segunda-feira , 23 dezembro , 2024

‘Presságios de um Crime’, do brasileiro Afonso Poyart, ganha trailer norte-americano

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Lançado no Brasil em Fevereiro desse ano, ‘Presságios de um Crime‘ (Solace, EUA, 2015)  só chega nos EUA no dia 16 de Dezembro.

E o filme ganhou seu trailer norte-americano.



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Quando ‘Presságios de um Crime‘ foi anunciado há anos atrás, a New Line vendeu o projeto como uma sequência de ‘Seven – Os Sete Crimes Capitais‘, um dos maiores sucessos da carreira do diretor David Fincher (‘A Rede Social’).

Solace‘ foi originalmente anunciado em 2008, com Mark Pellington (‘O Suspeito da Rua Arlington’) na direção, mas acabou sendo engavetado.

Oitos anos depois, a ideia de fazer uma sequência de ‘Seven‘ foi derrubada e o estúdio contratou o brasileiro Afonso Poyart (‘2 Coelhos’) para comandar a produção, trazendo a sua visão para o filme de longa gestação.

Em entrevista EXCLUSIVA ao CinePOP, Poyart explicou porque a ideia de realizar o filme como uma sequência foi derrubada.

“Os planos de lançar o filme como uma sequência [de Seven] foram descartados. Foi uma ideia inicial lá atrás por serem filmes do mesmo estúdio, da New Line, mas o David Fincher não quis saber do projeto. Ele foi o realizador de Seven, e o filme trazia uma visão muito forte dele. Não tinham como seguir em frente sem ele. O roteiro foi reescrito e essa ideia foi descartada”, revelou.

Crítica | Presságios de um Crime 

Segundo o diretor, o sucesso de ‘2 Coelhos‘ (2011) foi o responsável pelo convite para dirigir a produção hollywoodiana.

“Quando ‘2 Coelhos’ foi lançado no Brasil, o manager Brent Travers [que também gerencia o ator Wagner Moura] veio para o país e assistiu ao filme nos cinemas, e me convidou para dirigir produções nos EUA através de sua agência. Logo depois, eles começaram a enviar roteiros para mim. Quando chegou o de Presságios de um Crime, eu topei na hora”, afirma.

O filme ficou quase dez anos em pré-produção antes de Poyart assumir.

“Fazia anos que eles estavam tentando tirar o filme do papel. O Bruce Willis iria fazer o papel principal, chegaram a entrar em produção, mas ele desistiu de última hora. O roteiro ficou anos engavetado”, revela.

Segundo o diretor, as diferenças entre filmar uma produção nacional, como 2 Coelhos, e uma hollywoodiana são grandes.

2 Coelhos eu produzi e roteirizei, então eu tive uma liberdade criativa muito maior. O Presságios de um Crime eu fui contratado para dirigir, então é um pouco diferente essa relação. Obviamente que eu coloquei minha visão, meu estilo e mexi no roteiro, mas não é a mesma coisa que você criar aquilo tudo. Fora isso a diferença é dinheiro, ele tem muito mais dinheiro no mercado, porque o cinema americano se vende no mundo todo. Ele pode custar um pouco mais, e se paga de maneira mais fácil. O cinema brasileiro vai passar no Brasil, e depois ele vai ter uma venda internacional limitada. Eles também são mais industriais e mecânicos, e aceitam menos improvisações. Então eu senti uma certa dificuldade.”

Apesar do diretor imprimir sua visão, sempre existe uma certa pressão criativa do estúdio…

“Sempre tem o produtor, que no caso teve bastante impacto. Ele estava no projeto antes de eu entrar, então algumas decisões cabiam a ele. Fora isso, eu tive bastante liberdade. Ele estava sempre supervisionando meu trabalho, mas eu tive liberdade para levar o filme aonde eu achava que ele deveria ir, e eles concordaram com a minha visão antes de me contratar. Obviamente, o filme não é 100% como eu gostaria que fosse, tive que negociar uma grande parcela. Mas a maior parte do que eu queria está na tela, e eu estou orgulhoso do filme. Não é perfeito do jeito que eu gostaria, mas está quase lá.”

Sobre dirigir os astros Jeffrey Dean Morgan, Colin Farrell e o mestre Anthony Hopkins, o brasileiro foi só elogios.

“Não existe ego inflado. O Anthony Hopkins é um ator super disponível. O Colin Farrell também. São atores que não tem ego, eles tem trabalho. Eles querem fazer o melhor que eles podem, e a discussão é sempre em prol do melhor. Então se a gente atrita, é tudo pelo melhor do filme. Mas não teve ego, isso não faz parte do mundo deles. Eles são pé no chão, querem trabalhar e fazer o melhor possível”.

Poyart também falou sobre as críticas especializadas.

“Ninguém gosta de ler uma crítica negativa, mas eu não me sinto ofendido. É complexo. Com 2 Coelhos, eu tive críticas negativas mas tive muitas críticas positivas. A média foi mais para positivo. Presságios de um Crime teve ótimas críticas no Brasil, mas lá fora teve críticas mistas. Eu acredito que é um filme que divide opiniões.”

Segundo o diretor, foram apenas trinta dias de filmagens com um orçamento de US$ 28 milhões.

 

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E o filme ganhou seu trailer norte-americano.

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Quando ‘Presságios de um Crime‘ foi anunciado há anos atrás, a New Line vendeu o projeto como uma sequência de ‘Seven – Os Sete Crimes Capitais‘, um dos maiores sucessos da carreira do diretor David Fincher (‘A Rede Social’).

Solace‘ foi originalmente anunciado em 2008, com Mark Pellington (‘O Suspeito da Rua Arlington’) na direção, mas acabou sendo engavetado.

Oitos anos depois, a ideia de fazer uma sequência de ‘Seven‘ foi derrubada e o estúdio contratou o brasileiro Afonso Poyart (‘2 Coelhos’) para comandar a produção, trazendo a sua visão para o filme de longa gestação.

Em entrevista EXCLUSIVA ao CinePOP, Poyart explicou porque a ideia de realizar o filme como uma sequência foi derrubada.

“Os planos de lançar o filme como uma sequência [de Seven] foram descartados. Foi uma ideia inicial lá atrás por serem filmes do mesmo estúdio, da New Line, mas o David Fincher não quis saber do projeto. Ele foi o realizador de Seven, e o filme trazia uma visão muito forte dele. Não tinham como seguir em frente sem ele. O roteiro foi reescrito e essa ideia foi descartada”, revelou.

Crítica | Presságios de um Crime 

Segundo o diretor, o sucesso de ‘2 Coelhos‘ (2011) foi o responsável pelo convite para dirigir a produção hollywoodiana.

“Quando ‘2 Coelhos’ foi lançado no Brasil, o manager Brent Travers [que também gerencia o ator Wagner Moura] veio para o país e assistiu ao filme nos cinemas, e me convidou para dirigir produções nos EUA através de sua agência. Logo depois, eles começaram a enviar roteiros para mim. Quando chegou o de Presságios de um Crime, eu topei na hora”, afirma.

O filme ficou quase dez anos em pré-produção antes de Poyart assumir.

“Fazia anos que eles estavam tentando tirar o filme do papel. O Bruce Willis iria fazer o papel principal, chegaram a entrar em produção, mas ele desistiu de última hora. O roteiro ficou anos engavetado”, revela.

Segundo o diretor, as diferenças entre filmar uma produção nacional, como 2 Coelhos, e uma hollywoodiana são grandes.

2 Coelhos eu produzi e roteirizei, então eu tive uma liberdade criativa muito maior. O Presságios de um Crime eu fui contratado para dirigir, então é um pouco diferente essa relação. Obviamente que eu coloquei minha visão, meu estilo e mexi no roteiro, mas não é a mesma coisa que você criar aquilo tudo. Fora isso a diferença é dinheiro, ele tem muito mais dinheiro no mercado, porque o cinema americano se vende no mundo todo. Ele pode custar um pouco mais, e se paga de maneira mais fácil. O cinema brasileiro vai passar no Brasil, e depois ele vai ter uma venda internacional limitada. Eles também são mais industriais e mecânicos, e aceitam menos improvisações. Então eu senti uma certa dificuldade.”

Apesar do diretor imprimir sua visão, sempre existe uma certa pressão criativa do estúdio…

“Sempre tem o produtor, que no caso teve bastante impacto. Ele estava no projeto antes de eu entrar, então algumas decisões cabiam a ele. Fora isso, eu tive bastante liberdade. Ele estava sempre supervisionando meu trabalho, mas eu tive liberdade para levar o filme aonde eu achava que ele deveria ir, e eles concordaram com a minha visão antes de me contratar. Obviamente, o filme não é 100% como eu gostaria que fosse, tive que negociar uma grande parcela. Mas a maior parte do que eu queria está na tela, e eu estou orgulhoso do filme. Não é perfeito do jeito que eu gostaria, mas está quase lá.”

Sobre dirigir os astros Jeffrey Dean Morgan, Colin Farrell e o mestre Anthony Hopkins, o brasileiro foi só elogios.

“Não existe ego inflado. O Anthony Hopkins é um ator super disponível. O Colin Farrell também. São atores que não tem ego, eles tem trabalho. Eles querem fazer o melhor que eles podem, e a discussão é sempre em prol do melhor. Então se a gente atrita, é tudo pelo melhor do filme. Mas não teve ego, isso não faz parte do mundo deles. Eles são pé no chão, querem trabalhar e fazer o melhor possível”.

Poyart também falou sobre as críticas especializadas.

“Ninguém gosta de ler uma crítica negativa, mas eu não me sinto ofendido. É complexo. Com 2 Coelhos, eu tive críticas negativas mas tive muitas críticas positivas. A média foi mais para positivo. Presságios de um Crime teve ótimas críticas no Brasil, mas lá fora teve críticas mistas. Eu acredito que é um filme que divide opiniões.”

Segundo o diretor, foram apenas trinta dias de filmagens com um orçamento de US$ 28 milhões.

 

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