e O Feitiço da Lua. Mas assim como os demais atores contidos aqui também sua grande revelação viria em meados da década seguinte.

Foi em 1995, graças a um drama pouco conhecido hoje em dia, chamado Despedida em Las Vegas, que a carreira de Nicolas Cage mudaria para sempre. Foi devido a este filme, no qual interpreta um alcoólatra viajando até Las Vegas com o propósito de beber até morrer, que o ator ganharia o Oscar, entrando para o time A de astros de Hollywood. Depois disso, Nick Cage resolveu se transformar em um herói de ação, e o fez em grande estilo, com A Rocha (ao lado de Sean Connery, dirigido por Michael Bay), Con Air – A Rota da Fuga e A Outra Face (com John Travolta, de John Woo).

A esta altura Nicolas Cage já estava consolidado como um dos grandes nomes de Hollywood, e entregava alguns dos maiores blockbusters da época. Mas o ator não queria ficar conhecido apenas pelos filmes de ação. Desta forma resolvia investir também no romance, com Cidade dos Anjos (ao lado de Meg Ryan, 1998); nos thrillers, com Olhos de Serpente (de Brian De Palma, 1998) e Oito Milímetros (de Joel Schumacher, 1999); e no drama existencial, com Vivendo no Limite (de Martin Scorsese, 1999 – sentiram a moral). Aos poucos nos últimos anos Nicolas Cage vem fazendo as pazes com o sucesso. Em 2021 lançou o elogiado PIG – A Vingança, sobre um homem comum atrás de seu porco. E ano passado, deu o que falar com a comédia O Peso do Talento, no qual interpreta a si mesmo. Este ano viverá Drácula em Renfield – Dando o Sangue Pelo Chefe, comédia com a mitologia do maior vampiro de todos.

Arnold Schwarzenegger

Finalizando nossa lista dos maiores astros dos anos 80 temos o verdadeiro rei da ação do período. Schwarzenegger e Sylvester Stallone dividiram o protagonismo do gênero na década. Mas enquanto Stallone viu seu auge na década de 1980, em especial devido ao enorme sucesso de Rambo 2, o ator austríaco esperaria até a década seguinte, mesmo tendo tido sucessos nos anos 80, para se tornar o rei das bilheterias com O Exterminador do Futuro 2 (1991) – um fenômeno incontestável para o cinema entretenimento, surgindo como um marco divisor de águas no terreno dos efeitos visuais. É verdade que nos anos 80, Arnold já havia feito dois Conan, um Exterminador do Futuro, O Predador, Comando para Matar, entre outros. Mas o segundo Exterminador do Futuro não seria apenas mais um sucesso em seu currículo, mas sim um fenômeno mundial, elevando o status do grandalhão a um novo patamar.

É indiscutível que O Exterminador do Futuro 2 foi o auge da carreira de Schwarzenegger. E o astro estava disposto a seguir nessa tendência. Logo em seguida, ele preparou um projeto ambicioso, em nova parceria com o mesmo diretor de O Predador (John McTiernan). O filme em questão foi O Último Grande Herói (1993), o qual Arnold esperava que derrubasse os dinossauros de Spielberg em Jurassic Park. O resultado não foi bem esse na época, embora hoje a produção tenha ressurgido como cult. Sorte melhor teve sua investida seguinte, com True Lies (1994), o melhor filme de James Bond da época (que não era realmente de James Bond), dirigido por James Cameron. Foi esse sucesso todo que garantiu ao astro a entrada na galeria de vilões de Batman, em Batman & Robin (1997), infelizmente mais uma superprodução que não deu muito certo.

O último trabalho de Schwarzenegger no cinema até o momento foi retornando para a franquia que o consagrou em O Exterminador do Futuro – Destino Sombrio (2019) – o sexto longa da série. Arnold prepara ainda duas sequências tardias e promissoras de seu currículo. Trigêmeos já está em fase de pré-produção, e servirá de continuação para Irmãos Gêmeos, desta vez colocando o ator e Danny DeVito encontrando um terceiro irmão nas formas de Eddie Murphy. Além disso, Rei Conan trará o ator novamente como o Bárbaro, agora em fase mais velha, e está sendo desenvolvido atualmente.

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