domingo , 22 dezembro , 2024

‘O Sequestro do Voo 375’ | Thriller quer ‘servir de inspiração’ para projetos nacionais

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Em cartaz nos cinemas desde a última semana, o suspense nacional O Sequestro do Voo 375 se inspira nos blockbusters norte-americanos para contar uma história real que poucas pessoas conhecem ou lembram, apesar de ter contado com ampla cobertura da mídia na época de seu acontecimento.

Durante o Festival do Rio deste ano, que foi encerrado justamente com a primeira sessão do filme no Brasil, o diretor Marcus Baldini nos contou que esse fator do ‘desconhecimento’ foi um dos pontos que mais o atraiu na oportunidade de dirigir esse projeto ousado.



“Por não ser uma história de conhecimento do grande público, eu acho que é aí que mora o interesse. Justamente por não ser uma história tão conhecida que vira um atrativo, desperta uma curiosidade. Como é que um quase ‘onze de setembro’ aconteceu no Brasil e a gente não sabe? Eu acho que isso cativa o espectador a assistir o filme. A curiosidade leva as pessoas ao cinema, gera assunto e gera debate, o que é muito legal”, disse.

Com produção da Star Original Productions, da Disney, e do Estúdio Escarlate, O Sequestro do Voo 375, como indica o título, conta a história de um quase atentado terrorista que aconteceu no Brasil ao fim da década de 1980. Inspirado em uma história real, o filme acompanha um rapaz de origem humilde que, cansado da pobreza e da falta de cuidado da política brasileira para com os mais pobres, decide sequestrar um voo comercial e obrigar o piloto a jogar o avião contra o Palácio do Planalto, em Brasília.

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Um dos compromissos da produção – e um dos grandes méritos desse longa – é o cuidado em recriar com detalhes os cenários como eram na época e o interior de um avião dos anos 80. Para isso, eles construíram uma réplica do avião do filme, além de recriarem o interior da aeronave em estúdio para as cenas mais complicadas.

“Fizemos um trabalho super detalhista. Durante a produção, a gente teve uma preocupação muito grande de ver como eram os utensílios e como eram os aviões da época. O mundo aeronáutico é cheio de detalhes, e as pessoas geralmente têm essas curiosidades envolvendo as caixas-pretas, qual era a altitude do voo… E cuidamos dos detalhes técnicos também. Se era o 737-200, se era o 300. Então foi um trabalho cheio de preocupações, porque esses detalhes consomem orçamento. Tivemos uma grande preocupação com os figurinos, com a montagem dos aviões. Foi um trabalho muito forte para recriar um aeroporto que é bem diferente dos que a gente vê hoje em dia”, contou Baldini.

Foto: Ju Chalita/Divulgação

A CEO da Estúdio Escarlate, Joana Henning, também falou sobre o processo de aprovação do filme. A equipe se debruçou sobre as reportagens da época e os relatos dos passageiros que estavam presentes no voo para criar um documentário completinho. No entanto, assim que teve contato com a história, Joana não conseguiu enxergar o conteúdo como algo que não fosse uma dramatização.

“O fato de ser uma história real e ser tão relevante, por si só é um mote para o cinema. E eu adoro adaptar histórias reais, porque acho que a gente, através do audiovisual, pode conhecer muito a nossa história. É uma ferramenta que contribui muito para essa questão de identidade e gosto muito disso. Mas, em paralelo, o filme chegou para a gente como um documentário. Mas quando a gente entendeu a história e o trabalho de pesquisa, eu disse que não poderia ser lançado como documentário, mas como um longa de ficção. Porque o evento traz para a gente a chance de explorar o gênero de cinema-catástrofe, que não é tão popular no Brasil, e o sequestro trouxe todos os elementos de um thriller de ação muito bom”, revelou Joana Henning.

Ela também chamou atenção para o investimento no filme e disse que torce para que O Sequestro do Voo 375 seja apenas o primeiro longa de uma nova leva de blockbusters nacionais de grande orçamento.

“A gente quer ser inspiração [para blockbusters nacionais] e acredito que a gente precisa aumentar os nossos patamares de produção para que seja possível fazer essas histórias, porque o Brasil não perde em nada em talento, tecnologia e equipes competentes para realizar filmes assim em relação aos estrangeiros. Então, se a gente conseguir aumentar os patamares de investimento no cinema nacional, esses thrillers vão virar um costume, porque é um gênero que todo mundo gosta”, concluiu.

 

 

 

 

 

 

Durante a Comic Con Experience deste ano, a CCXP23, diretor, produtora e elenco marcaram presença em um painel muito interessante, no qual contaram histórias de bastidores e conversaram com os fãs, dias antes do filme chegar aos cinemas.

De forma ambiciosa, o cinema nacional tenta trazer para cá um costume muito popular no cinema norte-americano, que é o de contar histórias pouco conhecidas de feitos incríveis de cidadãos comuns em filmes de grande orçamento. É uma investida interessante que pode ser conferida nos cinemas de todo o país.

O Sequestro do Voo 375 está em cartaz nos cinemas.

 

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
Jornalista apaixonado por entretenimento, com passagens por sites, revistas e emissoras como repórter, crítico e produtor.

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Em cartaz nos cinemas desde a última semana, o suspense nacional O Sequestro do Voo 375 se inspira nos blockbusters norte-americanos para contar uma história real que poucas pessoas conhecem ou lembram, apesar de ter contado com ampla cobertura da mídia na época de seu acontecimento.

Durante o Festival do Rio deste ano, que foi encerrado justamente com a primeira sessão do filme no Brasil, o diretor Marcus Baldini nos contou que esse fator do ‘desconhecimento’ foi um dos pontos que mais o atraiu na oportunidade de dirigir esse projeto ousado.

“Por não ser uma história de conhecimento do grande público, eu acho que é aí que mora o interesse. Justamente por não ser uma história tão conhecida que vira um atrativo, desperta uma curiosidade. Como é que um quase ‘onze de setembro’ aconteceu no Brasil e a gente não sabe? Eu acho que isso cativa o espectador a assistir o filme. A curiosidade leva as pessoas ao cinema, gera assunto e gera debate, o que é muito legal”, disse.

Com produção da Star Original Productions, da Disney, e do Estúdio Escarlate, O Sequestro do Voo 375, como indica o título, conta a história de um quase atentado terrorista que aconteceu no Brasil ao fim da década de 1980. Inspirado em uma história real, o filme acompanha um rapaz de origem humilde que, cansado da pobreza e da falta de cuidado da política brasileira para com os mais pobres, decide sequestrar um voo comercial e obrigar o piloto a jogar o avião contra o Palácio do Planalto, em Brasília.

Um dos compromissos da produção – e um dos grandes méritos desse longa – é o cuidado em recriar com detalhes os cenários como eram na época e o interior de um avião dos anos 80. Para isso, eles construíram uma réplica do avião do filme, além de recriarem o interior da aeronave em estúdio para as cenas mais complicadas.

“Fizemos um trabalho super detalhista. Durante a produção, a gente teve uma preocupação muito grande de ver como eram os utensílios e como eram os aviões da época. O mundo aeronáutico é cheio de detalhes, e as pessoas geralmente têm essas curiosidades envolvendo as caixas-pretas, qual era a altitude do voo… E cuidamos dos detalhes técnicos também. Se era o 737-200, se era o 300. Então foi um trabalho cheio de preocupações, porque esses detalhes consomem orçamento. Tivemos uma grande preocupação com os figurinos, com a montagem dos aviões. Foi um trabalho muito forte para recriar um aeroporto que é bem diferente dos que a gente vê hoje em dia”, contou Baldini.

Foto: Ju Chalita/Divulgação

A CEO da Estúdio Escarlate, Joana Henning, também falou sobre o processo de aprovação do filme. A equipe se debruçou sobre as reportagens da época e os relatos dos passageiros que estavam presentes no voo para criar um documentário completinho. No entanto, assim que teve contato com a história, Joana não conseguiu enxergar o conteúdo como algo que não fosse uma dramatização.

“O fato de ser uma história real e ser tão relevante, por si só é um mote para o cinema. E eu adoro adaptar histórias reais, porque acho que a gente, através do audiovisual, pode conhecer muito a nossa história. É uma ferramenta que contribui muito para essa questão de identidade e gosto muito disso. Mas, em paralelo, o filme chegou para a gente como um documentário. Mas quando a gente entendeu a história e o trabalho de pesquisa, eu disse que não poderia ser lançado como documentário, mas como um longa de ficção. Porque o evento traz para a gente a chance de explorar o gênero de cinema-catástrofe, que não é tão popular no Brasil, e o sequestro trouxe todos os elementos de um thriller de ação muito bom”, revelou Joana Henning.

Ela também chamou atenção para o investimento no filme e disse que torce para que O Sequestro do Voo 375 seja apenas o primeiro longa de uma nova leva de blockbusters nacionais de grande orçamento.

“A gente quer ser inspiração [para blockbusters nacionais] e acredito que a gente precisa aumentar os nossos patamares de produção para que seja possível fazer essas histórias, porque o Brasil não perde em nada em talento, tecnologia e equipes competentes para realizar filmes assim em relação aos estrangeiros. Então, se a gente conseguir aumentar os patamares de investimento no cinema nacional, esses thrillers vão virar um costume, porque é um gênero que todo mundo gosta”, concluiu.

 

 

 

 

 

 

Durante a Comic Con Experience deste ano, a CCXP23, diretor, produtora e elenco marcaram presença em um painel muito interessante, no qual contaram histórias de bastidores e conversaram com os fãs, dias antes do filme chegar aos cinemas.

De forma ambiciosa, o cinema nacional tenta trazer para cá um costume muito popular no cinema norte-americano, que é o de contar histórias pouco conhecidas de feitos incríveis de cidadãos comuns em filmes de grande orçamento. É uma investida interessante que pode ser conferida nos cinemas de todo o país.

O Sequestro do Voo 375 está em cartaz nos cinemas.

 

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Pedro Sobreirohttp://cinepop.com.br/
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