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A Warner Bros. confirmou o retorno de dois grandes clássicos do cinema: ‘Gremlins’ (1984) e ‘Os Goonies’ (1985).
Lançado em 1985, ‘Os Goonies‘ marcou uma legião de fãs ao acompanhar a aventura de um grupo de crianças e adolescentes em busca do tesouro do pirata Willy Caolho para salvar suas famílias da crise financeira. Ao longo dos anos, já surgiram diversos rumores sobre uma possível sequência.
Agora, a sequência foi confirmada e terá roteiro de Potsy Ponciroli, que tem no currículo de roteirista apenas o filme ‘O Retorno da Lenda‘.
Steven Spielberg e Chris Columbus serão produtores, e Lauren Shuler Donner será produtora executiva.
Os detalhes da trama ainda não foram divulgados, embora a reportagem revele que o roteirista Christopher Columbus retornará para o novo ‘Gremlins’.
Com o sucesso, Hollywood provavelmente vai olhar com outros olhos para outros clássicos dos anos 80 e repensar em possíveis continuações.
Pensando nisso, o CinePOP resolveu listar algumas das obras mais adoradas dos anos 80 que mereceriam continuação (a maioria até está sendo planejada). Vem conhecer.
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Curtindo a Vida Adoidado (1986)
Ferris Bueller é um ícone sem defeitos. O rapaz matador de aula, personificado por Matthew Broderick, fez tanto sucesso que ainda é citado até hoje, referência em produções como Deadpool (2016). Ele o filme estão entranhados na cultura pop e até hoje segue como o filme de John Hughes que todo mundo viu, adora e cita. O que poucos sabem é que, embora não tenha gerado uma continuação, o longa derivou uma série, que foi ao ar quatro anos depois, em 1990, e durou apenas uma temporada de 13 episódios.
Bem, nenhum dos atores originais retornou, e Ferris foi interpretado por Charlie Schlatter. A curiosidade aqui é que no papel de sua irmã Jeannie, tínhamos ninguém menos do que Jennifer Aniston, que quatro anos depois ficaria imortalizada no papel de Rachel na série Friends. A mensagem aqui é não desistir nunca.
Voltando ao tópico, sabemos que com alguns clássicos não se mexe, mas não seria legal ver Ferris adulto (com a volta de Broderick), casado com Sloane (Mia Sara), às voltas com os filhos e travando um duelo de esperteza com eles? Afinal, por mais sagazes que as crianças de hoje possam ser, derrotar Ferris Bueller na malandragem não é tarefa fácil. Ah sim, o filme teria que contar com as presenças de Alan Ruck como o melhor amigo Cameron, e Jennifer Grey como sua irmã. Seria catártico. Só acho.
Conan (1982)
Outra continuação anunciada. Conan, o Bárbaro (1982) foi o primeiro grande filme de Arnold Schwarzenegger como protagonista. Baseado nos quadrinhos de Robert E. Howard, seu tom mais sóbrio e ritmo deliberadamente lento afastaram um pouco os fãs do material original. Assim, dois anos depois, em 1984, Conan, o Destruidor se aproximou mais do clima de HQs e trouxe um filme repleto de ação, aventura e fantasia. Pesando na balança hoje, o primeiro tem mais prestígio apesar do ritmo e o segundo envelheceu como a típica galhofa dos anos 1980, ou seja, é bem mais divertido.
No ano seguinte houve ainda uma tentativa de juntar Conan com outra criação de Howard, a guerreira Red Sonja em Guerreiros de Fogo (1985). O problema? Como os direitos de Conan estavam com outro estúdio que não o liberou, a solução foi trazer Arnold caracterizado como o personagem, mas com o nome Kalidor (seria mais fácil chamá-lo de “Konan”). Em 2011, um remake do original com Jason Momoa morreu na praia. Agora, o próprio Arnold planeja A Lenda de Conan. Como será o personagem na terceira idade?
Os Aventureiros do Bairro Proibido (1986)
Todas as crianças da década de 80, que cresceram assistindo às reprises deste longa de ação e fantasia na Globo, sonharam em um dia descobrir o que aconteceu com Jack Burton (Kurt Russell) depois que sai com seu caminhão numa noite de tempestade, com um monstro aparecendo em sua traseira. A brincadeira foi um cliffhanger que jamais seria continuado, enervando toda uma geração. O filme que ajudou a moldar o game Mortal Kombat, é claro, foi dirigido pelo mestre John Carpenter.
Existe certo falatório de um remake, que traria Dwayne Johnson no papel de Russell. Pode até ficar bem legal, mas o que os fãs queriam mesmo era ver Russell de volta ao papel, assim como o elenco original, numa sequência mesmo que muito tardia.
Stallone Cobra (1986)
Ou simplesmente Cobra, como é conhecido mundialmente, é um veículo de ação para o astro Sylvester Stallone. Cobra foi o filme seguinte do astro, que estava no topo do mundo, após os sucessos consecutivos e absurdos de Rocky 4 e Rambo 2, ambos de 1985. Curiosamente, Cobra deve sua total existência ao item acima, Um Tira da Pesada. O filme sobre o policial de Chicago levado à Beverly Hills era inicialmente pensado para ter Stallone como protagonista. O veterano, por outro lado, recusou o projeto, que era muito mais voltado para a ação inicialmente.
Assim, moldado para a comédia, o filme caiu nas mãos de Muprhy, o transformando num astro. O roteiro de Um Tira da Pesada, entretanto, foi modificado ao ponto de se tornar este Cobra, muito mais violento e sombrio, ganhando status de cult entre os fãs de Sly. Já passou do tempo para o ator tirar o durão Marion Cobretti da aposentadoria para um novo filme.
Uma Cilada para Roger Rabbit (1988)
De todos os itens na lista, este é um dos que os fãs mais queriam ver sair do papel e um dos mais difíceis. Muitos afirmam inclusive que não sabem como o filme aconteceu de fato, sendo que precisou de diversos acordos entre responsáveis pelos direitos de grandes personagens, como a Disney, a Warner e outros como o Pica-Pau, cujo direito está com a Universal. Nos dias de hoje, seria algo como se a Marvel e a DC se unissem para fazer um filme e ainda adicionassem personagens de outras empresas, vide Hellboy ou o Juiz Dredd.
Sentiram o grau de dificuldade que seria todos concordarem numa proposta boa o suficiente para todas as partes? Quem conseguiu o grande feito de unir Mickey e sua turma com Pernalonga e sua turma, além de diversas outras propriedades (como Betty Boop, o cãozinho Droopy e o citado Pica-Pau) foi o mega diretor e empresário Steven Spielberg, produtor do longa. Bem, ao que tudo indica a mágica difícil, mas não impossível, está para acontecer novamente. Produzido novamente por Spielberg e por Robert Zemeckis (diretor do original), a sequência tem sido discutida há anos.
Tudo por uma Esmeralda (1984)
Pegando carona no sucesso de Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida (1981), este filme foi apenas um dos que viram potencial no gênero da aventura de matinê e trataram de confeccionar uma história nos mesmos moldes. Dos “imitadores” foi o mais bem sucedido. Com um timaço como Robert Zemeckis na direção e Michael Douglas, Kathleen Turner e Danny DeVito no elenco, Tudo por uma Esmeralda se mostrou um vencedor nas bilheterias e tirou do papel uma continuação logo no ano seguinte: A Joia do Nilo (1985).
Apesar do sucesso deste segundo filme também, a ideia morreu por aí (talvez os protagonistas tenham se interessado em seguir caminhos diferentes). Em 1989, o elenco se reuniu para A Guerra dos Roses, um novo longa juntos, mas sem qualquer ligação com a série. Vê-los a esta altura do campeonato talvez não funcione tão bem, mas vale a pena lembrar que Douglas continua “chutando traseiros” na pele de Hank Pym, nos filmes do Homem-Formiga da Marvel. Ou seja, se Harrison Ford pode, por que ele não?