E se curtiu, pode ver também. Ele é incrível!
[ANTES DE COMEÇAR A MATÉRIA, FIQUE CIENTE QUE ELA ESTÁ RECHEADA DE SPOILERS]
Se você ainda não assistiu ao sexto episódio de O Livro de Boba Fett, evite esta matéria, pois ela contém spoilers.
Após um quinto episódio fantástico, ficou a dúvida se a equipe criativa de O Livro de Boba Fett conseguiria superar esse capítulo na semana seguinte. E olha, agora que já conferimos, podemos dizer com toda tranquilidade: conseguiu. Com participações de Luke Skywalker (Mark Hamill rejuvenescido digitalmente), Ahsoka Tano (Rosario Dawson), Din Djarin (Pedro Pascal) e do Grogu, o Baby Yoda, o sexto episódio tem um desenvolvimento tão incrível e trabalha tantos personagens com tanta maestria que dá a sensação de ser mais um filme do universo Star Wars, não uma série.
Na verdade, para aqueles que não gostaram de Star Wars: Os Últimos Jedi (2017), esse capítulo traz muito daquilo que os fãs gostariam de ter visto no longa de Rian Johnson. A principal delas é justamente a persona esperançosa de Luke Skywalker e seu treinamento Jedi.
A relação entre Mestre e Padawan foi muito sentida, mas agora promete ser bem explorada nas televisões, já que foi revelado que o pequeno Grogu será o primeiro aluno da escola de Luke, que terá um fim trágico envolvendo seu sobrinho, Ben Solo (Adam Driver), conforme mostrado na trilogia nova. Assim, a Lucasfilm consegue manter o que foi feito nos longas e também consegue trazer mais do que os fãs realmente queriam.
De qualquer jeito, foi muito interessante e divertido ver o ETzinho mais amado da Disney (desculpa, Stitch) evoluindo e aprendendo a filosofia Jedi, enquanto segue com seu coração dividido pela saudade de Din Djarin. Da mesma forma, ter a perspectiva do Mandaloriano sobre sua função paterna e como isso pode influenciar no treinamento de seu protegido é interessantíssimo. Traz um pouco de humanidade para um personagem cujo rosto praticamente nunca é mostrado. E isso já é padrão, mas é sempre importante elogiar a atuação de Pedro Pascal. Ele consegue transmitir muita verdade ao seu Din Djarin usando apenas a expressão corporal.
E se tem um personagem que ganha muito em desenvolvimento é o Grogu. Além de aprender a manejar melhor A Força, descobrimos um pouco mais do passado dele e vemos que ele estava em Coruscant durante a execução da Ordem 66. Inclusive, essa sequência só é possível graças a uma habilidade inédita de Luke, que usa a Força para reativar as memórias do bebê.
Apesar da memória revelar mais do passado, ela mostra que três Jedi que o protegiam morreram, mas não propõe como foi que ele escapou de lá ou como sobreviveu até virar alvo de Moff Gideon (Giancarlo Esposito). Isso ainda vai render pano pra manga e talvez até ajude a contar mais sobre a raça do Mestre Yoda, sobre a qual Luke parece saber pouquíssimo.
Mas nem só de referências ao passado se constrói esse episódio. O núcleo de Cobb Vanth (Timothy Olyphant) traz uma vibe de faroeste para Tatooine, onde ele começa a formar um exército para ajudar Din e Boba Fett na luta contra os Pyke, mas acaba sendo confrontado por Cad Bane (Corey Burton), que faz sua estreia em Live Action ao melhor estilo Sergio Leone. Nesse embate, Cobb supostamente morreu – mas nada confirmado – após recusar a proposta de Bane, que tudo indica ter sido contratado pelos Pyke.
Ou seja, veremos mais dele no futuro desse universo, muito provavelmente ainda nesta série. Ah, o Boba Fett também faz uma rápida aparição, mas não influencia efetivamente na trama deste episódio. Espera-se que ele tenha uma participação maior agora nessa reta final, em que os caminhos começam a convergir para sua luta contra os Pyke pelo controle das famílias de Tatooine.
Fato é que esse episódio desenvolveu tudo e muito mais, possibilitando um futuro muito promissor para a expansão desse universo em live action.
Os episódios de O Livro de Boba Fett estreiam toda quarta-feira no Disney+.
