Início Site Página 6710

Em Transe

(Trance)

8

 

Elenco:
James McAvoy, Rosario Dawson, Vincent Cassel, Tuppence Middleton,
Wahab Sheikh, Danny Sapani, Lee Nicholas Harris, Gioacchino
Jim Cuffaro, Ben Cura.

Direção:
Danny Boyle

Gênero:
Suspense

Duração:
101 min.

Distribuidora:
Fox Films

Orçamento:
US$ — milhões

Estreia:
3 de Maio de 2013

Sinopse: Simon (James McAvoy), um leiloeiro de arte, se une a uma quadrilha para roubar uma obra de arte no valor de milhões de dólares, mas, depois de sofrer uma pancada na cabeça durante o assalto, ele acorda para descobrir que não tem nenhuma lembrança de onde escondeu a pintura. Quando as ameaças físicas e tortura não produzem respostas, o líder da gangue (Vincent Cassel) contrata uma hipnoterapeuta (Rosario Dawson) para aprofundar os recessos mais sombrios da psique de Simon.

Curiosidades:

» Novo filme do diretor Danny Boyle, indicado ao Oscar por ‘127 horas‘. Boyle começou as filmagens em 2011, mas teve que pausar o projeto para se dedicar às Olimpíadas de 2012, que ele também filmou.

» James McAvoy (o Professor X de ‘X-Men: Primeira Classe’), Vincent Cassel (‘Cisne Negro’) e Rosario Dawson (‘MiB 2’) estrelam.

 

Cine Agenda:

Trailer:

 

Cartazes:

 

Fotos:

        

 

Gente Grande 2

TUDO EM DOBRO, MENOS O HUMOR

Fim de semana recheado de continuações de filmes de 2010 no Brasil. Depois de Percy Jackson e o Mar de Monstros, continuação de Percy Jackson e o Ladrão de Raios, ganhamos também esse Gente Grande 2, continuação do sucesso de público execrado pela imprensa especializada. O filme original foi acusado de tudo o que foi coisa, mas talvez a principal delas era o fato de que não tínhamos sequer uma história. Adam Sandler e seus comparsas simplesmente aparentavam terem saído de férias, rido muito, e rodado algumas imagens montadas como um filme. Bom, e lucrado muito também. Gente Grande rendeu para a Sony, mesmo sem uma história aparente, quase $300 milhões ao redor do mundo. O que é um absurdo.

Sandler possui seu público cativo, mas eu digo que você (lendo essa crítica) merece mais do que isso. Afinal somos nós quem pagamos pelas “férias” de um grupo preguiçoso, que se esforça pouco para criar cenas engraçadas e precisam apelar para a escatologia. Pense dessa forma, você gosta de se divertir e rir de pessoas caindo, e quando Kevin James (Professor Peso Pesado) cai ao bater contra uma árvore amarrada a uma corda (cena do primeiro filme). Lembre-se de que isso não é genuíno, e você estará rindo daquele amigo sem graça que apenas finge cair para chamar a atenção. Três anos depois e as coisas não melhoraram muito.

2

Gente Grande 2 abre com uma cena digna de Oscar, com Adam Sandler sendo visitado por um alce que invade sua casa e urina em sua cara (Ei, isso é entretenimento!) enquanto ainda está deitado na cama, e depois na cara de seu filho no banho. Os amigos se mudaram para a cidadezinha, onde apenas passavam férias no filme original. Mas enquanto o primeiro falava sobre os protagonistas, sobre a amizade e a transição para a vida adulta (eu sei, estou retirando à força uma trama do filme, pelo menos é o que a sinopse dizia), essa segunda investida na “saga” nem sequer foca neles.

O novo filme prefere apresentar situações desconexas, subtramas que não vão a lugar algum, e situações tão bizarras que seria muito mais interessante e curioso assistir às reuniões dessa turma enquanto desenvolviam esse “projeto”.  O próprio Sandler levantou a questão durante sua entrevista no programa de David Letterman, consciente do pensamento geral sobre o fato do filme não fazer uso de um roteiro. O que acontece em Gente Grande 2 é: a personagem de Salma Hayek (Professor Peso Pesado) deseja um novo filho, coisa que seu marido, Sandler, não quer.

3

De resto são situações montadas como esquetes de programas como Zorra Total, e jogadas ao longo de 101 minutos para poderem soar como algo parecido com um filme. O ex-jogador de basquete Saquille O´Neal dá as caras como um policial, e dessa vez David Spade recebe a visita de um filho que não sabia ter, idêntico a ele, porém alto, forte e criminoso.  O filme foca mais nas desventuras dos filhos dos protagonistas; e ao final tudo termina numa grande festa com temática dos anos 1980, onde muitos dos convidados (assim como o público atual de Sandler) não fazem a mínima ideia de quem são os homenageados com as fantasias.

Ah sim, ainda temos a participação do menino lobo da Saga Crepúsculo em pessoa, Taylor Lautner, realizando acrobacias reais na pele de um universitário encrenqueiro. E é claro, a cena final é uma grande briga generalizada. Temos também o irritante Nick Swardson (Dotado para Brilhar) em mais um de seus desempenhos “fascinantes” como um motorista de ônibus surreal e detestável. É claro que a maioria dos atores retornou, inclusive talentos como Maria Bello (que faz a esposa de Kevin James), afinal o salário é gordo para pouco trabalho. Mas quando nem Rob Schneider (usual colaborador de Sandler) aceita voltar, pode ser um sinal de que as coisas não vão bem…

Bling Ring: A Gangue de Hollywood

(Bling Ring)

 

Elenco:
Emma Watson, Kirsten Dunst, Leslie Mann, Brian Gattas, Carlos Miranda, Claire Alys Julien, Erin Daniels, Gavin Rossdale, Israel
Broussard, Katie Chang, Maika Monroe, Nina Siemaszko, Taissa Farmiga.

Direção: Sofia Coppola

Gênero: Suspense

Duração: 90 min.

Distribuidora: Diamond Filmes

Orçamento: US$ 20 milhões

Estreia: 16 de Agosto de 2013

Sinopse:

A história, baseada em fatos reais, acompanha um grupo de adolescentes foras-da-lei que aplicam uma série de golpes em casas de celebridades. Entre as vítimas do grupo, estavam Lindsay Lohan, Paris Hilton e Orlando Bloom.

Curiosidades:

»  Emma Watson revelou que é totalmente diferente de sua personagem, e sequer tem vontade de assistir ao filme. “Eu me odeio
neste filme, e acho que não serei capaz de assisti-lo. Esta é a primeira vez que isto acontece”, afirmou. “Mas isso é uma das maravilhas no meu trabalho. Você pode interpretar uma pessoa com a qual não se identifica”, concluiu.

» Sofia Coppola (‘As Virgens Suicidas’) dirige, e o elenco ainda conta com Taissa Farmiga (‘American Horror Story’), Claire Pfister (Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge) e Katie Chang.

 

Trailer:

 

Cartazes:

blingRing_cartazpt

 

blingring_4

 

blingring_3

blingring_2

Fotos:

 

 

 

Gente Grande 2

(Grown Ups 2)

 

Elenco:
Adam Sandler, Kevin James, Chris Rock, David Spade, Salma Hayek, Maya Rudolph, Maria Bello, Nick Swardson.

Direção: Dennis Dugan

Gênero: Comédia

Duração: 101 min.

Distribuidora: Sony Pictures

Orçamento: US$ 30 milhões

Estreia: 16 de Agosto de 2013

Sinopse:

O elenco estelar de Gente Grande está de volta (com algumas excitantes adições) para mais risadas de verão. Lenny (Adam Sandler) se mudou com sua família para a pequena cidade onde ele e seus amigos cresceram. Mas desta vez, são os adultos que irão aprender valiosas lições com seus filhos em um dia notoriamente cheio de surpresas: o último dia de aula.

Depois de se mudar com a família de volta para a sua cidade natal para estar mais perto dos seus amigos e dos filhos deles, Lenny descobre que, entre os bullies do passado e os novos bullies do presente, motoristas de ônibus esquizofrênicos, policiais bêbados em esquis e 400 penetras numa festa a fantasia, às vezes, a loucura o segue aonde ele for.

Curiosidades:

» Taylor Lautner, o lobisomem da Saga Crepúsculo, faz uma participação especial.

» Fred Wolf, roteirista do original, roteiriza ‘Gente Grande 2‘.

» ‘Gente Grande‘ (Grown Ups) arrecadou US$ 271 milhões e foi o maior sucesso comercial da carreira de Sandler.

» A Sony Pictures e a Happy Madison, produtora do ator Adam Sandler, desenvolvem.


Trailer:


Cartazes:


Fotos:

Jurassic Park 3D – O Parque dos Dinossauros

(Jurassic Park 3D)

 

Elenco: 

Sam Neil, Laura Dern, Jeff Goldblum, Richard Attenborough, Bob Peck, Martin Ferrero, Josph Mazzello, Ariana Richards, Samuel L. Jackson.

Direção: Steven Spielberg

Gênero: Aventura

Duração: 127 min.

Distribuidora: Universal Pictures

Orçamento: US$ 63 milhões

Estreia: 16 de Agosto de 2013 – Lançamento original: 1993

Sinopse:

Um parque construído por um milionário (Richard Attenborough) tem como habitantes dinossauros diversos, extintos a sessenta e cinco milhões de anos. Isto é possível por ter sido encontrado um inseto fossilizado, que tinha sugado sangue destes dinossauros, de onde pôde-se isolar o DNA, o código químico da vida, e, a partir deste ponto, recriá-los em laboratório. Mas, o que parecia ser um sonho se torna um pesadelo, quando a experiência sai do controle de seus criadores.

Curiosidades:

»A Universal anunciou que o relançamento em 3D já tem data de estreia: 19 de julho de 2013. A data marca 20 anos da estreia do primeiro ‘Jurassic Park‘ (sim, também estamos nos sentindo velhos…).

» “O primeiro Jurassic Park tem um ótimo material para ser convertido para o 3D. Na minha opinião, James Cameron fez o melhor filme 3D da história do cinema com Avatar. Ele é quem irá nos ensinar mais uma lição [convertendo Titanic para o 3D]. Se seguirmos seus passos, mais filmes serão convertidos. Mas o único que quero converter é o o primeiro Jurrasic Park”, revelou o diretor e produtor Steven Spielberg.

 

Trailer:

 

Cartazes:

 

Fotos:

Bling Ring: A Gangue de Hollywood

Cínico e provocante: Sofia Coppola, em proposta documental, sintetiza uma geração com um caso verídico.

A busca por destaque e rápida ascensão sempre foi algo muito recorrente na mente de grande parte dos adolescentes, de um modo geral. Estar engajado dentre os mais populares, exibir bens materiais e expor seu cotidiano abertamente, é pra alguns o caminho mais fácil de alcançar tal objetivo. Principalmente, em momentos como esses, que as redes sociais são, de certa forma, uma espécie de ponte e mosaico, que possibilita o massagear de egos e facilita a exposição pública da vida destas pessoas.

Então, não havia melhor época para levar isso às telonas e trazer uma linha de debate sobre a futilidade da geração atual, que perdeu a noção do que é certo e errado, simplesmente por tentar se firmar num status quo vazio e frívolo. Como também é correto afirmar que a cineasta americana Sofia Coppola, filha de Francis Ford Coppola, foi, de fato, a escolha certa para essa empreitada. Pois, além de partilhar disso tudo, diretamente, ela sempre foi boa em analisar personagens que conseguiram o acesso à fama, mas são socialmente frustrados, e vivem numa constante solidão – assim como fez em sua obra prima Encontros e Desencontros, ou no recente e alternativo Um Lugar Qualquer.

emma-watson-bling-ring

Há poucos anos atrás, tivemos notícias que um bando de jovens desocupados, de classe media alta, tiveram a brilhante ideia de formar uma pequena quadrilha, que teria a seguinte função: entrar sorrateiramente na casa de famosos, surrupiar dinheiro e objetos pessoais das vítimas, para que depois pudessem vender e exibir aos colegas, em festas, boates e, até mesmo, nas próprias redes sociais. Algo, obviamente, sem sentido, para alguém em sã consciência, mas não para esse grupo e seu meio social.

Celebridades como Paris Hilton, Orlando Bloom, Rachel Bilson e, sim, Lindsay Lohan – ela mesmo que já foi acusada e sentenciada por ter cometido delitos semelhantes aos destes delinquentes – tiveram suas residências invadidas e perderam cerca de US$ 3 milhões (R$ 6 milhões) em dinheiro e artefatos. Alguns dos artistas, como Paris Hilton – a própria heroína de barro dos ladrões juvenis –, só vieram dar falta dos objetos, depois de três ou mais furtos dos sujeitos – sim, eles não só repetiam visitas nas mansões roubadas outrora, como também davam festas por lá. O que só que ratifica a ingenuidade (imbecilidade) desses garotos, em relação aos crimes que cometiam.

É nisso, então, que Bling Ring: A Gangue de Hollywood se baseia, prometendo ser um grande sucesso provocador, que irá mexer com diversos públicos, de variadas faixas etárias.

blingring

Engendrando uma narrativa bastante orgânica, Sofia Coppola é esquemática, segue o ritmo cool daquela atmosfera e desenvolve bem cada personagem de sua estória. Em vinte minutos de exibição, o espectador já tem uma opinião formada, em relação a cada figura da trama. Ou você, imediatamente, toma asco e começa a detestá-los, ou embarca, com eles, naquela que, pra muitos, é uma aventura inesquecível ou “experiência de vida” – como afirma a personagem Nicki, brilhantemente interpretada por Emma Watson (a eterna Hermione da saga Harry Potter). Com ideais tolos e de uma falsidade inacreditável, ela é propositalmente desagradável e sintetiza todos os elementos e referenciais de seu grupo.

E assim, em cima de cada personalidade, a diretora vai construindo e enriquecendo seu conto. Colocando em prática, de forma sínica, os sonhos pueris e a equivoca consolidação do sucesso de seus protagonistas. Como, por exemplo, o enrustido Marc (Israel Broussard), que ver na amizade da líder da gangue e personagem mais canalha do grupo, Rebecca (Katie Chang), uma oportunidade para ser ele mesmo. Podendo se assumir como homossexual, e sendo feliz e popular, como sempre desejou. Mas que depois irá descobrir uma realidade não tão incendiária.

4c4ed452dd8852d9cc_q5m6ii5jo

Mesmo sem ir mais afundo, não desenvolvendo um maior estudo psicológico sobre o tema abordado, Sofia em nenhum instante perde a mão. Com um roteiro bastante enxuto, assinado por ela mesmo, o filme tem um time ideal e diálogos espertos. Até mesmo em aspectos estéticos, a fita acerta e impressiona. A fotografia do sempre excelente Harris Savides (Milk – A Voz da Igualdade) – que aqui faz seu último trabalho, pois este veio a falecer no ano passado –, é aqui bastante intensa e cintilada. Ressaltando todo brilho daquele universo e destacando o figurino e a direção de arte; que também acerta, por se atentar nas principais grifes/marcas, e em maiores detalhes, que são fundamentais para que a trama torne-se mais crível. Esses e outros artifícios fazem com que o espectador deixar-se levar completamente pela estória, parecendo estar assistindo a algo quase que documental.

Em suma, acredito que Sofia Coppola e sua jovem equipe tenham conseguido, sim, obter êxito em sua proposta de deixar registrado, na sétima arte, esse curioso fato. Que, de certa maneira, imprime bem essa geração e gênese das mídias e redes sociais, e sua apavorante capacidade, que vai além do que muitos pensariam que pudesse acontecer. Servindo até como uma espécie de aviso, para que os responsáveis possam participar mais da vida igualitária de seus filhos. Pois, a única coisa que eles são vítimas, e têm em comum, é justamente a ausência dos pais, que nunca os colocaram limites ou partilharam, pontualmente, suas duvidas e incertezas.

Círculo de Fogo (3)

MATANDO SAUDADES DE JASPION!

Quem via na juventude filmes do Godzilla ou é mais novo e acompanhava as séries de heróis japoneses na televisão, deve se deleitar com o último trabalho de Guillermo del Toro. Em Círculo de Fogo, monstros gigantescos saem de fendas no Oceano Pacífico e começam a destruir as cidades. São os chamados Kaijus. Os governos de todo o planeta se unem e criam o projeto Jaeger. ­Robôs tão grandes quanto os Kaijus, os Jaegers começam a ganhar as batalhas, até que criaturas ainda maiores aparecem.

E quando se fala em grandes, pensem em gigantes. Se falarmos em gigantes, pensem em hipergigantes. Enfim, para sermos moderninhos, são ubergigantes! Os que assistiam aos seriados e filmes de heróis/monstros japoneses vão se lembrar que, para criar a ideia de gigantismo, os cenários eram formados por prédios ou montanhas em miniatura que malmente ultrapassavam os pés dos monstros.

5

Del Toro foi profundamente influenciado por esses filmes. E Círculo de Fogo carrega as características básicas daqueles velhos japoneses: brigas elaboradas, criaturas incríveis, robôs poderosos. Del Toro é um cineasta com visão plástica sofisticada. Em seus filmes predominam enquadramentos de qualidades, uma câmera leve – mesmo em cenas de ação – e, uma marca, a incrível capacidade de criar criaturas fantásticas. Quem assistiu ao Labirinto do Fauno tem marcado na memória criaturas como aquele com os olhos nas mãos.

Del Toro usa essa potência visual para modernizar os velhos monstros japoneses. A proximidade estética com os originais foi mantido, tanto que, se não existissem efeitos visuais, poderiam ser feitas fantasias para atores vestirem. Claro, teriam que criar uma Hong Kong em miniatura!

circulodefogo_17

O apuro estético se revela também na direção de câmera e na edição. Nada de cortes rápidos, como imagens trocando a cada segundo. Del Toro opta por demorar a fazer o corte. Comparando com Transformers, no qual a rapidez das imagens pode desnortear o espectador, em Círculo de Fogo conseguimos apreciar detalhes de cada criatura, de cada luta.

Outra marca da direção de del Toro é a capacidade de conciliar entretenimento popular com qualidade. Em outras palavras, ele fala com o grande público sem tratá-lo como um bando de idiotas. É fácil ouvir alguém falando que para apreciar certo filme é preciso desligar o cérebro. Aqui não tem disso!

Círculo de Fogo respeito a inteligência do seu público. São 131 mins. de narrativa ágil, com união sequências de ação com uma história emocionante. A direção não foco apenas nas lutas. Há uma dimensão humana no filme. A saída encontrada é a forma como os Jaegers são controlados. Duas pessoas com suas memórias entrelaçadas. Um sente o que o outro sente. Claro que os protagonistas Raleigh Becket (Charlie Hunnam) e Mako Mori (Rinko Kikuchi) são as figuras mais aprofundadas. Contudo, a narrativa é tão equilibrada que sobra espaço para nos envolvermos com outras pessoas, como Herc Hansen (Max Martini) e seu filho Chuck Hansen (Robert Kazinsky). Não há emoção barata. Não temos personagens-carcaças, todos conseguem ter alguma personalidade.

8

Claro que não estamos falando de personagens de profundezas abissais. Mas não são apenas figuras. Há humanização nesses sujeitos. E isso é moeda rara em certo cinema de ação. E tudo embrulhado em pura nostalgia. Nossa! Matei saudades do Jaspion!

Você de Novo

 

(You Again)

Elenco: Kristen Bell, Sigourney Weaver, Betty White, Kristin Chenoweth, Odette Yustman, Jamie Lee Curtis, Christine Lakin, Cloris Leachman, Victor Garber, James Wolk, Kyle Bornheimer, Patrick Duffy, Billy Unger.

Direção: Andy Fickman

Gênero: Comédia

Duração: — min.

Distribuidora: Disney Brasil

Estreia: Direto em DVD – Abril de 2011

Sinopse: Marni (Kristen Bell) é uma jovem bem sucessedida que vai até a casa dos pais para comemorar a festa de noivado de seu irmão. Lá, ela conhece a noiva, Joanna (Odette Yustman), a garota que fez a vida dela um inferno nos tempos da escola.

Curiosidades:
» —


Trailer:


Cartazes:

Fotos:

 

 

Círculo de Fogo (2)

SAIAM DA FRENTE TRANSFORMERS!

Sonho de consumo de todo fanboy amante de ficção científica, quadrinho de super-heróis, e filmes de terror envolvendo monstros gigantes, finalmente chega o aguardado “Círculo de Fogo”, um dos filmes mais esperados também pelos fãs do cinema blockbuster em geral. Saída da mente criativa do mexicano Guillermo del Toro, uma autoridade no cinema de criaturas – tendo em seu currículo filmes como “Cronos”, “Mutação”, “Hellboy” e “O Labirinto do Fauno” –  a obra era um dos projetos dos sonhos do cineasta, e um dos poucos que de fato viu a luz do dia (del Toro viu diversos planos serem engavetados).

Bancado pelo Warner, a superprodução de 180 milhões de dólares ganha muitos pontos por ser uma ideia totalmente original (não sua estrutura ou subgênero, mas sua trama) saída de apenas uma fonte, a mente exótica de del Toro. Numa Hollywood regida por sequências, filmes de heróis de quadrinhos, adaptações literárias infanto-juvenis e jogos de vídeo game, é muito bom ver emergir obras como “A Origem”, “Super 8”, “Ted”, “Elysium”, e outros mais, que são homenagens ao cinema e a gêneros específicos, mas acrescentando muito, que se tornaram extremamente bem sucedidos, num mercado muito competitivo e dominado por ideias pré-estabelecidas.

6

A ideia básica aqui, e mote para vender o filme é “robôs gigantes contra monstros gigantes”. A narração inicial nos situa aonde a humanidade se encontra. No futuro, não muito distante, grandes seres alienígenas chegam ao nosso planeta, não vindos do espaço, mas de uma fenda aberta no oceano Pacífico, que justamente leva o título genérico em português (que iria se chamar “Gigantes do Pacífico”, mas por determinação de del Toro, em todos os países o filme deveria levar o título da famosa parte do globo).

As maiores e mais ameaçadoras criaturas que já tivemos conhecimento chegam para nos devastar, e elas são conhecidas como Kaiju (criatura estranha, ou monstro), termo usado para definir um subgênero muito popular no cinema japonês. São filmes de monstros como “Godzilla”, por exemplo. Quando nada mais parecia dar certo, os humanos desenvolvem os Jaegers (caçadores), robôs imensos confeccionados para exterminar as gigantescas pragas e garantir assim a nossa sobrevivência.

7

Como explicados, tais colossos de puro metal só funcionam conectados às mentes de seus “pilotos”, sempre em pares, já que o ato exige demais de suas mentes para ser controlado por apenas uma pessoa. Precisa existir um forte elo mental, uma coexistência psíquica. Geralmente são utilizados irmãos, pais e filhos, ou pessoas muito ligadas.

A história é muito legal, mas muitos irão dizer que não é o que importa aqui. Se enganam. Vivemos execrando produções pipoca que não se importam com sua trama. Essa se importa e tudo é minuciosamente detalhado. O que pode ser dito é que tudo é fantasioso demais, isso sem dúvidas, mas se você se dispôs a assistir ao filme, sabe exatamente do que ele trata.

8

Círculo de Fogo” é o que de melhor o cinema pipoca tem a oferecer, e dentro do que foi planejado é um dos melhores blockbusters do ano. Tudo é bem confeccionado, inclusive cenas assustadoras quando percebemos a escala das criaturas, seja perseguindo uma pequena menininha perdida, ou navegando os mares ao lado de uma pequena embarcação pesqueira.

Os personagens são levemente esboçados, mas bem desenvolvidos dentro dos limites de um filme pipoca de Hollywood (algo como “Velozes 6” havia feito recentemente). Encontramos inclusive pequenos arcos dramáticos, como o da bela Rinko Kukuchi, indicada ao Oscar por “Babel”. Idris ElbaCharlie HunnamCharlie Day, e principalmente Ron Pearlman dão conta suficiente do recado.

del Toro segue como um dos diretores mais criativos de uma indústria perto da falência de boas ideias. “Círculo de Fogo” é diversão garantida e adrenalina pura, que não te deixará levantar para ir ao banheiro sequer.

A Aventura de Kon-Tiki

KON-TIKI É AVENTURA DE PRIMEIRA PARA ADULTOS

A Aventura de Kon-Tiki” foi um dos indicados ao Oscar desse ano na categoria de filme estrangeiro. A produção representou a Noruega na disputa ao maior prêmio da sétima arte, mas ficou “a ver navios” (com o perdão do trocadilho) quando o impactante “Amor”, de Michael Haneke arrebatou a estatueta.  Baseada em fatos reais, essa co-produção entre Reino Unido, Noruega, Dinamarca, Alemanha e Suécia, pode ser considerada uma obra grande em escala, mesmo tendo custado apenas um pouco mais de $16 milhões.

Sem rostos conhecidos no elenco, e falado basicamente todo em outro idioma que não o inglês, o filme é de muito fácil acesso e digestão para qualquer tipo de público, mesmo os que não são chegados em obras fora do circuito de Hollywood. A história narra a vida do icônico explorador e aventureiro Thor Heyerdahl. Logo no início do filme, o encontramos ao lado da esposa vivendo com uma tribo numa ilha. É justamente a temporada no local que o leva a formular sua próxima aventura.

2

O protagonista descobre que a tribo local da Polinésia era hereditária de sul americanas, e decide provar para o mundo que os antigos fizeram a travessia numa jangada por oito mil quilômetros. Saindo do Peru, a tribo Inca se fixou na Polinésia, e lá deixou o totem conhecido como Kon-Tiki, uma homenagem ao Deus Sol. É justamente ao ver tal imagem, que o protagonista fez da travessia um dos objetivos de sua vida.

Narrado de forma dinâmica pelos diretores Joachim Ronnin e Espen Sandberg, o filme leva seu tempo para desenvolver seus personagens antes de jogá-los ao mar. E assim vemos o protagonista tentando arrecadar fundos para a sua jornada e tentando convencer estudiosos de sua teoria. O patrocínio só chegou quando o próprio governo peruano decidiu bancar a investida.

3

O filme rende ainda momentos divertidos de alívio cômico antes da grande viagem, como quando Heyerdahl confunde o presidente sul americano com seus serventes no palácio. A travessia em si ocupa boa parte da obra, e são momentos de tirar o fôlego. Uma fotografia belíssima, intercalada com todos os momentos de tensão imagináveis e problemas surgidos com uma missão tão perigosa.

Desde tubarões (que causam mais nervosismo do que filmes voltados somente a isso), até tempestades e falta de comunicação. A esposa abandonada, e então parceira de aventuras do protagonista, também se torna um elemento importante na obra, assim como a personalidade de cada um dos explorados que ao lado de Heyerdahl se jogam ao infinito, tendo como referência apenas a determinação de seu líder.

4

O interessante aqui são as possibilidades de acontecimentos e a imprevisibilidade da trama, que apesar de ser baseada em eventos reais, guarda incerteza para pessoas que não sabem nada dessa história, e entraram totalmente no escuro para assistir ao filme, como o que vos fala. E assim se torna uma experiência mais satisfatória ainda, sabendo apenas a sinopse geral dos eventos, e a adrenalina trazida por situações e cenas que nos emergem nos acontecimentos apresentados como se fizéssemos parte do grupo.

Justamente por isso “A Aventura de Kon-Tiki” causa grande atração para todo tipo de público, desde os que procuram uma história edificante de vida, aos que querem apenas distração e diversão recheadas de adrenalina. Os diretores noruegueses foram responsáveis pelo fraco faroeste “Bandidas”, que juntou as amigas Salma Hayek e Penélope Cruz, mas após “Kon-Tiki” foram escalados para o comando de “Piratas do Caribe 5”, que contará com um orçamento mais enxuto após o fiasco de “O Cavaleiro Solitário”. Quem dera o próximo filme do Capitão Jack Sparrow pudesse ter a qualidade dessa aventura marítima.

Os Escolhidos

(Dark Skies)

 

 

Elenco:

Keri Russell, Josh Hamilton, J. K. Simmons, Dakota Goyo, Kadan Rockett, L. J. Benet, Rich Hutchman, Myndy Crist, Annie Thurman, Jake Brennan, Ron Ostrow, Tom Costello, Marion Kerr.

Direção: Scott Charles Stewart

Gênero: Ficção Científica

Duração: 97 min.

Distribuidora: Imagem Filmes

Orçamento: US$ 3,5 milhões

Estreia: 9 de Agosto

Sinopse:

Daniel (Josh Hamilton) e Lacey (Keri Russel) levam uma vida pacata no subúrbio, até que seu filho Jesse (Dakota Goyo) passa a agir de maneira estranha e paranormal. A partir daí a vida de todos começa a mudar e uma série de acontecimentos misteriosos passam a fazer parte da rotina da casa. A família terá que lutar pela sua sobrevivência, sendo a única forma de salvação se manterem unidos.

Curiosidades:

» Scott Charles Stewart (‘Padre’ e ‘Legião’) roteiriza e dirige, e Keri Russell (‘Missão Impossível 3’) estrela. Stewart tem uma ótima mão para a direção, mas o roteiro de seus dois filmes anteriores foram bem desastrosos…

» O produtor é Jason Blum, de ‘Atividade Paranormal‘, ‘Sobrenatural‘ e ‘A Entidade’.

Trailer:

 

Cartazes:

escolhidos_1

darkskies_1

darkskies_3

darkskies_4

Fotos:

Camille Claudel, 1915

MAIS UM TOUR DE FORCE DA FANTÁSTICA JULIETTE BINOCHE 

A obra do diretor Bruno Dumont (“O Pecado de Hadewijch”), “Camille Claudel 1915” é baseado na história real da artista francesa, escultora, que foi amante do icônico Auguste Rodin. A personagem histórica já havia sido levada às telas anteriormente, no que talvez seja o mais conhecido filme sobre a artista, intitulado apenas “Camille Claudel”, de 1988, dirigido por Bruno Nuytten, e protagonizado por Isabelle Adjani como Claudel e Gérard Depardieu como Rodin.

 O épico do diretor Nuytten contava com 175 minutos de projeção, e focava na história de Claudel e Rodin, no seu relacionamento profissional e íntimo. Já no filme de Bruno Dumont, adentramos a história com Camille Claudel presa no sanatório ao qual foi confinada, e nele passou o resto de sua vida, até sua morte na década de 1940. A musa francesa Juliette Binoche dá vida a essa versão de Claudel como uma mulher sofrida, extremamente amargurada e paranoica.

2

Trancafiada ao lado de deficientes mentais, muitos dos quais não conseguem nem falar, a artista é posta a uma verdadeira prova de sanidade, afastada do mundo, e podada de seu dom. Como explica seu irmão, Paul Claudel (Jean-Luc Vincent), quando Camille chegou aos trinta anos de idade e percebeu que Rodin não se casaria com ela, a artista teve um surto. Achando que o mundo estava contra ela, tentando roubar seu trabalho, em especial seu agora grande desafeto Rodin, Camille se isola num hotel por anos, se afastando dos amigos e família.

Depois de se tornar esquizofrênica, e com ideias de suicídio, a triste história de Camille Claudel, que tinha uma vida promissora e uma brilhante carreira pela frente, com trabalhos comparáveis aos de seu mestre Rodin, termina seus dias no sanatório, amparada por freiras e doentes. O que pode ser visto como um teste de força e bondade, como um grande desafio imposto pelo destino a caminho de sua sanidade, coisa que nunca chega. Como no filme mostrado por Dumont, mesmo no local para curar-se, Claudel acreditava que seria envenenada, e cozinhava suas próprias refeições.

3

Camille Claudel 1915” se assemelha a “Os Contos Proibidos do Marquês de Sade”, sem o mesmo glamour da grande produção de Philip Kaufman, e com um local mais ameno, onde a protagonista dessa vez tem toda a liberdade de ir e vir, e circular pelos arredores de seu cárcere. “Camille Claudel 1915”, como planejado, é um filme estarrecedor, sufocante e triste, onde a primeira percepção é a de uma vida estragada por sua própria mente.

Algo parecido com o que aconteceu com a escritora Sylvia Plath, como visto no filme “Sylvia”, com Gwyneth Platrow. A performance de Binoche é forte e irretocável, esse é um papel exigente, e uma atriz do status da francesa, com 49 anos completos, poderia estar confortável em aceitar papéis mais tranquilos, longe de grandes desafios que a exijam dessa forma, emocionalmente e fisicamente (já que Binoche tem mais uma cena de nudez frontal em sua carreira aqui).

Mas isso é o que determina uma grande atriz, que não se acomoda com a idade, e deixa de evoluir. A obra do diretor Dumont é inquietante, mesmo em sua maioria parecendo estática. O que ele consegue satisfatoriamente ao lado de sua estrela é nos transparecer o que foi o inferno para a personagem, e o que é o inferno para qualquer um sem o domínio de sua mente.

Os Escolhidos

ATIVIDADE PARANORMAL ENCONTRA SINAIS

Lançado no início do ano nos Estados Unidos, “Os Escolhidos” (Dark Skies) fez certo sucesso por lá, e conseguiu entrar no ranking dos filmes mais vistos por dois fins de semana consecutivos. Levando em conta que essa é uma produção pequena, sem grandes nomes no elenco ou atrás das câmeras, o feito impressiona. Também faz parte de um gênero específico, mirado aos jovens e que não costuma chamar muito a atenção do grande público. A produção terminou sua carreira nos cinemas americanos com o saldo de quase $20 milhões, o que para o seu orçamento de $3.5 milhões, é um bom número.

No Brasil, o filme foi anunciado há meses pela distribuidora Imagem Filmes, mas sua estreia foi adiada. A distribuidora deve ter ficado indecisa se lançaria a produção nos cinemas ou diretamente para home vídeo (a segunda opção seria o mais adequado). Voltando atrás, a Imagem lança nesse fim de semana (pelo menos assim estão anunciando uma segunda vez), essa obra básica de terror e ficção científica. Extremamente genérico, o filme apresenta a típica família dos subúrbios americanos, sendo atormentada por forças malignas sobrenaturais. Nada que não tenhamos visto centenas de vezes, sejam as ameaças fantasmas, assassinos, animais ensandecidos ou criaturas vindas de outros planetas, como é o caso aqui.

Cine 2

A produção utiliza temas recorrentes em outras obras bem sucedidas do gênero, obviamente querendo entrar no filão. Na narrativa é incluída até mesmo a estética do found footage, imagens registradas como se fossem reais, vide “Atividade Paranormal”, “A Bruxa de Blair”, “Cloverfield”, e tantos outros. Aqui, elas acontecem quando o pai da família, vivido por Josh Hamilton (do excelente “Frances Ha”), percebe as situações estranhas acontecendo ao redor de seus filhos e esposa, e resolve filmar com câmeras de segurança caseiras seu sono. “Os Escolhidos” é uma dessas produções que devem ser feitas com um manual dos clichês de cada gênero ao lado. Uma brincadeira divertida, já que o filme em si não oferece muita novidade, é contá-los durante a projeção.

Crianças se comportando de forma estranha e assustadora. Checado. Pássaros se chocando contra janelas, acompanhado de som alto para o susto. Checado. Uma mãe amorosa e desesperada, que não sabe mais o que fazer para salvar sua família. Checado. Vultos saindo das sombras. Checado. Um veterano especialista no sobrenatural, que irá ajudar a família, e dizer exatamente o que devem fazer, por já ter ele mesmo vivenciado a situação. Checado. O pai, a princípio incrédulo, se comporta de forma errática, e presencia ele mesmo os incríveis eventos. Checado. Um clímax que pega emprestado de uma obra chamativa do gênero. Checado.

Cine 3

O único momento interessante e original do filme, é quando o filho mais jovem do casal começa a aparecer com estranhas marcas pelo corpo, ao que os outros pais da vizinhança começam a desconfiar de abuso infantil da parte do casal de protagonistas. Keri Russell, a eterna “Felicity”, protagoniza como a mãe da família. Russell é uma boa atriz que não teve muitas oportunidades no cinema (J.J. Abrams não pode resgatá-la sempre para seus filmes). E aqui ela se sai bem, o problema é que está presa a um material pouco inspirado. Se ao menos o filme tivesse rendido mais, Russell poderia ser associada à boa bilheteria para próximos projetos, já que seu nome puxa o filme. O que pode ainda acontecer, pois como dito, esse foi um sucesso modesto. “Os Escolhidos” foi escrito e dirigido por Scott Stewart, de certa forma um especialista nesse tipo de filme, tendo comandado também produções como “Legião” e “Padre”. A obra é recomendada apenas para os apreciadores do gênero.

Círculo de Fogo

Flertando na cultura pop nipônica, Guillermo del Toro nos apresenta o seu tokusatsu moderno.

Num futuro quase apocalíptico, não muito distante, a terra é invadida por desconhecidas criaturas gigantes, que ganham o nome de Anjos. Após os primeiros ataques, o governo e as nações unidas criam uma espécie de robô humanoide, que tem como objetivo destruir tais feras e proteger a raça humana de uma possível extinção. Mais unidades são feitas, e elas levam a alcunha de Evangelion. Essas máquinas só podem ser comandadas por seres humanos, especificamente escolhidos, e quanto melhor for o seu sincronismo neural, para com os Evas, mais perfeito será seu desempenho nos entraves contra os monstros.

Obviamente, essa é uma ligeira sinopse da obra prima sci-fi, Neon Genesis Evangelion, criada, em 1995, por Yoshiyuki Sadamoto e Hideaki Anno, e que é até hoje cultuada mundialmente, pelos apreciadores do gênero. Mas também poderia ser o plot de Círculo de Fogo, basta apenas você trocar Anjo por Kaiju e Evangelion por Jaeger – esse último talvez nem precise, já que a palavra vem do japonês e literalmente se traduz como “besta gigante” ou “bicho estranho”.

Pacific Rim (2013) - Poster

Este é o novo trabalho do bom cineasta Guillermo del Toro, que, assumidamente, busca referências japonesas, mais precisamente das séries de tokusatsus, para realizar o que, em suas palavras, seria “uma bela homenagem aos monstros gigantes”. E, sim, aqui está presente todo tutano da cultura pop oriental, desde pegadas sentais, pelo fato de agirem em grupos, ou nas referências e táticas de luta, de animes como Gundam.

Mas, felizmente (ou infelizmente), as comparações com Neon Genesis Evangelion, param por aqui. Pois, como é de conhecimento, o anime citado, apesar de todo seu apelo aventuroso, e repleto de inúmeros combates, trazia e se aprofundava em temas extremamente complexos como política, religião, genética e infindáveis conflitos pessoais, que nos faziam refletir, profundamente, sobre aquilo tudo. Já o filme do del Toro, em nenhum momento, se preocupa em apresentar isso. Até porque, é clara a intenção de ser um conto realmente simplório, que aposta, justamente, nas cenas de batalhas e no arco dramático de seus protagonistas.

Sem muito inventar, Guillermo del Toro segue o clássico esquema da jornada do herói, e constrói, poupo a pouco, uma estrutura narrativa, de certa maneira, segura. Mas que no fim primeiro ato e em quase todo segundo, possui uma barriga de roteiro (esse que é assinado por Travis Beacham, o gênio por trás de Fúria de Titãs) e perde um pouco de ritmo. Isso pelos diálogos entre Raleigh Becket (Charlie Hunnam) e Mako Mori (Rinko Kikuchi), não serem tão interessantes, ao ponto de prender o espectador em tela. Não só pelo (não) desenvolvimento dos personagens, mas também pelo texto pobre e nada atrativo, debatido por eles.

995896_528447607221541_509037149_n

Tudo volta a andar bem, novamente, quando Becket e Mako estão dentro dos Evas… digo, dos Jaegers duelando, lado a lado, com seus companheiros e destruindo os Kaijus. Estes que saem do mar a todo o momento, devastando os vários edifícios das cidades, em tomadas bastante semelhante às de Godzilla – que também é uma de suas principais referências. As lutas dos robôs contra os monstros são despontadas por uma perspectiva mais heroica. Cheia de poses e golpes de efeitos, que se parece com os ataques de alguns megazords.

O longa é detentor de um visual impressionantemente belíssimo, tanto do ponto do vista estético, quanto do ponto vista gráfico. Isso, em relação ao trabalho fotográfico de Guillermo Navarro, que confere uma atmosfera sombria e ao mesmo tempo nonsense, pelas várias luzes de neon, que produz um aspecto futurista e elegante. Ou pela direção de arte que se atenta em pequenos detalhes das ruas, carros e propagandas espalhadas pela cidade, tornando aquele universo mais crível. Como também nos efeitos especiais que, pelo minucioso cuidado em mostrar até as imperfeições das latarias dos robôs e equipamentos em geral, chamam mais atenção que obras como Transformers ou Gigantes de Aço.

pacific_rim_tv_spot

Pena constatar que os protagonistas não seguram a fita, como se pretendia ser. Não que Charlie Hunnam e Rinko Kikuchi tenham feito um trabalho ruim, mas o fato é que ambos não possuem o carisma necessário para um blockbuster desta dimensão. Destacaria o Idris Elba, que cresce em tela quando contracena com outros, e não compromete. Ron Perlman, eterno parceiro do diretor, na franquia Hellboy, também aparece aqui num pequeno papel. Penso que se talvez escalassem atores de presença mais marcantes, o resultado poderia ser outro, em relação a certos aspectos. Entretanto, poderia desviar a atenção ambicionada por del Toro.

No final, o saldo é deveras positivo, pois, mesmo sendo um tanto prolixo, em seu tempo de duração, precisamente, por ser um trabalho escapista, o deslumbrante visual e as empolgantes cenas de batalhas, diverte o espectador e nos faz viajar no tempo. Voltando a uma época nostálgica em que Jaspion e Power Rangers eram materiais interessantes. É sentar e curtir essa aventura, recheada de muita ação, combates e efeitos especiais que vão te deixar impressionado – ah, por incrível que pareça o 3D convertido tem aqui seus bons momentos, e serve, narrativamente, pra mostrar a dimensão daquele universo. Contudo, se o que procura é algo mais sério, melhor passar longe daqui e ir atrás da obra que deu origem a tudo isso.

Assista ao novo trailer de ‘Thor: O Mundo Sombrio’

Thor: O Mundo Sombrio‘ (Thor: The Dark World) ganhou seu segundo trailer completo.

A prévia é diferente da mostrada na Comic-Con, mas traz várias cenas inéditas.

Assista:

Thor: O Mundo Sombrio‘ da Marvel dá seguimento às aventuras no cinema de Thor, o poderoso vingador, enquanto ele luta para salvar a Terra e os Nove Reinos de um inimigo sombrio que destrói o próprio universo. Na sequência de acontecimentos de Thor da Marvel e de Os Vingadores – The Avengers da Marvel, Thor luta para restaurar a ordem no cosmo… mas uma antiga raça liderada pelo vingativo Malekith retorna para levar o universo de volta às trevas. Enfrentando um inimigo que até mesmo Odin e Asgard não são capazes de derrotar, Thor precisa embarcar em sua jornada mais perigosa e pessoal, que o reunirá com Jane Foster e o forçará a sacrificar tudo para nos salvar.

A Marvel Brasil adiantou a estreia do longa no Brasil. Inicialmente previsto para 15 de Novembro de 2013, o longa foi adiantado para o dia 1 de Novembro – uma semana antes da estreia norte-americana.

O roteiro escrito por Don Payne, da bomba ‘O Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado‘, não agradou os produtores de ‘Thor 2‘. Robert Rodat, de ‘O Resgate do Soldado Ryan‘, atualmente roteiriza.

O diretor é Alan Taylor, que tem no currículo direção de séries de TV, incluindo episódios de ‘Game of Thrones‘.

thor2_14

A Aventura de Kon-Tiki

(Kon Tiki)

 

 

Elenco:

Pål Sverre Valheim Hagen, Anders Baasmo Christiansen, Gustaf Skarsgard, Odd Magnus Williamson.

Direção: Joachim Rønning e Espen Sandberg

Gênero: Aventura

Duração: 118 min.

Distribuidora: H2O Films/ArtFilms/Serendip

Orçamento: US$ — milhões

Estreia: 9 de Agosto de 2013

Sinopse:

A história do legendário explorador Thor Heyerdal, que percorreu mais de quatro mil milhas em uma balsa no pacífico. A travessia foi uma tentativa de provar que o percurso entre a America do Sul e a Polinésia pode ter sido realizado no período pré-colombiano.

Curiosidades: » —

Trailer:

Cartazes:



Fotos:

KonTiki1-dl_jpg_610x343_crop_upscale_q85

368247

Kon-tiki-bilde-6

Camille Claudel, 1915

(Camille Claudel, 1915 )

 

Elenco:

Juliette Binoche, Jean-Luc Vincent, Emmanuel Kauffman.

Direção: Bruno Dumont

Gênero: Drama

Duração: 96 min.

Distribuidora: Califórnia Filmes

Orçamento: US$ — milhões

Estreia: 9 de Agosto de 2013

Sinopse:

Inverno, 1915. A vida reclusa da escultora Camille Claudel (Juliette Binoche). Internada pela família num manicômio no sul da França, ela aguarda a visita do irmão, Paul (Jean-Luc Vincent).

Curiosidades:

» —

 

Trailer:

Cartazes:

96DD6D5C63C3E13620E01E5C696265

Fotos:

camille-claudel-1915-13-03-2013-6-g

images (3)

img14

camille-claudel2

 

 

A Saga Crepúsculo: Eclipse

 

(The Twilight Saga: Eclipse)

 

 

Nota: 7

 

Elenco: Kristen Stewart, Robert Pattinson, Taylor Lautner, Ashley Greene, Bryce Dallas Howard, Peter Facinelli, Jodelle Ferland, Elizabeth Reaser, Kellan Lutz, Catalina Sandino Moreno, Nikki Reed, Jackson Rathbone.

Direção: David Slade

Gênero: Romance/Aventura

Duração: 124 min.

Distribuidora: Paris Filmes

Estreia: 30 de junho de 2010

Sinopse: Em ‘A Saga Crepúsculo: ECLIPSE‘, a história continua com a volta de Edward Cullen e de sua família a Forks. Retorno que traz Bella de volta para sua vida normal ou quase normal. Com a ausência do namorado, ela tornou-se mais próxima do amigo de infância, Jacob Black. Um jovem e apaixonado Lobisomem que vê sua amiga se distanciar dele com o retorno de seus inimigos, os Vampiros Cullen.

Mas há outros perigos em vista, como a aproximação da Formatura e o fim do prazo dado pelos poderosos e temidos Volturi, para Bella tornar-se um deles. Como se não bastasse, a heroína continua sendo perseguida pela Vampira Victoria que em busca de vingança, forma um exército de jovens, fortes e inexperientes Vampiros. Apenas a união entre a alcatéia de Jacob e a família de Edward poderá frustrar os planos de Victoria para matar Bella.

 

Curiosidades:
»
O espanhol Juan Antonio Bayona (‘O Orfanato’), o americano James Mangold (‘Os Indomáveis’) e a atriz Drew Barrymore foram cotados para dirigir o longa.

» Precedido por ‘Crepúsculo‘ e ‘Lua Nova‘.

» Chris Weitz estava muito ocupado finalizando a edição de ‘Lua Nova‘, tendo que dispensar o convite para dirigir ‘Eclipse‘.

» Tom Felton e Channing Tatum foram cotados para o papel de Riley.

» Kristen Stewart usou uma peruca neste filme, pois havia cortado o cabelo para autar em ‘The Runaways‘.

» Miranda Kerr e Vanessa Hudgens foram cotadas para o papel de Leah Clearwater.

» Com muita ação, essa história de amor de vampiros modernos foi um mega-sucesso em seu primeiro filme, Crepúsculo, lançado nos EUA em 21 de novembro de 2008, rendendo mais de 70 milhões de dólares.

» ‘Eclipse‘ será lançado também em IMAX.

 

 

Trailer:

Cartazes:

Fotos:

 

Crepúsculo

 

(Twilight)

Elenco: Kristen Stewart, Robert Pattinson, Taylor Lautner, Michael Welch, Justin Chon, Peter Facinelli, Kellan Lutz, Cam Gigandet, Anna Kendrick.

Direção: Catherine Hardwicke

Gênero: Romance/Aventura

Duração: 120 min.

Distribuidora: Paris Filmes

Estreia: 19 de Dezembro de 2008

Sinopse: Isabela Swan vai morar com seu pai em uma nova cidade, depois que sua mãe decide casar-se novamente. No colégio, ela fica fascinada por Edward Cullen, um garoto que esconde um segredo obscuro, conhecido apenas por sua família. Eles se apaixonam, mas Edward sabe que quanto mais avançam no relacionamento, mas ele está colocando Bella e aqueles à sua volta em perigo. Quando ela descobre que Edward é, na verdade, um vampiro, ela age contra todas as expectativas e não tem medo da sede de sangue de seu grande amor, mesmo sabendo que ele pode matá-la a qualquer momento.

Curiosidades:
»
Baseado nos livros ‘Crepúsculo‘, que já venderam mais de 5 milhões de cópias no mundo.

» A atriz Kristen Stewart tem olhos verdes. Para viver Bella, teve de usar lentes de contato cor castanho.

» O ator Henry Cavill (The Tudors) já havia sido escalado por Stephenie Meyer para viver Edward. Mas quando as gravações estavam para começar, perceberam que o ator de 25 anos estava velho demais para parecer ter 17 anos.

» Mais de 5 mil atores fizeram testes para o papel de Edward.

» O roteiro foi escrito em 6 semanas.

» Foi a maior estreia nas bilheterias de um filme dirigido por uma mulher, na história do cinema.


Trailer:


Cartazes:

Fotos:

 

 

A Saga Crepúsculo: AMANHECER – PARTE 1

 

(The Twilight Saga: Breaking Dawn – Part 1)

Elenco: Kristen Stewart, Robert Pattinson, Taylor Lautner, Peter Facinelli, Elizabeth Reaser, Ashley Greene, Jackson Rathbone, Kellan Lutz, Nikki Reed, Billy Burke, Sarah Clarke, Maggie Grace.

Direção: Bill Condon

Gênero: Romance/Aventura

Duração: 135 min.

Distribuidora: Paris Filmes

Orçamento: US$ 127 milhões

Estreia: 18 de Novembro de 2011

Sinopse: Nos aguardados capítulos finais de ‘A Saga Crepúsculo‘, a felicidade dos recém-casados Bella Swan (Kristen Stewart) e Edward Cullen (Robert Pattinson) é interrompida quando uma série de traições e desgraças ameaça destruir o mundo deles. Após seu casamento, Bella e Edward viajam ao Rio de Janeiro para sua lua de mel, onde finalmente cedem à sua paixão. Bella logo descobre estar grávida e durante o quase fatal parto de seu filho, Edward finalmente acata ao desejo de Bella e a torna imortal. Mas a chegada de sua notável filha, Renesmee, movimenta uma cadeia de eventos que coloca os Cullen e seus aliados contra os Volturi, o temível conselho de líderes vampiros, preparando o palco para uma batalha de tudo ou nada. 

 

Curiosidades:

» Foi o filme mais visto no Brasil em 2011, com 7 milhões de espectadores. Sendo assim, o longa se posiciona entre os 10 filmes mais vistos da história do cinema no Brasil. O recorde ainda é de ‘Titanic‘, com 16 milhões de espectadores.

» ‘Amanhecer‘ foi o maior lançamento em quantidade de salas já realizado no Brasil, com 1.200 cinemas em todo o país além de contar com as tradicionais sessões para fãs a partir da madrugada do dia 17 para o dia 18 de novembro.

 

» As filmagens aconteceram entre 1º de novembro de 2010 e 15 de março de 2011. Algumas cenas adicionais tiveram que ser rodadas em 2012.

» A pré-venda de ingressos de ‘A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte 1‘ vendeu mais de 370 mil ingressos em todo o país, o equivalente a 5 estádios do Morumbi completamente lotados. A pré-venda de ingressos de ‘A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte 2‘ teve ainda mais sucesso: 400 mil ingressos.

» Nos EUA, a pré-venda de ‘Amanhecer – Parte 2‘ foi 87% maior que a de ‘Amanhecer – Parte 1‘. Enquanto o primeiro filme vendeu US$ 626 mil, o segundo conseguiu US$ 1,1 milhão.

» ‘Amanhecer‘ foi o maior lançamento em quantidade de salas já realizado no Brasil, com 1.200 cinemas em todo o país além de contar com as tradicionais sessões para fãs a partir da madrugada do dia 17 para o dia 18 de novembro.

» A première da Parte 1, que aconteceria no Rio de Janeiro, foi cancelada.

» Kristen Stewart e Robert Pattinson vieram ao Brasil filmar cenas do longa. Apesar do barulho dos fãs e o tumulto das filmagens, o Rio foi o cenário para apenas cinco minutos da trama de ‘A Saga Crepúsculo: Amanhecer‘. O acordo com a RioFilme fez a empresa pagar cerca de R$ 850 mil para a produção do projeto.

» Stewart e Pattinson terminaram o namoro em agosto de 2012, quando fotos da atriz beijando o diretor Rupert Sanders durante as filmagens de ‘Branca de Neve e o Caçador‘ vazaram na internet. Meses depois, antes do lançamento de ‘A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte 2‘, Stewart pediu desculpas publicamente e o casal reatou o namoro.

» Bill Condon, que tem no currículo filmes de prestígio como ‘Kinsey – Vamos Falar de Sexo‘ e ‘Dreamgirls – Em Busca de Um Sonho‘, dirige.

» Sofia Coppola (‘Encontros e Desencontros’), Gus Van Sant (‘Milk – A Voz da Igualdade’), Stephen Daldry (‘As Horas’), M. Night Shyamalan (‘O Sexto Sentido’) e o brasileiro Fernando Meirelles (‘Cidade de Deus’) foram cotados para a direção.

» Catherine Hardwicke (‘Aos Treze’) dirigiu ‘Crepúsculo‘, Chris Weitz (‘A Bússola de Ouro) comandou ‘Lua Nova‘ e David Slade (’30 Dias de Noite’) tomou conta de ‘Eclipse‘.

» O ator Robert Pattison atua e canta em A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte 2, filme que encerra a saga. Ele canta e toca piano na música, traduzida como ‘Canção de Ninar da Renesmee‘. Duas músicas de Pattinson já foram utilizadas na trilha sonora de ‘Crepúsculo‘: “Never Think” e “Let Me Sign“.

» ‘Amanhecer‘, o quarto livro da franquia, foi dividido em dois filmes. O último livro é o mais complexo e comprido, e seria dificil ser adaptado em apenas um filme.


Trailer:


Cartazes:


Fotos: