quinta-feira , 21 novembro , 2024

O Universo DC no cinema tem salvação?

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A DC sofre no cinema e isso não está necessariamente ligado ao sucesso dos filmes da Marvel. Sim, há uma disparidade grande, porém, a DC por si só não consegue realizar um bom trabalho em projetos cinematográficos, independentemente do parâmetro a ser usado como base. Sua organização enquanto universo compartilhado é confusa e há uma grande bagunça naqueles que em tese organizam todo o projeto. Para piorar, Geoff Johns, presidente e diretor de criação, deixou o posto e assim colocou um ponto de interrogação ainda maior no futuro dos filmes.

Além disso, o DC Universe não vai seguir a agenda antes divulgada que apresentava a data de lançamento de filmes até 2020. Nela, Liga da Justiça 2 estava marcado para 2019, porém, até o momento não está confirmada. Já o filme solo do Flash estava agendado para 2018 e agora a notícia é de que a produção terá início apenas em 2019, após ter alterado o roteiro e a direção. Recentemente, saiu a notícia de que o tom do filme vai ser leve e que terá como referência o icônico “De Volta Para o Futuro”.



Outro ponto é que personagens secundários em tese vão ganhar um maior holofote até mesmo antes dos principais membros da Liga serem estabelecidos de modo satisfatório. A DC irá produzir um filme da Batgirl e existe a possibilidade de uma produção solo focada no Coringa de Jared Leto, que não teve uma grande aprovação.

Por falar em aprovação, o único filme da DC com unânimidade em relação a sucesso é Mulher Maravilha. Gal Gadot interpretando Diana teve uma boa participação em Batman vs Superman e um filme solo muito elogiado. Por outro lado, Liga da Justiça, Batman vs Superman, Esquadrão Suicida e Man of Steel não conseguiram conquistar o público e tiveram uma bilheteria aquém da expectativa da Warner/DC, além de sofrer inúmeras críticas pelos mais diversos motivos.

E então fica a pergunta: O DC Universe tem salvação?

Pela bagunça e incertezas em que se encontra atualmente, a resposta é não. Porém, o potencial de sucesso é grande. Os super-heróis principais da DC sempre foram os mais populares. Enquanto a Liga da Justiça é icônica desde que surgiu, os Vingadores, por exemplo, só caíram no gosto popular de fato após chegarem às telas de cinema. Juntando o pós de ter os heróis mais famosos e o contra de ter um histórico recente ruim, a DC poderia optar por dois caminhos.

Um deles é realizar o reboot do seu universo, fingir que nada existiu. A única que faria falta seria a Mulher Maravilha e a Gal Gadot poderia permanecer atuando como a Diana. De resto, o Batman poderia pertencer a outro ator, até mesmo porque existe a forte possibilidade de Ben Affleck não continuar vivendo Bruce Wayne. Já o Superman seria uma incógnita. Em Liga da Justiça, apesar do filme ser apenas razoável, o maior super-herói de todos os tempos teve enfim um tom de personalidade e leveza na medida certa, o que faltou em Man of Steel e Batman vs Superman.  Os demais membros da Liga ainda não tiveram tempo e espaço o suficiente para se tornarem tão marcantes a ponto de serem insubstituíveis. Uma saída para fazer este reboot de modo orgânico seria utilizar os recursos dos poderes do Flash de voltar no tempo.

Outra opção é desistir da ideia de Universo Compartilhado. A estratégia deu completamente certo na Marvel não somente por existir um universo único para os filmes e sim porque havia uma pessoa responsável por isso, Kevin Feige (e seu brilhante trabalho). Sem alguém por trás para pensar em tudo na DC, a ideia está fadada ao fracasso. Cada filme poderia ser totalmente independente e desconexo, assim não havendo a necessidade de ligar os pontos. O ônus disso é que um futuro filme da Liga Da Justiça perderia muita força.

A DC teve que correr devido ao sucesso de sua rival e isto pesou muito. Com uma maior tranquilidade, seria possível apresentar o filme solo de cada herói antes de chegar ao ápice da Liga, tal qual ocorreu em Vingadores. Era necessário criar um vínculo afetivo entre o público e os personagens do cinema, mesmo que eles já fossem conhecidos.

Fora dos filmes, são muitas produções de qualidade ímpar. As animações da DC são excelentes e elas não se limitam apenas à Liga. Falta achar o tom certo para as produções em live-action, já que material tem de sobra.

Mesmo que atualmente o Universo DC seja uma bagunça, é possível fazer sucessos pontuais, tal qual aconteceu com Mulher Maravilha. A primeira chance é com Aquaman, com estreia marcada para o dia 21 de dezembro. O herói é um dos pilares da Liga da Justiça e a tendência é que o público assista a algo diferente do habitual, visto que em tese o filme se passará no fundo do mar. Um desafio e tanto para a produção.

Outro filme com grande potencial de ter um estilo diferente ao habitual – seja em obras da DC ou da Marvel – é Batgirl. Nas HQ’s, o tom das histórias é muito contemporâneo e faz uso constante de, por exemplo, redes sociais, além de tirar selfies e demais atitudes de uma grande quantidade de adolescentes nos dias de hoje. Na Marvel, o Homem-Aranha já explorou isso de certa forma, mas não tanto quanto é possível utilizar este recurso –  como ocorre com a jovem nos quadrinhos. Joss Whedon era o responsável pelo roteiro, porém saiu do projeto e deu lugar a Christina Hodson.

Por falar em pegar o público jovem, principalmente o infantil, Shazam! pode ser a pedida. Por se tratar de uma criança em um corpo de um adulto que é um super-herói, é possível explorar diversos tipos de cenas e fazer com que crianças se imaginem no lugar dele, vivendo situações triviais que na mente delas são muito maiores.  O filme estreia no dia 5 de abril de 2019 nos Estados Unidos e já teve uma imagem divulgada  do protagonista.

Basicamente, o caminho a ser seguido é justamente o oposto do apresentado até então. Largar o tom pesado e sério dos filmes, mesmo sem necessariamente imitar o tom das produções da Marvel. Se fazendo um universo compartilhado há pouco êxito, é possível que a DC consiga atingir o sucesso em filmes pontuais e que explorem um público e situações diferentes de tudo que já foi mostrado no que diz respeito aos filmes de herói. É triste que seus personagens principais tenham sido tão mal explorados nas telas de cinema até o momento, porém, isso não significa que a DC tenha que desistir de vez de fazer novos filmes e sim apenas seguir um caminho diferente.

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Além disso, o DC Universe não vai seguir a agenda antes divulgada que apresentava a data de lançamento de filmes até 2020. Nela, Liga da Justiça 2 estava marcado para 2019, porém, até o momento não está confirmada. Já o filme solo do Flash estava agendado para 2018 e agora a notícia é de que a produção terá início apenas em 2019, após ter alterado o roteiro e a direção. Recentemente, saiu a notícia de que o tom do filme vai ser leve e que terá como referência o icônico “De Volta Para o Futuro”.

Outro ponto é que personagens secundários em tese vão ganhar um maior holofote até mesmo antes dos principais membros da Liga serem estabelecidos de modo satisfatório. A DC irá produzir um filme da Batgirl e existe a possibilidade de uma produção solo focada no Coringa de Jared Leto, que não teve uma grande aprovação.

Por falar em aprovação, o único filme da DC com unânimidade em relação a sucesso é Mulher Maravilha. Gal Gadot interpretando Diana teve uma boa participação em Batman vs Superman e um filme solo muito elogiado. Por outro lado, Liga da Justiça, Batman vs Superman, Esquadrão Suicida e Man of Steel não conseguiram conquistar o público e tiveram uma bilheteria aquém da expectativa da Warner/DC, além de sofrer inúmeras críticas pelos mais diversos motivos.

E então fica a pergunta: O DC Universe tem salvação?

Pela bagunça e incertezas em que se encontra atualmente, a resposta é não. Porém, o potencial de sucesso é grande. Os super-heróis principais da DC sempre foram os mais populares. Enquanto a Liga da Justiça é icônica desde que surgiu, os Vingadores, por exemplo, só caíram no gosto popular de fato após chegarem às telas de cinema. Juntando o pós de ter os heróis mais famosos e o contra de ter um histórico recente ruim, a DC poderia optar por dois caminhos.

Um deles é realizar o reboot do seu universo, fingir que nada existiu. A única que faria falta seria a Mulher Maravilha e a Gal Gadot poderia permanecer atuando como a Diana. De resto, o Batman poderia pertencer a outro ator, até mesmo porque existe a forte possibilidade de Ben Affleck não continuar vivendo Bruce Wayne. Já o Superman seria uma incógnita. Em Liga da Justiça, apesar do filme ser apenas razoável, o maior super-herói de todos os tempos teve enfim um tom de personalidade e leveza na medida certa, o que faltou em Man of Steel e Batman vs Superman.  Os demais membros da Liga ainda não tiveram tempo e espaço o suficiente para se tornarem tão marcantes a ponto de serem insubstituíveis. Uma saída para fazer este reboot de modo orgânico seria utilizar os recursos dos poderes do Flash de voltar no tempo.

Outra opção é desistir da ideia de Universo Compartilhado. A estratégia deu completamente certo na Marvel não somente por existir um universo único para os filmes e sim porque havia uma pessoa responsável por isso, Kevin Feige (e seu brilhante trabalho). Sem alguém por trás para pensar em tudo na DC, a ideia está fadada ao fracasso. Cada filme poderia ser totalmente independente e desconexo, assim não havendo a necessidade de ligar os pontos. O ônus disso é que um futuro filme da Liga Da Justiça perderia muita força.

A DC teve que correr devido ao sucesso de sua rival e isto pesou muito. Com uma maior tranquilidade, seria possível apresentar o filme solo de cada herói antes de chegar ao ápice da Liga, tal qual ocorreu em Vingadores. Era necessário criar um vínculo afetivo entre o público e os personagens do cinema, mesmo que eles já fossem conhecidos.

Fora dos filmes, são muitas produções de qualidade ímpar. As animações da DC são excelentes e elas não se limitam apenas à Liga. Falta achar o tom certo para as produções em live-action, já que material tem de sobra.

Mesmo que atualmente o Universo DC seja uma bagunça, é possível fazer sucessos pontuais, tal qual aconteceu com Mulher Maravilha. A primeira chance é com Aquaman, com estreia marcada para o dia 21 de dezembro. O herói é um dos pilares da Liga da Justiça e a tendência é que o público assista a algo diferente do habitual, visto que em tese o filme se passará no fundo do mar. Um desafio e tanto para a produção.

Outro filme com grande potencial de ter um estilo diferente ao habitual – seja em obras da DC ou da Marvel – é Batgirl. Nas HQ’s, o tom das histórias é muito contemporâneo e faz uso constante de, por exemplo, redes sociais, além de tirar selfies e demais atitudes de uma grande quantidade de adolescentes nos dias de hoje. Na Marvel, o Homem-Aranha já explorou isso de certa forma, mas não tanto quanto é possível utilizar este recurso –  como ocorre com a jovem nos quadrinhos. Joss Whedon era o responsável pelo roteiro, porém saiu do projeto e deu lugar a Christina Hodson.

Por falar em pegar o público jovem, principalmente o infantil, Shazam! pode ser a pedida. Por se tratar de uma criança em um corpo de um adulto que é um super-herói, é possível explorar diversos tipos de cenas e fazer com que crianças se imaginem no lugar dele, vivendo situações triviais que na mente delas são muito maiores.  O filme estreia no dia 5 de abril de 2019 nos Estados Unidos e já teve uma imagem divulgada  do protagonista.

Basicamente, o caminho a ser seguido é justamente o oposto do apresentado até então. Largar o tom pesado e sério dos filmes, mesmo sem necessariamente imitar o tom das produções da Marvel. Se fazendo um universo compartilhado há pouco êxito, é possível que a DC consiga atingir o sucesso em filmes pontuais e que explorem um público e situações diferentes de tudo que já foi mostrado no que diz respeito aos filmes de herói. É triste que seus personagens principais tenham sido tão mal explorados nas telas de cinema até o momento, porém, isso não significa que a DC tenha que desistir de vez de fazer novos filmes e sim apenas seguir um caminho diferente.

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