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Matéria feita por: Renato Marafon, Edson Barros |
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Matéria feita por: Renato Marafon, Edson Barros |
Os estúdios parecem ter encontrado a fórmula para atrair o público de volta aos cinemas. Este que já andava sumindo a cada ano.
Desde que a franquia de Harry Potter e a trilogia O Senhor dos Anéis ganhou uma legião de fãs e lotou as salas de cinemas de todo o mundo, os Estúdios decidiram dar vida a várias histórias de autores novatos ou conceituados. Alguns obtiveram sucesso, outros porém, não atingiram as metas esperadas, provando que ter sucesso literário não significa ter sucesso cinematográfico.
Roteiro? Direção? Elenco? Talvez um pouco de cada um tenha sido responsável por muitos fracassos ou sucessos. Os adeptos a leitura sabem que uma história literária para ser grandiosa deve ser expressiva, atrativa e capaz de arrastar o leitor por páginas e mais páginas, em uma narração soberba, detalhista e precisa. Características que muitas vezes se perdem quando adaptadas para o cinema. A linguagem visual depende da sensibilidade do diretor e dos atores em captar a essência da história e a alma de seus personagens. Quantas vezes já não nos decepcionamos com obras que foram adaptadas para o cinema? E quantas vezes não nos surpreendemos? Em 2008 cruzemos os dedos para que grandes histórias se tornem grandes filmes. E não faltam opções!
Dentre as adaptações que chegarão nas telas e que valem a pena ser vistas estão os filmes: O Caçador de Pipas (The Kite Runner 368 págs, Ed. Nova Fronteira R$ 34,90), do estreante autor Khaled Hosseini que conta à história de Almir, um afegão de família abastada e bem relacionada politicamente, que tem como melhor amigo seu criado Hassan. Mas quando a família de Almir se vê obrigada a mudar-se para os Estados Unidos, deixando para trás uma vida, Almir resolve, anos mais tarde, retornar ao Afeganistão e redimir-se dos erros do passado. O filme recebeu duas Indicações ao Globo de Ouro 2008: Melhor Filme de Língua Estrangeira e Melhor Trilha Sonora. (Distribuidora: Paramount previsto para estrear em Jan/2008) .
As Crônicas de Nárnia Príncipe Caspian (The Chronicles of Narnia: Prince Caspian 215 págs, Ed. Martins Fontes R$ 33,60) do autor C.S Lewis é o segundo conto na obra de sete volumes. Em ‘Príncipe Caspian’, os quatro irmãos ingleses retornam ao mundo de Nárnia para ajudar a restaurar a paz no reino que agora é ameaçado pelo Príncipe Caspian. (Distribuidora: Disney – previsto para estrear em Maio/2008). .
Desejo e Reparação (Reparação 456 págs, Ed. Companhia das Letras R$ 56,50), do escritor Ian McEwan conta à história de uma adolescente que nutre a ambição de ser escritora e narra uma história fantasiosa que afetará e transformará a vida de todos. Indicado a sete categorias no Globo de Ouro 2008, o livro foi considerado pelos críticos com uma obra-prima da literatura britânica. (Distribuidora: Paramount – previsto para estrear em Fev/2008)
Os Seis Signos da Luz A Rebelião das Trevas (Ed. Novo Século, 328 págs R$ 35,00) de Susan Cooper, uma das mais conceituadas escritoras da literatura juvenil, traz a história do garotinho Will que descobre não ser um ser humano normal, mas um mago poderoso. Ao lado de seu tio Merriman Lyon (Merlin) eles precisam deter a ascensão do mal. (Distribuição: Fox – previsto para estrear em Jan/2008). .
As Ruínas (Ed. Intrínseca, 368 págs R$ 39,90) do escritor Scott Smith traz a história de um grupo de amigos que em férias no México, resolvem explorar as ruínas de uma floresta nos arredores de Cancún. Mas com o passar das horas descobrem que estão cercados e isolados no alto da mata. O mais terrível… não estão sozinhos! (Distribuidora: Paramount – previsto para estrear em Abril/2008).
Outros lançamentos, baseados em obras literárias, que merecem ser visto são:
Medo da Verdade (Gone, Baby, Gone – Ed. Companhia das Letras, 472 págs R$ 49,00). Baseado no romance de Dennis Lehane (Sobre Meninos e Lobos) e dirigido por Ben Affleck, o filme segue a trajetória de dois detetives particulares que são contratados para encontrar uma menina de 4 anos que desapareceu misteriosamente. O filme recebeu uma indicação ao Globo de Ouro 2008 Melhor Atriz Coadjuvante Amy Ryan. (Distribuidora: Disney – previsto para estrear em Jan. Fev./2008). .
Na Natureza Selvagem (Into the Wild – Ed. Companhia das Letras, 216 págs R$ 43,00) de Jon Krakauer. Christopher McCandless (Emile Hirsch) é um jovem que abre mão de tudo o que tem e de sua brilhante carreira para viver uma grande aventura no Alasca. Dirigido por Sean Penn, o filme foi indicado a duas categorias no Globo de Ouro 2008 Melhor Canção e Melhor Trilha Sonora. (Distribuidora: Paramount – previsto para estrear em Fev/2008).
O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford (The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford Ed. Nova Conceito, 352 págs R$ 39,90) de Ron Hansen. O cineasta Andrew Dominik criou um belo drama psicológico, abordando os limites do comportamento humano frente a sentimentos tão controversos como a adoração, a inveja, o ressentimento e a desconfiança para narrar a lenda do mais famoso fora-da-lei norte-americano Jesse James e de seu admirador e assassino Robert Ford. O filme foi indicado na categoria de Melhor Ator Coadjuvante Casey Affleck – no Globo de Ouro 2008. (Distribuidora: Warner Bros. em cartaz). .
A Bússula de Ouro (Ed. Objetiva – 368 pág. R$ 39,90). Escrito pelo inglês Philip Pullman, o livro já foi traduzido para 39 idiomas, recebendo vários prêmios internacionais. A história gira em torno de Lyra, uma criança órfã, criada por catedráticos dentro de uma Universidade em Oxford, Inglaterra. Alegre e esperta, ela descobre uma trama onde o seqüestro de crianças está relacionado com um misterioso pó vindo do céu. Quando seu melhor amigo Roger desaparece, Lyra embarca em uma aventura nas áridas terras do Pólo Norte e passa a enfrentar Ursos de Armaduras, Bruxas-Rainhas e uma misteriosa, má e bela mulher que se dedica a terríveis experiências. (Distribuidora: PlayArte estreia no dia 25 de dezembro 2007). . Veja Mais:
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Matéria Por: Viviane França |
O Cinema sempre está se reinventando, e para isso necessita de certa ajuda… Adaptações Literárias, Seriados de TV, Quadrinhos, Cinema estrangeiro… Algumas obras funcionam, outras não. Com o lançamento da adaptação da obra mais aguardada da década (O Código Da Vinci), selecionamos as melhores e mais populares adaptações de livros para os cinemas. Literatura é fonte inspiradora para muitos filmes, mas nem sempre o resultado entusiasma nas bilheterias. Em outros casos, alguns filmes acabam virando cult, e tendo uma bilheteria gigantesca.
Senhor dos Anéis – A Sociedade do Anel ganhou 4 Oscars: Melhor Trilha Sonora, Melhores Efeitos Especiais, Melhor Maquiagem e Melhor Fotografia. Além disso, recebeu ainda outras 9 indicações, nas seguintes categorias: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator Coadjuvante (Ian McKellen), Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Direção de Arte, Melhor Figurino, Melhor Edição, Melhor Canção Original e Melhor Som. O Senhor dos Anéis – As Duas Torres ganhou 2 Oscars: Melhores Efeitos Especiais e Melhor Edição de Som. Além disso, recebeu ainda outras 4 Indicações: Melhor Filme, Melhor Som, Melhor Edição e Melhor Direção de Arte. O terceiro, e melhor filme da trilogia, foi o que arrabatou mais hominhos dourados: Ganhou 11 Oscars: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Som, Melhores Efeitos Especiais, Melhor Trilha Sonora, Melhor Canção Original, Melhor Maquiagem, Melhor Edição, Melhor Figurino e Melhor Direção de Arte. O filme arrebatou todas as indicações em que foi indicado. Os três filmes juntos, somente nos EUA, arrecadaram mais de US$1 Bilhão de Dólares. Notas do Cinepop:
1 – Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban – 9,5 Stephen King: O Iluminado, Conta Comigo, Louca Obsessão, Um Sonho de Liberdade, À Espera de um Milagre, IT – Uma Obra Prima do Medo, Fenda do Tempo, Carrie – A Estranha, Christine – O Carro Assassino e O Aprendiz. Há quem diga que Stephen King é um escritor oportunista, que escreve (escrevia, pois King anunciou sua aposentadoria, pra tristeza de milhares de fãs no mundo todo) com a única intenção de vender milhões de cópias. Também há quem o considere um gênio do terror, que consegue fazer com que qualquer um sinta ao menos um friozinho na espinha ao ler seus livros. Prefirimos ficar com a segunda opinião. É bem verdade que isso não acontece com todos seus livros, alguns são verdadeiros clássicos do terror psicológico – como O Iluminado , Rose Madder , Jogo Perigoso , entre outros – mas King também desliza de vez em quando e nessas ocasiões escreve livros – não diria ruins – de menor qualidade; como Desespero e “O Apanhador de Sonhos”. (curiosidade: no mesmo dia do lançamento de Desespero, Stephen King colocou no mercado americano um livro chamado Os Justiceiros que tem como autor Richard Bachman – já conhecido pseudônimo de King – os dois livros contam histórias muito parecidas e o porque do autor ter feito esta experiência é difícil de explicar, uma vez que seus fãs sabem que Bachman e King são a mesma pessoa – diz-se que isso foi uma jogada de marketing de Stephen King). Notas do Cinepop: O Silencio dos Inocentes, Hannibal e Dragão Vermelho Agente do FBI é destacada para encontrar assassino que tira a pele de suas vítimas. Para entender como ele pensa, ela procura um perigoso psicopata, encarcerado sob a acusação de canibalismo. Esta produção de Johnatan Demme é uma espécie de divisor de águas dos filmes de terror pois foi o primeiro filme do gênero a ganhar o prêmio máximo da cinematografia mundial, o Oscar de Melhor filme daquele ano. Além deste levou a estatueta de direção, ator para Anthony Hopkins, atriz para Jodie Foster e roteiro, feito só conseguido por 3 filmes até agora. A adaptação do best-seller de Thomas Harris é ousada e foi copiado inesgotavelmente nos anos seguintes por inúmeras produções. Deu cria a mais dois filmes Hannibal e Dragão Vermelho, ambos não chegam nem aos pés do original. Notas do Cinepop: Drácula de Bram Stocker Francis Ford Coppola retorna à fonte original do mito de Drácula e fez questão inclusive de manter o nome do escritor no nome do filme. Gary Oldman faz o papel do conde apaixonado que pensa ter reencontrado sua amada que fora assassinada séculos antes e não mede esforços para tê-la de volta. Classificar esta fita apenas como mais um filme de terror seria no mínimo injusto. Coppola criou uma verdadeira obra de arte. A começar pelo visual deslumbrante e arrebatador. O elenco é de primeira, com Winona Ryder fazendo o papel de objeto do desejo de Drácula e Anthony Hopkins no de caça vampiros. A produção ganhou 3 merecidíssimos Oscars: de figurinos, maquiagem e efeitos sonoros. Notas do Cinepop: Entrevista com o Vampiro Na São Francisco do século XX, vampiro concede entrevista a jornalista, contando como foi transformado numa criatura das trevas pelo vampiro Lestat, na Nova Orleans do século XVIII. A escritora do livro desta adaptação, Anne Rice, não queria nem saber de Tom Cruise no papel do vampiro Lestat, depois que viu o resultado se retratou publicamente. Realmente tudo funciona bem no filme, o clima gótico e o elenco com 3 grandes nomes de Hollywood, além de Cruise estão Brad Pitt e Antonio Banderas. Não tem muitos sustos, mas por outro lado, é um dos melhores filmes sobre vampiros já feitos. Notas do Cinepop: O Diário de Bridget Jones, Bridget Jones no Limite da Razão Bridget Jones (Renée Zellweger) é uma mulher de 32 anos que, em pleno Ano Novo, decide que já está mais do que na hora do que tomar o controle de sua própria vida e também começar a escrever um diário. Com isso, Bridget começa a escrever o mais provocativo, erótico e histérico livro que já esteve na cabeceira de sua cama, onde ela poderá também colocar as suas opiniões sobre os mais diversos assuntos de sua nova vida. 1. O Diário de Bridget Jones – 8,5 E Ainda: Tempo de Despertar, baseado em obra de Oliver Sacks; Dormindo com o Inimigo, na de Nancy Price; Henry e June, nos diários de Anaïs Nin e nos romances autobiográficos de Henry Miller; Henrique V, de Shakespeare; Nascido em 4 de Julho, de Ron Kovic; A Fogueira das Vaidades, de Tom Wolfe; e O Poderoso Chefão, escrito por Mario Puzo, são alguns outros exemplos.
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Matéria feita por: Renato Marafon |
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Sabe um daqueles dias chuvosos, que você larga tudo para pegar um filminho? E quando você chega na locadora o atendente vem com um bem ruim?
Isso acabou!
O CinePOP selecionou para vocês os 420 Melhores Filmes lançados em DVDs (e a maioria também em Blu-Ray).
A seleção das produções não sofreu preconceito: Colocamos alguns bem pipoca, alguns com valor cultural, mas todos são ótimas produções que merecem ser assistidas por você.
Mande a lista para os amigos antenados em filmes e imprima para ter um controle, mas acredite no bom gosto do CinePOP ao indicar estes super-filmes para sua diversão total.
Para saber mais informações sobre cada filme, basta clicar em cima e a página de informações irá aparecer em uma nova janela. DIVIRTA-SE, e uma ótima sessão PIPOCA!
Confira abaixo:
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Começou no dia 23 de Outubro a 33ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, que segue atenta à diversidade cultural e à liberdade de expressão em sua seleção. 424 filmes foram apresentados, incluindo a Competição de Novos Diretores, a Perspectiva Internacional, a Mostra Brasil, Retrospectivas e a Mostra Suécia.
A cobertura foi feita por Georgenor de S. Franco Neto para o portal CinePOP. Confira abaixo os filmes assistidos por dia e os vencedores.
Vencedores
PRÊMIO FICÇÃO – COMPETIÇÃO NOVOS DIRETORES
Melhor Ator Melhor diretor Melhor filme PRÊMIO DA CRÍTICA Melhor longa internacional Melhor longa brasileiro PRÊMIO AQUISIÇÃO CANAL BRASIL O Príncipe Encantado, de Sérgio Machado e Fátima Toledo PRÊMIO QUANTA (em serviços de iluminação) Melhor longa-metragem de documentário Melhor longa de ficção PRÊMIO TELEIMAGE (em serviços de iluminação) Melhor curta brasileiro Melhor longa-metragem de documentário Melhor longa de ficção PRÊMIO ITAMARATY Prêmio Especial – Homenagem pelo Conjunto da Obra Melhor curta-metragem Mehor longa-metragem documentário Menção honrosa – documentário Melhor longa-metragem de ficção PRÊMIO DOCUMENTÁRIO – COMPETIÇÃO NOVOS DIRETORES Melhor filme Menção honrosa |
04 de Novembro de 2009
Macabro
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Elenco: Arifin Putra, Ario Bayu, Daniel Mananta, Dendy Subangil | |||||
Direção: The Mo Brothers (Timo Tjahjanto e Kimo Stamboel) | |||||
País: Cingapura e Indonésia | |||||
Ano: 2009 | |||||
Sinopse: Os recém-casados Adjie e Astride junto com quatro amigos partem em uma viajem de estrada rumo a Jacarta. Logo na partida são interrompidos por uma moça misteriosa chamada Maya, para quem dão carona. Como forma de agradecimento, a mãe dela oferece um jantar. Deste ponto em diante, inicia-se o terror. | |||||
Primeira Impressão: Este é o primeiro trabalho dos diretores Timo Tjahjanto e Kimo Stamboel, auto denominados The Mo Brothers – mesmo sem parentescos de sangue. O filme tem um início muito eficiente; a dúvida sobre as intenções da família de Maya, a aparência jovial da mãe são alguns dos elementos que constroem um clima de mistério. Logo o filme dá uma guinada e torna-se terror gore (violência extrema). Ainda são mantidos elementos de misticismos, típicos dos filmes de terror asiáticos. O trabalho não chega a ser uma obra-prima do gênero, mas revela o potencial dos diretores. E para os apreciadores do estilo vale conferir. |
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Classificação:
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Preste Atenção: De forma geral, é interessante como eles misturam o suspense e o místico, comuns em muitas produções asiáticas atuais, e a violência do gore. Também há algumas cenas que revelam a potencialidade dos diretores. Das melhores está primeira cena de esquartejamento: o carrasco esquarteja uma pessoa com uma moto-serra; os amigos, trancados na sala ao lado, escutam tudo. Em contraponto, ouvimos uma música alegre. Aqui, esses irmãos revelam a capacidade de misturar os estilos. Os diretores também não são didáticos na forma de explicar as razões dessa família de assassinos. |
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Próximas Sessões: 05/11 – 17:00 h – Cine Olido |
02 de Novembro de 2009
Selvagens
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Elenco: Neve McIntosh, Shaun Dooley, Dean Andrews, Linzey Cocker. | |||||
Direção: Lawrence Gough | |||||
País: Inglaterra | |||||
Ano: 2009 | |||||
Sinopse: Filha vai passar o natal com a mãe. Ao encontrá-la com outro homem, foge para casada de uma vizinha. Antes de mãe e filha se reconciliarem, militares invadem e impõe uma quarentena no bairro. O noticiário informa o surgimento de uma misteriosa caixa em uma praia próxima ao bairro. Um clima de terror, violência e paranoia se instala. | |||||
Primeira Impressão: O diretor Lawrence Gough não inventa a pólvora neste filme. Mas consegue levar muita coisa para os ares! Do momento que surgem os militares, os fatos se sucedem como avalanche. Ficamos desorientados. Hipóteses surgem, mas tudo parece muito falso. Já sabemos que há algo a mais. Resta saber o que é. Até revelar o seu segredo, o filme é pautado pelo suspense. Depois, a ação ganha mais espaço. |
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Classificação:
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Preste Atenção: Prestem atenção tanto no desfecho, sem concessões e coerente com a história, e em como o diretor consegue guardar o segredo do filme até sua revelação, sem, no entanto, apelar para uma saída mirabolante, descolada do enredo. |
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Próximas Sessões: 05/11 – 14:00 h – HSBC Belas Artes 2 |
01 de Novembro de 2009
Metropia
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Elenco: Vozes de Vincent Gallo, Juliette Lewis, Udo Kier, Stellan Skarsgård. | |||||
Direção: Tarik Saleh | |||||
País: Suécia | |||||
Ano: 2009 | |||||
Sinopse: Em um futuro apocalíptico, a Europa é conectada por uma enorme rede de metro. Quando entra nela, Roger ouve uma voz em sua mente. Em seguida começa a perseguir uma mulher que lhe revelará uma verdade. | |||||
Primeira Impressão: A animação sueca impressiona! A qualidade gráfica é excelente, a textura da pele quase nos engana. O tom prateado das imagens transmite a sensação de depressão e fim dos tempos que passa o filme. A história de um mundo totalitário não é nova, mas consegue ser envolvente, em parte por ser uma animação e de outro lado por pequenos detalhes, como xampu e a perseguição da mulher misteriosa feita pelo protagonista . |
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Classificação:
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Preste Atenção: Em tudo! A animação é excelente! Sacadas como uma Europa interligada por uma rede de metro causam impacto! |
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Próximas Sessões: Não haverá mais sessões. |
Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo
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Elenco: Irandhir Santos. | |||||
Direção: Marcelo Gomes e Karim Aïnouz | |||||
País: Brasil | |||||
Ano: 2009 | |||||
Sinopse: O geólogo José Renato é enviado para o sertão nordestino para fazer pesquisa de campo para o projeto de transposição de um rio. Nesta viagem, conhece pessoas e se lembra da mulher amada. | |||||
Primeira Impressão: Esqueça a sinopse! O filme é um poema visual. São um conjunto de imagem do sertão nordestino onde a fala em off de José Renato é o fio condutor. Os fatos são menos importantes. O interesse dos diretores é transmitirem sensações, seja de abandono econômico, com imagens da seca, seja o espiritual, quando ouvimos as lamentações do narrador. O filme é de um lirismo raro, porém não é dos mais fáceis de assistir. Por ter muitos instantes de silêncio e não ter uma história com inicio, meio e fim, o leitor deve assisti-lo com a consciência de um registro lírico-sentimental de um homem e de uma terra. |
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Classificação:
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Preste Atenção: Como um poema, José Renato – que não aparece no filme – não é uma personagem como em um romance, mas um eu-lírico. Quando ele fala das prostitutas com quem andou, o mais importante não são os fatos, mas formamos o perfil dessa voz poética; a Feira de Caruaru é o labirinto emocional onde se encontra a personagem. |
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Próximas Sessões: 02/11 – 15:30 h – Cine Bombril Sala 1 |
Rock Brasileiro – História em Imagens
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Elenco: — | |||||
Direção: Bernardo Palmeiro | |||||
País: Brasil | |||||
Ano: 2009 | |||||
Sinopse: Documentário faz breve panorama do rock brasileiro, do surgimento aos dias de hoje. | |||||
Primeira Impressão: O documentário é curioso, ou melhor, informativo. Tem um ritmo legal, faz nos lembrarmos de boas músicas. Porém, falta-lhe força. O filme é muito bom para uma tevê de plasma, não para a tela grande. Não há nenhum grande depoimento, nem imagem incrivelmente impactante. Não há confronto de opiniões e alguns nomes ou fatos foram esquecidos, como o “Aborto Elétrico”, primeira banda de Renato Russo, ou “Stress”, primeira banda de havy metal brasileira. Os depoimentos são intercalados por imagens de bandas. O filme também é mal dividido, fazendo um monstro sagrado como o Raulzito ter menos espaço que roqueiros contemporâneos. Lembrando que a proposta era fazer um panorama. |
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Classificação:
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Preste Atenção: Considerando que o filme seria mais apropriado em um canal a cabo, o que vale é imaginar-se no sofá da sala e aproveitar as músicas e imagens. |
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Próximas Sessões: 03/11 – 12:00 h – Reserva Cultural Sala 1 |
31 de Outubro de 2009
A Família Wolberg
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Elenco: François Damiens, Valérie Benguigu, Valentin Vigourt, Léopoldine Serre, Jean-Luc Bideau. | |||||
Direção: Axelle Ropert | |||||
País: França | |||||
Ano: 2009 | |||||
Sinopse: Simon Wolberg é o prefeito de uma cidade do interior da França. Apesar de bem posicionado socialmente, ele não deixa de ter problemas familiares. Um retrato da família como a muito não se via | |||||
Primeira Impressão: Duas razões este ser um retrato familiar que há muito não se via: trata-se de uma família tradicional, com problemas tradicionais; segundo, sem grandes inovações, a diretora consegue extrair nuances profundas desse núcleo humano. Uma filha que deseja independência, um caso extra-conjugal, um problema de saúde. Um prosaísmo que podemos encontrar na mais banal das famílias. No entanto, Ropert consegue profundidade e identificação da plateia. Em boa parte, isso decorre de a narração ser intercalada por belas sínteses visuais e ótimos diálogos (como não pode faltar no bom e no mau cinema Frances). No entanto, o registro é naturalista, nada de delírios. |
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Classificação:
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Preste Atenção: As belas imagens fornecem um encantamento e merecem ser apreciadas. Uma das melhores é a do tio explicando ao sobrinho que ele não precisa ser nem certinho nem louco na vida, mas que pode transitar entre diversas formas de viver. O discurso que o pai faz para a filha é outro bom momento do filme. E pensar que tudo é em sintéticas uma hora e quinze. |
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Próximas Sessões: 01/11 – 19:50 h – Unibanco Arteplex 1 |
Kenny Begins
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Elenco: Johan Rheborg, Bill Skarsgård, Carla Abrahamsen. | |||||
Direção: Carl Astrand e Mats Lindberg | |||||
País: Suécia | |||||
Ano: 2009 | |||||
Sinopse: Kenny é de outro planeta e treina para se tornar um Herói Galáctico. Acaba caindo na terra e conhecendo Pontus, um garoto excluído pelo colegas de escola. Por conta de uma pedra alienígena, alguns vilões irão perseguir esses dois anti-heróis. | |||||
Primeira Impressão: O filme é uma aventura que deve agradar à crianças e pré-adolescentes. Os mais velhos não ficam desassistidos. Há boas piadas que farão rir os mais velhos, além de um certo humor nonsense ao retratar aspectos dos costumes. A história é leve, no melhor estilo sessão da tarde, com um ritmo bem construído. As cenas de não são grandiosas como nos filmes americanos. Mas em sua modéstia, conseguem ser eficientes, como nas sequências onde surgem os mercenários. O filme é baseado em uma série da TV sueca. |
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Classificação:
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Preste Atenção: Em como os diretores formulam boas representações desse outro mundo. Além disso, é sempre bom ver como não-americanos tratam o tema da ficção científica e da aventura. |
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Próximas Sessões: 02/11 – 14:10 h – Unibanco Arteplex 1 05/11 – 17:40 h – Espaço Unibanco Augusta 3 |
30 de Outubro de 2009
Mother
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Elenco: — | |||||
Direção: Bong Joon-Ho | |||||
País: Coréia do Sul | |||||
Ano: 2009 | |||||
Sinopse: Hye-ja é uma mãe solteira e vive com seu filho Do-joon. Tudo muda quando ele é acusado do assassinato de uma garota. Sem apoio da polícia, sua mãe iniciará uma investigação e fará de tudo para salvar seu filho. | |||||
Primeira Impressão: O filme é um dos melhores da Mostra. A primeira sequência, ainda nos créditos, já causa um misto de encantamento e estranheza. No momento seguinte, vemos a mãe cortando um ramo de folhas enquanto observa seu filho na rua. A câmera volta e meia foca a mão dela, indicando que será cortada. E de fato ele fere a mão. Porém, no mesmo instante um carro quase atropela Do-joon. Ficamos desorientados. E assim ficaremos ao longo do filme. Pode ser o ângulo da câmera ou um travelling inusitado, podem ser as reviravoltas do roteiro, tudo surpreende e encanta. Assim como em seus filmes anteriores, Bong Joon-Ho mistura os gêneros. Neste alcança a perfeição, busca da mãe pela assassino (gênero policial) tem razão porque deseja salvar o filho (um gênero mais intimista). |
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Classificação:
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Preste Atenção: O filme traz muitos ângulos de câmera diferentes, uma olhar novo sob algo que estamos acostumados (relação mãe e filho, uma investigação de um crime). Primeiro, a fusão desses dois gêneros já causa um estranhamento. Também notem como a busca por uma inovação nos aspectos mais técnicos (como o enquadramento) se integram perfeitamente à ação. Não há cenas criadas para possibilitarem tal inovação. É como se as novidades fossem provocadas pelas necessidades da história. |
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Próximas Sessões: Não haverá mais exibições na mostra. Porém, ele tem previsão de entrar em cartaz no circuito em 2010. |
29 de Outubro de 2009
Formosa Traída
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Elenco: James Van Der Beek, Wendy Crewson, John Heard, Will Tiao, Tzi Ma. | |||||
Direção: Adam Kane | |||||
País: EUA e Tailândia | |||||
Ano: 2009 | |||||
Sinopse: Na década de 1980, Jake Kelly é agente do FBI enviado para Taiwan para acompanhar as investigações sobre o assassinato de um professor asiático em um colégio norte-americano. Ele enfrentará resistência do governo local e descobrirá uma conspiração envolvendo a máfia, o governo de Taiwan e o Departamento de Estado dos EUA e o governo chinês. | |||||
Primeira Impressão: O filme promete muito, mas não entrega o esperado. O diretor vem da TV, onde fez trabalhos como Heroes. Nesse filmes, as cenas de ação não inovam, nem encantam ou empolgam. Tudo fica meio num clima sessão da tarde, de “já vi isso antes”. Algumas vezes isso ocorre pela forma como a câmera de movimentou, com ângulos que já estamos acostumados, ou porque não se consegui produzir o climax, como na sequência do protesto; não há envolvimento com as personagens, e a forma como o exercito reprime os manifestantes é pálida: o cerco ao manifestantes é rápido, seguido de gás lacrimogêneo para, sem grandes reações, usarem as armas. E nem vemos muita correria por causa disso. |
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Classificação:
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Preste Atenção: As atuações não são ruins, simplesmente seguem o figurino. E o caso é baseado em fatos reais. Reparem na tentativa de dar uma dimensão crítica a atuação dos EUA na política de Taiwan. A abertura do filmes promete uma critica feroz. O momento mais ácido, é no fim, quando as legendas explicam a situação de Taiwan hoje. |
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Próximas Sessões: 04/11 – 14:00 h – Multiplex Marabá 2 |
27 de Outubro de 2009
Quase Elvis
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Elenco: Kjell Wilhelmsen, Mia Skäringer, Lars Andersson, Ingvar Örner, Inger Hayman. | |||||
Direção: Petra Revenue | |||||
País: Suécia | |||||
Ano: 2009 | |||||
Sinopse: O filme acompanha a vida de Pirko, um sujeito sem amigos que, ao retornar para sua terra natal, envolve-se em um concurso de karaokê. O sucesso faz com que muitas pessoas se (re)aproximem dele. | |||||
Primeira Impressão: O filme tem um bom argumento: a vida de um “loser” que faz cover de Elvis e se torna famoso. Entretanto, ele não é muito mais do que regular. Ou melher dizendo, é irregular! A diretora tenta fundir cômico e dramático, patético e profundidade existencial. Não é algo impossível. Mas, neste trabalho de estréia, não obteve sucesso. Os instantes cômicos são bem interessante, mas são maus distribuídos pelo filme, concentrando no começo. Há muitos instantes de delírios, que acabam interrompendo o ritmo da narrativa sem acrescentar muito. Uma pena que não consiga se transmitir aquele sentimento de solidão acompanhada que a fama traz. |
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Classificação:
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Preste Atenção: O filme não é um desastre. O ponto alto são as cenas até o velório da avó de Pirko. São tiradas cômicas que rendem boas risadas, como a dança de tango. Os delírios dessa parte integram-se bem a narrativa. Infelizmente, que o filme já tenha se perdido quando ele se torna Elvis! Mesmo assim, vale a pena prestar atenção nos próximos passos de Petra Revenue. |
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Próximas Sessões: 28/10 – 17:20 h – Cine Bombril Sala 1 29/10 – 20:40 h – CineSesc 30/10 – 17:30 h – Cine Bombril Sala 1 |
Eu, Ela e Minha Alma
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Elenco: Paul Giamatti, Dina Korzun, Emily Watson, Katheryn Winnick, David Strathairn, Lauren Ambrose. | |||||
Direção: Sophie Barthes | |||||
País: EUA | |||||
Ano: 2009 | |||||
Sinopse: Paul Giamatti interpreta a si próprio em uma crise criativa durante os ensaios da peça “Tio Vânia” de Thecov. Ao ler uma revista New Yorker ele conhece um sistema de extração de alma, com a finalidade de aliviar os sofrimentos. Ele retira sua alma. Porém, as coisas se complicam quando uma traficante de almas leva a de Giamatti para a Rússia! | |||||
Primeira Impressão: Partindo de uma situação delirante, esta comédia surreal consegue tocar em assuntos profundos sem ser afetada ou cair no didatismo. Questões como o que é a alma, a dimensão religiosa do homem e até ambição e a frieza da ciência são tocados no filme quando, por exemplo, Giamatti se assusta com o tamanho de sua alma (como um grão-de-bico) ou quando uma atriz russa deseja a alma de um famoso ator americano para estrelar em uma novela. O tom com que o médico fala do procedimento de extração expõe a indiferença que a ciência pode chegar. O filme é antes de tudo uma delícia! Exceto pelas sequências finais, o humor é predominante. Uma jóia rara! |
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Classificação:
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Preste Atenção: Principalmente em como a diretora consegue manter o humor nonsense e abortar questões profundas, como o ser e não ser de Guiamatti ao incorporar a alma de um suposto poeta russa. A atuação de Paul Guiamatti é um show a parte. No começo, é o próprio ator angustiado. Depois, torna-se um verdadeiro desalmado; nesta parte, o rosto dele diz muito. |
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Próximas Sessões: 04/11 – 18:30 h – Unibanco Arteplex 2 Shopping Frei Caneca |
Voluntária Sexual
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Elenco: Han Yeo-rum, Kyeong-ho Cho, Sung-ki Hong. | |||||
Direção: Kyong-duk Cho | |||||
País: Coréia do Sul | |||||
Ano: 2009 | |||||
Sinopse: A jovem Ye-ri, o deficiente físico Chunkil e um padre são presos em um motel por suspeita de prostituição. Logo sabemos que Ye-ri manteve relações com Chunkil por ser uma voluntária sexual. Desse ponto em diante, o filme se forja como um documentário, que seguirá a vida desses três, incluindo os bastidores do filme que Ye-ri fará para contar sua experiência. Apesar de ser ficção, o diretor de baseou em casos reais de grupos de voluntários sexuais. | |||||
Primeira Impressão: O filme é forte, porém jamais sensacionalista. O direito consegue isso, em parte, porque as cenas mais fortes, como as de sexo, aparecem na parte final do filme, depois de observamos o drama dos deficientes. Nessa hora, estamos suficientemente sensibilizados. O impacto do filme também decorre de um fator alheio: o tema é delicado e, acima de tudo, com certeza não passa pelas nossas cabeças. Essa alienação é exposta ao longo do filme, seja no inicio, quando a população rejeita a ideia de voluntários sexuais, ou no meio, quando a mãe de Chunkil recusa aceitar que o filho tem vídeos pornôs no computador. O único “excesso” foi no uso da trilha sonora. É recorrente aquela música melodiosa, reforçando o drama da cena. Fica a dúvida: foi para sensibilizar mais ou foi uma ironia do diretor para aqueles documentários mundo-cão que fazem sensacionalismo com a desgraça alheia? Se foi a primeira opção, poderia ter reduzido, sem prejuízos. Agora, se foi a segunda, que sacada sutil! |
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Classificação:
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Preste Atenção: Não bastasse o drama, o diretor faz um jogo de espelhos: o filme é ficção, filmado como se fosse um documentário, que no fim registra a produção de um curta-metragem que recriará os acontecimentos do início o filme. Ufa! |
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Próximas Sessões: Última sessão foi neste dia 27. É possível assisti-lo via internet. Maiores detalhes no site da Mostra. E uma curiosidade: o filme só estreará ano que vem na Coréia do Sul. Ficar atento, pois pode voltar em cartaz. |
26 de Outubro de 2009
Cortejando Condi
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Elenco: Devin Ratray, Condoleezza Rice, Carol Connors, Adrian Grenier. | |||||
Direção: Sebastian Doggart | |||||
País: EUA e Reino Unido | |||||
Ano: 2009 | |||||
Sinopse: O cruzamento entre documentário e ficção (“docudrama”) traça um retrata da Secretária de Estado Norte-Amarica Condoleezza Rice. O fio condutor é um homem que deseja se casar com o braço direito de W. Bush! | |||||
Primeira Impressão: O catálogo da Mostra coloca o filme na linha de Borat e Fahrenheit 11/9. Porém, apenas no misto entre ficção e documentário e a crítica política. O filme alterna momentos de humor com outros mais sérios, tudo de forma equilibrada. Com depoimentos que tanto criticam quanto elogiam Condoleezza Rice, formamos não uma caricatura, mas uma imagem complexa de uma das mais controvertidas figuras da política norte-americana recente. Outra diferença em relação à Borat é o humor bem menos rasgado. É ácido, mas sutil. |
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Classificação:
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Preste Atenção: Dois pontos altos: A cara de apaixonado do ator Devin Ratray. O auge é quando fica com ciúmes de um ex de Condi! O segundo ponto alto são as músicas e os clipes que Devin quer entregar para sua amada! |
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Próximas Sessões: 28/10 – 22:00 h – Espaço Unibanco Pompéia 2 |
25 de Outubro de 2009
Colin
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Elenco: Alastair Kirton, Leanne Pammen, Kate Alderman. | |||||
Direção: Marc Price | |||||
País: Reino Unido | |||||
Ano: 2009 | |||||
Sinopse: Um filme de menos de R$ 200,00 que narra a história de Colin, um zumbi! | |||||
Primeira Impressão: O filme inova ao narrar os fatos pelo ângulo do zumbi. O diretor (e roteirista, diretor de fotografia, editor e produtor) Marc Price abre várias possibilidades diante desse ideia inovadora: mostra a agonia e o medo de Colin tornar-se um monstro, o desespero dos familiares para salvá-lo, o surgimento de grupos de extermínio de zumbis. Esta última sacada é responsável por um dos instantes mais políticos do filme, além de expor que os monstros, somos nós! |
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Classificação:
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Preste Atenção: Colin consegue muito com recursos escassos. Se não pode filmar o exército, usa sonoplastia. Se não se pode reproduzir um rosto esmagado, cobre-o com o cabelo. Reparem o quanto o enquadramento é fundamental. Genial é momento em que a mãe de Colin tampa uma janela com jornais. As manchetes traduzem o pânico na cidade! |
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Próximas Sessões: 28/10 – 22:20 h – Cinema da Vila 29/10 – 20:30 h – Espaço Unibanco Pompéia 2 |
24 de Outubro de 2009
Alexandre, O Último
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Elenco: Jess Weixler, Justin Rice, Barlow Jacos, Amy Seimetz. | |||||
Direção: Joe Swanberg | |||||
País: EUA | |||||
Ano: 2009 | |||||
Sinopse: Retrato da intimidade de um casal recém-casados. Os dois são artistas. Os problemas surgem quando a mulher começa a se sentir atraído pelo colega de teatro. | |||||
Primeira Impressão: O filme é do jovem diretor Joe Swanberg. Seguindo a tendência do cinema moderninho, encontramos os rocks indies e o figurino universitário a lá Juno. O diretor também revela boa noção da cena, com sequências muito interessantes, como a do beijo no provador de roupa ou a do barco no fim do filmes ou o prólogo. Cenas que transpassam um pouco do espírito das personagens além de gerar encanto ora estranhamento. Swanberg é uma promessa que vale ficar de olho. |
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Classificação:
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Preste Atenção: Vale notar primeiro que o diretor não apela para cenas trágicas de brigas conjugais. Tudo acontece em meio tom. Mas pelas atuações e certas cenas, percebemos o clima entre as personagens. Excelente a sequência na qual a protagonista ensaia no teatro uma cena de sexo com o colega por quem está a fim ao mesmo tempo em que flashes de uma transa real entre o mesmo rapaz e outra mulher aparecem. Tudo expõe um clima de jovial tensão. |
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Próximas Sessões: 25/10 – 19:40 h – Cinemateca – Sala BNDES 30/10 – 21:10 h – Cine TAM |
Tudo que nos Cerca
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Elenco: Kimura Tae, Lily Franky, Baisyo Mitsuko, Terajima Susumu, Ando Tamae. | |||||
Direção: Hashiguchi Ryosuke | |||||
País: Japão | |||||
Ano: 2008 | |||||
Sinopse: Kanao tem pouco tempo de casado quando aceita trabalhar fazendo retratos dos julgamentos. O filme cobre de 1993 à 2001 expondo os altos e baixo da vida desse casal. | |||||
Primeira Impressão: O enredo tem várias camadas de leitura: os julgamentos são representações da decadência moral da sociedade japonesa; por outro lado, observamos a decadência psicológica da esposa de Kanao. Sua dedicação para a esposa é sutil; ela não faz atos que derramam paixão. De sua parte, tudo fica em meio tom, fazer um desenho da esposa enquanto ela dorme, ou, quando discutem sobre a morte do filho, ele busca usar palavras leves, não bem compreendidas pela esposa. O filme pode ser visto por esse ângulo: uma silenciosa e incomensurável dedicação amorosa de um homem para reerguer sua esposa. A arte também surge como um elemento na recomposição da psique de uma mulher destroçada. Nada de mero tratamento clínico. Mas uma sincera busca por completude espiritual. |
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Classificação:
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Preste Atenção: Além das excelentes atuações dos protagonistas, o espectador deve perceber as sutilezas: a sintonia do casal expressa nos pés sincronizados no caminhar; a angústia da esposa traduzida por uma janela por onde só se observa prédios e das cinzas do incenso no altar, pouco antes de mudarem de casa; as tristes expressões de Kanao no tribunal, uma tradução da tristeza do diretor pela decadência moral de um povo. Um filme imperdível! |
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Próximas Sessões: 27/10 – 12:00 h – Reserva Cultural Sala 1 31/10 – 14:30 h – Espaço Unibanco Pompéia 10 05/11 – 22:00 h – Cinemark – Shopping Eldorado |
23 de Outubro de 2009
Síndrome de Pinocchio – Refluxo
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Elenco: Raphael Farias, Andrade Júnior, Clara Camarano, Hugo Rodas, Bruno Resende, Michele Soares, Thaís Strieder. | |||||
Direção: Thiago Moyses | |||||
País: Brasil | |||||
Ano: 2009 | |||||
Sinopse: Um homem freqüenta uma psicóloga aparentemente para resolver uma crise com a morte da irmã. Logo, surge uma paranóia sobre ele ser comandado por um programa de computador. | |||||
Primeira Impressão: Não deixe o tom MATRIX enganar! O excesso de “filosofices”, a fragmentação constante, a fotografia escura e granulada e o enredo fraco criam um história cheia de falatórios, de difícil compreensão e sem pé nem cabeça. O diretor tem em seu currículo o razoavelmente comentado “Filme-Fobia”. Em “Síndrome”, sua tentativa de fazer ficção-científica ficou devendo. Para tentar dar um clima de “universo alternativo”, boa parte do filme é falado em inglês rasteiro. Completando o cardápio, as atuações são sofríveis, independente do idioma. | |||||
Classificação:
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Preste Atenção: Um dos poucos momentos interessante é a denominada 6 sequência do filme e o início da 7, quando a câmera gira em torno dos atores. Mas, isso é apenas um respiração perto de uma obra fraca | |||||
Próximas Sessões: 01/11 – 14:40 h – Unibanco Arteplex 3 03/11 – 13:40 h – Unibanco Arteplex 1 |
A Fita Branca
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Elenco: Christian Friedel, Leonie Benesch, Ulrich Tukur, Ursina Lardi, Burghart Klaussner, Rainer Bock. | |||||
Direção: Michael Haneke | |||||
País: Áustria, Alemanha, França, Itália | |||||
Ano: 2009 | |||||
Sinopse: Em um vilarejo no interior da Alemanha às vésperas da I Guerra Mundial, vivencia estranhos acontecimentos. Casos inicialmente isolados, constroem uma teia de mistério | |||||
Primeira Impressão: Um dos melhores trabalhos de Haneke. Com um começo estranho, com vários acontecimentos isolados se revelam interligados. Surge um clima de suspensa. Porém, saber o responsável é apenas mais um detalhe. O direitor usa esses acontecimentos como matáfora da violência que viria com a Guerra Mundial. Haneke criam um belo quadro da sociedade arcaica do inicio do século. Pais autoritários, regras morais rígidas. Tudo forma um ambiente opressor e de decadência moral, alusão direta ao espírito de uma sociedade prestes a entrar em um conflito bélico de proporções mundiais. Assim como em “Caché”, o suspense serve para refletir o espírito de uma sociedade em decadência. |
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Classificação:
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Preste Atenção: Muitas coisas! Uma bela fotografia em preto e branco, excelentes atuações, enredo bem construído. Vale destacar dois elementos: Primeiro, como o diretor começa de forma sutil, apenas sugerindo a violência; quanto mais se aproxima a guerra, mais explicito torna-se o filme. Segundo, na relação entre a parteira e o médico; impressionante a sequência na qual o médico termina o relacionamento. |
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Próximas Sessões: 25/10 – 16:40 h – Reserva Cultural Sala 1 31/10 – 18:20 h – HSBC Belas Artes 2 01/11 – 20:30 h – Cine Bombril Sala 1 |
Sede de Sangue
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Elenco: Song Kang-Ho, Kim Ok-Vin, Kim Hae-Sook, Shin Ha-Kyun. | |||||
Direção: Park Chan-wook | |||||
País: Coréia do Sul | |||||
Ano: 2009 | |||||
Sinopse: Um padre serve de cobaia para testes de um novo tratamento médico. Após receber uma transfusão sanguínea ressuscita e torna-se vampiro. | |||||
Primeira Impressão: O sulcoreano Park Chan-wook consegue, novamente, equilibrar humor nonsense e violência a uma dimensão existencial das suas personagens. Na história, o padre-vampiro entre em conflito entre sua fé e matar para obter sangue. Porém, o diretor logo ultrapassa a linha do maniqueísmo. O conflito torna-se entre ser e não ser vampiro, entre se entregar ou não ao amor. As questões éticas são levadas ao extremo quando outro vampiro surge e obriga o protagonista ao limite. Chan-wook trabalha de forma inovadora com as contenções do gênero, como permitindo que os sugadores tenham no espelho. |
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Classificação:
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Preste Atenção: Entre outras coisas, notem que para tornar alguém vampiro, é necessário que a vítima beba o sangue do padre. Com uma mordida inócua, as possibilidades do enredo se tornam mais verossímeis e potencializa o suspense. Muito interessante é a primeira cena de sexo no hospital como o diretor revigora a sensualidade da mordida do vampiro. |
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Cartaz: |
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Próximas Sessões: 24/10 – 23:00 h – Cine Bombril sala 1 25/10 – 20:50 h – Espaço Unibanco Pompéia 2 30/10 – 21:30 h – Cinemark Cidade Jardim 03/11 – 21:00 h – Espaço Unibanco Augusta 3 |
Continue ligado no CinePOP para conferir a cobertura dos próximos dias da Mostra!
Materia por: Georgenor de S. Franco Neto
26 de Outubro de 2008 – Uma qualidade das mostras é tomarmos contato com as novidades. Uma grata surpresa deste ano foi o filme franco-belga “9 MM”, de Taylan Barman. Primeiro vemos algumas imagens, como um vestuário e um cemitério. Na outra seqüência, a câmera se aproxima de uma porta. Depois de parar, ouvimos um tiro. O filme regride para o começo do dia, onde conheceremos Roger, o pai, Nadine, a mãe, e Laurent, o filho. O pai é ex-bombeiro, desempregado por um acidente. A mãe é policial. E o filho um jovem refugiado em um grupo de rebeldes do bairro. O primeiro é infeliz com sua condição de inválido; a segunda, infeliz com a vida de casada; o terceiro, infeliz com sua família. A quem foi endereçada a bala??? Acompanhamos um dia dessa família, pelos pontos de cada membro. Como em obras do gênero, uma cena desmente a outra: quando construímos uma idéia de uma personagem, a seqüência seguinte o desconstrói. Barman faz isso muito bem. O diretor demonstra destreza ao revelar detalhes do psicológico das personagens usando elementos de cena: um traveling ao redor do quarto de Laurent: revistas de rip Rop, cartaz de Che, fotos. As atuações são fortes, transmitindo todo desequilíbrio instaurado naquela família. Não se trata de um filme para relaxar, mas para gerar reflexão. Barman é jovem e tem poucos filmes no currículo, segundo o site da Mostra, com este são três. Ele não tem fez nenhum curso. Começou com uma câmera na mão, uma idéia na cabeça e uns amigos como atores. Dirigiu curtas-metragens e venceu um festival de cinema amador. Segundo disse antes da projeção do filme, “9 MM” é o seu trabalho mais, digamos, profissional: foi, por exemplo, o primeiro com um roteiro fechado. Abaixo, uma entrevista com o simpático Taylan Barman:
Cinepop: E no que você se inspirou para fazer “9MM”? Taylan Barman: Vi vários acontecimentos e comecei a me perguntar e a analisar um pouco sobre o que eu estava vendo, e também o porquê eu estava vendo certas coisas, como o mal estar das pessoas e o excesso de pressão da sociedade sobre cada individuo. Fiquei meio chocado também a respeito do suicídio. E essa história é na verdade o meu ponto de interrogação sobre o suicídio. Não tem explicações sobre o porquê aconteceu. Em nenhum momento do filme se tem uma indicação de que ele vai se suicidar no final. Cinepop: Você falou antes da exibição que este foi o primeiro filme com estrutura mais elaborada, com roteiro fechado. O quanto você pretende manter de improviso e o quanto pretende manter de estrutura mais fechada, como roteiro, nos próximos trabalhos? Taylan Barman: Eu dei liberdade para os atores. O mais importante era os atores serem autênticos, sem parecerem superficiais nas suas falas. Os diálogos estavam no roteiro, mas eles tinham a liberdade, pois cada ator tinha sua técnica. Eles realmente aprenderam os diálogos e aturam sem percebermos que se tratava de um roteiro. Até porque eles tinham a liberdade de falar com as próprias palavras. O principal é se sair bem no final. Eles tinham muita liberdade para atuarem. Na verdade os atores gravaram em planos seqüenciais, o que era mais cansativo para eles, mas os deixavam mais envolvidos com a personagem. Depende muito também dos atores com quem se trabalha: antes, estava acostumado a trabalhar com atores amadores. Com eles eu deixava mais livre a atuação, pois o roteiro fechado os deixavam muito presos. E os profissionais podem gravar um texto e improvisar ao mesmo tempo. Cinepop: Quais as suas influencias? Taylan Barman: Não sou muito cinéfilo… Um filme, por exemplo, é “Era Uma Vez América” [de Sergio Leone], que não tem nada haver com “9MM”. O cinema para mim foi algo bem natural, sempre a procura da realidade. Eu também gosto de um cineasta inglês que faz filmes realistas, mas que não me lembra o nome agora. Cinepop: Quais são os seus próximos projetos e o que você está achando da Mostra? Taylan Barman: Eu tenho algumas idéias, mas como ando super ocupado com a divulgação do filme, prefiro ver o “9 MM” ser bem lançado e depois me afundar em outros projetos. Porque eu não consigo fazer dois projetos ao mesmo tempo. Então, vou aguardar. Quanto a Mostra, acho muito bom essa oportunidade de poder mostrar o filme ao público e de me encontrar com ele, de compartilhar experiências e de ter um retorno. E a Mostra tem muito público que vai assistir ao filme. E é bom, faz bem para o direto. Cinepop: Obrigado! Taylan Barman: Obrigado!
26 de Outubro de 2008 – COLEÇÃO APLAUSO LANÇA ONZE ROTEIROS DE GRANDES FILMES DA PRODUÇÃO NACIONAL RECENTE Os roteiros integram a Série Cinema Brasil, que traz também fotos do making-off das produções e apresentação dos diretores e roteiristas. No roteiro de Fim da Linha, por exemplo, o leitor poderá ver o storyboard criado pelos gêmeos Fabio Moon e Gabriel Bá. A lista dos livros com lançamento marcado para a 32ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, no dia 28 de outubro, inclui roteiros de filmes premiados e de grande sucesso de público, como O Céu de Suely, O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, Estômago e Cidade dos Homens. O escritor de telenovelas, minisséries e seriados de televisão e roteirista Doc Comparato uma vez afirmou que “um bom roteiro não é garantia de um bom filme, mas sem um roteiro não é possível fazer um bom filme”. É com a proposta de mostrar a importância do roteiro na produção cinematográfica aos leitores, cinéfilos e estudantes da área de áudio-visual que a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo lança onze novos roteiros de grandes filmes da produção nacional dos últimos anos.Na lista, figuram filmes aclamados pela crítica e pelo público, no Brasil e no exterior, como O Céu de Suely, O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, Estômago, Chega de Saudade, Cidade dos Homens, Não por acaso, Batismo de Sangue, Onde andará Dulce Veiga, Os 12 trabalhos, Fim da Linha e Quanto vale ou é por quilo? O lançamento será na próxima terça-feira, dia 28 de outubro, no Shopping Frei Caneca (Rua Frei Caneca, 569 – 4º andar), a partir das 19 horas. No mesmo dia, também serão lançadas 20 biografias entre as quais a de Walmor Chagas, Joana Fomm e Lolita Rodrigues.
Além dos roteiros, os livros trazem fotos dos making-off dos filmes, apresentações de diretores e roteiristas e informações sobre o processo de produção. É o caso de Fim da Linha, cujo livro reproduz o storyboard feito especialmente para o filme pelos premiados artistas Fábio Moon e Gabriel Bá, e revela como essa ferramenta é útil durante as filmagens. Em Estômago, uma novidade: a relação das receitas preparadas no filme, com indicação das cenas em que aparecem.
Para os apaixonados por cinema, e que provavelmente já viram esses filmes na grande tela, a leitura dos roteiros trará surpresas. A explicação é simples: o resultado final, depois das filmagens e da montagem, pode ser, e normalmente é, bastante diferente do roteiro inicial. Um exemplo é o de Os 12 Trabalhos, dirigido por Ricardo Elias e com roteiro de Cláudio Yosida. A proposta inicial sofreu tantas alterações que diretor e roteirista decidiram publicar as duas versões.
A produção do roteiro, desde a concepção até a versão final, envolve uma série de mudanças, muita transpiração e tempo de maturação. Caso emblemático é o do diretor e roteirista Philippe Barcinski, de Não por Acaso, que escreveu o texto ao longo de cinco anos. As primeiras linhas foram escritas em 2001 e o filme foi lançado somente no ano passado, no Festival de Cinema do Rio. Lusa Silvestre, roteirista de Estômago, levou quase dois anos para escrever o roteiro do filme até chegar ao texto apresentado no livro publicado pela Imprensa Oficial. “No começo, era só uma brochura com um monte de papel junto. No quase-fim, já era um filme bom, com pegada, personalidade. No fim, fim mesmo, é isso: ele publicado em forma de livro. Fomos das palavras às cenas, e agora voltamos às palavras”, conta.
Histórias interessantes não faltam na criação de um roteiro. A mais inusitada delas é a do roteirista Luiz Bolognesi e da diretora Laís Bodanzky. Num dia de semana qualquer, entre uma cerveja e outra no Clube Piratininga, ao som da Orquestra Tabajara, começou a ser escrito o roteiro de Chega de Saudade, motivado principalmente pela paixão dos amigos pelos tradicionais bailes de salão.
Essas e outras histórias da sétima arte brasileira podem ser conferidas com os lançamentos da Coleção Aplauso. Criada pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo em 2004, ela já conta com 156 títulos entre biografias de cineastas, atores, atrizes e dramaturgos, peças de teatro, roteiros de cinema e histórias de emissoras de televisão.
BATISMO DE SANGUE (Helvécio Ratton e Dani Patarra) Ganhador do Prêmio Jabuti de 1985, Batismo de Sangue foi escrito por Frei Betto e conta a história dos frades dominicanos que apoiaram a luta armada contra o regime militar. Na versão roteirizada pelo diretor do filme, Helvécio Ratton, e por Dani Patarra para a Imprensa Oficial, o personagem central da história é Frei Tito, um dos frades dominicanos que, no final dos anos 60, ajudaram o grupo guerrilheiro Ação Libertadora Nacional (ALN), liderado por Carlos Marighella, no combate à ditadura. Os dominicanos foram presos e torturados por integrantes dos órgãos clandestinos de repressão, comandados pelo delegado Fleury, que organizou a emboscada em que Marighella foi morto, em dezembro de 1969. Um ano depois, Frei Tito saiu da prisão em um processo de troca para libertar o embaixador da Suíça, Giovani Enrico Bucher, seqüestrado pela Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). Tito seguiu para o Chile, passou pela Itália e mais tarde fixou-se na França, nos arredores do convento de La Tourtelle, onde se suicidou em 1974. Neste livro da Coleção Aplauso, o roteirista e o protagonista do filme têm uma história comum. Helvécio Ratton conheceu Frei Tito no Chile, onde ambos viviam exilados, fato que explica ter escrito o roteiro de Batismo de Sangue.
QUANTO VALE OU É POR QUILO? (Sérgio Bianchi) Se o cinema não se cansa de beber na fonte da literatura, pode-se dizer que Sérgio Bianchi selecionou o que havia de melhor no mundo das letras quando levou para as telas Quanto Vale ou é por Quilo? O filme é uma livre adaptação do conto “Pai contra Mãe”, de Machado de Assis, entremeada com pequenas crônicas do pesquisador Nireu Cavalvanti sobre escravidão no Brasil, e revela as mazelas e contradições de um país em permanente crise de valores. O roteiro agora publicado pela Coleção Aplauso é de Newton Cannito e Eduardo Benaim, além do próprio diretor do filme, Sérgio Bianchi. A narrativa costura dois recortes históricos em intervalos de tempo diferentes: o antigo comércio de escravos do século XVIII e a exploração da miséria pelo marketing social dos dias atuais. Misturando as duas épocas, com a repetição de alguns personagens em situações análogas, o roteiro aponta dois desfechos para o filme, criando uma duplicação de possibilidades que surpreende o leitor. Como “extras”, o livro traz o conto de Machado de Assis que inspirou o filme, algumas crônicas de Nireu Cavalcanti, além de uma pequena coletânea de críticas de jornais e revistas que analisam o filme.
NÃO POR ACASO (Philippe Barcinski, Fabiana Werneck Barcinski e Eugênio Puppo)
CIDADE DOS HOMENS (Elena Soárez e Paulo Morelli)
E, a despeito do seu abandono, esses jovens são fortes o bastante para guiar suas vidas com alegria e esperança”, ressalta Morelli.
O CÉU DE SUELY (Mauricio Zacharias, Felipe Bragança e Karim Aïnouz) Fato raro na cena cinematográfica nacional, O Céu de Suely teve sua estreia fora do país, mais precisamente na Mostra Orizzonti, do Festival de Veneza 2006, sendo o único filme brasileiro selecionado para o evento. Era apenas o início de uma seqüência de conquistas na carreira do diretor Karim Aïnouz, conhecido também por Madame Satã e Abril Despedaçado. Assinam o roteiro do livro da Coleção Aplauso, Mauricio Zacharias, Felipe Bragança, além do próprio Karim Aïnouz. O filme conta a história de uma jovem que volta de São Paulo com seu filho recém-nascido para a casa de sua família, no interior do Ceará. Ela espera a chegada do marido que deve reencontrá-la. Sozinha, Hermila tenta reinventar sua vida, mas continua com o sonho de ir embora para um lugar o mais longe possível. Outra curiosidade do filme está relacionada à atuação da protagonista, Hermila Guedes. Ovacionada pela crítica e pelo público, este foi apenas o seu primeiro papel no cinema.
ONDE ANDARÁ DULCE VEIGA? (Guilherme de Almeida Prado)
CHEGA DE SAUDADE (Luiz Bolognesi) A parceria entre a diretora Laís Bodanzky e o roteirista Luiz Bolognesi vem desde a produção de Bicho de Sete Cabeças, um dos sucessos do cinema nacional na última década. Agora, a dupla aproveita a paixão pelos bailes para fazer Chega de Saudade, ainda em cartaz no Brasil. Premiado no Festival de Brasília nas categorias Melhor Roteiro, Melhor Direção e Escolha do Público, o filme se passa em um Salão de Baile no bairro paulistano da Lapa, onde um grupo de meia-idade se reúne semanalmente. Segundo Bolognesi, que produziu o roteiro, a idéia surgiu quando saiu para tomar uma cerveja com a amiga Laís Bodanzky e ver os casais dançarem no Clube Piratininga ao som da Orquestra Tabajara. “A partir daquele fim de tarde em que a cidade fervilhava na hora do rush, nós descobríamos um novo mundo dentro dos salões e começamos a trabalhar a idéia de um filme. Doze anos se passaram entre essa tarde e a noite em que Chega de Saudade foi projetado pela primeira vez no Festival de Brasília. E se tem alguma coisa que ganhou com essa passagem de tempo, foi o roteiro. Um bom roteiro deve envelhecer na gaveta”, diz Bolognesi na apresentação do livro. No filme, um par de crooners (Elza Soares é um deles) se diverte no salão ao som de uma orquestra. O sonoplasta (Paulinho Vilhena) leva sua namorada (Maria Flor) para conhecer o local, quebrando a rotina dos freqüentadores. A garota provoca ciúmes no namorado quando é cortejada por um cliente assíduo do baile (Stepan Nercessian). A confusão está armada.
OS 12 TRABALHOS (Cláudio Yosida) Com referências claras ao mito grego de Hércules, Os 12 Trabalhos mostra uma faceta do retrato social de São Paulo por meio de um personagem conhecido, porém pouco compreendido pela população das grandes metrópoles: o motoboy. Dirigido por Ricardo Elias e com roteiro de Cláudio Yosida, o filme conta a história de Herácles, um jovem negro que tenta refazer a sua vida após sair de um reformatório para menores infratores. Um dado que o leitor pode estranhar, mas que será bastante útil para entender a produção de um filme, é o fato de o livro contar com duas versões de roteiro. “Os 12 Trabalhos passou por muitas mudanças desde a versão inicial até a que foi filmada e depois também na montagem. Para que fique mais fácil para o leitor identificar as mudanças, resolvemos publicar as duas versões”, conta Yosida. No primeiro dia no novo emprego, o garoto irá passar por doze provações, cruzando com os mais diferentes tipos de São Paulo. Enquanto o personagem mitológico Hércules enfatiza a grandiosidade dos trabalhos, no caso de Herácles não é isto que se ressalta no filme, e sim a força de vontade necessária aos jovens pobres das metrópoles para sobreviver à sedução do tráfico de drogas, à violência urbana, ao trânsito caótico, às pressões enormes no trabalho e à falta de escolaridade adequada. É da tensão entre a fragilidade aparente de Herácles diante de todos os problemas que se colocam para ele e da sua convicção de buscar um caminho fora da marginalidade que surge o retrato realista de uma das principais questões sociais brasileiras da atualidade: a da falta de perspectivas para a juventude.
FIM DA LINHA (Gustavo Steinberg e Guilherme Werneck roteiro, e Fábio Moon e Gabriel Bá storyboard) Em visita ao Brasil, um alto funcionário do Banco Mundial teria dito que, neste país, jogar dinheiro de um helicóptero é a única forma eficaz de redistribuição de renda. Fim da Linha transforma esta lenda em filme e faz chover dinheiro sobre uma manifestação pela paz em uma grande avenida da cidade de São Paulo.O filme é uma metáfora tensa e bem-humorada das dificuldades, dilemas e seduções criadas por uma sociedade estruturada pela fé no poder do dinheiro. Um político cercado de assessores e seu filho, um jornalista de televisão, sua mulher e seu filho, dois motoristas de táxi, um catador de papel, uma ladra surda-muda (negra e analfabeta), um bebê seqüestrado, um grupo de velhinhos de um asilo e uma tribo de índios. O destino de cada um destes personagens vai se cruzar quando ocorre uma inusitada chuva de dinheiro em pleno centro da cidade de São Paulo. Fim da Linha é o primeiro filme dirigido por Gustavo Steinberg. O roteiro para a Coleção Aplauso é assinado por Guilherme Werneck e Gustavo Steinberg. Um dos destaques do roteiro, e do livro, é a utilização do storyboard uma espécie de ilustração usada pelos cineastas para visualizar as cenas e os planos antes das filmagens. Para o roteiro de Fim da Linha, foram responsáveis pela produção do storyboard os desenhistas Fábio Moon e Gabriel Bá.
ESTÔMAGO (Lusa Silvestre, Marcos Jorge e Cláudia da Natividade)
Estômago é a primeira co-produção cinematográfica realizada a partir do acordo de co-produção bilateral Brasil-Itália, assinado no início dos anos 1970. Ao final do livro, está a relação das principais receitas feitas no filme, com indicação das cenas em que elas são preparadas.
O ANO EM QUE MEUS PAIS SAÍRAM DE FÉRIAS (Cláudio Galperin, Bráulio Mantovani, Anna Muylaert e Cao Hamburger)
O filme conta a história de Mauro (Michael Joelsas), um garoto de 12 anos apaixonado por futebol, que acompanha a Copa do Mundo de 1970, no México. Os pais, militantes de esquerda perseguidos pelo regime militar, deixam o menino na casa do avô no bairro paulistano do Bom Retiro, sem saber que esse havia morrido justamente naquele dia. A trama mostra os “anos de chumbo” da ditadura por meio do olhar ingênuo do menino, que sofre com o distanciamento dos pais, a morte do avô, a necessidade de viver com com uma pessoa estranha, em uma nova comunidade. Soma-se ao enredo, a experiência do primeiro amor, quando Mauro se apaixona por Hanna (Daniela Piepszyk). No filme, Hamburger articula o drama individual com o coletivo, em um trabalho de sutileza e sensibilidade raras.
25 de Outubro de 2008 – TRINTA E UM NOVOS TÍTULOS DA COLEÇÃO APLAUSO SÃO LANÇADOS NA 32ª MOSTRA DE CINEMA DE SÃO PAULO Com esses novos livros, a Coleção Aplauso chega ao 156º título e comemora seu quinto ano de resgate do cenário cultural brasileiro. Criada em 2004 e desde então com lançamentos especiais na Mostra de Cinema, a coleção lança, agora, 31 novos livros, entre os quais as biografias dos atores Walmor Chagas e Joana Fomm, do cineasta Orlando Senna e roteiros de filmes da recente safra do cinema nacional, como Não por acaso e Estômago.
As biografias de Walmor Chagas, Joana Fomm, Sonia Guedes, Lolita Rodrigues, Louise Cardoso, Geórgia Gomide, Celso Nunes, Regina Braga, Orlando Senna, Ivan Cardoso, Mauro Alice e Agostinho Martins Pereira estão entre os 31 títulos que a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo lança pela Coleção Aplauso no dia 28 de outubro, no Shopping Frei Caneca (Rua Frei Caneca, 569 – 4º andar), durante a 32º Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Além de contar a história desses atores e cineastas que participaram ativamente da formação e evolução do cinema, teatro e da televisão no Brasil, a coleção lançará onze roteiros de filmes produzidos depois da chamada Retomada do Cinema Nacional.
Na festa de lançamento, já tradicional durante a Mostra de Cinema, atores, autores, diretores e convidados serão recebidos pelo crítico e comentarista Rubens Ewald Filho, coordenador da coleção, e Hubert Alquéres, presidente da Imprensa Oficial e idealizador da Aplauso.
Com 156 títulos já lançados, a coleção traça o perfil de dramaturgos, atores, atrizes e diretores de televisão, cinema e teatro, e também publica roteiros cinematográficos e peças de teatro. Além de ser um documento sobre toda a produção cultural brasileira, ela presta homenagem ainda em vida a personagens da cena artística do País.
O perfil dos biografados pela Coleção Aplauso é fruto de várias entrevistas colhidas por jornalistas experientes, que tiveram a tarefa de escrever o texto em primeira pessoa o que confere aos livros o caráter de um relato autobiográfico, com direito às lembranças da infância e dos momentos mais marcantes da vida de cada artista. O resultado, um retrato profundamente humano de homens e mulheres que deram sua vida para a arte, poderá agora ser conferido por estudantes, pesquisadores e o público em geral. Para facilitar o acesso dos alunos da rede estadual, a Imprensa Oficial preparou uma edição especial com 20 títulos em capa dura que foram enviados a todas as escolas. Desde o início deste ano, essas obras podem ser lidas pelos cerca de quatro mil estudantes da rede pública.
A Coleção Aplauso tem como proposta lançar livros com informações que corriam o risco de se perder por falta de recursos, interesse comercial e até pela inexistência de uma política voltada para resgatar, valorizar e consolidar a rica trajetória da produção brasileira nas artes cênicas, diz Hubert Alquéres, presidente da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo.
A cada ano, a Imprensa Oficial consolida sua longa parceria com a Mostra de Cinema. Um dos exemplos deste trabalho é a produção gráfica dos catálogos da Mostra, realizada pela Imprensa Oficial.
Nosso lançamento em 2007 foi um sucesso enorme e vimos com satisfação toda a classe artística reunida em momentos emocionantes, como a última aparição pública de Rubens de Falco e homenagens a veteranos como Tatiana Belinky, lembra Rubens Ewald Filho.
Os lançamentos da Coleção Aplauso custam R$ 15,00 (formato de bolso) e R$ 30,00 (especiais) e podem ser adquiridos nas livrarias ou pelo site www.imprensaoficial.com.br.
Os lançamentos
Walmor Chagas – Ensaio Aberto para Um Homem Indignado (Djalma Limongi Batista)
Agostinho Martins Pereira O Idealista (Maximo Barro) Antonio Carlos da Fontoura Espelho da Alma (Rodrigo Murat) Geraldo Moraes O Cineasta do Interior (Klecius Henrique) Ivan Cardoso O Mestre do Terrir (Remier Lion Rocha) Mauro Alice Um Operário do Filme (Sheila Schvarzman) Miguel Borges Um Lobisomem Sai das Sombras (Antônio Leão da Silva Neto) Orlando Senna O Homem da Montanha (Hermes Leal) Vladimir Carvalho Pedras da Lua e Pelejas no Planalto (Carlos Alberto Mattos) José Antonio Garcia (Marcel Nadale)
Arllete Montenegro Fé, Amor e Emoção (Alfredo Sternheim) Geórgia Gomide Uma atriz brasileira (Eliana Pace) Isabel Ribeiro Iluminada (Luís Sergio Lima e Silva) Joana Fomm Minha História é Viver (Vilmar Ledesma) Lolita Rodrigues De Carne e Osso (Eliana Castro) Louise Cardoso A mulher do Barbosa (Vilmar Ledesma) Regina Braga Talento é um Aprendizado (Marta Goés) Sônia Guedes Chá das Cinco (Adélia Nicolete) Vera Nunes Raro Talento (Eliana Pace)
Celso Nunes Sem Amarras (Eliana Rocha)
Fim de Linha, Estômago, Cidade dos Homens, Batismo de Sangue, Onde andará Dulce Veiga?, Os 12 Trabalhos, O Ano em que meus pais saíram de férias, Chega de Saudade, O Céu de Suely, Quanto Vale ou é por Quilo, Não por acaso.
21 de Outubro de 2008 – Sobre “Katyn” – A Mostra de Cinema deste ano traz o útlimo trabalho do veterano diretor polonês Andrzej Wajda. “Katyn” retrata as mudanças provocadas pela 2ª Guerra e pela ocupação Comunista, centrando-se no “Massacre da Floresta de Katyn”. Nesse episódio, milhares de oficiais poloneses foram fusilados e enterrados em vala comum. Para contar essa história, o diretor filma a vida de quatro famílias polonesas. Tem destaque na trama um General polonês assassinado e sua esposa. No começo, acompanhamos a invasão russa e a prisão dos militares poloneses. Enquanto isso, a esposa do nosso general tenta chegar na Cracóvia. O filme de organiza para só sabermos o que realmente aconteceu com os prisioneiros no fim, juntamente com a protagonista, quando lê o diário escrito pelo marido. Entenda-se: duas versões se chocaram na época: os alemães acusaram os soviéticos, e no pós-guerra, a acusação de inverteu. Atualmente, é reconhecida a culpa dos soviéticos. Assistindo sem saber desses detalhes, ficamos na mesma situação dos poloneses à época. Dois aspectos formais chamam atenção: o diretor não nos mostra dias ensolarados, como se reproduzisse o estado de incertezas no futuro vivido pelo país. Mesmo com o fim da guerra, há só a vontade de seguir em frente sem muitos questinamentos, apenas não escutar os bombardeios. Outro aspecto: há muitos saltos temporais auxiliados por fade-in / fade-out (aquela escurecimento da tela e posterior aparecimento da imagens). Quando a imagem reaparece, estamos anos a frente. E justamente quando os militares são levados para fuzilamento há uma desses saltos. Ignoramos quem morreu o a realidade dos fatos. As dúvidas terminam com a leitura do diário do general. Ainda terão mais 2 exibições desse filme. Assistam!
17 de Outubro de 2008 – Desta sexta, 17, à quinta, 30, de Outubro, Sampa recebe a 32ª Mostra de Cinema de São Paulo. Serão 453 filmes, de 75 países, distribuídos por 22 salas. Ufa! Para ajudar o “cinepopista” a aproveitar ao máximo a mostra, vale algumas dicas: » Procure ler a programação antes de decidir qual sala ir, você pode se organizar e assistir maior quantidade de filmes do que indo no escuro; Neste ano, duas retrospectivas prometem: uma com filme de Ingmar Bergman, diretor sueco falecido ano passado, e outra do japonês Kihachi Okamoto. O primeiro é o maior nome do cinema sueco, e filmou singularmente o desespero humano. Se não quer ver algo denso, não vá! O segundo dirigiu filmes de samurai e influenciou diretores como Jim Jarmusch e Quentin Tarantino. Entre os filmes que estarão em cartaz no circuito normal logo depois – ou um bom tempo depois – da Mostra: “Vicky Cristina Barcelona”, de Woody Allen, “O Casamento de Rachel”, de Jonathan Demme, “Adoração” de Atom Egoyan, “Queime Depois de Ler”, Irmãos Coen.
Para os fãs do Che, o Guevara, temos dois filmes: o ficcional “Che”, de Steven Soderbergh, com Benicio Del Toro no papel-título (recebeu troféu de melhor ator em Cannes) e o curioso “Chevolution”, documentário que a “vida” da famosa foto batida por Alberto Korda. E temos muito mais, como o novo filme do polonês Andrzej Wajda, a adaptação do romance “O Menino de Pijama Listrado” e dois trabalhos do português Domingos Oliveira, além de Pablo Trapero e Jia Zhang-ke. Muito comentado é o italiano “Gomorra”, de Matteo Garrone, onde vemos a história da máfia napolitana. Rendeu ao diretor um prêmio em Cannes e ameaças de morte. Considerado o “Cidade de Deus” italiano. E para os que têm fôlego: os 900 minutos de “Berlin Alexandreplatz”, telessérie do alemão Rainer Werner Fassbinder serão divididos em sete dias! Vale conferir as palestras e conversas com diretores promovidos pela Mostra. E quem quiser ver o melhor da Mostra de 2007, vá ao vão livre do Masp. Aproveitem!
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Materia por: Georgenor de S. Franco Neto |
26º Mostra Internacional de Cinema de São Paulo
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Começa nesta sexta feira, dia 18, a 26º Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. A Mostra segue até o dia 31 e os filmes serão mostrados em 13 salas da cidade. Além dos filmes que participam da competição a Mostra traz nesta edição retrospectivas de três autores, uma do cineasta brasileiro Alberto Cavalcanti, outra do russo Aleksandr Sokúrov e do italiano Pier Paolo Pasolini. Pra todo bom amante de cinema a Mostra é uma ótima oportunidade de ver fitas de cineastas novos, filmes de países que não tem tradição no cinema (o que torna difícil a sua exibição por aqui em circuito) e também filmes novos de cineastas consagrados, como Roman Polanski e Gus Van Sant por exemplo, que estarão em cartaz com “O Pianista” (Polanski) e “Gerry” (Van Sant). Filmes que merecem atenção: GERRY (diretor: Gus Van Sant) – 2002 (EUA) A FESTA NUNCA TERMINA (24 Hour Party People) – (diretor: Michael Winterbottom) – 2002 (Reino Unido/França/Holanda) AGORA OU NUNCA (All or Nothing) – (diretor: Mike Leigh) – 2002 (Reino Unido/França) PARAÍSO (Heaven) – (diretor: Tom Tikwer) – 2002 (EUA, Reino Unido, França, Itália, Alemanha) DÍVIDA DE SANGUE (Blood Work) – (diretor: Clint Eastwood) – 2002 (EUA) ALI (diretor: Michael Mann) – 2001 (EUA) JOGANDO BOLICHE POR COLUMBINE (Bowling for Columbine) – (diretor: Michael Moore) – 2001 (Canadá/ EUA) – Documentário – PARA SEMPRE LILIA (Lilja 4-ever) – (diretor: Lukas Moodysson) – 2002 (Suécia/Dinamarca) DURVAL DISCOS (diretora: Anna Muylaert) – 2002 (Brasil) FALE COM ELA (Hable com Ella) – (diretor: Pedro Almodóvar) – 2002 (Espanha) Com: Javier Cámara, Darío Grandinetti, Rosario Flores. ABSOLUTAMENTE LOS ANGELES (L.A Without a Map) – (diretor: Mika Kaurismaki) – 1998 – (Reino Unido/França/Finlândia) ARCA RUSSA (Russkij Kovcheg) – (diretor: Aleksandr Sokúrov) – 2002 (Rússia/Alemanha) O PIANISTA (Le Pianiste) – (diretor: Roman Polanski) – 2002 (Reino Unido/França/Alemanha/Polônia/Holanda) SPIDER (diretor: David Cronenberg) – 2002 (França/Canadá/Reino Unido) NADA MÁS (diretor: Juan Carlos Cremata Malberti) – 2001 (Cuba/França/Espanha/Itália) ELLING (diretor: Petter Naess) -2001 (Noruega) Para maiores informações sobre a programação da Mostra e ingressos visite o site: www.mostra.org |
Feito por: Juliana de Paula |