Conferimos em primeira mão uma prévia do próximo filme da Marvel, Doutor Estranho no Multiverso da Loucura. Dirigido por Sam Raimi, o longa dá prosseguimento à história do Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch), abordando os efeitos do estalar de dedos do Thanos no núcleo do personagem, e traz as consequências da bagunça aprontada no Multiverso em Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa (2021).
Dessa vez, a aventura gira em torno de America Chavez (Xochitl Gomez), uma menina de outra realidade que tem o poder de viajar pelo Multiverso. Como? Bom, nem ela sabe ao certo. Fato é que ela viaja por aí fugindo de ameaças. Para tentar ajudá-la, um dos Doutores Estranho chega à conclusão de que um item famosíssimo das HQs do personagem pode ser a chave. O problema é que ele é praticamente uma lenda. Será que vão conseguir encontrá-lo antes que algum vilão absorva a garota?
Estabelecido o plot, a relação entre os personagens parece ser um dos fortes do filme. America é uma menina justamente desconfiada que vai precisar confiar em outro Doutor Estranho se quiser sobreviver. O problema é que o próprio Strange não confia muito nela. E pela experiência recente dele com adolescentes, o herói fica meio impaciente. Essa dinâmica é interessante porque foge do padrão mentor e aprendiz. Por outro lado, a jovem Chavez acredita que os sonhos nada mais são que visões do Multiverso. E como ela efetivamente viaja por essas realidades, com certeza há momentos em que o Strange terá que engolir sua arrogância para aprender um pouco com ela.
Da mesma forma, a dinâmica entre Strange e Wong (Benedict Wong) mudou, já que agora o coadjuvante do primeiro filme foi alçado ao posto de Mago Supremo, com direito a traje novo e tudo. A relação entre eles ganha um jeitão de Sherlock e Watson que é muito bem vinda, não só por dar mais dinamismo aos diálogos, mas também por ser mais divertido.
E a outra parte do núcleo do protagonista que volta a ser abordada são os colegas do hospital. A vida de alguns seguiu, a de outras sofreu perdas irreparáveis, e agora eles tentam manter a relação com o cirurgião que virou um dos heróis mais famosos do mundo.
Há também a Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen), que está isolada do mundo, mas vai ser útil na aventura. Ah, se você não viu WandaVision, ainda dá tempo de correr atrás do prejuízo. A trama da personagem parece ser fundamental aqui.
Um ponto legal de se reparar é nos créditos de abertura da Marvel. Eles costumam mostrar pedaços de vários personagens dos filmes anteriores, mas nesse longa, eles focam em dois heróis bem peculiares.
Por fim, precisamos falar sobre a direção de Sam Raimi. O diretor, que inclusive faz uma ponta muito rápida em uma cena, conseguiu trazer sua estética para o filme, que tem alguns momentos bem sujos, cores psicodélicas e um jogo de luzes bem característico, além do casamento perfeito entre trilhas e cenas. Raimi é um baita diretor e sabe trabalhar a estética como poucos. O maior exemplo disso é a Nova York dele. O cenário, bastante comum no MCU, ganha vida própria com as cores e ângulos que ele emprega nas cenas. Ah, o uniforme do Strange também sofreu uma mudança bem sutil que deixou ele bem mais fiel aos quadrinhos. Uma beleza!
Com estreia marcada para a próxima quinta-feira (5/5), Doutor Estranho no Multiverso da Loucura parece ser um daqueles filmes que vai dar um baita upgrade no protagonista, principalmente desenvolvendo seu lado humano, e tudo indica que trará consequências pesadas para alguns dos personagens mais queridos dessa nova fase do MCU.
Ansiosos?
Só lembrando: WandaVision e o primeiro Doutor Estranho estão disponíveis no Disney+.