Não é de hoje que o cinema dinamarquês vem conquistando a atenção dos cinéfilos mundo à fora. A qualquer novo trabalho, as atenções se voltam de novo a essa intensa escola e ao seu modo de contar uma história. Assim, começamos falando da cineasta Susanne Bier e a sua marca registrada em preencher a tela com emoções à flor da pele por meio das histórias tristes, e muitas vezes sem rumo, de seus personagens. Não há delicadeza no cinema de Bier, o ser humano é exposto aos seus mais profundos limites. As fraquezas são mostradas da forma mais nua e crua. Porém, neste trabalho, diferente de sua grande maioria passada, infelizmente, tudo dá errado e o filme vai se tornando tão ou mais sonolento do que assistir a um jogo de futebol narrado pelo Galvão Bueno.
Na trama, conhecemos o policial Andreas (Nikolaj Coster-Waldau), um sujeito boa praça que sofre um grande trauma em sua vida quando durante a noite seu único filho para de respirar. Desesperado e sem saber o que fazer, acaba escolhendo uma alternativa arriscada quando resolve trocar seu bebê por um outro. Essa escolha irá traçar para sempre seu destino.
Parece que falta alguma peça para somar a história. Não é toda hora que a famosa diretora dinamarquesa consegue prender a atenção do público com seus melodramas. Em Corações Livres, Depois do Casamento e Em Um Mundo Melhor Melhor a fórmula funciona bem melhor, nesse novo trabalho, que chegou aos cinemas brasileiros no último dia 04 de junho, não dá certo.
Mesmo com os ótimos Nikolaj Lie Kaas e Ulrich Thomsen, falta desenvolvimento dos personagens dentro da trama. Tudo é muito gratuito e muitas vezes confuso. É difícil aceitar essa fábula melodramática. Segunda Chance é um filme bem irregular que chega a ser chato em muitos momentos, acaba pagando por uma fórmula que nem sempre dá certo. Por tudo que já fez no cinema, Bier merecia uma segunda chance de fazer um filme decente.
Como é bom pagar a língua! Este oitavo ep. compensou a primeira parte modorrenta desta quinta temp. de Game Of Thrones – GoT. Até o núcleo de Arya (Maisie Williams), que ainda andava em marcha lenta, apontou para caminhos interessantes. Seu diálogo com Jaqen H’ghar (Tom Wlaschiha) e suas andanças por Braavos deram muitas pistas sobre a guilda dos Homens Sem Rosto.
No ep. anterior, Davos Seaworth (Liam Cunningham) tentou convencer Stannis (Stephen Dillane) de não prosseguir com o ataque a Winterfell. Neste ep. 08, Roose Bolton (Michael McElhatton) e Ramsay Bolton (Iwan Rheon) traçavam a estratégia de defesa. Para Roose, o melhor é se aquartelarem e deixar que o soldado inverno cuide de Stannis. Ramsay, claro, prefere o ataque, inclusive como forma de demonstrar o poder da Casa. Esse diálogo reforça Ramsay como um sádico e beligerante; já Roose aparece, cada vez mais, como uma figura profunda em ambiguidades. Durante o Casamento Vermelho, ele parecia um traidor ambicioso. Nesta temporada, Roose surge mais centrado, cerebral, estrategista.
Ainda em Winterfell, Theon (Alfie Allen) revelou para Sansa (Sophie Turner) que Bran (Isaac Hempstead Wright) e Rickon (Art Parkinson) estão vivos. Foi um instante tocante deste ep. Desde a diáspora dos Stark, nenhum membro da família se reencontrou, apenas receberam notícias uns dos outros. Enquanto a reunião familiar não acontece, momentos como esse de Sansa são um aperitivo para quem está na torcida pelos Starks.
Cersei (Lena Headey) permanece presa. Não sei se alguém, aí do outro lado, já começou a ter peninha dela, mas os roteiristas têm amassado bem o pão que ela anda comendo. Não sei o que a deixou mais humilhada, beber água do chão ou saber que Maester Pycelle (Julian Glover) está por cima. Resta saber até quanto Cersei irá aguentar e não confessar. Quem saber o nono ep. nas traga surpresas…
Mesmo sendo uma temporada com problemas, não podemos negar que os roteiristas estavam inspirados na hora de escrever as falas de Tyrion (Peter Dinklage), debochadas, irônicas e profundas. Essas qualidades ficaram claras no seu encontro antológico com Daenerys (Emilia Clarke). Seja na defesa de Jorah (Iain Glen) – que escapou da morte, mas foi banido de Meereen – seja na esplendida conversa particular com Daenerys, Tyrion teve alguns de seus maiores momentos na série. Peter Dinklage, novamente, confirma-se como a maior estrela de GoT. Apesar da qualidade das cenas, confesso que a aliança entre os dois soou um pouco forçada.
O desfecho do ep. foi espetacular, daqueles que servem para calar a boca de pessoas chatas como eu, que falaram mal dos cinco primeiros eps. desta temporada – mas, pô, tavam ruins mesmo!
Jon Snow (Kit Harington) e Tormund (Kristofer Hivju) reuniram-se com o Povo Livre para tentar convencê-los a uma aliança. A sequência da negociação costurada por diálogos tensos. Em um primeiro momento, apenas uma parte o grupo aceitou seguir para o sul da Muralha. Karsi (Birgitte Hjort Sørensen) foi a personagem que simbolizou essa união, enquanto Loboda (Zacharya Baharov) lidera os que se recusavam a seguir os Corvos.
Enquanto entravam nas embarcações, o acampamento foi atacado pelos Caminhantes Brancos (White Walkes). Mais uma vez, a direção da série provou conseguir produzir sequências fodásticas de ação, com alta qualidade na composição das cenas – sempre mantendo adrenalina, sem deixar o espectador perdido na ação – somada a pausas dramáticas muito bem colocadas. No caso, Jon Snow, com sua espada de aço Valiriano, matou um Caminhante Branco, levando a arquibancada ao delírio! O ep. terminou com o Rei da Noite (Richard Brake) resuscitando todos os mortos na batalha como Caminhantes Brancos.
Esses acontecimentos finais parecem suficientes para selar a união entre Corvos e Selvagens, ao menos pelo lado daqueles que viram a batalha. Já pelo lado da Patrulha da Noite, a resistência será grande. Em uma cena anterior, Olly (Brenock O’Connor) explicou para Sam (John Bradley) que não consegue aceitar a ideia de se unir com os homens que mataram sua família. A dor dele resume o ódio que os dois lados nutrem. Aguardar para ver o que o nono ep. nos trará!
Acaba de sair do forno a nova edição do Cine Agenda, vídeo apresentado pelo editor Renato Marafon com as críticas aos principais lançamentos desse final de semana: ‘Tomorrowland – Um Lugar Onde Nada é Impossível‘ é ‘A Espiã que Sabia de Menos‘.
Assista:
‘Tomorrowland – Um Lugar Onde Nada é Impossível‘: Ligados por um destino, Casey (Britt Robertson), uma adolescente otimista e vibrante com curiosidade científica, e Frank (Clooney), um gênio desiludido, embarcam em uma missão repleta de perigos para desvendar os segredos de um local enigmático em algum lugar no tempo e no espaço conhecido como “Tomorrowland”. O que eles precisam fazer lá mudará o mundo — e eles — para sempre.
‘A Espiã que Sabia de Menos‘: Susan Cooper (Melissa McCarthy) é uma despretensiosa analista de base da CIA, e a heroína não reconhecida por trás das missões mais perigosas da Agência. Mas quando seu parceiro (Jude Law) sai da jogada, e outro agente (Jason Statham) fica comprometido, Susan se voluntaria para se infiltrar no mundo de um traficante de armas mortais e evitar um desastre global.
Até aonde Jon Snow (Kit Harington) não sabe das coisas? Ele sempre me pareceu um herói por acaso. Muito disso se deve a sua hesitação em tomar decisões e a sua falta de certeza nelas, o que lhe dá uma grande humanidade. Ao menos não me pareceu muito confiante quando, no começo deste sétimo ep., foi para além da Muralha tentar convencer os selvagem a se unirem aos corvos.
E morreu Maester Aemon (Peter Vaughan). Sempre tive um carinho por essa personagem. Aemon era mais do que o sábio da Patrulha da Noite, ele era uma reserva moral do grupo. A perda dessa reserva moral torna mais simbólica a tentativa de estupro sofrida por Gilly (Hannah Murray). É como se os roteiristas esfregassem na nossa cara a degradação da patrulha.
Eu tinha esperança de que nesta temporada fossemos ver o desbunde de Sansa (Sophie Turner) – elas só ainda não cometeram suicídio porque o nono ep. sempre guarda surpresas. Sansa pediu para Theon (Alfie Allen) acender uma vela no alto da torre como pedido de socorro. Claro que não deu certo. E Ramsay (Iwan Rheon) tratou de colocar Sansa no seu devido lugar…
Já comentei em outras resenhas o quanto gosto de Stannis Baratheon (Stephen Dillane). É uma figura trágica. Stephen Dillane dá à personagem um peso de um homem sofrido, cuja busca pelo trono fica entre a ambição e o sentimento de um dever (bem ou mal, ele realmente se vê como o legítimo sucessor). Sua aparição neste sétimo ep. reforça o seu lado honrado. Apesar do conselho sensato de Davos Seaworth (Liam Cunningham) para retornarem para Castelo Negro por conta do frio, Stannis recusou porque sabe que é um caminho impossível. Ou é atacar Winterfell ou é perder todo o respeito que ainda tem e tornar-se O Rei Que Foge. Para completar, Melisandre (Carice van Houten) propôs o sacrifício de sua filha, algo recusado por Stannis.
Os eventos mais importantes do ep. ocorreram em Essos e em Porto Real.
Em Essos, o mais delicioso foram os argumentos de Tyrion (Peter Dinklage) para convencer o senhor de escravos de que comprou Jorah (Iain Glen) a levá-lo junto no pacote. Do humor para a ação, depois de ver Daenerys (Emilia Clarke), Jorah invadiu a arena dos gladiadores e começou a derrubar todos os oponentes. Ao perceber de quem se tratava, Daenerys saiu da surpresa para a repulsa. Não pudemos deixar de sentir a dor de Jorah com a reação de Daenerys.
Em Porto Real, as protagonistas foram Olenna (Diana Rigg) e Cersei (Lena Headey). Olenna demonstrou, mais uma vez, que é a força que sustenta a casa dos Tyrell. Seus diálogos com o Alto Pardal (Jonathan Pryce) e com Baelish (Aidan Gillen), mesmo não resultando na liberdade de seus netos, parecem que tiveram influência na prisão de Cersei. Sim!, Cersei acabou sendo presa pelos fanáticos do Pardal. O diálogo dela com o Pardal, pouco antes da prisão, foi cercado de ambiguidades. Num primeiro plano, o Alto Pardal parece realmente não ver limites para impor sua fé. Porém…, não podemos ter certeza se o grau de fanatismo do Pardal é tão suicida assim. Afinal, Olenna e Baelish estavam se articulando e Tommen (Dean-Charles Chapman) demonstrou-se indignado com a prisão de Margaery (Natalie Dormer). O mais provável é que por de trás da prisão de Cersei esteja essa galerinha do barulho. O que seria muito coerente, pois sempre o exercício do poder exige alianças.
Há onze anos, a adaptação do livro ‘O Alquimista‘, de Paulo Coelho, roda Hollywood para sair do papel. Agora, finalmente o projeto começou a ganhar vida, e contratou seu protagonista.
Idris Elba (‘Thor’) assinou contrato para interpretar o protagonista, Santiago.
As filmagens devem começar no próximo ano. O filme está em desenvolvimento desde 1994, quando Paulo Coelho vendeu os direitos de adaptação para a Warner Bros. por US$ 250 mil.
A história acompanha Santiago, um rapaz bem educado que tinha a intenção de se tornar padre. O desejo por viajar, entretanto, forçou-o a tornar-se pastor. Apesar de contente com sua vida, ele sonha com um tesouro escondido, e um vidente o manda seguir as instruções de seu sonho: ir às pirâmides do Egito, onde ele encontrará o tesouro. Santiago consegue chegar às pirâmides e lá descobre onde sua fortuna será realmente encontrada.
O orçamento será de US$ 60 milhões.
Paulo Coelho é o autor brasileiro mais popular do mundo. Suas 26 obras venderam ao todo mais de 150 milhões de cópias, foram traduzidas em 80 idiomas, e distribuídas em mais de 160 países. Autor de “O Diário de Um Mago” e “O Alquimista“, o escritor é ainda mais conhecido que qualquer um de seus livros.
Antonio, funcionário público com vocação não assumida para escritor, viaja ao Deserto de Atacama em busca de inspiração para redigir um conto. A paisagem árida e ao mesmo tempo deslumbrante lhe causa tremenda admiração. O conto muda de rumo quando Antonio, passeando pelo deserto, avista fugazmente uma pessoa fugindo. Por curiosidade vai até o lugar onde a avistou e encontra um homem assassinado. Ele é detido por Martinez, policial chileno, que o proíbe de deixar o país. Na vila, conhece Florencia com a qual inicia uma relação de atração e desejo. O que ele vivencia transforma sua escrita na forma e no conteúdo. Observando os petróglifos gravados nas rochas, os esparsos vestígios do passado, as formas da natureza bela e inóspita, os vulcões imponentes, “tão calmos por fora, fervendo por dentro”, Antonio chega por fim a entender as motivações do crime. Uma dolorosa investigação pessoal na qual está envolvida a jovem chilena com quem se relaciona, sua amante e inspiradora do seu romance, e o policial chileno. A travessia vivida o torna um escritor consciente do poder da memória, da imaginação no processo de criação e da força da história.
Curiosidades:
» Escrito e dirigido pelo chileno Jorge Durán.
» O longa marcou a primeira vez que Durán filma no Chile desde o golpe militar de 1973.
Há vinte anos atrás, numa ilha vulcânica e paradisíaca, um menino de dez anos foi separado de sua irmã. A mãe, temerosa de que uma atração incestuosa se desenvolvesse entre os dois, fez uma escolha e optou por mandar seu filho para o continente. O menino foi entregue a Kaleb, o ilusionista do Circo Netuno, que passava pela ilha. No continente, Kaleb instruiu o menino nas artes do circo e do espírito, onde o ex-ilhéu se tornou Zolah, o Homem Bala.
Curiosidades:
» Sangue Azul – O Filme abriu a Mostra Panorama do Festival de Berlim na noite de ontem.
Os verdadeiros escritores encontram as suas personagens apenas depois de as terem criado. Citando o escritor búlgaro Elias Canetti, começamos a escrever sobre esse novo trabalho do experiente diretor chileno Jorge Durán, Romance Policial, uma mistura de drama sobre um homem e sua razão de ser, embolado em uma trama de suspense, triângulo amoroso e assassinato. O roteiro é circunspeto, beira ao estouvamento e no fim acaba convencendo pela força de seus personagens e seus mistérios.
Na trama, conhecemos o escritor Antônio (Daniel de Oliveira), um homem sequioso para escrever uma nova história que resolve viajar sozinho para o Chile, mais precisamente para o Deserto do Atacama. Durante seus dias de hospedagens, passa horas e horas caminhando para um nada cheio de areia, procurando alguma boa ideia para começar o novo texto. Certo dia, horas após aceitar carona de um homem, durante uma dessas caminhadas que fazia, encontra um corpo no chão e acaba sendo suspeito do assassinato pela polícia local. Assim, surge em sua vida a chilena Florencia (Daniela Ramírez) com quem terá momentos calientes e que o ajuda a resolver o mistério em que se meteu.
Uma coisa é a literatura, uma coisa é a vida, ou são a mesma coisa? Inocente ou culpado, a vida do protagonista não seria mais a mesma. Ele sabia disso. Romance Policialé o público acompanhando os passos de um forte personagem, que tem uma bela interpretação de Daniel de Oliveira. Apaixonado por Florencia e pelo personagem que era ela, Antônio encontra as respostas que tanto queria mas sabe que não pode ter tudo o que queria. É um personagem real, que podemos encontrar em qualquer esquina, isso aproxima o espectador, gera empatia. Além de Antônio, outro personagem, o detetive chileno, interpretado por Alvaro Rudolphy, que aparece na história para ser um dos vértices do triângulo amoroso instaurado, é ótimo! Se mete em muitos diálogos burlescos com o protagonista.
No arco inicial, contextos e formação de características do personagem principal possuem uma concepção muito rasa, dificulta-se a leitura e própria interpretação pelo público. A lentidão com que a história caminha, talvez para entregar bem mastigadinho cada detalhe que se tornaria útil na montagem do quebra-cabeça, atrapalha um pouco (não há como negar), porém, de certa forma, você não consegue tirar os olhos da tela. Talvez seja a fotografia (maravilhosa, por sinal), ou o deleito de ver Daniela Ramírez na telona, ou mesmo a história quando veste a camisa do suspense.
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‘Terremoto: A Falha de San Andreas‘ se passa depois de um terremoto desastroso que destrói a Califórnia. Depois que a famosa Falha de San Andreas finalmente cede, provocando um terremoto de magnitude 9 na Califórnia, um piloto de helicóptero de busca e resgate (Dwayne Johnson) e sua ex-esposa fazem juntos o caminho de Los Angeles para São Francisco tentando salvar sua única filha. Mas a jornada traiçoeira rumo ao norte é apenas o começo e quando eles acham que o pior pode ter acabado… está apenas começando.
EmTrocando os Pés, um sapateiro solitário vive nos tempos modernos em Nova York. Ele sente que sua vida não está indo para lugar nenhum, mas, ao descobrir uma herança familiar, ele ganha a capacidade de literalmente “andar os passos de outro homem” e ver o mundo de forma diferente.
‘Promessas de Guerra‘ se passa quatro anos após a devastadora Batalha de Gallipoli, durante a I Guerra Mundial, em 1919. Joshua Connor é um fazendeiro australiano que viaja para a Turquia para descobrir o paradeiro de seus três filhos, reportados oficialmente como desaparecidos em combate. Inicialmente freado pela burocracia militar, mas determinado a seguir em sua missão, Connor é a ajudado pela bela Ayshe, dona de seu hotel em Istanbul, e depois por um oficial turco que lutou contra seus filhos. Connor e o Major Hasan viajarão pela paisagem turca destruída pela Guerra para descobrir a verdade e para Joshua finalmente encontrar paz.
Depois do concentra mais não sai dos primeiros episódios, este 6º ep. parece indicar que agora a temperatura desta 5º temporada de Game Of Thrones – GoT vai subir. Adrenalina, diálogos emocionantes, intrigas palacianas, tragédias, reviravoltas, momentos sensíveis, tensão, dor, enfim, tudo que um ep. padrão de GoT tem. Estruturalmente, o 6º ep. foi montado de maneira bem harmônica, num crescente dramático como ainda não se tinha visto neste ano – o sétimo ep. conseguiu ser ainda melhor.
A primeira parte teve um ritmo mais lento, acompanhando os núcleos de Arya (Maisie Williams) e da dupla Tyrion (Peter Dinklage) e Jorah (Iain Glen). Arya parece estar aprendendo a dança no Templo do Deus de Muitas Faces. O jogo para entrar na irmandade dos Homens Sem Rosto parece envolver uma noção bem particular de mentira. Não basta ser mentira, ela precisa ter algum propósito (nobre?…). Jaqen H’ghar (Tom Wlaschiha) só deu um upgrade para Arya quando ela mentiu para ajudar uma garota.
Jorah descobriu por Tyrion o falecimento de seu pai. Foi um instante sensível de ambos os lados. A dor de Jorah – Iain Glen soube dosar a interpretação – era aquela de quando percebemos que acabaram as chances de reencontrar o que já estava perdido. A reação de Tyrion ao perceber a gafe confirma o quanto ele é o mais digno dos Lannister. Em seguida, eles foram presos por um grupo de traficantes de escravos. O nosso querido anão já ia para a faca, mas sua lábia o salvou! Estes últimos eps. têm algumas das falas mais saborosa de Tyrion.
O ep. prosseguiu para Westeros. Baelish (Aidan Gillen) retornou para Porto Real. A sua conversa com Cersei (Lena Headey) deixou claro que ele só é fiel a si mesmo! Sua estratégia e tornar-se senhor protetor do Vale, após ter matado Lysa. E o lance mais espetacular, tornar-se protetor do Norte. Sua ideia é deixar os Boltons e os Baratheons se matarem, usar o exército do Ninho da Águia e tomar Winterfell. Cersei exigiu a cabeça de Sansa (Sophie Turner) na ponta de uma lança. Aí sim, saberemos até aonde Baelish é capaz de ir por seus interesses.
Corta pra Dorne. Jaime (Nikolaj Coster-Waldau) e Bronn (Jerome Flynn) bem que tentaram, mas Myrcella (Nell Tiger Free) deu uma de princesa da Disney e quis seu príncipe. Bom mesmo foi o confronto de Bronn e Jaime com as Serpentes de Areia (Sand Snakes). Quem ganhou a briga foi o BOPE de Dorne. Acabou todo mundo preso!
Volta pra Porto Real. Olenna Tyrell (Diana Rigg) chegou na capital para tentar salvar Loras (Finn Jones). Da conversa entre Olenna e Cersei pipocaram insinuações, vale acompanhar o diálogo com atenção. Depois, assistimos ao tenso julgamento de Loras, que terminou com a prisão dele e de Margaery (Natalie Dormer). A sequência do julgamento foi tensa, com uma montagem que deu grande agilidade para cena.
O encerramento do ep. foi trágico com o casamento de Sansa com Ramsay (Iwan Rheon). Tudo foi triste. Mas, a sequência final foi indigesta. Digo só isso: mais uma vez, os roteiristas mexem com os sentimentos do público e fazem a gente sentir pena daqueles já odiava. Já tem até gente nas redes sociais sentindo saudades de Joffrey (Jack Gleeson), páginas de volta Joffrey foram criadas e já foram curtidas por Sansa e Margaery.
Vocês sabem o que é algo que se desgastou, perdeu o sentido ou se tornou algo que gera uma reação ruim? Acertou quem pensou Clichês. Dirigido pelo cineasta canadense Brad Peyton, o novo blockbuster estrelado pelo ex-lutador Dwayne Johnson, Terremoto – A Falha de San Andreas, é uma espécie de jogo de RPG, onde o espectador simplesmente pode escolher seu personagem e torcer para ele sobreviver em meio ao caos de um terremoto com números nunca vistos na escala Richter. O único ponto realmente positivo é a estrutura do roteiro, que mesmo assim possui cansativos minutos no seu arco final, assinado pelo craque mexicano Carlton Cuse (um dos roteiristas de Lost).
Na trama, conhecemos Ray (Dwayne Johnson) um especialista na arte do resgate e socorros que está se divorciando de sua ex-mulher Emma (Carla Gugino). Perto de sair de folga para levar a filha até a nova faculdade, um impactante terremoto atinge a cidade onde vive deixando o caos pelo caminho. Esse terremoto foi previsto pela equipe da Caltech chefiada pelo Doutor Lawrence (Paul Giamatti) que faz de tudo para avisar a população sobre os perigos intermináveis dessa ação natural. Com esse cenário de destruição eminente, Ray não mede esforços, seja pilotando um helicóptero, um avião monomotor ou uma lancha contra um tsunami para salvar sua família.
O filme até que começa bem. Vemos uma construção bem feita das características e passado dos personagens, fruto do bom roteiro já mencionado. A estrutura familiar, os encontros inusitados, tudo é passado de forma bem inteligente na primeira parte da história. O problema é quando a destruição acontece. Cenas impossíveis, personagens perdidos, a direção entra em parafuso, coadjuvantes que estavam ajudando muito a interação com o público ganham apenas mini pontas na história, etc… parece que o terremoto atingiu também a mesa de criação da história.
O que mais incomoda, além dos clichês que não vale nem a pena entrarmos no mérito pois é chover no molhado para enlatados hollywoodianos, são as menções a todo instante sobre o nacionalismo norte-americano. Bandeiras se reerguendo (quer clichê maior que esse?), o mundo desabando e a Caltech intacta, etc. Não precisava. Há um exagero desnecessário desse nacionalismo. Aliás, o filme peca pelos exageros. As cenas de mentirinhas: da lancha vencendo uma tsunami ou no pouso fisicamente impossível do helicóptero caindo na porta de um mercado, foram feitas para dar um impacto que o 3D pode oferecer. Quando falamos de cinema como um todo, o artificial raras vezes vence o natural.
Após quatro anos, a série norte-americanaRevenge chegou ao fim. O último episódio intituladoTwo Graves (Duas Covas) foi ar em 10 de maio nos Estados Unidos, pela ABC, e dia 27 de maio no Brasil, no canal pago Sony.
[SPOILERS a seguir]
A saga de Emily Thorne/Amanda Clarke (Emily VanCamp) terminou com um final feliz. Os produtores tinham duas opções: apostar no óbvio e agradar o público; ou arriscar, ousar e fazer algo realmente surpreendente. A primeira prevaleceu.
Baseada em ‘O Conde de Monte Cristo‘, obra de Alexandre Dumas, a série tinha tudo para agradar o público e conseguir fãs por onde passasse. Fazer da protagonista uma personagem que não é tão boazinha assim é uma tentativa de fugir da tradição e, ainda assim, ter a torcida de quem acompanha a série. Por isso, o final clichê decepciona.
Emily usou todos os meios possíveis, legais e ilegais, para conseguir o que queria: vingar a morte de seu pai, David Clarke (James Tupper); usou e enganou pessoas que cativou com seu jeito de boa moça para “fazer justiça com as próprias mãos”. A protagonista parecia ter como lema uma das frases mais famosas de Maquiavel: “os fins justificam os meios”.
Ao final da terceira temporada, Revengecomeçou a declinar no que se refere à história propriamente dita. Foi revelado que David estava vivo e boa parte dos fãs se perguntou: “tudo isso para nada?”. A trama perdia um elo forte e importante para dar continuidade, chegar ao clímax e ter um final que pudesse fugir do convencional.
Para muitos, tudo poderia ter se resolvido na terceira temporada, mas, com índices de audiência razoáveis, a série foi renovada por mais um ano. Contudo, era sabido que não iria muito longe, afinal não tinha mais para onde correr e, cada vez mais, a vingança de Emily não fazia sentido. Os ganchos que aconteciam nas duas primeiras temporadas não prendiam mais tanto a atenção do telespectador e nem despertavam aquela sensação de “preciso ver o que vai acontecer no próximo episódio já!”.
Mesmo com os problemas na história, Revenge tinha algo poderoso: prendia os fãs. Como dito, os ganchos antes eram melhores, mas ainda assim o público fiel continuou acompanhando. Com o passar do tempo, porém, foi perdendo o tesão pela série. Prova disso é a diferença de audiência entre a primeira e a última temporada. Nos EUA, a média por episódio foi de 7,8 milhões na primeira temporada; a segunda e terceira tiveram média de 7 e 6,2 milhões, respectivamente. A quarta, última, teve a pior, com 4,6.
A forma como Emily encurralava as pessoas era uma das coisas mais legais nas primeiras temporadas; mesmo em situações complicadas, a socialite conseguia o que queria, sempre contando com a ajuda de seu fiel amigo Nolan Ross (Gabriel Mann). Todos ficavam boquiabertos quando o flashback aparecia e explicava como tudo de desenrolou.
Emily, que não media esforços para alcançar seu objetivo, se mostrava uma pessoa sem sentimentos. E perdemos a conta de quantas vezes ela magoou pessoas próximas que acreditavam nela, como Jack Porter (Nick Wechsler), para acabar com as pessoas que destruíram sua família. Até Victoria Grayson (Madeleine Stowe), considerada vilã, mostrou mais sensibilidade com entes queridos.
Emily não deveria sair ilesa dessa história. Ela nunca se arrependeu de tudo o que fez, mas sente orgulho de nunca ter matado uma pessoa diretamente, mesmo sendo a responsável por vários crimes indiretamente, como se uma coisa justificasse a outra. O fato de se mostrar forte e, no fundo, ser uma pessoa teoricamente do bem também não justifica.
Talvez, o melhor fim para Amanda fosse morrer sozinha ou apodrecer na cadeia e arcar com as consequências de tudo que fez nesses anos. No fim, tudo foi perdoado, até mesmo por Jack, que sempre discordou das atitudes da amada.
Esta não foi uma história do bem contra o mal. Em Revenge, a protagonista não é a mocinha e, portanto, não merecia ter seu “happy ending”.
‘Terremoto: A Falha de San Andreas‘ se passa depois de um terremoto desastroso que destrói a Califórnia. Depois que a famosa Falha de San Andreas finalmente cede, provocando um terremoto de magnitude 9 na Califórnia, um piloto de helicóptero de busca e resgate (Dwayne Johnson) e sua ex-esposa fazem juntos o caminho de Los Angeles para São Francisco tentando salvar sua única filha.
Mas a jornada traiçoeira rumo ao norte é apenas o começo e quando eles acham que o pior pode ter acabado… está apenas começando.
» Em algumas sequências, Johnson dispensou o uso de dublês e realizou suas próprias cenas de ação.
» O estúdio New Line Cinema pretende realizar uma produção de escala épica e extrapolar até mesmo Roland Emmerich (‘2012’, ‘O Ataque’), diretor que é conhecido por seus grandiosos filmes de desastre. A primeira versão do roteiro é de Andre Fabrizio e Jeremy Passmore (‘Amanhecer Violento’). Os irmãos Chad e Carey Hayes (‘Invocação do Mal’) reescrevem.
Dois anos após os acontecimentos da Quarta Grande Guerra Ninja a lua começa a cair em direção a Terra, ameaçando destruir tudo. Naruto e seus aliados se preparam para salvar todos os envolvidos em uma batalha final emocionante.
Curiosidades:
» Décimo filme da franquia baseada no anime Naruto e feito para comemorar o 15º aniversário da série japonesa.
A trama se passa quatro anos após a devastadora Batalha de Gallipoli, durante a I Guerra Mundial, em 1919. Joshua Connor é um fazendeiro australiano que viaja para a Turquia para descobrir o paradeiro de seus três filhos, reportados oficialmente como desaparecidos em combate. Inicialmente freado pela burocracia militar, mas determinado a seguir em sua missão, Connor é a ajudado pela bela Ayshe, dona de seu hotel em Istanbul, e depois por um oficial turco que lutou contra seus filhos. Connor e o Major Hasan viajarão pela paisagem turca destruída pela Guerra para descobrir a verdade e para Joshua finalmente encontrar paz.
Em 1976, Agnes Le Roux é filha da proprietária do Palácio Mediterrâneo e se apaixona por um belo advogado dez anos mais velho. No meio de uma guerra entre cassinos, ela conhece o desonesto concorrente de sua mãe. Depois de acreditar ter traído sua mãe, Agnes tenta suícidio, e desaparece.
Curiosidades:
» Rodado na França.
» Na infância, a personagem Agnès tem olhos castanhos escuros, mas na fase adulta a cor dos olhos muda para azul esverdeado.
A trajetória de Cauby começa nos anos 60 e passa por diversas fases que se renovam através da arte, como por exemplo, sua ida para o exterior; a volta ao Brasil; e inúmeras situações que fazem de Cauby um artista cultuado indistintamente por várias gerações. Com um timbre invejável e uma voz impecável, Cauby construiu uma figura estética emblemática e única, interpretando desde samba a MPB, de bossa nova a rock. É considerado o maior cantor do Brasil por artistas como Agnaldo Rayol e Elis Regina.
Sem dúvida, ‘Promessas de Guerra‘ é um filme atraente. Durante a projeção não senti muita vontade de virar o rosto, embora alguns pequenos momentos tenham me causado esta sensação, nem tão pouco a obra seja uma grande experiência. Trata-se de um filme que tende ao mediano (no pior sentido da palavra), mas que é um bom começo para o estreante (na direção) Russell Crowe, já que este demonstra certa sensibilidade ao longo do filme e que, me pareceu, tem potencial para realizar algo muito bom.
Empregando personagens já manjados, como o pai amargurado (personagem típico de Crowe), a namorada do herói e a criança por quem o herói se afeiçoa, o filme narra à jornada de um pai que busca os ossos dos filhos para que possa enterrá-los em casa. A obra encontra como seu grande pilar as atuações, que vão dos excelentes Yılmaz Erdoğan e Olga Kurylenko ao ótimo Ryan Corr, e o sempre sólido como pedra Crowe. As grandes falhas do filme se concentram, basicamente, no roteiro. Dessa forma, é impressionante notar como os roteiristas se utilizam de artifícios que qualquer um que está começando a escrever roteiros sabe que não deve usar constantemente em seus trabalhos.
E não só uma vez, mas durante toda a obra o roteiro se baseia em um Deus ex machina atrás do outro, para dar continuidade a narrativa. Vemos Joshua Connor (Crowe) adivinhando, por meio de visões, onde os seus filhos estão enterrados, bem como a constante visão do pai da batalha final dos filhos, na qual ele não estava presente. São empregados, também, personagens que mudam de personalidade em segundos de acordo com a comodidade dos roteiristas. Em um momento, o Major Hasan (Erdogan) resolve ajudar o protagonista, mesmo havendo dito, há alguns instantes, que não iria mais ajudá-lo. Em outra ocasião, o tenente Cyril (Jai Courtney) resolve permitir, de uma hora para outra, que Joshua fique em um acampamento proibido para civis, mesmo tendo manifestado, anteriormente, que não o queria ali.
Se em alguns momentos Crowe toma decisões eficientes e originais, em outros, apela ao drama excessivo e aos clichês. Os momentos de drama forçados são constantes durante o filme e são ressaltados pela trilha sonora igualmente forçada, que em alguns momentos, com música excessiva e montagem rápida, beira o videoclipe.
O diretor insiste, também, em uma palheta dessaturada que se tornou o lugar comum para filmes de guerra, bem como uma palheta amarela para algumas das cenas na Turquia, algo que é minimamente interessante mas genérico por retratar o país como um lugar exótico e repleto de condimentos.
Em outras instancias, porém, Crowe demonstra sensibilidade, e por isso afirmo que é um diretor com potencial para fazer algo muito melhor, lhe falta apenas um pouco de bagagem. Alguns dos diálogos relacionados à primeira guerra mundial, bem como o mérito de não cair no lugar comum de endeusar os aliados e demonizar a aliança revelam honestidade do diretor bem como coragem em apresentar uma visão realista da guerra, como um conflito no qual não há vencedores.