domingo , 22 dezembro , 2024

Percy Jackson e os Olimpianos | Conheça a história de Medusa, a Górgona que aparece no 3º episódio da série

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O terceiro episódio de Percy Jackson e os Olimpianos’, adaptação em live-action da saga literária homônima de Rick Riordan, apresentou uma das personagens mais icônicas do panteão grego que inspirou o autor: a temível Medusa.

No capítulo em questão, Medusa, disfarçada sob o pseudônimo de Tia Em e interpretada por Jessica Parker Kennedy, vive no mundo terreno e é dona de um empório localizado no meio de uma floresta. Solitária por causa da maldição que foi forçada a carregar – ou seja, transformar qualquer um que a olhe em uma estátua de pedra -, ela recepciona Percy (Walker Scobell), Annabeth (Leah Sava Jeffries) e Grover (Aryan Simhadri), que estão fugindo das garras da poderosa fúria conhecida como Alecto (Megan Mullally). Medusa tenta enganá-los e desviá-los da missão de recuperar o Raio de Zeus, que foi roubado do Olimpo, mas ela eventualmente encontrou sua ruína pelas mãos do protagonista titular.



Ao longo do capítulo, Medusa aproveita para contar sua história e explicar o motivo de Annabeth enxergá-la apenas como um monstro terrível. Ela revela que a mãe da jovem guerreira, a deusa Atena, a castigou com uma punição terrível por inveja e por vingança cega.

Mas será que foi isso mesmo o que aconteceu?

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Medusa faz parte de um trio de criaturas mitológicas conhecida como Górgonas, dividindo o título ao lado de Esteno e Euríale. Entretanto, diferente das irmãs, Medusa era mortal antes ser transformada em Górgona – mas não há uma descrição exata e uniforme de como a personagem veio a se consagrar como a conhecemos hoje. Na Teogonia de Hesíodo, por exemplo, não há quaisquer menções à física das Górgonas, enquanto Homero, na Ilíada, já começa a descrevê-las com uma obscuridade arrepiante; porém, não seria até Pseudo-Apolodoro que as Górgonas seriam descritas com “cabeças com serpentes escamosas enroladas em seu torno, e grandes presas como as de porcos, e mãos de bronze, e asas de ouro que lhes davam o poder de voar; e elas transformavam em pedra todos os que as viam”.

Ovídio, na Metamorfose, indicaria que Medusa era a única das irmãs a ter serpentes no lugar dos cabelos, além de explorar suas “origens”: a princípio, a personagem era uma mulher de beleza invejada por todos, tendo, inclusive, chamado a atenção de Poseidon (Netuno, em seu correspondente romano), o deus dos oceanos. Poseidon, por sua vez, desceu do Olimpo e a estuprou em um santuário construído para Atena (Minerva) – a qual, enxergando aquilo como um ato de desrespeito, transformou os longos cabelos da jovem em serpentes e condenou-a com o fardo de nenhum outro ser vivo ser capaz de enxergá-la como ela realmente é e viver para contar a história (motivo pelo qual ela consegue transformar qualquer um que a fite diretamente nos olhos em pedra).

Medusa também tem uma profunda história com Perseu, filho de Zeus com Dânae. Ainda segundo Pseudo-Apolodoro, quando o pai de Perseu, Acrísio, descobriu que Dânae havia concebido um filho do rei dos deuses gregos, ele os trancou em um baú, lançando-os ao mar até que eles chegassem à ilha de Sérifos, e fossem recebidos pelo rei Polidectes – que se apaixonou por Dânae, mas que enfrentou uma sólida resistência por parte de Perseu, que protegia a mãe com todas as forças. Para tanto, Polidectes arquitetou um plano para enganar o jovem, convidando o povo local para um banquete em comemoração ao casamento de Hipodâmia, uma domesticadora de cavalos, exigindo que todos levassem cavalos como oferenda; considerando que Perseu não tinha muitos recursos, ele não conseguiu levar os presentes – e, assim, Polidectes o pediu para trazer a cabeça de Medusa, a única Górgona mortal, com esperanças de que ele não voltasse da missão.

Guiado por Hermes e Atena em sua viagem, Perseu recebeu artefatos que o auxiliariam a derrotar Medusa, incluindo sandálias aladas, uma sacola conhecida como kibisis para guardar a cabeça da Górgona sem, acidentalmente, ser transformado em pedra, a capa de invisibilidade de Hades e uma foice de adamantino. Para enfrentá-la, Atena guiou a mão de Perseu até um escudo de bronze, utilizando o reflexo do objeto para conseguir decepar sua cabeça e retornar a Sérifos com o prêmio prometido.

Na série, a ajuda de Atena vem através do boné que é dado a Annabeth, que o usa para deixá-la invisível para que Percy possa decepar sua cabeça. E, diferente da história original, o jovem semideus a coloca em uma caixa de correio, enviando-a para o Olimpo como um ato de “rebeldia e impertinência” que, provavelmente, terá repercussões nos episódios seguintes.

Lembrando que o próximo capítulo da série será exibido em 02 de janeiro.

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Thiago Nollahttps://www.editoraviseu.com.br/a-pedra-negra-prod.html
Em contato com as artes em geral desde muito cedo, Thiago Nolla é jornalista, escritor e drag queen nas horas vagas. Trabalha com cultura pop desde 2015 e é uma enciclopédia ambulante sobre divas pop (principalmente sobre suas musas, Lady Gaga e Beyoncé). Ele também é apaixonado por vinho, literatura e jogar conversa fora.

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No capítulo em questão, Medusa, disfarçada sob o pseudônimo de Tia Em e interpretada por Jessica Parker Kennedy, vive no mundo terreno e é dona de um empório localizado no meio de uma floresta. Solitária por causa da maldição que foi forçada a carregar – ou seja, transformar qualquer um que a olhe em uma estátua de pedra -, ela recepciona Percy (Walker Scobell), Annabeth (Leah Sava Jeffries) e Grover (Aryan Simhadri), que estão fugindo das garras da poderosa fúria conhecida como Alecto (Megan Mullally). Medusa tenta enganá-los e desviá-los da missão de recuperar o Raio de Zeus, que foi roubado do Olimpo, mas ela eventualmente encontrou sua ruína pelas mãos do protagonista titular.

Ao longo do capítulo, Medusa aproveita para contar sua história e explicar o motivo de Annabeth enxergá-la apenas como um monstro terrível. Ela revela que a mãe da jovem guerreira, a deusa Atena, a castigou com uma punição terrível por inveja e por vingança cega.

Mas será que foi isso mesmo o que aconteceu?

Medusa faz parte de um trio de criaturas mitológicas conhecida como Górgonas, dividindo o título ao lado de Esteno e Euríale. Entretanto, diferente das irmãs, Medusa era mortal antes ser transformada em Górgona – mas não há uma descrição exata e uniforme de como a personagem veio a se consagrar como a conhecemos hoje. Na Teogonia de Hesíodo, por exemplo, não há quaisquer menções à física das Górgonas, enquanto Homero, na Ilíada, já começa a descrevê-las com uma obscuridade arrepiante; porém, não seria até Pseudo-Apolodoro que as Górgonas seriam descritas com “cabeças com serpentes escamosas enroladas em seu torno, e grandes presas como as de porcos, e mãos de bronze, e asas de ouro que lhes davam o poder de voar; e elas transformavam em pedra todos os que as viam”.

Ovídio, na Metamorfose, indicaria que Medusa era a única das irmãs a ter serpentes no lugar dos cabelos, além de explorar suas “origens”: a princípio, a personagem era uma mulher de beleza invejada por todos, tendo, inclusive, chamado a atenção de Poseidon (Netuno, em seu correspondente romano), o deus dos oceanos. Poseidon, por sua vez, desceu do Olimpo e a estuprou em um santuário construído para Atena (Minerva) – a qual, enxergando aquilo como um ato de desrespeito, transformou os longos cabelos da jovem em serpentes e condenou-a com o fardo de nenhum outro ser vivo ser capaz de enxergá-la como ela realmente é e viver para contar a história (motivo pelo qual ela consegue transformar qualquer um que a fite diretamente nos olhos em pedra).

Medusa também tem uma profunda história com Perseu, filho de Zeus com Dânae. Ainda segundo Pseudo-Apolodoro, quando o pai de Perseu, Acrísio, descobriu que Dânae havia concebido um filho do rei dos deuses gregos, ele os trancou em um baú, lançando-os ao mar até que eles chegassem à ilha de Sérifos, e fossem recebidos pelo rei Polidectes – que se apaixonou por Dânae, mas que enfrentou uma sólida resistência por parte de Perseu, que protegia a mãe com todas as forças. Para tanto, Polidectes arquitetou um plano para enganar o jovem, convidando o povo local para um banquete em comemoração ao casamento de Hipodâmia, uma domesticadora de cavalos, exigindo que todos levassem cavalos como oferenda; considerando que Perseu não tinha muitos recursos, ele não conseguiu levar os presentes – e, assim, Polidectes o pediu para trazer a cabeça de Medusa, a única Górgona mortal, com esperanças de que ele não voltasse da missão.

Guiado por Hermes e Atena em sua viagem, Perseu recebeu artefatos que o auxiliariam a derrotar Medusa, incluindo sandálias aladas, uma sacola conhecida como kibisis para guardar a cabeça da Górgona sem, acidentalmente, ser transformado em pedra, a capa de invisibilidade de Hades e uma foice de adamantino. Para enfrentá-la, Atena guiou a mão de Perseu até um escudo de bronze, utilizando o reflexo do objeto para conseguir decepar sua cabeça e retornar a Sérifos com o prêmio prometido.

Na série, a ajuda de Atena vem através do boné que é dado a Annabeth, que o usa para deixá-la invisível para que Percy possa decepar sua cabeça. E, diferente da história original, o jovem semideus a coloca em uma caixa de correio, enviando-a para o Olimpo como um ato de “rebeldia e impertinência” que, provavelmente, terá repercussões nos episódios seguintes.

Lembrando que o próximo capítulo da série será exibido em 02 de janeiro.

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