segunda-feira , 23 dezembro , 2024

O Mês do Terror | Top 5 melhores filmes do estúdio Full Moon Features – Especialista no cinema B

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Produtora é uma das referências no Terror B

O campo dos filmes do horror de baixo orçamento é vasto o suficiente para comportar uma concorrência interessante. Dentre eles a Hammer é a mais icônica e a que verdadeiramente teve um controle comercial desse mercado por certo tempo; ainda assim, a facilidade de se produzir esses tipos de obras (no qual os custos costumam ser relativamente baixos) seduz diversos aspirantes a lançar seus próprios projetos.



A Full Moon Features, fundada em 1988, é uma delas. Ela que começou logo após o fracasso do então último empreendimento de seu fundador, Charles Band, rapidamente se especializou em gêneros como terror e ficção cientifica; algo bem evidente quando se constata que muitas de suas obras, bem como do antigo estúdio de Band, adaptaram materiais escritos por H. P. Lovecraft (o pai do terror cósmico).

Outra estratégia interessante da empresa foi firmar um contrato de distribuição com a Paramount, dessa forma eles teriam a autonomia para produzir filmes com o menor custo possível ao passo que a gigante de Hollywood só se preocuparia com a venda do VHS dos filmes.

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Dito isso, não é exagero pensar que a Full Moon tentou emplacar seu quinhão de franquias, principalmente após seu primeiro projeto em 1989 também ter sido seu maior sucesso de todos os tempos. Com isso em mente, seguem cinco filmes que, a despeito da qualidade técnica, marcaram o nome do estúdio no horror B.

5) Herança Maldita (1995)

Por volta do ano de 1995 a situação não era das mais positivas para a empresa. A Paramount havia decidido não renovar o acordo de distribuição de VHS, o que nesse caso colocava a Full Moon como responsável tanto pela produção como agora pela venda dos filmes. A ideia de desenvolver Herança Maldita partiu do diretor Stuart Gordon, este que viu um pôster na sala de Band com o título mencionado e ao questionar o chefe sobre o que era ouviu a resposta de que era apenas um pôster.

O filme não tem medo de assumir a canastrice.

Essa situação ilustra perfeitamente algo recorrente na Full Moon: muitos filmes produzidos por ela vieram depois que seus pôsteres estavam prontos, logo o enredo produzido era montado ao redor do visual extravagante dessas peças publicitárias. Gordon (funcionário veterano do estúdio) recebeu autonomia total para desenvolver algo para aquele pôster, porém com um orçamento de US$ 500.000.

O que se criou foi uma adaptação de um dos contos de Lovecraft, intitulado The Outsider, sobre uma família que herda um castelo na Itália e vai conferir o local; como é comum no subgênero de casa mal-assombrada coisas ruins começam a acontecer. Um detalhe interessante da produção é que esse é o primeiro terror em que um ator recebeu trabalhos de prótese no corpo inteiro para viver um dos monstros; até então esse tipo de artifício se resumia a certas regiões como rosto ou a cabeça.

4) The Dead Hate the Living! (2000)

Desde que George Romero produziu, nos anos 60, A Noite dos Mortos Vivos que qualquer material sobre zumbis é bastante popular e, talvez o mais importante, fácil de se produzir. Reúna um determinado número de figurantes, utilize locações abertas e realize um processo de maquiagem básica neles enquanto mantém o foco da câmera em seus personagens principais.

O orçamento controlado é nítido na obra.

Foi com esse pensamento que no ano 2000 a Full Moon incubiu o diretor Dave Parker de produzir seu primeiro filme com zumbis, lhe conferindo um “incrível” orçamento de US$ 150.000; detalhe que tal valor é menor do que aquele que Romero teve a sua disposição em 1968. Além disso o filme inteiro foi rodado em 10 dias.

3) The Gingerdead Man (2005)

Existe um conto infantil famoso nos Estados Unidos sobre um homem feito de biscoito de gengibre; o personagem geralmente é atrelado às festividades natalinas, por esse ser um doce bastante consumido neste período, porém ele se tornou um personagem recorrente em algumas mídias infantis como desenhos animados. 

Pelo menos é impossível dizer que não tem personalidade.

Aí a Full Moon decidiu produzir uma versão em que ele é uma força assassina. O enredo, claramente inspirado em Brinquedo Assassino (estreia do boneco Chucky), apresenta um criminoso violento que é preso após atacar uma família dona de uma padaria e então é sentenciado à morte. Após seu corpo ser cremado suas cinzas são enviadas para sua mãe que realiza um ritual e funde a alma do filho à uma mistura de gengibre. 

A mãe deixa então esses ingredientes, anonimamente, com a família que foi vítima de seu filho anteriormente e, sem saberem, eles a utilizam na preparação de um boneco de gengibre, dando a oportunidade do antagonista se vingar. Dirigido pelo próprio Charles Band, o filme garantiu ainda mais duas sequências e um crossover com o todo poderoso Evil Bong (ele é exatamente o que parece).

2) Subspecies: A Geração Vamp (1991)

Além de utilizar zumbis e bonecos de gengibre assassinos, nada mais justo que as atenções que a atenção da Full Moon se voltasse para os icônicos vampiros; estes que eram também os monstros favoritos da Hammer. A produção na verdade é uma série de filmes produzidos entre a empresa do Charles Band e o estúdio romeno Castel Film Studios.

Um surpreendente obra que se destacou na parte técnica.

A trama geral da franquia tem uma premissa semelhante com o livro Drácula mesmo que eventualmente a trama seja levada para outro caminho. A história envolve inicialmente um vampiro milenar que planeja transformar a jovem protagonista em uma imortal; a diferença, nessa situação, pode ser encarada como a presença do segundo vampiro (mais amigável) que forma uma espécie de triângulo amoroso com ela.

A série começou em 1991 e durou até 1998, quando foi lançado o quarto título. Sendo o primeiro filme norte-americano a ser filmado em solo romeno, a obra se diferencia um pouco de outras da Full Moon, principalmente na parte técnica. Os efeitos especiais contaram com o uso de stop motion aliado a computação gráfica.

1) Bonecos da Morte (1989)

O maior sucesso do estúdio, a franquia Mestre dos Brinquedos (cujo primeiro exemplar recebeu por aqui o título acima) também foi a primeira produção da Full Moon após sua criação. Tendo na época o já mencionado acordo de distribuição com a Paramount, o filme inaugurou também uma tendência do estúdio que não duraria muito; esta sendo a exibição do making off dos projetos.

O primeiro exemplar fez bastante sucesso à época de seu lançamento, sendo bastante elogiado pelos aspectos técnicos e pelo carisma dos bonecos perigosos que atormentam os protagonistas. A obra recebeu mais cinco continuações diretas, bem como alguns spin-off, uma prequel e várias histórias em quadrinhos que se propõe a expandir a mitologia dos brinquedos.

 

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O campo dos filmes do horror de baixo orçamento é vasto o suficiente para comportar uma concorrência interessante. Dentre eles a Hammer é a mais icônica e a que verdadeiramente teve um controle comercial desse mercado por certo tempo; ainda assim, a facilidade de se produzir esses tipos de obras (no qual os custos costumam ser relativamente baixos) seduz diversos aspirantes a lançar seus próprios projetos.

A Full Moon Features, fundada em 1988, é uma delas. Ela que começou logo após o fracasso do então último empreendimento de seu fundador, Charles Band, rapidamente se especializou em gêneros como terror e ficção cientifica; algo bem evidente quando se constata que muitas de suas obras, bem como do antigo estúdio de Band, adaptaram materiais escritos por H. P. Lovecraft (o pai do terror cósmico).

Outra estratégia interessante da empresa foi firmar um contrato de distribuição com a Paramount, dessa forma eles teriam a autonomia para produzir filmes com o menor custo possível ao passo que a gigante de Hollywood só se preocuparia com a venda do VHS dos filmes.

Dito isso, não é exagero pensar que a Full Moon tentou emplacar seu quinhão de franquias, principalmente após seu primeiro projeto em 1989 também ter sido seu maior sucesso de todos os tempos. Com isso em mente, seguem cinco filmes que, a despeito da qualidade técnica, marcaram o nome do estúdio no horror B.

5) Herança Maldita (1995)

Por volta do ano de 1995 a situação não era das mais positivas para a empresa. A Paramount havia decidido não renovar o acordo de distribuição de VHS, o que nesse caso colocava a Full Moon como responsável tanto pela produção como agora pela venda dos filmes. A ideia de desenvolver Herança Maldita partiu do diretor Stuart Gordon, este que viu um pôster na sala de Band com o título mencionado e ao questionar o chefe sobre o que era ouviu a resposta de que era apenas um pôster.

O filme não tem medo de assumir a canastrice.

Essa situação ilustra perfeitamente algo recorrente na Full Moon: muitos filmes produzidos por ela vieram depois que seus pôsteres estavam prontos, logo o enredo produzido era montado ao redor do visual extravagante dessas peças publicitárias. Gordon (funcionário veterano do estúdio) recebeu autonomia total para desenvolver algo para aquele pôster, porém com um orçamento de US$ 500.000.

O que se criou foi uma adaptação de um dos contos de Lovecraft, intitulado The Outsider, sobre uma família que herda um castelo na Itália e vai conferir o local; como é comum no subgênero de casa mal-assombrada coisas ruins começam a acontecer. Um detalhe interessante da produção é que esse é o primeiro terror em que um ator recebeu trabalhos de prótese no corpo inteiro para viver um dos monstros; até então esse tipo de artifício se resumia a certas regiões como rosto ou a cabeça.

4) The Dead Hate the Living! (2000)

Desde que George Romero produziu, nos anos 60, A Noite dos Mortos Vivos que qualquer material sobre zumbis é bastante popular e, talvez o mais importante, fácil de se produzir. Reúna um determinado número de figurantes, utilize locações abertas e realize um processo de maquiagem básica neles enquanto mantém o foco da câmera em seus personagens principais.

O orçamento controlado é nítido na obra.

Foi com esse pensamento que no ano 2000 a Full Moon incubiu o diretor Dave Parker de produzir seu primeiro filme com zumbis, lhe conferindo um “incrível” orçamento de US$ 150.000; detalhe que tal valor é menor do que aquele que Romero teve a sua disposição em 1968. Além disso o filme inteiro foi rodado em 10 dias.

3) The Gingerdead Man (2005)

Existe um conto infantil famoso nos Estados Unidos sobre um homem feito de biscoito de gengibre; o personagem geralmente é atrelado às festividades natalinas, por esse ser um doce bastante consumido neste período, porém ele se tornou um personagem recorrente em algumas mídias infantis como desenhos animados. 

Pelo menos é impossível dizer que não tem personalidade.

Aí a Full Moon decidiu produzir uma versão em que ele é uma força assassina. O enredo, claramente inspirado em Brinquedo Assassino (estreia do boneco Chucky), apresenta um criminoso violento que é preso após atacar uma família dona de uma padaria e então é sentenciado à morte. Após seu corpo ser cremado suas cinzas são enviadas para sua mãe que realiza um ritual e funde a alma do filho à uma mistura de gengibre. 

A mãe deixa então esses ingredientes, anonimamente, com a família que foi vítima de seu filho anteriormente e, sem saberem, eles a utilizam na preparação de um boneco de gengibre, dando a oportunidade do antagonista se vingar. Dirigido pelo próprio Charles Band, o filme garantiu ainda mais duas sequências e um crossover com o todo poderoso Evil Bong (ele é exatamente o que parece).

2) Subspecies: A Geração Vamp (1991)

Além de utilizar zumbis e bonecos de gengibre assassinos, nada mais justo que as atenções que a atenção da Full Moon se voltasse para os icônicos vampiros; estes que eram também os monstros favoritos da Hammer. A produção na verdade é uma série de filmes produzidos entre a empresa do Charles Band e o estúdio romeno Castel Film Studios.

Um surpreendente obra que se destacou na parte técnica.

A trama geral da franquia tem uma premissa semelhante com o livro Drácula mesmo que eventualmente a trama seja levada para outro caminho. A história envolve inicialmente um vampiro milenar que planeja transformar a jovem protagonista em uma imortal; a diferença, nessa situação, pode ser encarada como a presença do segundo vampiro (mais amigável) que forma uma espécie de triângulo amoroso com ela.

A série começou em 1991 e durou até 1998, quando foi lançado o quarto título. Sendo o primeiro filme norte-americano a ser filmado em solo romeno, a obra se diferencia um pouco de outras da Full Moon, principalmente na parte técnica. Os efeitos especiais contaram com o uso de stop motion aliado a computação gráfica.

1) Bonecos da Morte (1989)

O maior sucesso do estúdio, a franquia Mestre dos Brinquedos (cujo primeiro exemplar recebeu por aqui o título acima) também foi a primeira produção da Full Moon após sua criação. Tendo na época o já mencionado acordo de distribuição com a Paramount, o filme inaugurou também uma tendência do estúdio que não duraria muito; esta sendo a exibição do making off dos projetos.

O primeiro exemplar fez bastante sucesso à época de seu lançamento, sendo bastante elogiado pelos aspectos técnicos e pelo carisma dos bonecos perigosos que atormentam os protagonistas. A obra recebeu mais cinco continuações diretas, bem como alguns spin-off, uma prequel e várias histórias em quadrinhos que se propõe a expandir a mitologia dos brinquedos.

 

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