Os filmes musicais costumam ter um espaço especial no coração dos cinéfilos – principalmente por aqueles que são apaixonados por teatro musical. Afinal, ambos estão conectados por características bastante similares, visto que as produções cinematográficas do gênero também são acompanhadas de canções intrinsecamente conectadas com a narrativa e com o arco de cada um dos personagens, além de dança e de um ensemble que serve de apoio a determinado protagonista ou coadjuvante.
Desde o início da sétima arte, produções variadas conquistaram o público e a crítica – e, nas últimas duas décadas, é notável como o interesse do público continuou firme em relação a produções do gênero. Apenas a encargo de exemplificação, títulos como ‘Moulin Rouge – Amor em Vermelho’ e ‘Chicago’ ajudaram a revitalizar a popularização dos musicais, enquanto ‘La La Land: Cantando Estações’ e o remake de ‘Amor, Sublime Amor’ mergulharam em um sucesso instantâneo.
Pensando nisso, preparamos uma breve lista elencando os cinco melhores filmes musicais da década de 2010. Para tanto, não estamos levando em consideração produções animadas (como as da Walt Disney Studios), e sim obras em live-action.
Veja abaixo as nossas escolhas e conte para nós qual o seu favorito:
5. O RETORNO DE MARY POPPINS (2018)
“Praticamente perfeita de todos os jeitos” é a frase que resume a personalidad Mary Poppins, uma das personagens mais lendárias do panteão Disney e da própria literatura inglesa. E, depois de Julie Andrews encarnar a babá encantada com maestria, chegou a vez de Emily Blunt fazer um trabalho honrável 54 anos depois do longa-metragem original. Com charme, carisma e uma voz irretocável, sua interpretação lhe rendeu inúmeras indicações e honrarias.
4. CAMINHOS DA FLORESTA (2014)
‘Caminhos da Floresta’ é uma visão moderna dos adorados contos dos irmãos Grimm, cruzando as tramas de algumas histórias e explorando as consequências dos desejos e das buscas dos personagens. Este musical engraçado e emocionante segue os contos clássicos de Cinderela (Anna Kendrick), Chapeuzinho Vermelho (Lilla Crawford), João e o Pé de Feijão (Daniel Hittlestone) e Rapunzel (Mackenzie Mauzy) – todos reunidos em uma história original envolvendo um padeiro e sua esposa (James Corden e Emily Blunt), seu desejo de formar uma família e a interação com a bruxa (Meryl Streep) que os amaldiçoou.
3. OS MISERÁVEIS (2013)
Tom Hooper tornou-se um infame nome do cenário fílmico nos últimos anos em virtude da inexplicável adaptação de ‘Cats’ em 2019. Porém, seis anos antes, Hooper tomou em mãos a árdua tarefa de adaptar o clássico romance (e a subsequente peça da Broadway) ‘Os Miseráveis’ para as telonas. Para além das performances impecáveis de nomes como Hugh Jackman e Anne Hathaway (esta condecorada com o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante), o épico histórico é um musical memorável, movido por peças eximiamente bem executadas e um comprometimento aplaudível em recontar, de forma dramatizada e romântica, um dos capítulos mais conhecidos da história da França.
2. NASCE UMA ESTRELA (2018)
“É quase óbvio imaginar o que vem a seguir: os dois acabam se apaixonando e se tornando um casal dos sonhos até que barreiras introspectivas começam a surgir e a colocar à prova o amor que um sente pelo outro. Entretanto, antes de chegarmos a esse ponto, é preciso falar sobre o momento de maior conexão entre os dois – momento no qual Gaga e Cooper rendem-se a “Shallow”, canção que definitivamente traduz todas as mensagens do longa. Em uma combinação de planos longos e uma fotografia ao mesmo tempo fabulesca e realista, Ally ganha seu primeiro gostinho da fama ao cantar com o astro. A construção cênica é belíssima, seguindo um padrão fotográfico-artístico que centraliza a dupla e abre margens para reafirmar a química que os dois exalam o tempo todo” – Thiago Nolla
1. LA LA LAND: CANTANDO ESTAÇÕES (2016)
“Cada elemento estético, visual ou sonoro, é pensado com extrema cautela pelo diretor e pelo competente time que o acompanha. Temos um conflito de tons que não fogem muito do espectro primário e secundário da paleta de cores clássica, servindo, ao mesmo tempo, como individualização e massificação de um grupo de pessoas com destino similar – seja nos palcos, nas telas ou nos bastidores. Ao mesmo tempo, essa sagaz escolha imagética é transferida para Mia e Seb, que se convergem em uma complementaridade belíssima, desde o embate de personalidades à visão de mundo que cada um possui” – Thiago Nolla