domingo , 22 dezembro , 2024

Michael Myers: O legado da série Halloween

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Há algo de especial nos filmes da série Halloween, afinal, em toda coletânea ou especial sobre os assassinos em série mais interessantes do cinema, Michael Myers pode até não encabeçar a lista, mas geralmente está presente.

Com mais apuro estético e trilha sonora bem conduzida pela direção divinamente orquestrada por John Carpenter, Halloween, lançado em 1978, é considerado um clássico do terror, ganhou continuações interessantes, como Halloween 2, Halloween 4, o espetacular reencontro de 20 anos, intitulado Halloween H20: Vinte anos depois, além do excelente reboot de Rob Zombie. Porém, as coisas nem sempre foram boas para a série, e o vilão hostil, sangrento e às vezes, excessivamente violento, amargou continuações vergonhosas: Halloween 3 e o seu enredo que em nada relaciona-se com a história da série, Halloween 5: A Vingança de Michael Myers e o seu péssimo trabalho de iluminação, Halloween 6: A Última Vingança e o seu roteiro perdido, com direito a tentar contar a história do vilão de maneira absurda, além do constrangedor Halloween: Ressurreição, oitavo e último capítulo da saga “original”, que investe nas “novas tecnologias” e naufraga nas intenções.



Neste especial, pretendo esboçar algumas linhas breves sobre a série, homenageando-a no seu dia: 31 de outubro. Entre travessuras e gostosuras, como pede o bordão traduzido para a nossa cultura, podemos perceber que a série possui um importante legado para a história dos filmes de terror, mesmo com os momentos mais insatisfatórios. Halloween marcou uma geração, trouxe a atriz Jamie Lee Curtis para o estrelato e instigou a criação de outras franquias de sucesso, como Sexta-Feira 13 e A Hora do Pesadelo.

Este especial segue o nosso padrão clássico. Panorama dos filmes, breve análise de cada um, com os pontos positivos e negativos da série, bem como perfil do vilão. Você, após a leitura, pode deixar o seu comentário, afinal, seria interessante estabelecer um debate entre os fãs da série, inclusive para saber o que cada um acha dos rumos que a série ganhou em seus últimos episódios. Sendo assim, caro leitor, você está convidado para adentrar neste universo de gritos, sustos e altas dosagens de suspense.

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Michael Myers: perfil de um psicopata

Michael Myers matou a irmã quando pequeno e foi internado em um sanatório. Anos depois, foge do reduto hospitalar e decide perseguir a irmã, interpretada por Jamie Lee Curtis, uma babá que cuida de duas crianças na noite de Halloween. Assim como o seu sucessor da matança, Jason, não fala, emite apenas alguns sons, usa uma máscara assustadora e permanece imbatível diante dos ataques das vítimas. Não corre, caminha lentamente, estratégia que torna a narrativa ainda mais angustiante, e, concomitantemente, interessante e eficaz.

 

Halloween – A Noite do Terror (1978) 

n8

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Menos, às vezes, é mais. A sabedoria popular responde bem ao teor deste filme. Bem dirigido, com menos sangue e vísceras e a aposta alta nos ditames da violência psicológica, Halloween é referência para o gênero e assusta sem precisar investir em ganchos sonoros clichês. Como dito anteriormente, é um dos pioneiros do estilo assassino perseguidor de vítimas inocentes, marco para o gênero e para a indústria dos filmes de terror.

Sinopse oficial: Michael Myers (Tony Moran) é um psicopata que vive em uma instituição há 15 anos, desde quando matou sua própria irmã. Porém, ele consegue fugir de seu cativeiro e retorna à sua cidade natal para continuar seus crimes na localidade que, aterrorizada, ainda se lembra dele.

 

Halloween 2 – O Pesadelo Continua (1981)

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Continuação bem conduzida. O enredo se passa na noite posterior aos assassinatos do primeiro filme e a ação termina dentro de um hospital. Michael Myers é dado como morto, após uma explosão no local, mas as continuações posteriores chegaram para afirmar o contrário. Jamie Lee Curtis retorna, para assumir o papel novamente apenas no episódio de comemoração, lançado em 1998.

Sinopse oficial: Haddonfield, Illinois, 31 de outubro de 1978, noite de Halloween. Michael Myers (Tony Moran) assassina três estudantes e tenta matar Laurie Strode (Jamie Lee Curtis), o que apenas não consegue porque o psiquiatra dela, Samuel Loomis (Donald Pleasence), atirou seis vezes em Myers, que escapou apesar de ter sido baleado. Laurie foi levada para a Haddonfield Memorial, o hospital da localidade, para tratar dos ferimentos e se recuperar do choque, mas começa a questionar por qual razão Michael a perseguiu. Enquanto isso, Loomis e a polícia procuram Michael pela cidade. Ele continua fazendo outras vítimas, mas seu objetivo é ir até o hospital e assassinar Laurie. Há uma razão para esta obsessão doentia, um motivo que nem Loomis sabe ainda

 

Halloween 3 – A Noite das Bruxas (1982) 

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halloween_especial_3

Sem comentários. Constrangimento sem fim.

Sinopse oficial: um médico investiga as mortes violentas de pacientes em seu hospital e descobre o responsável pelas atrocidades: um maníaco, criador de máscaras de bruxas, decidido a espalhar o terror pelo país.

 

Halloween 4 – O Retorno de Michael Myers (1988)

n6

halloween_especial_4

Um dos clássicos do Cine Trash, programa apresentado por Zé do Caixão, exibido nas tardes de 1997 na Rede Bandeirantes. Michael Myers retorna mais ágil e violento, com uma pilha maior de cadáveres acumulados. É bem possível que a série tenha se apoiado no sucesso da saga Sexta-Feira 13 e buscado o mesmo estilo de matança, bem como o modus operandi final: mocinhas e vilão em conflito, com muitos maneirismos, quedas, gritos e perseguições. Um filme interessante, talvez a melhor continuação depois do excepcional Halloween H20.

Sinopse oficial: o perverso Michael Myers (Don Shanks) está de volta a Salt Lake City para matar sua sobrinha. Mas o Dr. Loomis (Donald Pleasence) prepara uma armadilha para liquidá-lo de uma vez por todas.

 

Halloween 5 – A Vingança de Michael Myers (1989) 

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Lembro que a primeira vez que vi esta produção foi nos idos de 1996, em uma das exibições de filmes da Rede Bandeirantes. Era uma época difícil, com apenas o VHS para locação, muitas vezes, não disponível em qualquer locadora de filmes. O ritmo não incomoda, mas os aspectos técnicos prejudicaram bastante o enredo que em si já abusa da boa vontade do espectador: além dos cortes excessivos nas cenas de ação e perseguição, a iluminação do filme é a pior possível. Quando tive a oportunidade de rever o filme mais recentemente, pude observar que não se tratava de um problema da exibição televisiva: o filme realmente possui um trabalho de iluminação ineficaz e a direção de fotografia comprometedora, pois algumas cenas são quase impossíveis de acompanhar, tamanha a escuridão.

Sinopse oficial: O homicida Michael Myers (George P. Wilbur) retorna mais uma vez do além, para tentar acabar com o resto da família que persegue. Mas seu principal inimigo, Dr. Loomis (Donald Pleasence), está atento aos seus movimentos e pronto para defender a família contra aquele que considera ser a personificação do Mal.

 

Halloween 6 – A Última Vingança (1996) 

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Piloto automático. Esta é a única justificativa para a produção desta quinta sequência da série. Há uma proposta que envolve Michael Myers e uma seita satânica, as mortes são requentadas dos filmes anteriores, a clássica cena de perseguição final impera, com apenas um recurso eficaz: a trilha sonora que marcou o primeiro filme. Há uma lenda dentro da indústria cinematográfica de terror que reza a seguinte prece: a versão que chegou aos cinemas e em VHS não foi a produzida pelo diretor, no clássico embate entre diretores e produtores. No final, quem perdeu nisto tudo foram os fãs. O filme é ruim demais.

Sinopse oficial: O homicida Michael Myers (George P. Wilbur) retorna mais uma vez do além, para tentar acabar com o resto da família que persegue. Mas seu principal inimigo, Dr. Loomis (Donald Pleasence), está atento aos seus movimentos e pronto para defender a família contra aquele que considera ser a personificação do Mal.

 

Halloween H20 – Vinte Anos Depois (1998) 

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Acredito que este possa também se chamar Encontro Explosivo: assim como ocorreu em 2011 em Pânico 4, com Sidney Prescott mais ativa e evoluída como personagem, em Halloween H20, Jamie Lee Curtis decide fugir do papel da vítima assustada e enfrenta o irmão face a face. Dirigido por Steve Miner, responsável pelo capítulo dois da saga Sexta-Feira 13, de 1982, H20 é o melhor episódio da série depois do primeiro filme, com excelente trabalho de som e cuidadosa direção de arte, além do figurino: para representar a depressão diante da sua vida sofrida, a personagem de Jamie Lee Curtis veste-se de cores opacas o filme inteiro, sem espaço para afetações. A participação de Janet Leigh, sua mãe na vida real, rainha do grito da geração anterior, como secretária da escola é a cereja do bolo deste filme tenso, dinâmico e bem executado.

Sinopse oficial: Laurie Strode (Jamie Lee Curtis) simulou sua morte para poder escapar da fúria do irmão, um louco homicida. Apesar de agora se chamar Keri Tate e trabalhar como diretora de uma escola, ela vive constantemente o medo de que seu psicótico irmão descubra seu paradeiro. Até que, passados 20 anos desde que tudo começou, ela reencontra Michael Myers, seu irmão psicopata, quando este está perseguindo seu filho. De imediato, ela foge apavorada, principalmente quando vê seu namorado sendo morto, mas, repentinamente, decide enfrentá-lo e uma coisa fica clara: só um irá sobreviver.

 

Halloween: Ressurreição (2004) 

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Talvez o maior equívoco da série: constrangedor, o filme investe numa narrativa até interessante, mas a obviedade do roteiro e os personagens ruins conseguiram destruir o episódio final de uma saga. Primeiro, Jamie Lee Curtis decidiu participar do filme, e, como não esperávamos, morre na cena inicial, depois de tanto tempo lutando contra o irmão psicopata, numa das cenas mais estéreis da série. Segundo, seria interessante ver o personagem dialogar com as novas tecnologias, inserido num reality show, matando ao vivo e reanimando a série, porém, a direção é frágil, o roteiro idem, e o final, absurdo, foi uma pá a mais de terra para enterrar a série de uma só vez.

Sinopse oficial: um grupo de estudantes universitários é contratado por uma empresa para passar uma noite na casa em que Michael Myers (Brad Loree) passou a infância, com transmissão ao vivo pela internet, de forma a divulgar o lançamento do site Dangertainment.com. Porém, ao chegar no local eles começam a perceber que terão que enfrentar uma verdadeira batalha para sair da casa com vida, já que Michael Myers está de volta e disposto a acabar com os intrusos.

 

Algumas palavras de despedida

Alguns mais apressados podem me acusar de descuidado ao fazer um especial da série e não tocar nos reboots realizados por Rob Zombie. Peço, em nome do Cine Pop, que aguardem. Em breve faremos um especial sobre reboots e remakes. Sucesso de crítica, o primeiro filme dirigido por Zombie foi recepcionado com tranquilidade pela crítica e pelos fãs, ao contrário de Halloween 2, produção exagerada e equivocada, violenta demais e atrasada: chegou nos cinemas brasileiros com muitos cortes e com dois anos de atraso, amargando uma bilheteria inexpressiva e o fracasso crítico e receptivo por parte dos fãs do terror. Apenas para situar, a presença da mãe e do seu cavalo branco, apesar da carga simbólica, é anulada em vista à violência expressada nesta produção. Há rumores de um terceiro filme desde 2009. Vamos aguardar, por enquanto, busque rever os filmes da saga apontados em nosso especial, para depois comentar.

 

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Michael Myers: O legado da série Halloween

Há algo de especial nos filmes da série Halloween, afinal, em toda coletânea ou especial sobre os assassinos em série mais interessantes do cinema, Michael Myers pode até não encabeçar a lista, mas geralmente está presente.

Com mais apuro estético e trilha sonora bem conduzida pela direção divinamente orquestrada por John Carpenter, Halloween, lançado em 1978, é considerado um clássico do terror, ganhou continuações interessantes, como Halloween 2, Halloween 4, o espetacular reencontro de 20 anos, intitulado Halloween H20: Vinte anos depois, além do excelente reboot de Rob Zombie. Porém, as coisas nem sempre foram boas para a série, e o vilão hostil, sangrento e às vezes, excessivamente violento, amargou continuações vergonhosas: Halloween 3 e o seu enredo que em nada relaciona-se com a história da série, Halloween 5: A Vingança de Michael Myers e o seu péssimo trabalho de iluminação, Halloween 6: A Última Vingança e o seu roteiro perdido, com direito a tentar contar a história do vilão de maneira absurda, além do constrangedor Halloween: Ressurreição, oitavo e último capítulo da saga “original”, que investe nas “novas tecnologias” e naufraga nas intenções.

Neste especial, pretendo esboçar algumas linhas breves sobre a série, homenageando-a no seu dia: 31 de outubro. Entre travessuras e gostosuras, como pede o bordão traduzido para a nossa cultura, podemos perceber que a série possui um importante legado para a história dos filmes de terror, mesmo com os momentos mais insatisfatórios. Halloween marcou uma geração, trouxe a atriz Jamie Lee Curtis para o estrelato e instigou a criação de outras franquias de sucesso, como Sexta-Feira 13 e A Hora do Pesadelo.

Este especial segue o nosso padrão clássico. Panorama dos filmes, breve análise de cada um, com os pontos positivos e negativos da série, bem como perfil do vilão. Você, após a leitura, pode deixar o seu comentário, afinal, seria interessante estabelecer um debate entre os fãs da série, inclusive para saber o que cada um acha dos rumos que a série ganhou em seus últimos episódios. Sendo assim, caro leitor, você está convidado para adentrar neste universo de gritos, sustos e altas dosagens de suspense.

Michael Myers: perfil de um psicopata

Michael Myers matou a irmã quando pequeno e foi internado em um sanatório. Anos depois, foge do reduto hospitalar e decide perseguir a irmã, interpretada por Jamie Lee Curtis, uma babá que cuida de duas crianças na noite de Halloween. Assim como o seu sucessor da matança, Jason, não fala, emite apenas alguns sons, usa uma máscara assustadora e permanece imbatível diante dos ataques das vítimas. Não corre, caminha lentamente, estratégia que torna a narrativa ainda mais angustiante, e, concomitantemente, interessante e eficaz.

 

Halloween – A Noite do Terror (1978) 

n8

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Menos, às vezes, é mais. A sabedoria popular responde bem ao teor deste filme. Bem dirigido, com menos sangue e vísceras e a aposta alta nos ditames da violência psicológica, Halloween é referência para o gênero e assusta sem precisar investir em ganchos sonoros clichês. Como dito anteriormente, é um dos pioneiros do estilo assassino perseguidor de vítimas inocentes, marco para o gênero e para a indústria dos filmes de terror.

Sinopse oficial: Michael Myers (Tony Moran) é um psicopata que vive em uma instituição há 15 anos, desde quando matou sua própria irmã. Porém, ele consegue fugir de seu cativeiro e retorna à sua cidade natal para continuar seus crimes na localidade que, aterrorizada, ainda se lembra dele.

 

Halloween 2 – O Pesadelo Continua (1981)

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Continuação bem conduzida. O enredo se passa na noite posterior aos assassinatos do primeiro filme e a ação termina dentro de um hospital. Michael Myers é dado como morto, após uma explosão no local, mas as continuações posteriores chegaram para afirmar o contrário. Jamie Lee Curtis retorna, para assumir o papel novamente apenas no episódio de comemoração, lançado em 1998.

Sinopse oficial: Haddonfield, Illinois, 31 de outubro de 1978, noite de Halloween. Michael Myers (Tony Moran) assassina três estudantes e tenta matar Laurie Strode (Jamie Lee Curtis), o que apenas não consegue porque o psiquiatra dela, Samuel Loomis (Donald Pleasence), atirou seis vezes em Myers, que escapou apesar de ter sido baleado. Laurie foi levada para a Haddonfield Memorial, o hospital da localidade, para tratar dos ferimentos e se recuperar do choque, mas começa a questionar por qual razão Michael a perseguiu. Enquanto isso, Loomis e a polícia procuram Michael pela cidade. Ele continua fazendo outras vítimas, mas seu objetivo é ir até o hospital e assassinar Laurie. Há uma razão para esta obsessão doentia, um motivo que nem Loomis sabe ainda

 

Halloween 3 – A Noite das Bruxas (1982) 

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Sem comentários. Constrangimento sem fim.

Sinopse oficial: um médico investiga as mortes violentas de pacientes em seu hospital e descobre o responsável pelas atrocidades: um maníaco, criador de máscaras de bruxas, decidido a espalhar o terror pelo país.

 

Halloween 4 – O Retorno de Michael Myers (1988)

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Um dos clássicos do Cine Trash, programa apresentado por Zé do Caixão, exibido nas tardes de 1997 na Rede Bandeirantes. Michael Myers retorna mais ágil e violento, com uma pilha maior de cadáveres acumulados. É bem possível que a série tenha se apoiado no sucesso da saga Sexta-Feira 13 e buscado o mesmo estilo de matança, bem como o modus operandi final: mocinhas e vilão em conflito, com muitos maneirismos, quedas, gritos e perseguições. Um filme interessante, talvez a melhor continuação depois do excepcional Halloween H20.

Sinopse oficial: o perverso Michael Myers (Don Shanks) está de volta a Salt Lake City para matar sua sobrinha. Mas o Dr. Loomis (Donald Pleasence) prepara uma armadilha para liquidá-lo de uma vez por todas.

 

Halloween 5 – A Vingança de Michael Myers (1989) 

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Lembro que a primeira vez que vi esta produção foi nos idos de 1996, em uma das exibições de filmes da Rede Bandeirantes. Era uma época difícil, com apenas o VHS para locação, muitas vezes, não disponível em qualquer locadora de filmes. O ritmo não incomoda, mas os aspectos técnicos prejudicaram bastante o enredo que em si já abusa da boa vontade do espectador: além dos cortes excessivos nas cenas de ação e perseguição, a iluminação do filme é a pior possível. Quando tive a oportunidade de rever o filme mais recentemente, pude observar que não se tratava de um problema da exibição televisiva: o filme realmente possui um trabalho de iluminação ineficaz e a direção de fotografia comprometedora, pois algumas cenas são quase impossíveis de acompanhar, tamanha a escuridão.

Sinopse oficial: O homicida Michael Myers (George P. Wilbur) retorna mais uma vez do além, para tentar acabar com o resto da família que persegue. Mas seu principal inimigo, Dr. Loomis (Donald Pleasence), está atento aos seus movimentos e pronto para defender a família contra aquele que considera ser a personificação do Mal.

 

Halloween 6 – A Última Vingança (1996) 

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Piloto automático. Esta é a única justificativa para a produção desta quinta sequência da série. Há uma proposta que envolve Michael Myers e uma seita satânica, as mortes são requentadas dos filmes anteriores, a clássica cena de perseguição final impera, com apenas um recurso eficaz: a trilha sonora que marcou o primeiro filme. Há uma lenda dentro da indústria cinematográfica de terror que reza a seguinte prece: a versão que chegou aos cinemas e em VHS não foi a produzida pelo diretor, no clássico embate entre diretores e produtores. No final, quem perdeu nisto tudo foram os fãs. O filme é ruim demais.

Sinopse oficial: O homicida Michael Myers (George P. Wilbur) retorna mais uma vez do além, para tentar acabar com o resto da família que persegue. Mas seu principal inimigo, Dr. Loomis (Donald Pleasence), está atento aos seus movimentos e pronto para defender a família contra aquele que considera ser a personificação do Mal.

 

Halloween H20 – Vinte Anos Depois (1998) 

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Acredito que este possa também se chamar Encontro Explosivo: assim como ocorreu em 2011 em Pânico 4, com Sidney Prescott mais ativa e evoluída como personagem, em Halloween H20, Jamie Lee Curtis decide fugir do papel da vítima assustada e enfrenta o irmão face a face. Dirigido por Steve Miner, responsável pelo capítulo dois da saga Sexta-Feira 13, de 1982, H20 é o melhor episódio da série depois do primeiro filme, com excelente trabalho de som e cuidadosa direção de arte, além do figurino: para representar a depressão diante da sua vida sofrida, a personagem de Jamie Lee Curtis veste-se de cores opacas o filme inteiro, sem espaço para afetações. A participação de Janet Leigh, sua mãe na vida real, rainha do grito da geração anterior, como secretária da escola é a cereja do bolo deste filme tenso, dinâmico e bem executado.

Sinopse oficial: Laurie Strode (Jamie Lee Curtis) simulou sua morte para poder escapar da fúria do irmão, um louco homicida. Apesar de agora se chamar Keri Tate e trabalhar como diretora de uma escola, ela vive constantemente o medo de que seu psicótico irmão descubra seu paradeiro. Até que, passados 20 anos desde que tudo começou, ela reencontra Michael Myers, seu irmão psicopata, quando este está perseguindo seu filho. De imediato, ela foge apavorada, principalmente quando vê seu namorado sendo morto, mas, repentinamente, decide enfrentá-lo e uma coisa fica clara: só um irá sobreviver.

 

Halloween: Ressurreição (2004) 

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Talvez o maior equívoco da série: constrangedor, o filme investe numa narrativa até interessante, mas a obviedade do roteiro e os personagens ruins conseguiram destruir o episódio final de uma saga. Primeiro, Jamie Lee Curtis decidiu participar do filme, e, como não esperávamos, morre na cena inicial, depois de tanto tempo lutando contra o irmão psicopata, numa das cenas mais estéreis da série. Segundo, seria interessante ver o personagem dialogar com as novas tecnologias, inserido num reality show, matando ao vivo e reanimando a série, porém, a direção é frágil, o roteiro idem, e o final, absurdo, foi uma pá a mais de terra para enterrar a série de uma só vez.

Sinopse oficial: um grupo de estudantes universitários é contratado por uma empresa para passar uma noite na casa em que Michael Myers (Brad Loree) passou a infância, com transmissão ao vivo pela internet, de forma a divulgar o lançamento do site Dangertainment.com. Porém, ao chegar no local eles começam a perceber que terão que enfrentar uma verdadeira batalha para sair da casa com vida, já que Michael Myers está de volta e disposto a acabar com os intrusos.

 

Algumas palavras de despedida

Alguns mais apressados podem me acusar de descuidado ao fazer um especial da série e não tocar nos reboots realizados por Rob Zombie. Peço, em nome do Cine Pop, que aguardem. Em breve faremos um especial sobre reboots e remakes. Sucesso de crítica, o primeiro filme dirigido por Zombie foi recepcionado com tranquilidade pela crítica e pelos fãs, ao contrário de Halloween 2, produção exagerada e equivocada, violenta demais e atrasada: chegou nos cinemas brasileiros com muitos cortes e com dois anos de atraso, amargando uma bilheteria inexpressiva e o fracasso crítico e receptivo por parte dos fãs do terror. Apenas para situar, a presença da mãe e do seu cavalo branco, apesar da carga simbólica, é anulada em vista à violência expressada nesta produção. Há rumores de um terceiro filme desde 2009. Vamos aguardar, por enquanto, busque rever os filmes da saga apontados em nosso especial, para depois comentar.

 

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