quinta-feira , 14 novembro , 2024

Oscar 2003 – Os Ganhadores

 

Ganhadores do Oscar 2003


Desde 1929 o mundo do cinema se agita com a entrega dos prêmios Oscar. Em mais de 70 anos de premiação muita gente já foi agraciada com o mais importante prêmio do cinema mundial, e nem sempre quem teve a honra de levar a estatueta dourada para casa a merecia de fato (como alguém disse outro dia, “O Oscar não é a Copa do Mundo, nem sempre o melhor se dá bem”.). Injustiças à parte, o Oscar atrai a atenção do meio cinematográfico (e do resto do mundo também) que espera ansiosamente pelo momento em que os envelopes serão abertos, nesse momento decide-se quem foram os melhores do ano no cinema e os premiados sabem que levam pra casa muito mais do que a simbólica estatueta. São esses louros advindos da premiação que fazem com que todo ano um enorme frenesi anteceda a festa da Academia. Confira agora uma matéria sobre os ganhadores deste ano, os preferidos, e ainda as surpresas.

Melhor Filme



“Chicago” (Chicago) (2003)
“Gangues de Nova York” (Gangs of New York) (2003)
“As Horas” (The Hours) (2003)
“O Senhor dos Anéis: As Duas Torres” (The Lord of the Rings: The Two Towers) (2003)
“O Pianista” (The Pianist) (2003)

O novo musical fez jus a sua fama e levou o maior prêmio do Oscar. “Chicago” era o preferido e levou o prêmio, tirando a chance de termos uma grande surpresa no Oscar, afinal, imagine o que aconteceria de “O Senhor dos Anéis: As Duas Torres” ganhasse?
O filme realmente mereceu este prêmio, está se tornando um sucesso de público e crítica, e seu maior concorrente, “As Horas” era intismista demais, e se concentrava muito na história de uma pessoa, ou melhor, de três pessoas. “Chicago” se tornou, desde o ínicio, o preferido da academia.

Melhor Diretor



– Rob Marshall – Chicago (Chicago) (2003)
Martin ScorseseGangues de Nova York (Gangs of New York) (2003)
– Stephen Daldry – As Horas (The Hours) (2003)
– Roman Polanski – O Pianista (The Pianist) (2003)
– Pedro Almodóvar – Fale com Ela (Hable con Ella) (2003)

O preferido para o prêmio era Martin Scorsese, muito mais do que pelo filme com o qual concorre (“Gangues de Nova York”) Scorsese poderia levar o prêmio por sua obra pregressa. É notória a mania da Academia em compensar esquecimentos do passado com premiações não merecidas, e sendo Martin Scorsese um grande diretor que nunca ganhou o Oscar, ele acabou se tornado o preferido. Mas despitando a todos, e se tornando a maior surpresa do prêmio, o diretor Roman Polanski, que foi acusado de pedofilia após ter relações sexuais com uma garota de 15 anos, levou o Oscar. O diretor não pode pegar o prêmio pessoalmente, pois não pode pisar em solo americano. As maiores apostas para Melhor diretor eram Martin Scorsese, Rob Marshall e Stephen Daldry.

Melhor Ator

– Adrien Brody – O Pianista (The Pianist) (2003)
– Jack Nicholson – As Confissões de Schmidt (About Schmidt) (2003)
– Nicolas Cage – Adaptação (Adaptation) (2003)
– Michael Caine – O Americano Tranquilo (The Quiet American) (2003)
– Daniel Day-Lewis – Gangues de Nova York (Gangs of New York) (2003) ‘

A academia sempre preferiu os atores mais velhos. Você sabe quem era o ator que tinha menos chance de ganhar o prêmio? Isso mesmo, Adrien Brody. O ator de “O Pianista” nunca foi considerado como um dos possíveis ganhadores, as maiores apostas do prêmio eram Daniel Day-Lewis, que faz filmes periodicamente e está prestes a se aposentar e Jack Nicholson, por seu amargo papel. Mas parece que a academia reveu seus conceitos, e Brody levou a melhor.

Melhor Ator Coadjuvante

– Chris Cooper – Adaptação (Adaptation) (2003)
– Ed Harris – As Horas (The Hours) (2003)
– Paul Newman – Estrada para Perdição (Road to Perdition) (2003)
– John C. Reilly – Chicago (Chicago) (2003)
– Christopher Walken – Prenda-me se For Capaz (Catch Me If You Can) (2003)

A maior aposta do prêmio era para Paul Newman, ator veterano que está em grande momento em “Estrada Para Perdição”, mas ainda assim Chris Cooper era o grande favorito e acabou levando o prêmio.

Melhor Atriz

– Salma Hayek – Frida (Frida) (2003)
– Nicole Kidman – As Horas (The Hours) (2003)
– Diane Lane – Infidelidade (Unfaithful) (2003)
– Julianne Moore – Far from Heaven (2003)
– Renée Zellweger – Chicago (Chicago) (2003)

“As Horas” passou a perna no favorito “Chicago” e levou mais um prêmio. Nicole Kidman levou o prêmio de melhor atriz, e foi merecido. Ano passado a atriz havia sido indicada pelo mesmo prêmio pela sua excelente atuação em “Moulin Rouge”, mas perdeu para Halle Berry, que também merecia o prêmio. A academia então deve ter tido uma crise de conciência e premiou a atriz este ano, mesmo com grandes estrelas, como Renée Zellweger.

Melhor Atriz Coadjuvante

– Kathy Bates – As Confissões de Schmidt (About Schmidt) (2003)
– Julianne Moore – As Horas (The Hours) (2003)
– Queen Latifah – Chicago (Chicago) (2003)
– Meryl Streep – Adaptação (Adaptation) (2003)
– Catherine Zeta-Jones – Chicago (Chicago) (2003)

Julianne Moore, que também tem uma indicação a melhor atriz era uma das favoritas, ao lado de Meryl Streep e de Catherine Zeta-jones. Uma grande briga para esta categoria, mas quem levou mesmo o prêmio foi Catherine, grávida do seu segundo filho.

Melhor Roteiro Original

– Todd Haynes – Far from Heaven (2003)
– Jay Cocks, Steve Zaillian e Kenneth Lonergan (roteiro) – Gangues de Nova York (Gangs of New York) (2003)
– Nia Vardalos – Casamento Grego (My Big Fat Greek Wedding) (2003)
– Pedro Almodóvar – Fale com Ela (Hable con Ella) (2003)
– Carlos Cuarón e Alfonso Cuarón – E Sua Mãe Também (Y Tu Mama Tambien) (2003)

O espanhol Pedro Almodóvar levou o Oscar de melhor roteiro original pelo elogiadíssimo “Fale com Ela”, uma forma de premiar o filme já que ele não pode ser indicado na categoria estrangeira.

Melhor Roteiro Adaptado

– Peter Hedges, Chris Weitz e Paul Weitz – Um Grande Garoto (About a Boy) (2003)
– Charlie Kaufman e Donald Kaufman – Adaptação (Adaptation) (2003)
– Bill Condon – Chicago (Chicago) (2003)
– David Hare – As Horas (The Hours) (2003)
– Ronald Harwood – O Pianista (The Pianist) (2003)

O Oscar de melhor roteiro adaptado tinha um grande preferido, o excelente Bill Condon de Deuses e Monstros, que conseguiu o que, segundo alguns, parecia impossível: transportar o musical Chicago para as telas. Mas quem ganhou mesmo foi Ronald Harwood, com uma história que a academia adora, sobre o Holocausto, e então “O Pianista” leva mais um prêmio para casa.

Melhor Canção

– ”I Move On”, de ”Chicago”, música de Ebb e Kander
– ”The Hands That Built America”, de ”Gangues de Nova York”, por U2
– ‘Father And Daughter”, de ”Os Thornberrys – O Filme”, por Paul Simon
– ”Lose Yourself”, de ”8 Mile – Rua das Ilusões”, por Eminem
– ”Burn It Blue”, de ”Frida”, música de Elliot Goldenthal

As três canções favoritas foram interpretadas e cantadas no Oscar deste ano. As Maiores apostas eram para a banda U2, para as músicas “I Move On” e “Burn It Blue”, mas quem levou o Oscar inesperado foi Eminem, com “Lose Yourself”. O Cantor foi o único que não quis se apresentar na premiação.

Mais um Oscar se passou, e a academia comemorou 75 anos de existência. Foi um belo ano, em meio a uma guerra, a premiação foi rápida, bonita, com várias surpresas, e digamos, esse foi ‘quase’ um ano justo.

 

Feito por: Renato Marafon

 

 

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Desde 1929 o mundo do cinema se agita com a entrega dos prêmios Oscar. Em mais de 70 anos de premiação muita gente já foi agraciada com o mais importante prêmio do cinema mundial, e nem sempre quem teve a honra de levar a estatueta dourada para casa a merecia de fato (como alguém disse outro dia, “O Oscar não é a Copa do Mundo, nem sempre o melhor se dá bem”.). Injustiças à parte, o Oscar atrai a atenção do meio cinematográfico (e do resto do mundo também) que espera ansiosamente pelo momento em que os envelopes serão abertos, nesse momento decide-se quem foram os melhores do ano no cinema e os premiados sabem que levam pra casa muito mais do que a simbólica estatueta. São esses louros advindos da premiação que fazem com que todo ano um enorme frenesi anteceda a festa da Academia. Confira agora uma matéria sobre os ganhadores deste ano, os preferidos, e ainda as surpresas.

Melhor Filme

“Chicago” (Chicago) (2003)
“Gangues de Nova York” (Gangs of New York) (2003)
“As Horas” (The Hours) (2003)
“O Senhor dos Anéis: As Duas Torres” (The Lord of the Rings: The Two Towers) (2003)
“O Pianista” (The Pianist) (2003)

O novo musical fez jus a sua fama e levou o maior prêmio do Oscar. “Chicago” era o preferido e levou o prêmio, tirando a chance de termos uma grande surpresa no Oscar, afinal, imagine o que aconteceria de “O Senhor dos Anéis: As Duas Torres” ganhasse?
O filme realmente mereceu este prêmio, está se tornando um sucesso de público e crítica, e seu maior concorrente, “As Horas” era intismista demais, e se concentrava muito na história de uma pessoa, ou melhor, de três pessoas. “Chicago” se tornou, desde o ínicio, o preferido da academia.

Melhor Diretor

– Rob Marshall – Chicago (Chicago) (2003)
Martin ScorseseGangues de Nova York (Gangs of New York) (2003)
– Stephen Daldry – As Horas (The Hours) (2003)
– Roman Polanski – O Pianista (The Pianist) (2003)
– Pedro Almodóvar – Fale com Ela (Hable con Ella) (2003)

O preferido para o prêmio era Martin Scorsese, muito mais do que pelo filme com o qual concorre (“Gangues de Nova York”) Scorsese poderia levar o prêmio por sua obra pregressa. É notória a mania da Academia em compensar esquecimentos do passado com premiações não merecidas, e sendo Martin Scorsese um grande diretor que nunca ganhou o Oscar, ele acabou se tornado o preferido. Mas despitando a todos, e se tornando a maior surpresa do prêmio, o diretor Roman Polanski, que foi acusado de pedofilia após ter relações sexuais com uma garota de 15 anos, levou o Oscar. O diretor não pode pegar o prêmio pessoalmente, pois não pode pisar em solo americano. As maiores apostas para Melhor diretor eram Martin Scorsese, Rob Marshall e Stephen Daldry.

Melhor Ator

– Adrien Brody – O Pianista (The Pianist) (2003)
– Jack Nicholson – As Confissões de Schmidt (About Schmidt) (2003)
– Nicolas Cage – Adaptação (Adaptation) (2003)
– Michael Caine – O Americano Tranquilo (The Quiet American) (2003)
– Daniel Day-Lewis – Gangues de Nova York (Gangs of New York) (2003) ‘

A academia sempre preferiu os atores mais velhos. Você sabe quem era o ator que tinha menos chance de ganhar o prêmio? Isso mesmo, Adrien Brody. O ator de “O Pianista” nunca foi considerado como um dos possíveis ganhadores, as maiores apostas do prêmio eram Daniel Day-Lewis, que faz filmes periodicamente e está prestes a se aposentar e Jack Nicholson, por seu amargo papel. Mas parece que a academia reveu seus conceitos, e Brody levou a melhor.

Melhor Ator Coadjuvante

– Chris Cooper – Adaptação (Adaptation) (2003)
– Ed Harris – As Horas (The Hours) (2003)
– Paul Newman – Estrada para Perdição (Road to Perdition) (2003)
– John C. Reilly – Chicago (Chicago) (2003)
– Christopher Walken – Prenda-me se For Capaz (Catch Me If You Can) (2003)

A maior aposta do prêmio era para Paul Newman, ator veterano que está em grande momento em “Estrada Para Perdição”, mas ainda assim Chris Cooper era o grande favorito e acabou levando o prêmio.

Melhor Atriz

– Salma Hayek – Frida (Frida) (2003)
– Nicole Kidman – As Horas (The Hours) (2003)
– Diane Lane – Infidelidade (Unfaithful) (2003)
– Julianne Moore – Far from Heaven (2003)
– Renée Zellweger – Chicago (Chicago) (2003)

“As Horas” passou a perna no favorito “Chicago” e levou mais um prêmio. Nicole Kidman levou o prêmio de melhor atriz, e foi merecido. Ano passado a atriz havia sido indicada pelo mesmo prêmio pela sua excelente atuação em “Moulin Rouge”, mas perdeu para Halle Berry, que também merecia o prêmio. A academia então deve ter tido uma crise de conciência e premiou a atriz este ano, mesmo com grandes estrelas, como Renée Zellweger.

Melhor Atriz Coadjuvante

– Kathy Bates – As Confissões de Schmidt (About Schmidt) (2003)
– Julianne Moore – As Horas (The Hours) (2003)
– Queen Latifah – Chicago (Chicago) (2003)
– Meryl Streep – Adaptação (Adaptation) (2003)
– Catherine Zeta-Jones – Chicago (Chicago) (2003)

Julianne Moore, que também tem uma indicação a melhor atriz era uma das favoritas, ao lado de Meryl Streep e de Catherine Zeta-jones. Uma grande briga para esta categoria, mas quem levou mesmo o prêmio foi Catherine, grávida do seu segundo filho.

Melhor Roteiro Original

– Todd Haynes – Far from Heaven (2003)
– Jay Cocks, Steve Zaillian e Kenneth Lonergan (roteiro) – Gangues de Nova York (Gangs of New York) (2003)
– Nia Vardalos – Casamento Grego (My Big Fat Greek Wedding) (2003)
– Pedro Almodóvar – Fale com Ela (Hable con Ella) (2003)
– Carlos Cuarón e Alfonso Cuarón – E Sua Mãe Também (Y Tu Mama Tambien) (2003)

O espanhol Pedro Almodóvar levou o Oscar de melhor roteiro original pelo elogiadíssimo “Fale com Ela”, uma forma de premiar o filme já que ele não pode ser indicado na categoria estrangeira.

Melhor Roteiro Adaptado

– Peter Hedges, Chris Weitz e Paul Weitz – Um Grande Garoto (About a Boy) (2003)
– Charlie Kaufman e Donald Kaufman – Adaptação (Adaptation) (2003)
– Bill Condon – Chicago (Chicago) (2003)
– David Hare – As Horas (The Hours) (2003)
– Ronald Harwood – O Pianista (The Pianist) (2003)

O Oscar de melhor roteiro adaptado tinha um grande preferido, o excelente Bill Condon de Deuses e Monstros, que conseguiu o que, segundo alguns, parecia impossível: transportar o musical Chicago para as telas. Mas quem ganhou mesmo foi Ronald Harwood, com uma história que a academia adora, sobre o Holocausto, e então “O Pianista” leva mais um prêmio para casa.

Melhor Canção

– ”I Move On”, de ”Chicago”, música de Ebb e Kander
– ”The Hands That Built America”, de ”Gangues de Nova York”, por U2
– ‘Father And Daughter”, de ”Os Thornberrys – O Filme”, por Paul Simon
– ”Lose Yourself”, de ”8 Mile – Rua das Ilusões”, por Eminem
– ”Burn It Blue”, de ”Frida”, música de Elliot Goldenthal

As três canções favoritas foram interpretadas e cantadas no Oscar deste ano. As Maiores apostas eram para a banda U2, para as músicas “I Move On” e “Burn It Blue”, mas quem levou o Oscar inesperado foi Eminem, com “Lose Yourself”. O Cantor foi o único que não quis se apresentar na premiação.

Mais um Oscar se passou, e a academia comemorou 75 anos de existência. Foi um belo ano, em meio a uma guerra, a premiação foi rápida, bonita, com várias surpresas, e digamos, esse foi ‘quase’ um ano justo.

 

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