O passado não reconhece o seu lugar: está sempre presente. Um dos grandes destaques do último festival de cinema de Gramado, O Último Cine Drive-Inmarca a estréia do diretor Iberê Carvalho na direção e com muita delicadeza faz uma bela homenagem ao mundo perdido dos 35 mm e dos Drive-in, praticamente extintos no Brasil e que antes faziam parte do circuito cinematográfico brasileiro. Com uma poderosa atuação do experiente Othon Bastos e com as ótimas interpretações de Fernanda Rocha , Breno Nina , o filme cria um entrosado clima para desfrute dos cinéfilos de plantão.
Na trama, conhecemos o jovem Marlombrando (Breno Nina), um rapaz de menos da meia idade que se vê perdido em um caos emocional enorme com a ida da mãe a um hospital, os conflitos do passado que precisa enfrentar e as lembranças lindas de uma vida antiga mas que ainda o traz boas lembranças. Seu pai, Almeida (Othon Bastos) é dono de um quase abandonado Drive-in em Brasília e lá o futuro de todos será decidido a partir das escolhas que são muito mais do coração do que da razão.
Em meio a 35 mms, uma crítica (não muito profunda) a indústria cinematográfica e aos governantes que muitas vezes preferem construir prédios em vez de investir na cultura, o longa-metragem de 100 minutos é um drama carregado de emoção que possui um primeiro ato praticamente perfeito que deixam o espectador com os olhos grudados nos acontecimentos. A carga emocional embutida em cada conflito de cada personagem ajudam e muito a história de tornar interessante a todos. O Último Cine Drive-In , de uma maneira geral, é, sem dúvidas, um dos trabalhos mais consistentes do nosso cinema nos últimos anos.
O único fator que pode causar algum ponto negativo com o filme, é que a trama arma todo seu conteúdo para um grande final, ou alguma surpreendente ideia que a história possa apresentar, porém, as conclusões que se chega ao final são bem pés no chão e nem de longe há um clímax impactante. Mas, como já mencionado, a delicadeza com que os personagens são interpretados gera uma empatia instantânea com o público, que deve gostar bastante desse belo trabalho nacional.
O CinePOP divulga, com EXCLUSIVIDADE, um clipe da comédia romântica ‘Sexo, Amor e Terapia‘ (Tu Veux ou Tu Veux Pas?), que já está em exibição nos cinemas nacionais.
Em ‘Sexo, Amor e Terapia‘, presenciamos o encontro inesperado de Judith (Sophie Marceau), uma mulher que vive abertamente a sua sexualidade, mantendo casos com diversos homens; e Lambert (Patrick Bruel), um viciado em sexo que tenta justamente pensar em outra coisa e conter os seus desejos. Mas quando Judith passa a trabalhar como assistente no consultório de Lambert, a situação não vai ficar muito fácil para nenhum dos dois.
O que seria de qualquer lista romântica sem uma das representantes máxima do subgênero, a musa Julia Roberts. Mas nem só de comédias leves e sonhos de Cinderela viveu a musa. Aqui, com 24 aninhos, e já duas indicações ao Oscar no currículo, Roberts vive uma jovem com desejo de recomeçar a vida. Ela arruma emprego cuidando de um rapaz com câncer, interpretado por Campbell Scott. Nem precisa dizer que os dois se apaixonam, e lá vêm as lágrimas. A obra é baseada no Livro de Marti Leimbach e a direção é do inconstante Joel Schumacher.
Segundo romance do escritor Nicholas Sparks adaptado para o cinema, Um Amor para Recordar é também um dos mais adorados pelos fãs do autor. Esta lista, aliás, poderia contar somente com obras de Sparks, já que seus textos sempre contam com os mesmos elementos, o principal deles sendo “um amor sofrido demais”. Aqui, os sumidos Mandy Moore e Shane West interpretam Jamie, a filha do pastor da cidade e Landon, o rebelde infrator local. Tais personalidades tão distintas se apaixonam de forma inesperada, somente para serem testados pela doença terminal da menina. A veterana Daryl Hannah também está no elenco, e a direção é de Adam Shankman, de Rock of Ages: O Filme.
Talvez só exista um par tão perfeito quanto Sandra Bullock para o ator Keanu Reeves no cinema. E ele é Charlize Theron. Aqui, a dupla refaz a parceria do suspense Advogado do Diabo (1997), num filme bem diferente. Trata-se da refilmagem de Por Toda a Minha Vida (1968), de Robert Ellis Miller. O remake é dirigido pelo irlandês Pat O´Connor, de Círculo de Paixões (1997) – com Liv Tyler e Joaquin Phoenix, e também apresenta um romance inusitado entre duas pessoas bem diferentes. Uma delas, no caso Theron, é uma doente terminal de câncer. Apesar de adorada pelas românticas irremediáveis, a produção recebeu três indicações ao Framboesa de Ouro, o anti-Oscar (pior ator e atriz para Reeves e Theron respectivamente, e pior refilmagem ou sequência).
Talvez o filme atual que venha à mente da maioria quando se pensa em jovem terminal de câncer buscando novas experiências. A menina Dakota Fanning entrou na fase mais madura de sua carreira, embora muitos ainda não tenham percebido. O motivo é que a atriz tem optado por produções do cinema independente americano (este aqui, britânico, com direito a sotaque) e muitas dessas obras são desconhecidas do grande público. De cabelos curtos, Fanning é uma jovem que resolve criar uma lista com tudo o que deseja realizar antes de partir. Agora e Para Sempre é baseado no livro de Jenny Downham.
Eu disse que a lista poderia ter apenas produções baseadas em Nicholas Sparks, mas esta será a última selecionada, prometo. Não por menos, esta é considerada a obra quintessencial no que diz respeito a adaptações do escritor. Mesmo quem não tem consciência de se tratar de uma adaptação, aprova este romance intenso protagonizado por Ryan Gosling e Rachel McAdams. A história de Romeu e Julieta, ou da Dama e o Vagabundo, é recriada nos anos 1940. Um jovem pobre e apaixonado começa um relacionamento com uma burguesa e passam por todos os empecilhos imagináveis. O interessante aqui é mostrar o depois, com o casal de pombinhos agora interpretado pelos veteranos James Garner e Gena Rowlands (mãe do diretor do filme, Nick Cassavetes, do recente Mulheres ao Ataque), enfrentando o Alzheimer dela.
50% (50/50, 2011)
Agora, um filme no qual o doente é o rapaz, para variar. Esse é também provavelmente o melhor filme da lista. Uma mistura de comédia, com drama edificante e sério, esta produção trata o câncer de forma indulgente e para cima, de forma respeitosa. O ótimo Joseph Gordon-Levitt é Adam, um jovem que se descobre com câncer. Ao mesmo tempo em que é deixado pela egoísta namorada, vivida por Bryce Dallas Howard (que não quer lidar com este problema em sua vida), seu melhor amigo interpretado pelo sempre divertido Seth Rogen, faz de tudo para animá-lo e fazê-lo seguir. O rapaz reata os laços com mãe, papel de Anjelica Huston (ótima) e vê surgir em sua vida uma nova promessa de felicidade, na forma de sua psicóloga, Anna Kendrick.
Outro saído diretamente dos anos 1990, esse filme traz como protagonistas a dupla saída de Batman Eternamente, do mesmo ano. O sumido Chris O´Donnell (então com 25 anos) e Drew Barrymore (20 aninhos na época) interpretam estudantes colegiais muito diferentes que… você adivinhou, se apaixonam. Onde estão os casais parecidos do cinema? Ele é Matt, um rapaz certinho, e ela vive Casey (o mesmo nome da primeira vítima do terror Pânico, interpretada pela própria), a doidinha de plantão. Depois de problemas e do comportamento errático constante, Casey é internada num hospital psiquiátrico. Seu cavaleiro reluzente a resgata do local, somente para depois perceberam que a menina sofre de transtorno bipolar.
Este filme feito para a TV nos Estados Unidos, traz a sumida Jennifer Love Hewitt como a protagonista. A atriz, que teve o seu auge com filmes de terror e algumas comédias no fim da década de 1990, vive Sam, uma musicista americana vivendo em Londres com o marido Ian, papel de Paul Nicholls. O casal passa por dificuldades de relacionamento. É quando de forma impactante, a personagem de Hewitt sofre um acidente de trânsito fatal. Na manhã seguinte, o casal recebe uma nova chance de ficar junto. A obra tem elementos que depois foram utilizados no suspense romântico com Sandra Bullock, Premonições (2007). Duas curiosidades são a presença do talentoso Tom Wilkinson (Conduta de Risco) no elenco e a direção de Gil Junger, do cultuado 10 Coisas que eu Odeio em Você (1999). Hewitt também produz o filme.
Muitos acreditam que este romance é baseado num livro de Nicholas Sparks. Talvez até mesmo os produtores, que o venderam de forma agressiva desta maneira. O motivo para isso é que temos como protagonistas as estrelas de duas de suas obras mais conhecidas e adoradas, Rachel McAdams (Diário de uma Paixão) e Channing Tatum (Querido John). No filme, Tatum é um jovem precisando lidar com uma realidade devastadora: Após envolverem-se em um acidente de carro, sua esposa (McAdams) o apagou de sua memória. De todo o resto ela lembra. O fato faz seus pais (Jessica Lange e Sam Neill) tentarem resgatar a antiga vida da filha longe dele, enquanto o marido tenta desesperadamente reconquistá-la. O filme fez sucesso com o público jovem e figurou com indicações no MTV Movie Awards e Teen Choice Awards.
O único filme da lista indicado ao Oscar, O Lado Bom da Vida também trouxe uma indicação para o protagonista Bradley Cooper e deu a vitória para a talentosa Jennifer Lawrence. Esse também não é um filme sobre câncer, mas sim sobre doenças mentais, como a bipolaridade. Após pegar a traição da esposa, o professor Pat (Cooper) surta e é internado num hospital psiquiátrico. Ao ser liberado, a coisa que parece lhe dar forças é a amizade com a igualmente atormentada Tiffany (Lawrence), uma recente viúva, que usa o sexo como forma de escape. A obra é baseada no livro de Matthew Quick, e inspirou o cineasta David O. Russell, que sofre com o filho, portador de um mal similar.
‘Velozes e Furiosos 8‘ (Fast and Furious 8) teve sua estreia marcada para 14 de abril de 2017, e novidades começam a surgir.
Segundo o Daily Mail, os produtores querem o irmão de Paul Walker no elenco.
Cody Walker, que serviu de dublê para as cenas adicionais de Paul no sétimo filme, pode interpretar o irmão de Brian, Jack O’Conner.
Após seu amigo se aposentar, Dominic Toretto (Vin Diesel) precisará da ajuda do irmão de O’Conner para combater o vingativo Deckard Shaw (Jason Statham).
‘Velozes e Furiosos 7‘ se tornou a quinta maior bilheteria da história do cinema, atrás de ‘Os Vingadores‘ desde 2012. O sétimo filme da franquia estrelada porVin Diesel ePaul Walker somou US$ 1,511 bilhão mundialmente.
A sequência irá para Nova York e prometeu que o filme será realizado por conta de um desejo de Paul Walker, afirmou Vin Diesel.
“Bem, eu estava tentando manter isso em sigilo durante a divulgação de ‘Velozes e Furiosos 7’. Paul costumava dizer que o oitavo filme estava garantido. E, de certa forma, quando seu irmão garante algo, você sente que precisa se certificar de que isso venha a acontecer”, disse à MTV.
O ator acrescentou que se “‘Velozes e Furiosos 7’ foi para Paul, o oitavo é por causa de Paul”.
Sinopse:Vin Diesel e Paul Walker lideram a reunião dos astros de todos os capítulos da explosiva franquia de velocidade em Velozes e Furiosos 5 – Operação Rio.
Desde que Brian e Mia Toretto (Brewster) tiraram Dom da cadeia, eles vivem atravessando muitas fronteiras para enganar as autoridades. Agora, encurralados no Rio de Janeiro, eles precisam fazer um último trabalho para ganhar sua liberdade. Enquanto montam uma equipe de elite de pilotos de corrida, estes aliados improváveis sabem que a única possibilidade de se saírem bem será confrontar o empresário corrupto que quer vê-los mortos. Mas ele não é o único que está atrás deles.
O agente federal Lucas Hobbs (Johnson) nunca erra o alvo. Quando é indicado para perseguir Dom e Brian, ele e sua equipe de ataque iniciam uma caçada incessante para capturá-los. Mas, enquanto seus homens se enfiam pelo Brasil, Hobbs descobre que é impossível separar os mocinhos dos bandidos. Agora, ele deve confiar em seus instintos para encurralar suas presas… antes que alguém mais o faça
Curiosidades:
» Teve seu título nacional alterado de ‘Velozes Cinco‘ para ‘Velozes e Furiosos 5 – Operação Rio‘.
» ‘Velozes e Furiosos 5 – Operação Rio‘ usou Porto Rico para gravar as cenas que se passam no Brasil. A ilha caribenha representará o Brasil, já que grande parte da trama se passa em nosso país.
» Algumas cenas foram filmadas por aqui, no Rio de Janeiro.
» O longa foge dos títulos anteriores da franquia e será lançado como ‘Fast Five‘.
» O diretor Justin Lin (‘Velozes e Furiosos: Desafio em Tóquio’ e ‘Velozes e Furiosos 4’) assume a direção do quinto filme.
» ‘Velozes e Furiosos 4‘ arrecadou US$ 170 milhões, apenas nos EUA.
» O ator Selton Mello revelou que declinou um convite para atuar em ‘Velozes e Furiosos 5 – Operação Rio’. “Recebi o convite, mas não comentei com ninguém. O personagem até era legal, mas o filme de ação não tinha muito a ver comigo, não tinha muito o perfil do meu trabalho. Tenho vontade de fazer coisas fora do país, sim, mas por outra via”, revelou.
Após cortar o dedo acidentalmente, a jovem Angela Holmes (Dudley) começa a ter um efeito devastador sobre as pessoas, provocando graves ferimentos e até mortes. O vigário da comunidade, Padre Lozano (Michael Peña), examina Angela e acredita que ela está possuída. Mas quando o padre Imani (Djimon Hounsou) e o cardeal Bruun (Peter Andersson) chegam do Vaticano para exorcizar a garota, eles descobrem uma força satânica mais ancestral e poderosa do que poderiam imaginar.
‘Entourage – Fama e Amizade‘ é a versão cinematográfica da série homônima exibida pelo canal HBO sobre os bastidores de Hollywood e que acompanhava as aventuras do ator Vincent Chase, de seu agente Ari Gold e dos amigos Eric, Turtle e Johnny.
No filme, cuja trama se passa seis meses após os acontecimentos do final da oitava e última temporada, o financiador texano Larsen McCredle (Billy Bob Thornton) manda seu filho Travis McCredle (Haley Joel Osment) até Los Angeles para supervisionar as filmagens de um novo Drácula, que tem Vince (Adrian Grenier) como protagonista
Curiosidades:
» Depois de 8 temporadas, a série de sucesso da HBO continua na tela grande em ‘Entourage: Fama e Amizade’.
» O criador da atração, Doug Ellin, escreveu o roteiro e também dirige a adaptação.
» O DJ Calvin Harris faz participação especial atuando em ‘Hyde‘, filme exibido dentro do filme.
» Mark Wahlberg e Billy Bob Thornton também estão na lista de convidados especiais.
» Encomendado em 2013, o filme começou a tomar forma mesmo em agosto do ano passado, quando Jeremy Piven, astro da série, foi confirmado no elenco. Ele concordou em receber através de uma participação nos lucros do filme. Foi sua contratação e sua escolha de pagamento que inspirou seus colegas de cena a fechar seus acordos.
Ao retornar a sua cidade natal com sua mãe adoecida, Marlombrando reencontra seu pai e o cinema Drive-in onde passou sua infância. Almeida, mantém o cinema funcionando com apenas dois funcionários: Paula cuida da projeção e da lanchonete; José, um velho amigo de Almeida, atende a bilheteria e faz limpeza do local. A chegada de Marlombrando e a ameaça de demolição do Drive-in, trará um novo rumo para suas vidas.
Em ‘Sexo, Amor e Terapia‘, presenciamos o encontro inesperado de Judith (Sophie Marceau), uma mulher que vive abertamente a sua sexualidade, mantendo casos com diversos homens; e Lambert (Patrick Bruel), um viciado em sexo que tenta justamente pensar em outra coisa e conter os seus desejos. Mas quando Judith passa a trabalhar como assistente no consultório de Lambert, a situação não vai ficar muito fácil para nenhum dos dois.
Mais uma estrela de Hollywood vai tentar a sorte nas telinhas. Anne Hathaway, vencedora do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por ‘Os Miseráveis‘, assinou para estrelar a série de TV ‘The Ambassador’s Wife‘.
Na trama, a atriz vai interpretar Miranda, esposa americana de um embaixador britânico que vive em um país árabe. Em meio a Guerra Civil do Oriente Médio, ela é sequestrada.
Miranda e o marido terão que tomar decisões difíceis para tentarem eventualmente se reunir novamente.
O showrunner Mark Gordon revelou que a série ainda não está ligada a nenhuma emissora, mas o episódio-piloto já está sendo preparado. A série é inspirada no romance homônimo de Jennifer Steil.
“The Ambassador’s Wife tem uma história incrível… Não podíamos imaginar alguém melhor que Anne para representar esta heroína tão complexa”, afirmou Mark Gordon.
‘O Pequeno Príncipe‘ mescla a história original do romance com uma narrativa inédita. Na trama, uma menina que vive sob rígido controle de sua mãe acaba conhecendo um velho aviador, seu vizinho, que vai lhe contar a história de um pequeno príncipe. A animação é dirigida por Mark Osbourbe (‘Bob Esponja – O Filme’).
Duas versões serão lançadas no Brasil: a dublada em português, com as vozes de Larissa Manoela e Marcos Caruso, e a com o áudio original em francês (em lançamento restrito).
A personalidade criadora deve pensar e julgar por si mesma, porque o progresso moral da sociedade depende exclusivamente da sua independência. Transformando uma história simples em um fabuloso roteiro, chega aos cinemas dia 27 de agosto um dos filmes mais elogiados dos últimos tempos de nosso cinema, ‘Que Horas ela Volta?‘ – Sensação por onde foi exibido e contando com uma direção inspirada de Anna Muylaert, o longa-metragem de 112 minutos é cativante do início ao fim. Para dar vida à forte protagonista, parece não haver dúvidas que a escolha pela atriz e apresentadora Regina Casé foi mais do que certeira, uma atuação espetacular que vai fisga o espectador desde os primeiros diálogos.
Na trama, acompanhamos a carismática empregada Val (Casé), uma mulher que vive já há anos com uma família de classe alta em São Paulo. A personagem é detalhada, um raio-x completo de sua personalidade é apresentado ao público de maneira muito eficiente. Val possui um grande conflito mal resolvido em seu passado, com sua única filha que precisou abandonar há mais de 10 anos. Toda essa junção de emoções chega como uma erupção sentimental quando a antes jovem, agora vestibulanda Jéssica (interpretada pela excelente Camila Márdila), bate em sua porta. Seu único contato em São Paulo, onde quer prestar o vestibular, é a própria mãe. Assim, numa leque de situações, algumas um tanto quanto constrangedoras, mãe e filha precisam definir para sempre seu destino.
Estimado em cerca de 4 milhões de reais, esse possível concorrente brasileiro ao próximo Oscar, escancara ao público situações que acontecem frequentemente em nossa sociedade, muito por conta do desmotivador senso comum que algumas pessoas utilizam, as vezes sem nem perceberem no seu cotidiano. Val é a simplicidade em pessoa, ingênua, amorosa, que faz de tudo para cumprir fielmente seus afazeres no lar de seus patrões. A relação maternal que possui com Fabinho (Michel Joelsas), filho de seus patrões, em vários momentos geram emoção. Ela é quase a mãe que ele não teve presente, e ele é quase o filho que ela se distanciou. Há um complemento muito bonito nas conclusões de todos os personagens, entendemos isso melhor já no desfecho da trama.
‘Que Horas ela Volta?‘ traduz, usando o cinema como linguagem, a questão do ser se sentir livre novamente, quase um exercício do recomeçar. A relação entre mãe e filha chega nesse ponto. A vida de Val era tão vaga, tão pequena que precisou chegar sua filha que não via há anos para mostrar a Val que o indivíduo vive melhor perto da família e quando o sonhar volta a aparecer em nossas vidas. Nessa hora, Regina Casé mostra todo seu talento e posiciona de vez sua personagem como uma das melhores do cinema nacional dos últimos anos.
O filme deixa uma lição muito importante, um raciocínio que Ernesto Guevara de La Serna, o Che, já proclamava aos montes por onde passava: Sonha e serás livre de espírito… luta e serás livre na vida.
Imagine o mais genérico dos filmes de terror. Agora, imagine isto dentro do subgênero dos filmes de exorcismo. Pois bem, imaginou? Talvez você tenha conseguido algo melhor do que o resultado de Exorcistas do Vaticano com sua mente. O roteiro de Michael C. Martin (Atraídos pelo Crime) e Christopher Borrelli (Reféns do Mal) não consegue criar sequer um pequeno momento de brilho que evidencie a obra e a diferencie das cinquenta outras do gênero.
Em filmes assim podemos fazer uma lista com tudo o que imaginamos que irá acontecer, e depois ir somente checando os itens. Na trama, a jovem Angela (Olivia Taylor Dudley) é possuída pelo demônio. Aos poucos, estranhos acontecimentos começam a ocorrer ao seu redor – sim, você adivinhou, como animais (em especial pássaros) se chocando contra janelas. Obviamente também, sua família e amigos acham que sua saúde está em risco, e que um tratamento médico é o mais adequado.
Um padre (Michael Peña) acidentalmente presencia os eventos incomuns, e o Vaticano entre em jogo para combater este mal milenar – sim, você adivinhou novamente, através de um exorcismo. Entendo que após O Exorcista (1973), filme quintessencial sobre o assunto, ter dito tudo o que o tema tem a oferecer ficou muito difícil outra produção abordar tais tópicos sem ficar redundante. Mas veja, por exemplo, o que o eficiente e subestimado O Exorcismo de Emily Rose (2005) conseguiu configurar utilizando certas reviravoltas em seu roteiro. Criatividade não precisa ser um item raro.
No elenco, formado pela nata do time B de Hollywood (vide Dougray Scott, Djimon Hounsou, Kathleen Robertson e Michael Paré), surpreende a presença de Michael Peña – que vinha escalando em bons projetos e desempenhos (Marcados para Morrer, Trapaça, Corações de Ferro e Homem-Formiga). Olivia Dudley, que vive a protagonista Angela, é linda e extremamente fotogênica. A câmera adora ela. Em matéria de atuação, bem, digamos que a moça ainda tem um bom caminho pela frente.
É uma pena que Exorcistas do Vaticano seja este produto tão diluído, que nos desafiará a lembrar dele alguns dias após termos assistido. É uma pena em especial por se tratar de um filme dirigido por Mark Neveldine, cineasta de estilo visual interessante e fôlego frenético. Sempre assinando seus trabalhos como Neveldine e operando ao lado do amigo (Brian) Taylor, a dupla foi responsável por produções como Adrenalina (2006), Gamer (2009) e Adrenalina 2 (2009). Nenhuma obra-prima, mas o valor estético e de entretenimento estiveram sempre presentes. Motoqueiro Fantasma: Espírito de Vingança (2012) talvez seja o responsável pela queda da dupla.
Exorcistas do Vaticano é o primeiro trabalho de Neveldine sem Taylor. O diretor utiliza inclusive sua esposa, a atriz Alison Lohman (aposentada desde 2009, quando se casou com o cineasta) numa pequena ponta – que admito, passou em branco por mim. Neveldine é bom para filmar ação, sempre nos incluindo nas cenas. Nem mesmo isto ganhamos nesta obra (culpa do orçamento bem seguro). O melhor momento é o desfecho ousado e corajoso. Pena que aí o filme já tinha acabado.
Acompanha um homem perdido entre tentações, celebridades e excessos. O filme tem sido apresentado apenas com uma pequena parábola – “era uma vez um príncipe cujo pai, o rei do Leste, mandou-o para o Egito para encontrar uma pérola. Mas quando o príncipe chegou ao seu destino, o povo lhe ofereceu uma xícara para beber. Ao bebê-la, o príncipe esqueceu que era o filho do rei, esqueceu da pérola e caiu num sono profundo”.
Curiosidades:
» Rodado em 2012.
» Escrito e dirigido pelo premiado Terrence Malick (Amor Pleno, A Árvore da Vida).
Baseada na obra de Jesse Andrews, a trama acompanha Greg (Thomas Mann), estudante do ensino médio e apaixonado por cinema, que produz paródias de filmes clássicos com o amigo Earl (RJ Cycler). Diante de seu problema com relacionamentos, Greg é obrigado pela mãe a fazer amizade com uma colega de classe, Rachel (Olivia Cooke), que tem câncer. Greg só não imaginava que Rachel mudaria a sua vida para sempre.
Curiosidades:
» ‘Eu, Você e a Garota que vai Morrer‘, filme sensação no Festival de Sundance 2015 com premissa similar a de ‘A Culpa é das Estrelas’, é dirigido por Alfonso Gomez-Rejon, das séries ‘American Horror Story’ e ‘Glee’.
Assim como o autor do livro ‘O Pequeno Príncipe‘ (Le Petit Prince), Antoine de Saint-Exupéry, o diretor Mark Osborne (‘Kung Fu Panda’) também é um visionário. Sabendo que estender o curto livro em um longa-metragem poderia ficar com um ritmo demasiadamente lento, ele teve a brilhante ideia de tomar a liberdade criativa de fazer uma história paralela à do livro, mantendo a essência do texto e adicionando novos elementos que conseguem transmitir o efeito que o clássico conto tem nas pessoas – e, principalmente, nas crianças.
Não bastando a genial ideia de colocar duas tramas paralelas no filme – a do livro e a da garotinha que lê o livro pela primeira vez – Osborne teve outra brilhante ideia: usar duas técnicas diferentes de animação para contar as duas histórias – em animação 3D para o segmento inédito, e em stop-motion para a história do Pequeno Príncipe. Visualmente, o filme é um deleite em ambas as técnicas de animação, mas beira a genialidade com o visual do Príncipe feito com a técnica diferenciada.
Logo nos primeiros minutos de projeção, descobrimos que não se trata de uma adaptação direta de ‘O Pequeno Príncipe‘ – em que um aviador bate seu avião no deserto, e, em seguida, encontra um garoto misterioso que afirma viver em um planeta minúsculo. No centro de tudo está A Pequena Garota (em nenhum momento seu nome é revelado), que está sendo preparada por sua mãe para o mundo muito adulto no qual vivem – e é interrompida por seu excêntrico e amável vizinho, O Aviador.
O Aviador apresenta sua nova amiga a um mundo extraordinário, no qual tudo é possível. Um mundo ao qual ele mesmo foi apresentado há muito tempo pelo Pequeno Príncipe. É aí que começa a jornada mágica e emocionante da Pequena Garota pela sua própria imaginação – e pelo universo do Pequeno Príncipe. E é onde a Pequena Garota redescobre sua infância e aprende que o que importa são as relações humanas e o que é realmente essencial somente pode ser visto com o coração.
É incrível ver a maneira que o diretor consegue traçar essas duas tramas e uni-las, mostrando o efeito que o conto do Principe tem na garota: o mesmo que o livro tem em seus leitos. Ela é tocada pela história, que lhe mostra o que é realmente essencial… e como isso é invisível aos olhos.
Os adultos no segmento da Pequena Garota são frios, secos e só se importam em trabalhar e produzir excessivamente, esquecendo dos sentimentos e transformando o mundo que conhecemos em um lugar inóspito e triste. É um belo paralelo ao que o livro de Saint-Exupéry tenta ensinar a seus leitos.
Somente em seu terceiro ato o filme perde um pouco de ritmo, podendo ter reduzido sua duração em dez minutos,o que pode deixar as crianças entediadas por alguns minutos.
Por fim, o final consegue encerrar as duas tramas de maneira brilhante e interlaçá-las com uma bela lição de moral que deixará o espectador extremamente emotivo (grande parte da sala de cinema na pré-estreia estava aos prantos quando o filme acabou).
‘O Pequeno Príncipe‘ é uma obra-prima diferenciada, um filme de animação com toques de arte que foge do padrão hollywoodiano e traz um tema mais adulto, mas encanta por sua simplicidade e pureza. A mensagem passada pelo filme – a mesma do livro – deixará você pensativo por dias. Afinal, o que é essencial?
‘Linda de Morrer‘ não se trata de um desastre absoluto, mas com frequência se aproxima bastante desta condição. Os realizadores parecem estar satisfeitos em realizar uma obra que apresente nenhuma sensibilidade, em todos os sentidos da palavra. Caracterizações pífias, humor risível e uma narrativa que anda cambaleando são os aspectos que mais se sobressaem no filme, para o imenso desgosto do espectador. Este é o tipo de filme que te faz, como brasileiro, não rir ou aproveitar um filme, mas sim se questionar: o que estamos fazendo com o nosso cinema?
Nada contra comédias, longe de mim. Eu mesmo sou um grande fã de Chaplin, mas se for fazer uma comédia, faça-a com competência, pensando-a e realizando-a de uma maneira extensiva e articulada. Não recorra abordagens e tratamentos que são rasteiros e desonestos de forma conveniente e preguiçosa.
Por conta dessa pobreza de pensamento no filme, no final da projeção me encontrava um pouco triste e preocupado com o nosso cinema. Já sei que, enquanto filmes bastante ambiciosos e comprometidos com a arte como ‘O Som ao Redor‘ (Kleber Mendonça filho, 2013) e ‘Sangue Azul‘ (Líriro Ferreira, 2015) não ficaram em cartaz por mais de duas semanas e com salas nunca lotadas, ‘Linda de Morrer‘ ficará por pelo menos um mês (pela média Globo Filmes). Mudanças precisam ser feitas. Está se privilegiando a mediocridade, em todos os sentidos, em vez da inovação e do cinema bem feito (importante ressaltar que este filme foi beneficiado com o fundo setorial do audiovisual, ao mesmo tempo que é coproduzido pela Globo Filmes e distribuído pela 20th Century Fox).
A narrativa é a de Paula (Glória Pires), que criou uma espécie de comprimido que elimina celulites. Ela resolve se automedicar, e acaba falecendo em razão de um efeito colateral do produto, a clássica história de redenção post mortem. Obviamente, não há nenhuma análise ou discussão sobre a indústria da saúde ou sobre a vaidade e a repulsa ao envelhecimento no século XXI, o filme se limita a um ou dois diálogos bestinhas em relação a isso. Nos primeiros minutos, uma grande falha no roteiro ajuda a aumentar ainda mais o afastamento e descrença do espectador.
A grande questão do roteiro, a de que o remédio tem efeitos colaterais que causam a morte é incrivelmente implausível. Como alguém, em sã consciência, pode ter deixado isto passar? E, por acaso, neste universo ficcional que se assemelha muito ao Brasil, não há ninguém que regule medicamentos? Alguém pode simplesmente lançar um medicamento que tenha como efeito colateral a morte com tanta facilidade assim? Essas são questões que surgiram no decorrer do filme e que enfraquecem e muito a credibilidade do filme para com o espectador. É difícil acreditar nesta história.
As caracterizações são as mais pedestres possíveis: a mãe que é viciada em trabalho, a adolescente excêntrica que não é entendida e a empregada alívio cômico sempre atrapalhada são exemplos. Junto com os diálogos pavorosos que quase nunca contém contrações e são mal articulados, onde se predomina o “onde você está?” ao invés do “onde cê tá?” (mas sério, quem é que fala assim? Ainda mais numa conversa informal…), este filme consegue trazer níveis de vergonha alheia altíssimos, de forma que esta sensação é a que predomina.
Uma das coisas que mais me chamaram atenção no longa foi um comprometimento insano com o “ritmo”, chegando-se até a atropelar o tempo que uma cena exige para que se troque os planos de uma maneira que soa aleatória. O comprometimento com esse ideário de ritmo é preocupante, a ideia de que não se pode manter um plano por um determinado tempo senão o espectador irá “enjoar”, ainda mais vindo de um país que não tem tanta pressão para se realizar um filme comercial. Em um momento, chega-se a comprimir o fechar de uma porta, que duraria três ou quatro segundos, no máximo, para que se torne mais rápido, numa concepção irracional de montagem. Os planos não são mantidos por mais de dois segundos e isso compromete ainda mais os já despedaçados ritmo cômico e tensão das cenas, além de chamar atenção para a montagem de uma forma ruim, para o que os realizadores almejaram, soando como um videoclipe de duas horas.
Na última semana, a atriz Nana Gouvêa parou a internet com o trailer do terror norte-americano ‘Black Wake‘, que a brasileira estrela ao lado de Eric Roberts (o irmão da Julia), Tom Sizemore (‘O Resgate do Soldado Ryan’) e Rich Graff.
Hoje, o terror ganha imagens inéditas estampado por nossa “diva dos desastres”.
Confira, com o trailer:
Especialistas se reúnem em uma unidade ultra-secreta para investigar uma série de mortes misteriosas em praias ao longo do Oceano Atlântico. Quando uma cientista (Nana Gouvêa) examina as provas em vídeo para descobrir uma possível explicação para as mortes, ela descobre que a ameaça real pode ser mais perigosa – e muito mais antiga – do que qualquer um jamais imaginou. Ela precisa convencer seus colegas (liderados por Eric Roberts) do verdadeiro perigo: uma antiga força que sobe do mar para trazer a loucura e a morte para toda a humanidade.
O filme é dirigido por Jeremiah Kipp e produzido pelo marido da brasileira, Carlos Keys. A estreia acontece em 19 de Fevereiro de 2016 nos EUA, sem previsão no Brasil (como pode?)
A atriz Larissa Manoela, que chegou aos cinemas neste final de semana com ‘Carrossel – O Filme‘ e dubla A Pequena Garota em ‘O Pequeno Príncipe‘ (Le Petit Prince), conversou com o CinePOP em uma entrevista exclusiva.
Ela nos conta como foi o acidente que lhe rendeu cinco pontos na cabeça, qual sua frase preferida do filme e convida os leitores do CinePOP a assistir a animação nos cinemas dia 20 de Agosto.
No centro de tudo está A Pequena Garota, que está sendo preparada por sua mãe para o mundo muito adulto no qual vivem – e é interrompida por seu excêntrico e amável vizinho, O Aviador. O Aviador apresenta sua nova amiga a um mundo extraordinário, no qual tudo é possível. Um mundo ao qual ele mesmo foi apresentado há muito tempo pelo Pequeno Príncipe. É aí que começa a jornada mágica e emocionante da Pequena Garota pela sua própria imaginação – e pelo universo do Pequeno Príncipe. E é onde a Pequena Garota redescobre sua infância e aprende que o que importa são as relações humanas e o que é realmente essencial somente pode ser visto com o coração.
Mark Osborne (‘Kung Fu Panda’) dirige a adaptação do clássico da literatura mundial escrito por Antoine de Saint-Exupéry.
Tom Cruise é o cara! Tendo esse pensamento em mente, vamos analisar como o astro conseguiu reerguer sua carreira após um breve período de fracasso. Quando ele estrelou o divertido ‘Encontro Explosivo‘ (Knight & Day) ao lado de Cameron Diaz em 2010, o filme afundou nas bilheterias e seu “star power” foi colocado em xeque.
A maldosa imprensa hollywoodiana logo espalhou que o astro não atraia mais espectadores aos cinemas, e seria substituído porJeremy Renner na franquia ‘Missão Impossível’, após este ser escalado para o elenco da quarta incursão, ‘Protocolo Fantasma’. Balela. Não existe Missão Impossível sem Tom Cruise, e a prova disto é que Renner retorna apenas para uma participação especial neste último.
Em ‘Missão: Impossível – Nação Secreta‘, Cruise mostra o que fez dele um astro: além de estrelar, ele produz, faz suas próprias cenas de ação, ajuda a reescrever o roteiro, escolhe o diretor ideal para cada aventura da franquia… Ele é um faz tudo, com habilidades maiores que as de Ethan Hunt.
A franquia demonstrou uma evolução absurda em cada um de seus filmes, assim como o personagem vivido pelo astro. Além da ação, cada um dos filmes trazia um enredo que se aprofundava em um aspecto da personalidade do agente Hunt e sua equipe.
O melhor exemplo é ‘Missão: Impossível 3‘ (2006), dirigido pelo genial J. J. Abrams (que depois seria chamado para comandar ‘Star Trek’ e o novo ‘Star Wars’), em que o lado humano do protagonista é aprofundado quando ele decide sossegar com Julia (Michelle Monaghan), mas tem que enfrentar o traficante de armas Owen Davian (Philip Seymour Hoffman, em atuação brilhante). Aqui, a franquia se tornou mais séria e realista, se distanciando de outro grande personagem da espionagem, James Bond.
Cruise está de volta como Ethan Hunt, enfrentando sua mais intensa missão impossível de todos os tempos. A agência de espionagem super secreta conhecida como IMF sofreu enfrenta total dissolução, mesmo quando a mais terrível ameaça ao mundo livre se esconde nas sombras. Esta ameaça é O Sindicato, um grupo impenetrável, primorosamente treinado de espiões renegados que deixaram seus países por um plano totalmente próprio. Hunt descobre a desagradável realidade de que esta nação secreta não é apenas real, mas também uma bomba relógio prestes a explodir caso ele não entre em ação. A CIA não acredita. Sua própria equipe está ameaçada. Mesmo assim, Ethan nunca dará as costas para os riscos mais altos.
Todas as qualidades que tornaram Ethan indispensável são testadas ao mesmo tempo quando ele enfrenta o inimigo supremo: sua habilidade de se mover deliberadamente em circunstâncias repletas de adrenalina, sua elegância ao viajar para locais globais glamorosos, seu desejo de ver o mal sendo punido e a vitória do bem.
De Viena à Casablanca, do exterior de um avião militar em pleno voo às profundidades subaquáticas, a ação é ininterrupta e realista (afinal, é o ator que faz suas próprias cenas de ação).
Porém, Cruise dá espaço para outra estrela brilhar como protagonista de sua própria franquia: a atriz sueca Rebecca Ferguson (‘Hércules’) é a personagem mais importante e interessante da trama, como a misteriosa Ilsa Faust. É ela quem rouba a cena com uma personagem dúbia, que oscila entre heroína e vilã o tempo todo, deixando o público cativado com suas próximas ações, que só serão desvendadas no final do filme.
Outro que tem sua participação destacada é Simon Pegg. Além de ser o alívio cômico, desta vez o ator parte para a ação ao lado de Hunt como o inteligente Benji.
A direção de Christopher McQuarrie (que já trabalhou com Cruise em ‘Jack Reacher – O Último Tiro‘) é primorosa, e podemos reparar como ele consegue comandar um espetáculo com grandiosidade e elegância, como na sequência de ação durante a ópera em Viena. Belíssima.
‘Missão: Impossível – Nação Secreta‘ prova que a franquia ganhou novo fôlego e ainda consegue respirar embaixo d’água por muito mais tempo (assim como seu protagonista). A habilidade que Tom Cruise tem de se renovar a cada capítulo o torna um astro sem igual em Hollywood, nos deixando ansiosos para a sua próxima missão. Como já havíamos adiantado no começo do texto, Cruise é o cara!