O ano de 2020 está chegando ao fim (ainda bem!). Foram meses de muita luta e uma pandemia que afetou (e afeta) a vida de todo mundo. O cinema e as séries, muitas vezes, serviram como meio de apoio/entretenimento para todos nós em confinamento. Mas muitas vezes esse apoio se revelou algo decepcionante, para não dizer trágico, com filmes péssimos e frustrantes.
E é neste clima que o CinePOP preparou para vocês uma lista com os Piores Filmes de 2020. Tem para todos os gostos. E você está mais do que liberado para discordar. Participe através dos comentários com sua lista de decepções cinematográficas do ano.
Agora, fique com nosso “top” 15 do ano!
15) O Limite da Traição
Talvez fosse melhor que Tyler Perry continuasse fazendo comédias. Não que suas comédias sejam grandes obras, mas ao menos fazem sucesso. Já o thriller O Limite da Traição é um completo fracasso de crítica, e também não parece ter conquistado muito o público, embora não tenhamos os números de audiência da Netflix. O longa acompanha o julgamento de Grace Waters (Crystal Fox), uma mulher acusada de assassinar o marido Shannon DeLong (Mehcad Brooks). Além de dirigir e escrever o filme, Perry integra o elenco na pele de Rory, membro da defensoria pública.
14) Era Uma Vez um Sonho
Era Uma Vez um Sonho não só é o título do filme, mas a razão pela qual Glenn Close e Amy Adams aceitaram embarcar nessa trágica jornada. Duas das atrizes mais injustiçadas da história do Oscar, elas devem ter visto aqui a oportunidade de conquistar uma estatueta. O filme cheira a Oscar. Oferece grandes transformações físicas às atrizes e ainda conta com direção de um cineasta amado pela Academia: Ron Howard, de Uma Mente Brilhante, Rush e companhia. Mas o tiro saiu pela culatra. Não só o filme deve ficar de fora de toda temporada de premiações, como colecionou uma série de críticas negativas.
13) Artemis Fowl
A mais nova tentativa da Disney de conseguir um Harry Potter para chamar de seu não deu nada certo. Adaptação da saga literária escrita por Eoin Colfer, Artemis Fowl estava previsto para chegar aos cinemas em 2020, mas acabou jogado diretamente para o Disney Plus. E ninguém parece ter sentido falta do filme na tela grande. Dirigido por Kenneth Branagh, o longa traz Ferdia Shaw na pele do personagem-título, um jovem de 12 anos que usa sua inteligência para cometer pequenos crimes. Decidido a encontrar o pai, ele descobre um mundo mágico de fadas. A trama é tão genérica e desinteressante que nem mesmo nomes como Judi Dench, Josh Gad e Colin Farrell conseguem se destacar.
12) Dolittle
Algumas decisões são difíceis de entender… Após anos envolvido no Universo Cinematográfico da Marvel, o que faria Robert Downey Jr. se envolver em uma produção tão desinteressante e sem perspectivas como Dolittle? Não é como se ele estivesse precisando de dinheiro, não é mesmo? O filme é um verdadeiro desastre. A trama é boba, as piadas pouco funcionam e nem mesmo os efeitos visuais são muito chamativos. Na verdade, pelo contrário. O excesso de CGI é algo que tira ainda mais o espectador da história. Isso e o roteiro nada inspirado escrito por Stephen Gaghan (que também é diretor do filme), Dan Gregor e Doug Mand.
11) Bloodshot
A carreira de Vin Diesel é bem curiosa. Péssimo ator, ele parece vencer pela insistência. E pela tentativa desenfreada de criar franquias. Algumas deram certo, como Velozes e Furiosos, outras nem tanto, como As Crônicas de Riddick. Bloodshot parecia uma franquia que morreria no primeiro filme, mas alguns lunáticos ainda defendem a ideia de uma continuação. O longa é risível de ruim. Conta com atuações horríveis, não só de Diesel, mas também de Eiza González e Sam Heughan.
10) O Grito
Um remake do remake. O que poderia dar errado? Estrelado por Sarah Michelle Gellar, O Grito (2004) foi uma refilmagem de filme de terror japonês feita às pressas para aproveitar o sucesso de O Chamado (2002). O longa não foi um completo fracasso, mas também passou longe de agradar muita gente. Agora, 16 anos depois, Hollywood achou que estava na hora de tentar mais uma vez trazer a história para a tela grande. Pois bem, não estava. O novo O Grito traz Lin Shaye, John Cho, Demián Bichir e Andrea Riseborough no elenco principal. E nem mesmo a experiência de Shaye no gênero (ela é uma das estrelas da franquia Sobrenatural) foi o suficiente para fazer o filme algo melhor.
9) A Última Coisa que Ele Queria
Anne Hathaway, Ben Affleck, Willem Dafoe, Rosie Perez, Toby Jones… O elenco prometia um filme com potencial para figurar na temporada de premiações. Todos sob direção da competente Dee Rees, em alta após o sucesso com Mudbound – Lágrimas Sobre o Mississipi. Mas o que parecia um sonho logo se revelou um pesadelo. Atuações cafonas e uma trama completamente desinteressante sobre uma jornalista que abandona o trabalho em uma campanha presidencial para ajudar o pai em um negócio suspeito.
8) O Halloween do Hubie
Adam Sandler figurou em um dos melhores filmes lançados pela Netflix em 2020: Jóias Brutas. Mas ele não resiste e também tratou de lançar sua bomba anual tradicional: O Halloween do Hubie. Ao lado de seu parceiro regular, o diretor Steven Brill (A Herança de Mr. Deeds, Zerando a Vida, dentre outros), Sandler preparou esta comédia de Dia das Bruxas sobre um homem que é piada entre crianças e adultos de sua região, mas que assumirá a responsabilidade de salvar o Halloween. Kevin James, Julie Bowen, Steve Buscemi e Rob Schneider integram o elenco.
7) Macabro
Macabro é um filme repleto de boas intenções, mas com uma mensagem deplorável por trás. Dirigido por Marcos Prado, badalado produtor responsável por Tropa de Elite, o longa conta a história real de dois irmãos acusados de crimes brutais numa área rural no interior do Rio de Janeiro. O caso chama a atenção da política do estado, que manda especialistas para tentar capturar os jovens. Aos poucos, vamos vendo que existe muito por trás dos crimes que não é igual à versão oficial dos moradores da região. Macabro poderia funcionar como um thriller de investigação policial, mas se perde na abordagem dos dois jovens, com uma conotação que pode ser vista até como racista. Os garotos, que são pretos, são retratados como verdadeiros selvagens, quase como monstros. Mesmo com o filme reforçando o abuso que eles sofreram, a abordagem grotesca dos jovens vem carregada de muito preconceito. Eticamente, um dos longas mais problemáticos do ano.
6) O Cobrador de Impostos
Apesar das inúmeros polêmicas em que se meteu nos últimos anos, Shia LaBeouf volta e meia aparece em um filme em que busca sua redenção na indústria. E a tentativa, em 2020, foi com O Cobrador de Impostos, lançado diretamente em VOD no Brasil. Acontece, que o filme é tão ruim que dificilmente ajudará na imagem do ator. Pelo contrário, seu comportamento errático durante as gravações parecem só ter afastado ainda mais o interesse de Hollywood por seu trabalho. O longa é péssimo e conta com direção de David Ayer, conhecido por aquela outra bomba chamada Esquadrão Suicida.
5) Os Órfãos
Versão para os cinemas de clássico da literatura escrito por Henry James, Os Órfãos é basicamente uma sucessão de equívocos. Apesar do pedigree da obra original, a produção entregou a adaptação da trama na mão de dois roteiristas com muito mais erros do que acertos. Para cada Invocação do Mal, Chad Hayes e Carey W. Hayes possuem vários exemplos de roteiros mal sucedidos, como A Casa de Cera, A Colheita do Mal e Terror na Antártida, para citar apenas três. O elenco também não ajuda muito. Mackenzie Davis está pouquíssimo inspirada e Finn Wolfhard parece completamente fora da história.
4) Luccas Neto em: O Hotel Mágico
Por um instante, ficou até a dúvida se este filme merecia fazer parte da lista, afinal: trata-se de um filme? Vamos considerar que sim, mas a verdade é que está muito mais para propaganda ou post patrocinado para o YouTube do que qualquer outra coisa. A obra é basicamente uma sucessão de product placement atrás da outra, cujo único objetivo parece ser promover marcas e o nome de seu protagonista: Luccas Neto. Não por acaso, o nome do ator/youtuber está no título do longa. Luccas Neto em: O Hotel Mágico é tudo aquilo que você pode esperar caso tenha mais de 10 anos de idade. Na verdade, é pior do que você pode esperar.
3) A Possessão de Mary
Gary Oldman é um forte concorrente ao Oscar 2021 pelo trabalho em Mank, de David Fincher, mas ele também teve um momento muuuuuuito baixo em 2020. Ele é o protagonista de A Possessão de Mary, filme que foi recusado por Nicolas Cage. Sim, Nicolas Cage recusou o projeto. Se isso não é indicativo de algo ruim, não sei o que é. A Possessão de Mary conta a história de uma família que compra um navio para um novo negócio, mas acaba descobrindo que o local guarda segredos assustadores. Além de Oldman, o elenco traz as presenças de Emily Mortimer, Manuel Garcia-Rulfo, Stefanie Scott e Jennifer Esposito.
2) 365 Dias
Basicamente um “Quero ser Cinquenta Tons de Cinza”. E se o Cinquenta Tons de Cinza já é péssimo, imagina a versão genérica… O soft-porn polonês fez barulho nas telinhas da Netflix no primeiro semestre de 2020. O que só mostra que o povo está muito carente. A trama é risível e as atuações são sofríveis, com um casal principal sem muita química e um roteiro pra lá de mal desenvolvido. Isso tudo sem falar na premissa ultrapassada e problemática que envolve uma mulher se apaixonando por seu sequestrador. Um filme de 2020 com premissa de 1986.
1) The Last Days of American Crime
A maior bomba de 2020 também vem da Netflix. Trata-se de The Last Days of American Crime, confuso drama policial estrelado por Edgar Ramírez. Dirigido por Olivier Megaton, de Busca Implacável 2 e 3, o filme é uma verdadeira tragédia, a começar pela duração escolhida. São 142 minutos de uma duração quase que interminável. A trama se passa em um futuro não tão distante, em que o governo americano desenvolve um sinal que faz com que seja impossível qualquer pessoa cometer um crime. Diante disso, um criminoso embarca em um último golpe para roubar uma quantia que faria com que não precisasse se preocupar pelo resto da vida.