O MELHOR filme de vingança desde ‘Doce Vingança‘ estreou na Netflix e já está dando o que falar.
Assista a crítica em vídeo do Renato Marafon:
Trata-se de Bela Vingança (Promising Young Woman), que puxa nossas entranhas com força, proporcionando uma experiência cinematográfica de embrulhar o estômago.
Prestigiado, o filme recebeu indicação ao Oscar de Melhor Filme, Melhor Direção para Emerald Fennell, Melhor Atriz para a incrível Carey Mulligan e Melhor Roteiro Original.
Carey Mulligan vive uma jovem ex-estudante de Medicina que, após o suicídio de sua melhor amiga – em virtude do quase insuportável peso que o est*pro lhe trouxe -, está disposta a provar por A+B o quanto a ocasião faz o ladrão.
Batendo ponto em um popular bar regado por jovens, ela se veste da forma mais sedutora possível, finge estar bêbada como uma atriz excepcional e analisa que tipo de tratamento um “bom e gentil homem” que a encontra lhe dará, ao perceber que ela está quase inconsciente de tão entorpecida.
E é ali que alguns dos principais comportamentos compulsivos são desmascarado e confrontados, como a ideia de que a mulher “pediu” para ser abusada, ao se expor ao risco em virtude de uns goles a mais de álcool. E como alguém que sai da posição de vítima, a atriz atrai suas presas para uma caçada às avessas, que visa encontrar abusadores em potencial e fazê-los enxergar o seu pior lado, aquele que eles juram que não existe – principalmente por serem brancos, bem instruídos e de classe média/alta.
Bela Vingança segue essa jornada de maneira escalonada e salivante. Dando um tapa na cara da audiência a cada nova cena, o thriller é soberbo e maestral em sua essência ao explorar uma temática tão delicada e dolorosa com o auxílio do humor ácido.