terça-feira, abril 23, 2024

Os Finais mais Surpreendentes do Cinema

Um filme pode chamar atenção e ficar marcado por vários aspectos: fortes personagens tendem ser o principal chamariz (a exemplo do Coringa de Heath Ledger em ‘O Cavaleiro das Trevas’), batalhas épicas (como a do Abismo de Helm no ‘As Duas Torres’), grandes cenas de ação (as perseguições da franquia ‘Bourne’ orquestradas por Paul Greengrass) e frases de efeito (o já emblemático “This is sparta!” do Rei Leônidas de ‘300’) são também alguns.

Entretanto, finais reveladores, intrigantes e emocionantes nos deixam de queixo caído, a ponto de serem questionados por anos, fazendo com que aquele momento fique eternamente armazenado em nosso hipocampo. Pensando nisso, o CinePOP separou 10 extraordinários desfechos que estão marcados nos anais da sétima arte para a já tradicional coluna CineTOP. Caso seu final favorito não esteja na lista, por favor, não faça cerimônia, poste abaixo nos comentários.

Segue abaixo a nossa lista:

10 – Os Suspeitos (1995)

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Depois do terrível Public Access, a dupla Bryan Singer e Christopher McQuarrie veio com sangue nos olhos e uma última cartada chamada The Usual Suspects. Apesar de contar com uma modesta produção de apenas seis milhões de dólares, o trabalho era ousado e tinha um elenco competente e roteiro afiado. Calcado no clássico noir americano, devido à elegante narrativa e trilha sonora constante, Singer realizou um thriller excepcional, que deixou do início ao fim o espectador ligado e querendo saber a identidade do assassino. A revelação foi tão bombástica que o boca-a-boca se espalhou e o troço virou febre.

9 – Seven – Os Sete Crimes Capitais (1995)

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Talvez um dos mais brilhantes filmes dos anos 90, certamente o de David Fincher, que não por acaso é um dos mais interessantes cineastas norte-americanos em atividade. Assim, travestido num suspense policial, Seven veio nos dizer algo através de John Doe – assim como mais tarde Tyler Durden também nos alertaria – e foi ainda mais além, pois com uma trama densa, personagens tridimensionais e um final de tirar o folego, o longa acabou virando referência não só dentro do gênero, mas para o cinema moderno.

8 – Os Outros (2001)

Não deixe de assistir:

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Com veias hitchcockianas, o chileno Alejandro Amenábar, que vinha do ótimo Preso na Escuridão, chegou a Hollywood com The Others, filme que instantaneamente lhe deu o título de novo rei do suspense. Com um clima absolutamente soturno, abordando temas como guerra e religião, além de muito trabalhar com o passado, Amenábar tornou-se ainda mais conhecido, com a reação do público que saía da sessão afirmando que este era um dos finais mais surpreendentes desde o estrondoso O Sexto Sentido. Eles tinham razão.

7 – Oldboy (2003)

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Diferente da grande maioria aqui citada, Chan-wook Park não precisou sair da Coreia pra que seu Oldboy ganhasse destaque mundial. Com um fascinante estudo de personagem, o cineasta vai, pouco a pouco, nos apresentando uma história que se revela devastadora. Além do plot inicial, novas pistas são dadas e, a todo o momento, o espectador começa a maquinar o que está por vir. Então, quando finalmente o verdadeiro sentido da obra é revelado, ficamos incrédulos pela ousadia da mente cruel (e genial) que concebeu o roteiro.

6 – Jogos Mortais (2004)

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Chegando pra acabar de vez com a estupida censura do cinema norte-americano, onde até mesmo em filmes de terror era recomendada certa moderação, James Wan e o seu petardo Saw foram divisores de água e chacoalharam o gênero, gerando novos filhotes. Mas a principal sacada do filme está em sua proposta, que se mostra deveras interessante: “o que você daria pela sua vida?”. Essa pergunta é ainda mais fortalecida por um final que de tão surpreendente nos faz rir, pois ficamos com a aquela sensação de: “como não tinha pensando nisso antes?”.

5 – Planeta dos Macacos (1968)

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Adaptando de forma soberba a seminal obra sci-fi de Rod Serlingpor, o cineasta Franklin J. Schaffner também coloca em debate temas pungentes como guerra, sociedade, ciência e religião. Tudo isso pautado de maneira sóbria e pontual. Todavia, o emblemático desfecho que traz o Coronel George Taylor (Charlton Heston) olhando para a enterrada Estátua da Liberdade, talvez seja fotograficamente o mais conhecido e magnífico dos títulos dessa lista.

4 – Star Wars Episódio V: O Império Contra-Ataca (1980)

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Provavelmente, toda franquia Star Wars recorre a essas palavras: “No, I am your father!“. Elas não apenas representam uma alteração no rumo da grande saga nerd do cinema, mas também mudaram para sempre a história da cultura pop, já que em cima dessa incrível reviravolta, personagens do gênero passaram a ser mais estruturados. Bem como o público ficou mais atento.

3 – Clube da Luta (1999)

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O jovem clássico Fight Club, outro de David Fincher, repousa e caminha sobre o plot twist, à medida que também muda completamente seu tom e discute, com perfeição, sua real mensagem que debate a inércia da vida moderna e o consumismo exacerbado do humano. As reações do público ao descobrir quem era Tyler Durden foram das mais variadas – uma delas, mal entendida, chegou a ser desastrosa. O longa e o personagem tornaram-se uma bandeira. Fóruns foram criados, teses montadas e até hoje o legado permanece vivo.

2 – O Sexto Sentido (1999)

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Um garoto sofre atormentado por visões de espíritos. Um psicólogo está abalado pelo divórcio. Ambos se ajudam e estão em busca de algo que parece cada vez mais perto. Tudo aqui é muito bem arquitetado para o grande ápice que, de tão poderoso e inconcebível, tornou-se referência quando se fala em “finais inesperados”. The Sixth Sense é um suspense carregado de simbolismos e montado em cima do belíssimo trabalho mise en scène orquestrado por um M. Night Shyamalan jamais visto.

1 – Psicose (1960)

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Foi ainda na década de 60 que o já citado mestre do suspense, Alfred Hitchcock, concebeu Psycho, filme detentor de um encerramento genuinamente surpreendente, pelo menos até aquele momento. E que foi montado para uma espantosa revelação. Cartazes anunciavam: não conte o final. Hitch até fez questão de comprar todos os livros do conto original para que ninguém soubesse tal desfecho. Seu nome, já em baixa ascensão, dependia do sucesso da fita, que acabou sendo o maior de sua carreira. A partir daí vários outros títulos foram feitos em cima dessa ideia.

Menções honrosas: Pânico (1996), O Lobo Atrás da Porta (2014), O Grande Truque (2006), A Pele que Habito (2011), Um Sonho de Liberdade (1994), Encurralados (2007), Cidade dos sonhos (2001), Alta Tensão (2003), A Vila (2004), Amnésia (2000), O Homem de Palha (1973), A Chave Mestra (2005) e Ilha do Medo (2010).

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Wilker Medeiroshttps://www.youtube.com/imersaocultural
Wilker Medeiros, com passagem pela área de jornalismo, atuou em portais e podcasts como editor e crítico de cinema. Formou-se em cursos de Fotografia e Iluminação, Teoria, Linguagem e Crítica Cinematográfica, Forma e Estilo do Cinema. Sempre foi apaixonado pela sétima arte e é um consumidor voraz de cultura pop.

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