O filme do renomado cineasta Christopher Nolan, ‘Oppenheimer’, tem despertado grande interesse desde que o diretor afirmou que evitou o uso de CGI em sua produção.
Entretanto, de acordo com Andrew Jackson, supervisor de efeitos visuais que colaborou no projeto, isso não significa que o filme esteja isento de todos os efeitos especiais.
Em uma entrevista exclusiva ao The Hollywood Reporter, Jackson, que anteriormente ganhou um Oscar por seu trabalho em ‘Tenet‘, de Nolan, revelou que ‘Oppenheimer‘ de fato utilizou efeitos digitais em cerca de 200 sequências. Notavelmente, esses efeitos foram empregados na criação da sequência crucial do teste nuclear Trinity, um precursor para o bombardeio atômico ao Japão.
Jackson explicou, “A visão de Nolan era evitar o uso de simulações em CGI para uma explosão nuclear. Ele tinha como objetivo capturar a linguagem cinematográfica da época em que o filme se passa… Basicamente, todos os elementos na tela foram capturados autenticamente.”
O supervisor prosseguiu explicando que esse processo envolveu a detonação controlada de explosivos convencionais, aprimorados com combustíveis específicos para amplificar o impacto visual da detonação.
No total, aproximadamente 400 elementos distintos foram meticulosamente capturados e combinados de diversas maneiras para criar o espetáculo visual característico do estilo cinematográfico de Nolan.
“Trata-se de uma interpretação mais livre e artística de uma explosão nuclear, em vez de uma representação precisa da física envolvida. Nossa missão foi pegar diversos componentes menores e fundi-los na impressão de algo grandioso”, detalhou Jackson.
Ao longo de ‘Oppenheimer’ a equipe de artistas de efeitos especiais também foi convocada para remover elementos anacrônicos de cenas, garantindo a precisão histórica de acordo com o período retratado.
Além disso, eles adicionaram efeitos sutis de iluminação nos rostos dos atores durante cenas que apresentavam explosões ou processos científicos.
Segundo o ComicBook.com, o longa-metragem ultrapassou a bilheteria total de ‘Interestelar’ e se consagrou como o quarto título mais rentável da filmografia do cineasta.
‘Oppenheimer’ (US$ 723,8) fica atrás apenas de ‘Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge’ (US$1,08 bilhão), ‘Batman: O Cavaleiro das Trevas’ (US$1 bilhão) e ‘A Origem’ (US$836,8 milhões).
Lembrando que o filme, que continua em exibição nos cinemas, se tornou a maior arrecadação da carreira de Nolan em 50 territórios, incluindo a Alemanha, Brasil, Índia e Polônia.
A produção conta a história de J. Robert Oppenheimer (Cillian Murphy), chefe do Projeto Manhattan, um plano do governo dos Estados Unidos encarregado de criar o primeiro armamento nuclear para do país.
O elenco ainda inclui Emily Blunt (‘Jungle Cruise’), Matt Damon (‘O Último Duelo’), Florence Pugh (‘Viúva Negra’), Rami Malek (‘Bohemian Rhapsody’), Benny Safdie (‘Joias Brutas’), Dane DeHaan (‘O Espetacular Homem-Aranha 2’), Jack Quaid (‘The Boys’), Josh Hartnett (‘Penny Dreadful’), David Dastmalchian (‘O Esquadrão Suicida’), Alden Ehrenreich (‘Solo: Uma História Star Wars’), David Krumholtz (‘The Deuce’), Jason Clarke (‘Everest’), Louise Lombard (‘CSI’), James D’Arcy (‘Agent Carter’), Michael Angarona (‘Sky High: Super-Escola de Heróis’) e Matthias Schweighöfer (‘Army of the Dead: Invasão em Las Vegas’).
Pugh interpreta Jean Tatlock, membro do Partido Comunista dos Estados Unidos que tem um caso com Oppenheimer e a causa de grandes preocupações de segurança para funcionários do governo.
Safdie interpreta Edward Teller, o físico húngaro conhecido como o pai da bomba de hidrogênio e membro do Projeto Manhattan, a iniciativa de pesquisa dos EUA que desenvolveu a primeira bomba atômica.
Damon encarna o tenente-general Leslie Groves, diretor do Projeto Manhattan, enquanto Blunt é Katherine Oppenheimer Vissering, esposa do protagonista.
Nolan também entra como produtor executivo do filme ao lado de sua esposa e parceira de produção de longa data, Emma Thomas.