domingo , 22 dezembro , 2024

Opinião | ‘Pânico VI’ tem TUDO para ser um dos melhores capítulos da saga slasher

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Se há uma franquia que sempre soube o que entregar para o público, esta franquia é ‘Pânico’. Idealizada pela genial mente de Wes Craven, o mesmo nome por trás de ‘A Hora do Pesadelo’, a saga slasher teve início em 1996 e contou a história de Sidney Prescott (Neve Campbell), uma jovem que, ao lado de seus amigos, foi aterrorizada por um assassino mascarado conhecido como Ghostface. O sucesso de crítica e de bilheteria do capítulo inicial não apenas rendeu uma, mas três sequências diretas e um reboot-sequência que chegou aos cinemas no começo do ano passado. Agora, estamos prestes a adentrar mais uma sanguinolenta aventura com o antecipadíssimo ‘Pânico VI’.

Os filmes de Craven sempre trouxeram algo de novo para as telonas, por mais que tenham falhado aqui e ali. Logo de cara, percebemos o apreço do diretor pela metalinguagem, algo que não se via muito no cenário mainstream; na terceira investida, as incursões em questão ganharam uma nova camada, mergulhada em críticas à hipocrisia de Hollywood e em uma história dentro da história (ainda que o resultado tenha sido bem aquém do esperado); no quarto longa-metragem, uma nova geração tanto de vítimas quanto de público foi apresentada à mitologia de Craven; e, a partir da quinta entrada, as promessas se cumpriram e a saga ganhou uma roupagem modernizada e muito bem-feita.



Com o lançamento do trailer de ‘Pânico VI’, percebemos que a franquia ainda tem muito a contar. Essa, inclusive, será a primeira vez em que Ghostface sairá do confinamento de Woodsboro e adjacências, migrando para a gigantesca Nova York, onde “seus gritos não podem ser ouvidos”, como apontou o primeiro teaser promocional da obra. E, se Tyler Gillett e Matt Bettinelli-Olpin conseguirem efetivar as expectativas alimentadas no coração dos fãs, tudo indica que a sexta iteração será uma das melhores da saga.

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E por que digo isso?

De cara, podemos perceber pelo trailer que o novo Ghostface é muito mais perigoso que os outros que já encarnaram o personagem. Seja com Billy Loomis, Jill Prescott ou Amber Freeman, a motivação por trás dos assassinatos sempre foi bastante clara, refletindo os diferentes graus de vingança ou psicopatia adotados pelos antagonistas. Agora, Ghostface está à solta em uma das maiores metrópoles do planeta, livrando-se de todos os escrúpulos e não pensando duas vezes em tirar os obstáculos de seu caminho – ora, quando poderíamos imaginar que o serial killer abandonaria a costumeira faca para empunhar uma espingarda?

E isso não é tudo: uma característica que o torna diferente é a presença de um bizarro santuário que presta “homenagem” a todos que vestiram a aterrorizante máscara. Como explorado em uma matéria do nosso site, são diversos os elementos que compõe o santuário, desde a camisa de flanela de Jill e o uniforme de polícia de Woodsboro à faca ensanguentada e às múltiplas fantasias de Ghostface. É claro que ainda não sabemos da importância do local, mas são várias as teorias que pululam na nossa mente cada vez que reassistimos ao vídeo.

Uma das principais – e que pode ser corroborada pelo frame final do capítulo anterior – é a presença de um mastermind por trás da complexa engrenagem envolvendo Ghostface. Como podemos lembrar, Amber e Richie foram executados por Sam, Tara e os outros sobreviventes, mas isso não quer dizer que eles eram as mentes por trás das mortes. Ambos se conheceram em um fórum online e, possivelmente, foram manipulados em reviverem os trágicos acontecimentos de Woodsboro (mas agora tendo como alvo uma nova geração, como supracitado). Logo, que melhor lugar para esse “gênio criminoso” continuar a missão dos dois que Nova York? Ora, o local é conhecido pela diversidade de pessoas e por ser um antro de assassinos em série – dessa forma, ele poderia se fundir à multidão e garantir que tudo ocorresse como o planejado.

Uma segunda teoria pode indicar que o mastermind não seja quem atua, e sim quem comanda. Não sabemos se ‘Pânico VI’ terá apenas um serial killer ou mais, porém, podemos pensar que o rosto por trás das novas mortes esteja controlando seus asseclas como marionetes. Isso explicaria a presença do santuário e o fato do Ghostface ser diferente de todos que já passaram pela franquia.

Além disso, não podemos descartar a possibilidade de que personagens já consagrados no universo ‘Pânico’ podem estar por trás das mortes. Afinal, Kirby, que acreditávamos estar morta, faz seu retorno triunfal como uma personagem-legado ao lado de Gale para poder ajudar a desmascarar o assassino – ou levá-los na direção errada. Tara, em determinado momento do trailer, olha para a irmã com um semblante que beira a psicopatia, podendo indicar que ela é uma das homicidas (ou até mesmo que seu fim está próximo… De novo).

São vários os aspectos que premeditam ‘Pânico VI’ como um dos melhores capítulos da saga, com grandes chances de revitalizar o gênero slasher com originalidade invejável e com uma história convincente e envolvente. Agora, é só esperarmos até o filme chegar aos cinemas e conferir o ambicioso resultado.

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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Se há uma franquia que sempre soube o que entregar para o público, esta franquia é ‘Pânico’. Idealizada pela genial mente de Wes Craven, o mesmo nome por trás de ‘A Hora do Pesadelo’, a saga slasher teve início em 1996 e contou a história de Sidney Prescott (Neve Campbell), uma jovem que, ao lado de seus amigos, foi aterrorizada por um assassino mascarado conhecido como Ghostface. O sucesso de crítica e de bilheteria do capítulo inicial não apenas rendeu uma, mas três sequências diretas e um reboot-sequência que chegou aos cinemas no começo do ano passado. Agora, estamos prestes a adentrar mais uma sanguinolenta aventura com o antecipadíssimo ‘Pânico VI’.

Os filmes de Craven sempre trouxeram algo de novo para as telonas, por mais que tenham falhado aqui e ali. Logo de cara, percebemos o apreço do diretor pela metalinguagem, algo que não se via muito no cenário mainstream; na terceira investida, as incursões em questão ganharam uma nova camada, mergulhada em críticas à hipocrisia de Hollywood e em uma história dentro da história (ainda que o resultado tenha sido bem aquém do esperado); no quarto longa-metragem, uma nova geração tanto de vítimas quanto de público foi apresentada à mitologia de Craven; e, a partir da quinta entrada, as promessas se cumpriram e a saga ganhou uma roupagem modernizada e muito bem-feita.

Com o lançamento do trailer de ‘Pânico VI’, percebemos que a franquia ainda tem muito a contar. Essa, inclusive, será a primeira vez em que Ghostface sairá do confinamento de Woodsboro e adjacências, migrando para a gigantesca Nova York, onde “seus gritos não podem ser ouvidos”, como apontou o primeiro teaser promocional da obra. E, se Tyler Gillett e Matt Bettinelli-Olpin conseguirem efetivar as expectativas alimentadas no coração dos fãs, tudo indica que a sexta iteração será uma das melhores da saga.

E por que digo isso?

De cara, podemos perceber pelo trailer que o novo Ghostface é muito mais perigoso que os outros que já encarnaram o personagem. Seja com Billy Loomis, Jill Prescott ou Amber Freeman, a motivação por trás dos assassinatos sempre foi bastante clara, refletindo os diferentes graus de vingança ou psicopatia adotados pelos antagonistas. Agora, Ghostface está à solta em uma das maiores metrópoles do planeta, livrando-se de todos os escrúpulos e não pensando duas vezes em tirar os obstáculos de seu caminho – ora, quando poderíamos imaginar que o serial killer abandonaria a costumeira faca para empunhar uma espingarda?

E isso não é tudo: uma característica que o torna diferente é a presença de um bizarro santuário que presta “homenagem” a todos que vestiram a aterrorizante máscara. Como explorado em uma matéria do nosso site, são diversos os elementos que compõe o santuário, desde a camisa de flanela de Jill e o uniforme de polícia de Woodsboro à faca ensanguentada e às múltiplas fantasias de Ghostface. É claro que ainda não sabemos da importância do local, mas são várias as teorias que pululam na nossa mente cada vez que reassistimos ao vídeo.

Uma das principais – e que pode ser corroborada pelo frame final do capítulo anterior – é a presença de um mastermind por trás da complexa engrenagem envolvendo Ghostface. Como podemos lembrar, Amber e Richie foram executados por Sam, Tara e os outros sobreviventes, mas isso não quer dizer que eles eram as mentes por trás das mortes. Ambos se conheceram em um fórum online e, possivelmente, foram manipulados em reviverem os trágicos acontecimentos de Woodsboro (mas agora tendo como alvo uma nova geração, como supracitado). Logo, que melhor lugar para esse “gênio criminoso” continuar a missão dos dois que Nova York? Ora, o local é conhecido pela diversidade de pessoas e por ser um antro de assassinos em série – dessa forma, ele poderia se fundir à multidão e garantir que tudo ocorresse como o planejado.

Uma segunda teoria pode indicar que o mastermind não seja quem atua, e sim quem comanda. Não sabemos se ‘Pânico VI’ terá apenas um serial killer ou mais, porém, podemos pensar que o rosto por trás das novas mortes esteja controlando seus asseclas como marionetes. Isso explicaria a presença do santuário e o fato do Ghostface ser diferente de todos que já passaram pela franquia.

Além disso, não podemos descartar a possibilidade de que personagens já consagrados no universo ‘Pânico’ podem estar por trás das mortes. Afinal, Kirby, que acreditávamos estar morta, faz seu retorno triunfal como uma personagem-legado ao lado de Gale para poder ajudar a desmascarar o assassino – ou levá-los na direção errada. Tara, em determinado momento do trailer, olha para a irmã com um semblante que beira a psicopatia, podendo indicar que ela é uma das homicidas (ou até mesmo que seu fim está próximo… De novo).

São vários os aspectos que premeditam ‘Pânico VI’ como um dos melhores capítulos da saga, com grandes chances de revitalizar o gênero slasher com originalidade invejável e com uma história convincente e envolvente. Agora, é só esperarmos até o filme chegar aos cinemas e conferir o ambicioso resultado.

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Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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