Lady Gaga é um dos titãs do pop contemporâneo e revolucionou o cenário musical quando surgiu em 2008 – chegando a influenciar até mesmo veteranas da indústria. Um Oscar, 11 Grammys e centenas de prêmios mais tarde, Gaga firmou-se na esfera fonográfica com força descomunal e permanece mais ativa do que nunca, dominando o entretenimento com uma perspectiva artística impecável.
Ao longo de seus breves doze anos de carreira, a performer também entregou videoclipes sensacionais, dirigidos por realizadores com tendências cinemáticas de tirar o fôlego – como não lembrar, por exemplo, da irreverência estética de “Applause” e de sua encarnação de Maria Madalena no blasfemo “Judas”?
Depois de analisar sua discografia e seu impacto no entretenimento, chegou a hora de separamos os 10 melhores clipes de Lady Gaga.
Confira abaixo nossas escolhas e conte para nós qual o seu favorito:
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“Rain On Me” (2020)
Direção: Robert Rodriguez
Cyber-punk, futurista e recheado de figurinos coloridos e vibrantes, “Rain On Me” é a segunda incursão do panteão de ‘Chromatica’, último álbum lançado de Gaga. Colaborando com Ariana Grande, as duas artistas falam sobre traumas passados e celebram suas próprias lágrimas enquanto dançam ao lado da outra em dois mundos espelhados que se convergem em uma explosão de energia e dança.
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“Poker Face” (2008)
Direção: Ray Kay
“Poker Face” é um dos vídeos que mais resumem a década de 2000. Filmado em uma estonteante villa patrocinada pela Bwin, o clipe representa a amálgama ambiciosa por Gaga em sua estreia, ‘The Fame’, além de suas ideias sobre a cultura pop. Emergindo de uma piscina e usando um collant, a performer participa de uma festa regada a jogos e à bebida, além de mostrar o apreço da artista por tendências sci-fi.
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“Telephone” (2009)
Direção: Jonas Åkerlund
Talvez a maior parceria feminina dos anos 2000, Gaga uniu forças com Beyoncé em uma escapada criminal que ganhou o título de “Telephone”. A sequência de “Paparazzi” é recheada de referências cinematográficas, incluindo ‘Kill Bill’ e ‘Thelma & Louise’, e traz as duas lendárias artistas em uma batalha pela liberdade.
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“Judas” (2011)
Direção: Lady Gaga e Laurieann Gibson
Gaga fez sua estreia diretorial com “Judas”, uma de suas músicas e construções visuais mais polêmicas. Rechaçada pela Igreja Católica, toda a arquitetura funciona como uma releitura contemporânea da Bíblia e da história de Jesus, Judas Iscariotes e Maria Madalena, trazendo os personagens para uma missionária aventura com apóstolos motoqueiros e inclinações para diversas mitologias – incluindo a greco-romana e a egípcia.
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“Paparazzi” (2009)
Direção: Jonas Åkerlund
Åkerlund trabalhou pela primeira vez com Gaga na monstruosa produção de “Paparazzi”. Na narrativa, que também traz a presença de ninguém menos que Alexander Skarsgård como o vilão da história, a artista dá vida a uma estrela decadente que é seguida por fotógrafos em qualquer lugar e, além disso, é quase assassinada por seu namorado. Jurando vingança, ela se lança numa jornada de sobrevivência inspirada por clássicos filmes e ensaios artísticos – e ressignificações da própria indústria midiática.
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“Applause” (2013)
Direção: Inez and Vinoodh
“Applause” faz parte da subestimada e irreverente obra ‘ARTPOP’, que foi duramente criticada à época de seu lançamento e redescoberta como uma incrível e ousada mudança para o cenário mainstream. O cinemático clipe é uma homenagem a Andy Warhol e ao movimento pop-art, misturando as tendências dos anos 1950 aos clássicos expressionistas ‘O Gabinete do Dr. Caligari’ e ‘Nosferatu’.
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“Yoü and I” (2011)
Direção: Laurieann Gibson
Rodado em Springfield, Nebraska, “Yoü and I” é uma belíssima incursão country-pop que traz os vários alter-egos de Gaga, incluindo Jo Calderone e Yüyi. O principal conceito dessa produção de alto calibre é a jornada da artista em busca de seu amado – um cientista maluco que é interpretado por Taylor Kinney.
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“Alejandro” (2009)
Direção: Steven Klein
O aclamado fotógrafo Steven Klein ficou responsável pelo clipe de “Alejandro”, que representa o amor de Gaga pela comunidade LGBTQ+ e a traz numa inflexão à la Bob Fosse com diversos soldados dançarinos em um cabaret. Assim que o vídeo foi lançado, a performer foi alvo de polêmicas por seu retrato blasfemo da mitologia católica e por suas inclinações para o BDSM.
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“Marry the Night” (2011)
Direção: Lady Gaga
Gaga ficou responsável por uma das maiores obras-primas visuais do século, o nostálgico e perturbador “Marry the Night”. O electro-rock-pop conta a história da própria cantora em busca de sua fama e de sua glória, filmado em Nova York e criando um universo psicodélico que é ambientado em uma clínica mental, um estúdio de dança, seu próprio apartamento em Nova York e um estacionamento abandonado.
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“Bad Romance” (2009)
Direção: Francis Lawrence
Surreal, alegórico e bastante teatral, o videoclipe de “Bad Romance” é considerado por vários especialistas e críticos musicais como o melhor do século XXI. Aqui, temos a mitologia do nascimento dos little monsters (alcunha dada à fanbase da cantora) e da própria mother monster; ela é capturada por um grupo de supermodelos que a drogam e a vendem para a máfia russa – e, eventualmente, Gaga ateia fogo em um deles.