domingo , 22 dezembro , 2024

Odeio o Dia dos Namorados

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HELOÍSA PÉRISSÉ SE TORNA UMA VERSÃO FEMININA E MODERNA DE EBENEZER SCROOGE NESSA COMÉDIA SOBRE O DIA DOS NAMORADOS

Em determinada cena de “Odeio o Dia dos Namorados”, a protagonista Débora, vivida por Heloísa Périssé (“O Diário de Tati”), diz as seguintes palavras: “Chega, não aguento mais, não quero ver mais isso”, referindo-se a seu estado pós-vida e pré-morte no qual vislumbrava sua existência inteira. Ironicamente, é o que muitos irão dizer ao assistir a essa nova investida da comediante.



O filme foi criado pela equipe de grandes sucessos nacionais do gênero como “De Pernas Pro Ar”, sua continuação e “Até que a Sorte nos Separe”, ou seja, o diretor Roberto Santucci e o roteirista Paulo Cursino. Existe certa centelha de criatividade aqui, e o mote obviamente é um produto voltado a uma grande data comercial, o dia dos namorados.

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Para isso, os envolvidos homenageiam ou usam como referência, o clássico do inglês Charles Dickens, “Um Conto de Natal”. Para quem não conhece a história, no dia de natal um sujeito avarento e mesquinho aprende o verdadeiro valor do ser humano ao ser abordado por um espírito, e depois mais três que lhe mostram passado, presente e futuro. Agora, provavelmente poucos não reconhecerão tal trama. No cinema ela já foi adaptada exaustivamente em filmes como “Os Fantasmas Contra-Atacam”, “Um Homem de Família”, “Do que as Mulheres Gostam”, “Minhas Adoráveis Ex-Namoradas” e “Click”, só para citar alguns.

Périssé interpreta uma megera que abriu mão do amor em nome da vida profissional, e por consequência se tornou repelida por qualquer manifestação grandiosa de afeto. Ao reencontrar seu amor do passado, papel de Daniel Boaventura (“Coisa de Mulher”), Débora envolve-se num acidente de trânsito logo em seguida, que basicamente tira a sua vida. A mulher então é visitada por seu grande amigo, e ex-parceiro profissional, falecido anos antes. “Odeio o Dia dos Namorados” usa um humor básico, sempre restrito a estrutura do enredo de Dickens.

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Em determinada cena, a protagonista ao lado dos colegas de trabalho, saem para fechar um acordo num restaurante, e fazem questão de ressaltar a homenagem, caso houvesse ainda alguma dúvida, ao apresentarem o nome do local no cardápio, “Dickens”. O que surpreende são momentos mais atrevidos, onde o humor faz uso de palavrões e diversas referências sexuais, limitando assim seu público jovem com a censura de 14 anos. Porém, quase sempre passa dos limites do tolerável se tornando algo ofensivo, principalmente nas tentativas de humor em relação a homossexualidade de seu melhor amigo.

Outro fator que chama a atenção é o merchandising de possíveis patrocinadores, como o bombom Sonho de Valsa e o site de vendas NetShoes, citados constantemente na produção. Imaginaríamos que com tamanho incentivo a obra contasse ao menos com um cartaz um pouco melhor. Aparentemente, “Odeio o Dia dos Namorados” irá acertar em cheio seu público-alvo, para todo o resto o charme de Heloísa Périssé não será o suficiente para salvar esse filme.

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Em determinada cena de “Odeio o Dia dos Namorados”, a protagonista Débora, vivida por Heloísa Périssé (“O Diário de Tati”), diz as seguintes palavras: “Chega, não aguento mais, não quero ver mais isso”, referindo-se a seu estado pós-vida e pré-morte no qual vislumbrava sua existência inteira. Ironicamente, é o que muitos irão dizer ao assistir a essa nova investida da comediante.

O filme foi criado pela equipe de grandes sucessos nacionais do gênero como “De Pernas Pro Ar”, sua continuação e “Até que a Sorte nos Separe”, ou seja, o diretor Roberto Santucci e o roteirista Paulo Cursino. Existe certa centelha de criatividade aqui, e o mote obviamente é um produto voltado a uma grande data comercial, o dia dos namorados.

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Para isso, os envolvidos homenageiam ou usam como referência, o clássico do inglês Charles Dickens, “Um Conto de Natal”. Para quem não conhece a história, no dia de natal um sujeito avarento e mesquinho aprende o verdadeiro valor do ser humano ao ser abordado por um espírito, e depois mais três que lhe mostram passado, presente e futuro. Agora, provavelmente poucos não reconhecerão tal trama. No cinema ela já foi adaptada exaustivamente em filmes como “Os Fantasmas Contra-Atacam”, “Um Homem de Família”, “Do que as Mulheres Gostam”, “Minhas Adoráveis Ex-Namoradas” e “Click”, só para citar alguns.

Périssé interpreta uma megera que abriu mão do amor em nome da vida profissional, e por consequência se tornou repelida por qualquer manifestação grandiosa de afeto. Ao reencontrar seu amor do passado, papel de Daniel Boaventura (“Coisa de Mulher”), Débora envolve-se num acidente de trânsito logo em seguida, que basicamente tira a sua vida. A mulher então é visitada por seu grande amigo, e ex-parceiro profissional, falecido anos antes. “Odeio o Dia dos Namorados” usa um humor básico, sempre restrito a estrutura do enredo de Dickens.

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Em determinada cena, a protagonista ao lado dos colegas de trabalho, saem para fechar um acordo num restaurante, e fazem questão de ressaltar a homenagem, caso houvesse ainda alguma dúvida, ao apresentarem o nome do local no cardápio, “Dickens”. O que surpreende são momentos mais atrevidos, onde o humor faz uso de palavrões e diversas referências sexuais, limitando assim seu público jovem com a censura de 14 anos. Porém, quase sempre passa dos limites do tolerável se tornando algo ofensivo, principalmente nas tentativas de humor em relação a homossexualidade de seu melhor amigo.

Outro fator que chama a atenção é o merchandising de possíveis patrocinadores, como o bombom Sonho de Valsa e o site de vendas NetShoes, citados constantemente na produção. Imaginaríamos que com tamanho incentivo a obra contasse ao menos com um cartaz um pouco melhor. Aparentemente, “Odeio o Dia dos Namorados” irá acertar em cheio seu público-alvo, para todo o resto o charme de Heloísa Périssé não será o suficiente para salvar esse filme.

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