Em junho, a Netflix confirmou que está negociando a implementação de um plano mais barato suportado por anúncios.
E, de acordo com a Variety (via ComicBook), a Netflix deve lançar o modelo no dia 1º de novembro deste ano, em vez do início de 2023, como foi anunciado anteriormente.
A data é referente aos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha e alguns outros países.
Se essa for mesmo a data de lançamento, será praticamente um mês antes do lançamento da versão com anúncios da Disney+, que será lançada nos EUA em dezembro deste ano.
No entanto, a Netflix se recusou a comentar a informação obtida pelo portal, com um representante dizendo:
“Ainda estamos nos primeiros dias de decisão sobre o lançamento do plano mais barato e suportado por anúncios. Por enquanto, nenhuma decisão foi tomada.”
Na semana passada, o Bloomberg divulgou que a plataforma de streaming está considerando o preço desta da assinatura entre US$ 7,00 e US$ 9,00 por mês nos EUA.
Caso seja confirmada, a mensalidade será equivalente a menos da metade do preço do plano padrão na região, que custa mais US$ 15,49 por mês.
Já o plano básico da Netflix, o mais barato, custa US$ 9,99, mas sem conteúdo em HD, enquanto o premium custa US$ 19,99.
Aqui no Brasil, os planos variam entre R$ 25,90 (básico) e R$ 55,90 (Premium).
Lembrando que a Netflix esclareceu que haverá apenas quatro minutos de propagandas para cada hora de exibição.
Embora o plano tenhas suas vantagens, O Globo divulgou que a plataforma está criando estratégias para impedir que usuários do novo modelo possam baixar conteúdos em celulares, notebooks e demais dispositivos móveis para assistirem off-line.
Caso seja confirmada a impossibilidade de downloads, a plataforma pode enfrentar uma nova baixa no número de assinantes, já que muitos usuários fazem uso do recurso.
O plano mais barato foi idealizado justamente para atrair novas assinaturas, mas impedir o acesos ao conteúdo off-line certamente vai causar problemas.
Além disso, o algoritmo também sugere que os assinantes vão poder pular os anúncios, como no YouTube, e não terão acesso a todo o conteúdo disponível no catálogo.
Pelo visto, a companhia está investindo pesado para distinguir o futuro novo serviço dos atuais disponíveis, e a ideia é lançar o modelo até o início de 2023.
Apesar de ter dominado o mercado do streaming na última década, a Netflix vem enfrentando alguns obstáculos, principalmente com o lançamento de serviços concorrentes, como a HBO Max e o Disney+, bem como o aumento exponencial do preço da assinatura e uma oferta não tão interessante quanto as outras plataformas.
Anteriormente, co-CEO Reed Hastings já havia adiantado que o plano com anúncios deve ser lançado nos próximos dois anos.
“É um plano rápido e ambicioso, e vai exigir que sacrifiquemos algumas coisas. Pense em nós como abertos para oferecer preços ainda menores com anúncios, como escolha do consumidor”, ele disse.
“Aqueles que já acompanham a Netflix sabem que sempre fui contra a complexidade dos anúncios e um grande fã da simplicidade de assinatura. Mas, apesar de seu ser grande fã disso, sou um fã ainda maior da escolha do consumidor. Permitir que os consumidores que gostariam de pagar mais barato e não se importam com anúncios consigam o que queiram faz bastante sentido. Então, é algo que estamos explorando agora, tentando descobrir até o próximo ano ou dois”.
Atualmente, o serviço conta com 221,64 milhões de membros. Através de uma reunião de resultados, a Netflix relatou que está ainda mais pessimista em relação ao segundo trimestre deste ano, esperando outra perda de 2 milhões de assinantes.
O curioso é que a expectativa inicial da empresa era ganhar 2,5 milhões de membros no começo de 2022, contudo a empresa informou que a guerra entre Rússia e Ucrânia, a força do dólar e o aumento de preço na assinatura foram os principais motivos desse resultado.
Já a plataforma da Warner Media, HBO Max, terminou o ano de 2021 com 73,8 milhões de usuários globais, um aumento em 13.1 milhões de usuários em relação ao mesmo período em 2020. O total de receita aumentou em 15.4% no trimestre e ficou na casa dos US$9.9 bilhões.
Enquanto o streaming da Walt Disney Company, o Disney+, fechou o ano de 2021 superando as previsões de crescimento para o serviço. A plataforma encerrou o último ano com um total de 129,8 milhões de assinantes pagantes em todo o mundo. Ou seja, essa é mesmo a guerra dos streamings!