domingo , 22 dezembro , 2024

‘O Senhor dos Anéis’, ‘Entrevista com o Vampiro’, ‘Uma Equipe Muito Especial’ e as Séries de 2022 baseadas em Filmes

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Ninguém duvida que as séries de TV ocuparam o lugar destinado aos filmes na atualidade. Explico. Antes, qualquer produção de TV era considerada inferior ao cinema. Até mesmo os talentos envolvidos em tais produções (atores, produtores, diretores e roteiristas) eram divididos no time A (cinema) e o time B (Televisão). Aos poucos isso foi mudando, e quando chegamos à era moderna das séries de TV nos anos 2000, produções como 24 Horas (2001) e Lost (2004) elevaram o jogo a outro patamar, aumentando consideravelmente o interesse do espectador nas tramas das telinhas.

Agora, a mudança definitiva deste conceito ocorreu mesmo com o advento das plataformas de streaming nos anos 2010. Empresas como a Netflix e a Amazon, as pioneiras do mercado, começaram a dar trabalho para os filmes nos cinemas – com o público muitas vezes preferindo ficar em casa e acompanhar as tramas de seus programas preferidos nas telinhas (que também não eram mais telinhas assim, graças a TVs de tela plana e gigantes cada vez mais acessíveis aos bolsos dos cinéfilos). Essas tais pioneiras abriram as portas para outras empresas, e logo todo grande estúdio tinha sua própria plataforma de streaming. O que selou o acordo, no entanto, foi a pandemia e o fechamento das salas de cinema por quase um ano. Hoje, final de 2022, as coisas ainda não voltaram cem por cento ao normal.



A situação atual é a seguinte, indiscutivelmente as salas de cinema procuram investir mais do que nunca em grandes espetáculos para arrastar multidões e conseguir pagar as contas. É filme entretenimento e blockbuster para tudo o que é lado. Grandes autores e artistas que almejam trabalhar em obras mais pessoais e intimistas encontraram um novo espaço para tal: a TV. Até mesmo lendas vivas como Martin Scorsese e os irmãos Coen já aderiram à moda do momento. Essa nova era viu nascer um filão, no qual investe a cada ano com mais vigor: as adaptações de filmes famosos ou cult para as telinhas na forma de seriados. Westworld, cancelada recentemente, que o diga. Pensando nisso, trazemos nesta matéria nada menos do que mais de 17 programas baseados em filmes de sucesso (ou cult) que chegaram às telinhas somente neste ano de 2022. Confira.

O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder

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Começamos com a série mais popular de 2022, que é também a série mais cara de todos os tempos. Produção da Amazon Prime Video, o seriado funciona como prequel, uma pré-sequência à querida trilogia de Peter Jackson dos anos 2000, baseada nos clássicos absolutos do escritor J.R.R. Tolkien. A nova narrativa precede até mesmo o retratado na trilogia O Hobbit.

Entrevista com o Vampiro

Tendo estreado no início de outubro, esta é uma das séries mais recentes da lista, produção do canal AMC, o mesmo do fenômeno The Walking Dead. A trama faz parte das crônicas vampirescas da autora Anne Rice, falecida recentemente em dezembro de 2021. Como todo bom cinéfilo deve lembrar, a história já havia sido adaptada ao cinema pela Warner, no sucesso Entrevista com o Vampiro (1994), estrelado por Tom Cruise e que serviu para revelar Brad Pitt.

Uma Equipe Muito Especial

Outra produção original da Amazon Prime Video, essa é uma pedida para os fãs do esporte baseball, e também os fãs de história. Com uma pegada totalmente girl power, o programa narra os acontecimentos reais envolvendo a criação da liga de baseball feminino nos EUA, quando os homens foram para guerra, e suas mulheres entraram em campo. Antes da série, Uma Equipe Muito Especial foi um filme, que está completando 30 anos de estreia em 2022 – e teve gente como Geena Davis, Tom Hanks e Madonna protagonizando.

O Poder e a Lei

Sempre me perguntei por que um dos filmes mais interessantes da carreira do astro Matthew McConaughey, e que foi responsável pelo seu ressurgimento em novos trabalhos de qualidade ainda em 2011, nunca havia rendido uma continuação – afinal é parte de uma série de livros do autor Michael Connelly sobre um advogado malandro. Bem, onze anos depois do filme, a Netflix viu potencial e resolveu investir novamente no personagem Mick Haller, em uma série de TV que fez sucesso e já promete a segunda temporada. Quem protagoniza agora é Manuel Garcia-Rulfo – infelizmente sem qualquer envolvimento de McConaughey.

Gigolô Americano

Agora voltamos ainda mais no tempo, para testar o conhecimento dos cinéfilos. Ao contrário de alguns itens na lista até o momento, a ideia para essa história não saiu de um livro e sim do roteiro original do veterano Paul Schrader (escritor de Taxi Driver), que também dirige o filme de 1980. Protagonizado por Richard Gere no papel de um gigolô injustamente acusado de um crime, o filme foi um dos grandes sucessos da Paramount naquele ano e está completando 42 anos. Sendo assim, como forma de impulsionar seu novo serviço de streaming, a Paramount+ resolve recauchutar seu clássico para os novos tempos, com criação de David Hollander (Ray Donovan) e protagonizado por Jon Bernthal.

O Homem que Caiu na Terra

Agora o desafio aumenta, com uma produção ainda mais cult, que poucos devem conhecer por ser ainda mais antiga. Baseado no livro de ficção científica, de Walter Tevis, sobre um alien vindo para a Terra disfarçado de humano para salvar seu planeta, um filme foi produzido ainda em 1976 com direção de Nicolas Roeg. Quem comprou a ideia foi o camaleão David Bowie, que protagonizou o cult. Há 35 anos, em 1987, um filme para a TV foi lançado, e este ano o canal Showtime voltou a investir na ideia com uma produção luxuosa, protagonizada por Chiwetel Ejiofor e Naomie Harris.

Irma Vep

Seguindo pelo terreno das produções cult, temos uma minissérie da HBO Max estrelada pela vencedora do Oscar Alicia Vikander. Ela interpreta uma atriz americana desiludida com sua carreira e vida pessoal, que aceita o convite de ir filmar na França uma nova versão do clássico mudo do cinema do país, Os Vampiros (1915), de Louis Feuillade. Acontece que a história já havia sido levada às telonas em 1996 numa produção cult francesa, escrita e dirigida pelo mesmo Olivier Assayas – que agora a adapta na forma de uma minissérie.

Let the Right One In

O canal Showtime é um dos que mais tem investido em seriados que usam títulos famosos ou cult pré-estabelecidos anteriormente. Depois de O Homem que Caiu na Terra, a empresa aposta em outra história fantástica para obter um novo sucesso em mãos, esse baseado no livro de vampiros do autor sueco John Ajvide Lindqvist, que fala sobre a amizade de um menino solitário e sua nova vizinha, uma menina misteriosa. A primeira adaptação para as telas foi no cinema, em 2008, na produção sueca Deixa Ela Entrar. Dois anos depois chegava a versão americana Deixe-me Entrar. Agora, na forma de uma série, o programa estreou no início de outubro.

Academia de Vampiros

Ainda falando sobre os sanguessuga noturnos, passando de um programa assustador e dramático para uma aventura cômica juvenil. Esse aqui também baseado num livro, mas uma obra adolescente da escritora Richelle Mead. A primeira investida ocorreu num filme para o cinema em 2014, época de boom para esse tipo de literatura no cinema. O longa flopou, sendo lançado direto em vídeo no Brasil. Agora, oito anos depois, o streaming Peacock tenta de novo com uma série de TV que estrou em setembro.

A Mulher do Viajante do Tempo

Saímos do tema dos vampiros, mas seguimos na fantasia com uma trama que envolve viagem no tempo. Com produção da HBO Max, a série estrelada por Rose Leslie e Theo James é baseada no livro da autora Audrey Niffenegger, sobre um casal apaixonado que tem dificuldade de ficar junto devido ao estranho e incontrolável dom que Henry (James) possui de “cair por aí no tempo/espaço”. Os mais atentos lembram da primeira adaptação nas telonas em 2009, no filme chamado Te Amarei para Sempre (no Brasil), com Rachel McAdams e Eric Bana.

Julia

Aqui damos uma “leve trapaceada”. A ideia é seguir pelas séries da HBO Max ligadas a filmes de 2009. Acontece que Julie & Julia é escrito e dirigido pela saudosa Nora Ephron, falecida há dez anos, e usa como base não um, mas dois livros: ‘Julie & Julia’, de Julie Powell, e ‘My Life in France’, de Julia Child. O filme aborda parte da vida da apresentadora de um programa culinário muito famoso nos EUA, e tem como protagonistas Meryl Streep e Amy Adams. A ligação com a série da HBO Max é que o programa relata a vida da mesma apresentadora Julia Child, agora vivida por Sarah Lancashire.

Pacificador

Agora mudamos de gênero para um que é grande preferência mundial: as adaptações de super-heróis de quadrinhos. A coisa fica ainda melhor quando os personagens são da Marvel ou da rival DC. É nesta segunda editora que iremos nos concentrar aqui, mas ainda em uma produção da HBO Max. Vivido pelo grandalhão John Cena, o “Capitão América” incorreto e sem noção apareceu pela primeira vez nas telas no blockbuster para o cinema O Esquadrão Suicida (2021), escrito e dirigido por James Gunn. O sucesso do personagem foi tanto que logo no ano seguindo, Gunn e Cena trataram de dar um programa próprio para o sujeito, que já engatilhou a segunda temporada.

Andor

Saindo da casa dos personagens da DC, para a casa dos personagens da Marvel, a Disney+, iremos falar na verdade de outro universo adquirido pela casa do Mickey, o universo de Star Wars. A mais recente investida da plataforma em um programa da LucasFilm, o quarto até o momento (e contanto), é Andor. Os nerds aficionados pela criação de George Lucas sabem muito bem que o seriado é um spin-off (derivado) de Rogue One (2016), um filme que por si só era uma pré-sequência que se encaixava entre os filmes A Vingança dos Sith (2005) e Uma Nova Esperança (1977). Andor, por outro lado, se passa antes de Rogue One e foca no personagem título de Diego Luna.

Obi-Wan Kenobi

É fácil dizer que todas as séries de Star Wars na Disney+ são baseadas nos filmes de Star Wars. Isso é óbvio. Mas o que fazemos aqui é situar os espectadores exatamente onde tais programas se encaixam. E este ano tivemos dois lançamentos no universo criado por George Lucas, o citado Andor que é derivado de Rogue One; e esta minissérie que trouxe Ewan McGregor novamente no papel do mestre Jedi Obi-Wan Kenobi. O programa serviu para dar prestígio e levantar o interesse dos fãs na chamada trilogia prequel (1999-2005), quase um insulto na maioria dos círculos. McGregor viveu o Jedi nestes três filmes, e a série agora serve como a continuação de A Vingança dos Sith (2005), assim como Andor se encaixando entre os episódios 3 e 4.

Reacher

Voltando para a Amazon Prime Video, o estúdio soprou nova vida para a franquia Jack Ryan, sobre o agente criado nos livros de Tom Clancy. Sucesso atingido, a Amazon resolveu fazer o mesmo com um personagem similar, criado nos livros de outro autor, Lee Child. A diferença é que Jack Reacher teve as formas do mega astro Tom Cruise no filme homônimo de 2012, que teve uma sequência em 2016. Apesar de certo sucesso, ficaram muito aquém do que se espera de um blockbuster de Cruise. Assim, vendo potencial numa dimensão menor, a Amazon investiu pesado e levou o personagem para a telinha, nas formas do grandalhão Alan Ritchson. Deu muito certo.

Resident Evil

A franquia Resident Evil anda mal das pernas, infelizmente. Nascida nos videogames, a história sobre um vírus zumbi que domina uma cidade virou um enorme sucesso e um grande favorito dos fãs. Em 2002, há exatos 20 anos, a trama migrava para o cinema, num filme com Milla Jovovich e Michelle Rodriguez. Os fãs chiaram pela falta de fidelidade com o game, mas os espectadores casuais compraram a ideia. Os fãs hardcore, no entanto, não esperavam por esperar. Tal franquia rendeu nada menos do que outros cinco filmes, todos estrelados por Jovovich. Mas ano passado, um reboot mais fiel aos games com clima de terror não apenas morreu na praia, como tomou um tsunami na cara de tão ruim que ficou. A Netflix achou que tinha encontrado ouro, mas tampouco obteve qualquer apreço pela série lançada este ano.

The Offer

Finalizando a matéria, trapaceamos mais um pouquinho. Acontece que esta minissérie da Paramount+ não é baseada em nenhum filme. Bem, na verdade fala sobre os bastidores de um filme. Mas não um filme qualquer, e sim um que é considerado o melhor filme de todos os tempos por grande parte dos fãs: O Poderoso Chefão (1972), um ícone do cinema de máfia. Como não falar sobre ele, certo? O interesse é imediato, pois The Offer mostra ao público a epopeia do estúdio e dos produtores para levar o livro de Mario Puzzo às telonas. Imperdível para qualquer cinéfilo que se preze.

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‘O Senhor dos Anéis’, ‘Entrevista com o Vampiro’, ‘Uma Equipe Muito Especial’ e as Séries de 2022 baseadas em Filmes

Ninguém duvida que as séries de TV ocuparam o lugar destinado aos filmes na atualidade. Explico. Antes, qualquer produção de TV era considerada inferior ao cinema. Até mesmo os talentos envolvidos em tais produções (atores, produtores, diretores e roteiristas) eram divididos no time A (cinema) e o time B (Televisão). Aos poucos isso foi mudando, e quando chegamos à era moderna das séries de TV nos anos 2000, produções como 24 Horas (2001) e Lost (2004) elevaram o jogo a outro patamar, aumentando consideravelmente o interesse do espectador nas tramas das telinhas.

Agora, a mudança definitiva deste conceito ocorreu mesmo com o advento das plataformas de streaming nos anos 2010. Empresas como a Netflix e a Amazon, as pioneiras do mercado, começaram a dar trabalho para os filmes nos cinemas – com o público muitas vezes preferindo ficar em casa e acompanhar as tramas de seus programas preferidos nas telinhas (que também não eram mais telinhas assim, graças a TVs de tela plana e gigantes cada vez mais acessíveis aos bolsos dos cinéfilos). Essas tais pioneiras abriram as portas para outras empresas, e logo todo grande estúdio tinha sua própria plataforma de streaming. O que selou o acordo, no entanto, foi a pandemia e o fechamento das salas de cinema por quase um ano. Hoje, final de 2022, as coisas ainda não voltaram cem por cento ao normal.

A situação atual é a seguinte, indiscutivelmente as salas de cinema procuram investir mais do que nunca em grandes espetáculos para arrastar multidões e conseguir pagar as contas. É filme entretenimento e blockbuster para tudo o que é lado. Grandes autores e artistas que almejam trabalhar em obras mais pessoais e intimistas encontraram um novo espaço para tal: a TV. Até mesmo lendas vivas como Martin Scorsese e os irmãos Coen já aderiram à moda do momento. Essa nova era viu nascer um filão, no qual investe a cada ano com mais vigor: as adaptações de filmes famosos ou cult para as telinhas na forma de seriados. Westworld, cancelada recentemente, que o diga. Pensando nisso, trazemos nesta matéria nada menos do que mais de 17 programas baseados em filmes de sucesso (ou cult) que chegaram às telinhas somente neste ano de 2022. Confira.

O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder

Começamos com a série mais popular de 2022, que é também a série mais cara de todos os tempos. Produção da Amazon Prime Video, o seriado funciona como prequel, uma pré-sequência à querida trilogia de Peter Jackson dos anos 2000, baseada nos clássicos absolutos do escritor J.R.R. Tolkien. A nova narrativa precede até mesmo o retratado na trilogia O Hobbit.

Entrevista com o Vampiro

Tendo estreado no início de outubro, esta é uma das séries mais recentes da lista, produção do canal AMC, o mesmo do fenômeno The Walking Dead. A trama faz parte das crônicas vampirescas da autora Anne Rice, falecida recentemente em dezembro de 2021. Como todo bom cinéfilo deve lembrar, a história já havia sido adaptada ao cinema pela Warner, no sucesso Entrevista com o Vampiro (1994), estrelado por Tom Cruise e que serviu para revelar Brad Pitt.

Uma Equipe Muito Especial

Outra produção original da Amazon Prime Video, essa é uma pedida para os fãs do esporte baseball, e também os fãs de história. Com uma pegada totalmente girl power, o programa narra os acontecimentos reais envolvendo a criação da liga de baseball feminino nos EUA, quando os homens foram para guerra, e suas mulheres entraram em campo. Antes da série, Uma Equipe Muito Especial foi um filme, que está completando 30 anos de estreia em 2022 – e teve gente como Geena Davis, Tom Hanks e Madonna protagonizando.

O Poder e a Lei

Sempre me perguntei por que um dos filmes mais interessantes da carreira do astro Matthew McConaughey, e que foi responsável pelo seu ressurgimento em novos trabalhos de qualidade ainda em 2011, nunca havia rendido uma continuação – afinal é parte de uma série de livros do autor Michael Connelly sobre um advogado malandro. Bem, onze anos depois do filme, a Netflix viu potencial e resolveu investir novamente no personagem Mick Haller, em uma série de TV que fez sucesso e já promete a segunda temporada. Quem protagoniza agora é Manuel Garcia-Rulfo – infelizmente sem qualquer envolvimento de McConaughey.

Gigolô Americano

Agora voltamos ainda mais no tempo, para testar o conhecimento dos cinéfilos. Ao contrário de alguns itens na lista até o momento, a ideia para essa história não saiu de um livro e sim do roteiro original do veterano Paul Schrader (escritor de Taxi Driver), que também dirige o filme de 1980. Protagonizado por Richard Gere no papel de um gigolô injustamente acusado de um crime, o filme foi um dos grandes sucessos da Paramount naquele ano e está completando 42 anos. Sendo assim, como forma de impulsionar seu novo serviço de streaming, a Paramount+ resolve recauchutar seu clássico para os novos tempos, com criação de David Hollander (Ray Donovan) e protagonizado por Jon Bernthal.

O Homem que Caiu na Terra

Agora o desafio aumenta, com uma produção ainda mais cult, que poucos devem conhecer por ser ainda mais antiga. Baseado no livro de ficção científica, de Walter Tevis, sobre um alien vindo para a Terra disfarçado de humano para salvar seu planeta, um filme foi produzido ainda em 1976 com direção de Nicolas Roeg. Quem comprou a ideia foi o camaleão David Bowie, que protagonizou o cult. Há 35 anos, em 1987, um filme para a TV foi lançado, e este ano o canal Showtime voltou a investir na ideia com uma produção luxuosa, protagonizada por Chiwetel Ejiofor e Naomie Harris.

Irma Vep

Seguindo pelo terreno das produções cult, temos uma minissérie da HBO Max estrelada pela vencedora do Oscar Alicia Vikander. Ela interpreta uma atriz americana desiludida com sua carreira e vida pessoal, que aceita o convite de ir filmar na França uma nova versão do clássico mudo do cinema do país, Os Vampiros (1915), de Louis Feuillade. Acontece que a história já havia sido levada às telonas em 1996 numa produção cult francesa, escrita e dirigida pelo mesmo Olivier Assayas – que agora a adapta na forma de uma minissérie.

Let the Right One In

O canal Showtime é um dos que mais tem investido em seriados que usam títulos famosos ou cult pré-estabelecidos anteriormente. Depois de O Homem que Caiu na Terra, a empresa aposta em outra história fantástica para obter um novo sucesso em mãos, esse baseado no livro de vampiros do autor sueco John Ajvide Lindqvist, que fala sobre a amizade de um menino solitário e sua nova vizinha, uma menina misteriosa. A primeira adaptação para as telas foi no cinema, em 2008, na produção sueca Deixa Ela Entrar. Dois anos depois chegava a versão americana Deixe-me Entrar. Agora, na forma de uma série, o programa estreou no início de outubro.

Academia de Vampiros

Ainda falando sobre os sanguessuga noturnos, passando de um programa assustador e dramático para uma aventura cômica juvenil. Esse aqui também baseado num livro, mas uma obra adolescente da escritora Richelle Mead. A primeira investida ocorreu num filme para o cinema em 2014, época de boom para esse tipo de literatura no cinema. O longa flopou, sendo lançado direto em vídeo no Brasil. Agora, oito anos depois, o streaming Peacock tenta de novo com uma série de TV que estrou em setembro.

A Mulher do Viajante do Tempo

Saímos do tema dos vampiros, mas seguimos na fantasia com uma trama que envolve viagem no tempo. Com produção da HBO Max, a série estrelada por Rose Leslie e Theo James é baseada no livro da autora Audrey Niffenegger, sobre um casal apaixonado que tem dificuldade de ficar junto devido ao estranho e incontrolável dom que Henry (James) possui de “cair por aí no tempo/espaço”. Os mais atentos lembram da primeira adaptação nas telonas em 2009, no filme chamado Te Amarei para Sempre (no Brasil), com Rachel McAdams e Eric Bana.

Julia

Aqui damos uma “leve trapaceada”. A ideia é seguir pelas séries da HBO Max ligadas a filmes de 2009. Acontece que Julie & Julia é escrito e dirigido pela saudosa Nora Ephron, falecida há dez anos, e usa como base não um, mas dois livros: ‘Julie & Julia’, de Julie Powell, e ‘My Life in France’, de Julia Child. O filme aborda parte da vida da apresentadora de um programa culinário muito famoso nos EUA, e tem como protagonistas Meryl Streep e Amy Adams. A ligação com a série da HBO Max é que o programa relata a vida da mesma apresentadora Julia Child, agora vivida por Sarah Lancashire.

Pacificador

Agora mudamos de gênero para um que é grande preferência mundial: as adaptações de super-heróis de quadrinhos. A coisa fica ainda melhor quando os personagens são da Marvel ou da rival DC. É nesta segunda editora que iremos nos concentrar aqui, mas ainda em uma produção da HBO Max. Vivido pelo grandalhão John Cena, o “Capitão América” incorreto e sem noção apareceu pela primeira vez nas telas no blockbuster para o cinema O Esquadrão Suicida (2021), escrito e dirigido por James Gunn. O sucesso do personagem foi tanto que logo no ano seguindo, Gunn e Cena trataram de dar um programa próprio para o sujeito, que já engatilhou a segunda temporada.

Andor

Saindo da casa dos personagens da DC, para a casa dos personagens da Marvel, a Disney+, iremos falar na verdade de outro universo adquirido pela casa do Mickey, o universo de Star Wars. A mais recente investida da plataforma em um programa da LucasFilm, o quarto até o momento (e contanto), é Andor. Os nerds aficionados pela criação de George Lucas sabem muito bem que o seriado é um spin-off (derivado) de Rogue One (2016), um filme que por si só era uma pré-sequência que se encaixava entre os filmes A Vingança dos Sith (2005) e Uma Nova Esperança (1977). Andor, por outro lado, se passa antes de Rogue One e foca no personagem título de Diego Luna.

Obi-Wan Kenobi

É fácil dizer que todas as séries de Star Wars na Disney+ são baseadas nos filmes de Star Wars. Isso é óbvio. Mas o que fazemos aqui é situar os espectadores exatamente onde tais programas se encaixam. E este ano tivemos dois lançamentos no universo criado por George Lucas, o citado Andor que é derivado de Rogue One; e esta minissérie que trouxe Ewan McGregor novamente no papel do mestre Jedi Obi-Wan Kenobi. O programa serviu para dar prestígio e levantar o interesse dos fãs na chamada trilogia prequel (1999-2005), quase um insulto na maioria dos círculos. McGregor viveu o Jedi nestes três filmes, e a série agora serve como a continuação de A Vingança dos Sith (2005), assim como Andor se encaixando entre os episódios 3 e 4.

Reacher

Voltando para a Amazon Prime Video, o estúdio soprou nova vida para a franquia Jack Ryan, sobre o agente criado nos livros de Tom Clancy. Sucesso atingido, a Amazon resolveu fazer o mesmo com um personagem similar, criado nos livros de outro autor, Lee Child. A diferença é que Jack Reacher teve as formas do mega astro Tom Cruise no filme homônimo de 2012, que teve uma sequência em 2016. Apesar de certo sucesso, ficaram muito aquém do que se espera de um blockbuster de Cruise. Assim, vendo potencial numa dimensão menor, a Amazon investiu pesado e levou o personagem para a telinha, nas formas do grandalhão Alan Ritchson. Deu muito certo.

Resident Evil

A franquia Resident Evil anda mal das pernas, infelizmente. Nascida nos videogames, a história sobre um vírus zumbi que domina uma cidade virou um enorme sucesso e um grande favorito dos fãs. Em 2002, há exatos 20 anos, a trama migrava para o cinema, num filme com Milla Jovovich e Michelle Rodriguez. Os fãs chiaram pela falta de fidelidade com o game, mas os espectadores casuais compraram a ideia. Os fãs hardcore, no entanto, não esperavam por esperar. Tal franquia rendeu nada menos do que outros cinco filmes, todos estrelados por Jovovich. Mas ano passado, um reboot mais fiel aos games com clima de terror não apenas morreu na praia, como tomou um tsunami na cara de tão ruim que ficou. A Netflix achou que tinha encontrado ouro, mas tampouco obteve qualquer apreço pela série lançada este ano.

The Offer

Finalizando a matéria, trapaceamos mais um pouquinho. Acontece que esta minissérie da Paramount+ não é baseada em nenhum filme. Bem, na verdade fala sobre os bastidores de um filme. Mas não um filme qualquer, e sim um que é considerado o melhor filme de todos os tempos por grande parte dos fãs: O Poderoso Chefão (1972), um ícone do cinema de máfia. Como não falar sobre ele, certo? O interesse é imediato, pois The Offer mostra ao público a epopeia do estúdio e dos produtores para levar o livro de Mario Puzzo às telonas. Imperdível para qualquer cinéfilo que se preze.

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