‘Peter Pan e Wendy’ é a mais nova adaptação do conto clássico escrito pelo autor J.M. Barrie ainda em 1904. O filme estreou diretamente na plataforma da Disney+ na última sexta-feira, dia 28 de abril. A nova produção tem roteiro e direção de David Lowery, que já havia levado às telonas outra adaptação em live-action de uma clássica animação da Disney, com ‘Meu Amigo, o Dragão’ em 2016. Fora isso, Lowery também possui no currículo produções cult e diferentes, como ‘Sombras da Vida’ (A Ghost Story, 2017) e ‘A Lenda do Cavaleiro Verde’ (2021).

A história do menino que não queria crescer e vivia numa Terra de fantasia e aventura está tão entranhada na cultura popular mundial, que se tornou sinônimo no consciente coletivo de todos para pessoas que continuam a se comportar como crianças depois de adultas, a chamada ‘síndrome de Peter Pan’. Como de costume em suas mais recentes versões com atores reais também, a Disney prometeu e mudou muito da obra clássica, a atualizando para os dias de hoje, em especial no que diz respeito à inclusão social de personagens e suas etnias. Nada que vá preocupar os que são desprovidos de qualquer preconceito ou racismo.

Pensando nisso, como forma de homenagear este que é um dos maiores lançamentos dos streamings para 2023, resolvemos relembrar com você as principais versões de Peter Pan para as telas. Confira abaixo.

Peter Pan e Wendy (2023)

A mais recente adaptação do conto clássico acabou de chegar à Disney+, se tornando assim também o primeiro grande filme com o personagem Peter Pan a não ser lançado nos cinemas. A proposta aqui foi por algumas atualizações na história e como podemos perceber pelo título, a principal delas foi um protagonismo maior à personagem Wendy Darling, incluída pela primeira vez em tom de igualdade com Peter Pan.

As Aventuras de Peter Pan (1953)

Essa foi a primeira grande adaptação do livro escrito por J.M. Barrie para as telonas. Na forma de uma superprodução animada da Disney, ‘Peter Pan’ fez enorme sucesso nos cinemas da época, ajudando o estúdio a construir um verdadeiro império, e ajudando a história a adentrar com força na mente e corações de todos. Afinal, essa foi a primeira vez que muitos conheceram o conto sobre Peter Pan, o Capitão Gancho e a fada Sininho.

Hook – A Volta do Capitão Gancho (1991)

Algumas obras clássicas caem em domínio público. Desta forma, essa história muito associada à Disney, conseguiu ter nova roupagem pelas mãos da Columbia Pictures (Sony). Quem investiu nesta reimaginação foi Steven Spielberg, um diretor que sempre foi muito definido como o exemplo da “síndrome de Peter Pan” devido a seus filmes. Sua proposta aqui era: o que aconteceria se Peter Pan de fato crescesse, formasse uma família, trabalhasse em um escritório e esquecesse de vez sobre a Terra do Nunca?

Peter Pan 2 – De Volta à Terra do Nunca (2002)

Muitos podem não saber, mas a Disney tratou de realizar continuações para todas (ou praticamente todas) suas maiores animações. Isso não é tão conhecido por todos porque tais sequências, em sua maioria, foram lançamentos direto no mercado de vídeo. Mas toda regra tem sua exceção, e ‘Peter Pan 2’ é ela neste caso. O estúdio resolveu retornar à Terra do Nunca 49 anos depois, com um grande lançamento nos cinemas, no qual Peter Pan conhece desta vez a filha de Wendy.

Peter Pan (2003)

No ano seguinte em que a Disney tirava do baú uma continuação para seu clássico absoluto ‘Peter Pan’, nada menos do que 49 anos depois, outro estúdio se aventurava a contar sobre o menino que não queria crescer, suas aventuras, seus colegas vindos de Londres e, é claro, perigosos piratas encabeçados pelo Capitão Gancho. Novamente a Columbia estava por trás do lançamento, em parceria com a Universal. Essa é a pedida para os que sempre quiseram uma versão em carne e osso da clássica história original, com bastante fidelidade ao material.

Em Busca da Terra do Nunca (2004)

Por três anos seguidos, parecia que Hollywood estava vivendo uma “febre” de Peter Pan. Isso porque depois da animação da Disney ‘Peter Pan 2’ em 2002, e a versão em live-action da Columbia em 2003, a Miramax tirava do papel uma adaptação diferente de Peter Pan, mais adulta e que terminou como queridinha do Oscar, nomeada para 7 prêmios, incluindo melhor filme e roteiro, e vencedora de trilha sonora. Na verdade, trata-se da biografia de J.M. Barrie, o autor responsável pela criação da clássica história, interpretado por Johnny Depp. O filme conta quais foram suas inspirações para sua obra mais famosa.

Pan (2015)

Aqui resolvemos usar o título original desta superprodução da Warner. Nos EUA, o filme ficou conhecido simplesmente por ‘Pan’, o “sobrenome” do personagem principal. Isso porque no Brasil, o longa receberia mais uma vez o cansado e pouco inspirado título “Peter Pan”. Dirigido por Joe Wright, de dramas épicos como ‘Orgulho & Preconceito’ (2005) e ‘Desejo e Reparação’ (2007), a proposta desta nova roupagem era uma história de origem para o menino que se recusa a crescer, mostrando como ele foi parar na Terra do Nunca, levado ainda bebê após um descuido de sua mãe.

Assim como em ‘Peter Pan e Wendy’ (2023), este filme mostra que o Capitão Gancho inicialmente era um amigo, papel de Garrett Hedlund, e o verdadeiro vilão desta vez é o pirata Barba Negra, de Hugh Jackman. Uma mudança que incomodou bastante o público na época foi o “embranquecimento” da personagem nativa-americana Tiger Lily, interpretada pela caucasianíssima Rooney Mara, uma manobra muito conhecida em Hollywood – que quase ninguém tinha noção ou reclamava.