quarta-feira , 26 fevereiro , 2025

Primeiras Impressões | ‘Killing Eve’ – Temporada 2: Aqui é catfight de qualidade


Duas combinações incríveis fazem parte da receita: thriller de espionagem, com personagens femininas substanciais. A aclamada série da BBC America, Killing Eve, arrebatou o universo das séries de TV com uma trama inteligente, bem construída e que traz no centro de sua narrativa mulheres dos mais diversos perfis. Jovens ou não, de pele clara ou negra, de descendência asiática ou europeia, a produção mescla um leque variável de personagens distintas, tragadas por uma complexa, extravagante e imatura assassina de aluguel. E em seu segundo ano, Eve Polastri (Sandra Oh) e Villanelle (Jodie Comer) dão sequência a essa complexa caçada mortal, onde o amor e o ódio estão mais próximos de si do que se poderia imaginar.

Killing Eve 1



Dando sequência aos fatos sem qualquer hiato temporal, Killing Eve retorna caótica como quando nos apaixonamos por ela, ainda em 2018. Se aprofundando na antagônica e (por que não) doentia dinâmica relacional da personagem homônima com a jovem assassina, seguimos como se o tempo não tivesse passado, em uma trama capaz de manter seu ritmo acelerado ainda nos primeiros minutos, mesmo que o quadro da nossa vilã esteja mais contra do que a seu favor. Nos adequando ao ritmo da série gradativamente, o episódio inaugural da produção começa um tanto timidamente, exercitando nossa memória a respeito de mortes passadas, para então nos preparar para o que há de novo.

E à medida que somos lembrados, também nos aficcionamos pela narrativa solo de Villanelle, que tenta driblar a morte com seu comportamento psicopata assustador. Reforçando cada vez mais que ela é sempre capaz de nos surpreender, Killing Eve faz de seus dois primeiros episódios uma grande odisseia da antagonista, colocando-na em uma sinuca de bico angustiante e, ironicamente, divertida e deliciosa de se ver nas telas. Doente como ela é, é surpreendente ver que o roteiro de Phoebe Waller-Bridge consegue fazê-la provar de sua própria e sufocante loucura, proporcionando na audiência uma sensação dúbia que transita entre o satisfatório e o desconfortável. Não esperaria menos da produção.

Killing Eve 3


Construindo uma dinâmica incansável de catfight, a série honra o gênero de espionagem promovendo uma narrativa cheia de reviravoltas e agentes duplos e logo de cara mostra que alianças são tão difíceis de se manter quanto mudanças de caráter são difíceis de se estabelecer. E ao construir personagens cujos comportamentos doentios e complexos definem os rumos da trama, Killing Eve se mantém autêntica como um thriller psicológico de respeito, que brinca com a sanidade de sua protagonista, conforme a ludibria para uma relação afetuosa com sua algoz – dinâmica essa complicada demais de digerir, mas hipnotizante demais para ignorar.

Ainda pode ser cedo demais para determinar o grau de qualidade e constância do novo ciclo, mas Killing Eve já conseguiu fazer do tempo seu grande aliado. Aumentando o entusiasmo do público após quase um ano de espera, a produção segue adiante como se sua trama jamais tivesse sido interrompida, caminhando com naturalidade e permanecendo mais voraz do que nunca. Nada disposta a poupar sangue, a série garante que cabeças vão rolar, anunciando com o seu prelúdio uma sucessão de episódios futuros que prometem fazer todos perderem a cabeça. Alguns literalmente.


Assista:
YouTube video

Mais notícias...

Siga-nos!

2,000,000FãsCurtir
372,000SeguidoresSeguir
1,620,000SeguidoresSeguir
200,000SeguidoresSeguir
162,000InscritosInscrever

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

MATÉRIAS

CRÍTICAS

Primeiras Impressões | ‘Killing Eve’ – Temporada 2: Aqui é catfight de qualidade

Duas combinações incríveis fazem parte da receita: thriller de espionagem, com personagens femininas substanciais. A aclamada série da BBC America, Killing Eve, arrebatou o universo das séries de TV com uma trama inteligente, bem construída e que traz no centro de sua narrativa mulheres dos mais diversos perfis. Jovens ou não, de pele clara ou negra, de descendência asiática ou europeia, a produção mescla um leque variável de personagens distintas, tragadas por uma complexa, extravagante e imatura assassina de aluguel. E em seu segundo ano, Eve Polastri (Sandra Oh) e Villanelle (Jodie Comer) dão sequência a essa complexa caçada mortal, onde o amor e o ódio estão mais próximos de si do que se poderia imaginar.

Killing Eve 1

Dando sequência aos fatos sem qualquer hiato temporal, Killing Eve retorna caótica como quando nos apaixonamos por ela, ainda em 2018. Se aprofundando na antagônica e (por que não) doentia dinâmica relacional da personagem homônima com a jovem assassina, seguimos como se o tempo não tivesse passado, em uma trama capaz de manter seu ritmo acelerado ainda nos primeiros minutos, mesmo que o quadro da nossa vilã esteja mais contra do que a seu favor. Nos adequando ao ritmo da série gradativamente, o episódio inaugural da produção começa um tanto timidamente, exercitando nossa memória a respeito de mortes passadas, para então nos preparar para o que há de novo.

E à medida que somos lembrados, também nos aficcionamos pela narrativa solo de Villanelle, que tenta driblar a morte com seu comportamento psicopata assustador. Reforçando cada vez mais que ela é sempre capaz de nos surpreender, Killing Eve faz de seus dois primeiros episódios uma grande odisseia da antagonista, colocando-na em uma sinuca de bico angustiante e, ironicamente, divertida e deliciosa de se ver nas telas. Doente como ela é, é surpreendente ver que o roteiro de Phoebe Waller-Bridge consegue fazê-la provar de sua própria e sufocante loucura, proporcionando na audiência uma sensação dúbia que transita entre o satisfatório e o desconfortável. Não esperaria menos da produção.

Killing Eve 3

Construindo uma dinâmica incansável de catfight, a série honra o gênero de espionagem promovendo uma narrativa cheia de reviravoltas e agentes duplos e logo de cara mostra que alianças são tão difíceis de se manter quanto mudanças de caráter são difíceis de se estabelecer. E ao construir personagens cujos comportamentos doentios e complexos definem os rumos da trama, Killing Eve se mantém autêntica como um thriller psicológico de respeito, que brinca com a sanidade de sua protagonista, conforme a ludibria para uma relação afetuosa com sua algoz – dinâmica essa complicada demais de digerir, mas hipnotizante demais para ignorar.

Ainda pode ser cedo demais para determinar o grau de qualidade e constância do novo ciclo, mas Killing Eve já conseguiu fazer do tempo seu grande aliado. Aumentando o entusiasmo do público após quase um ano de espera, a produção segue adiante como se sua trama jamais tivesse sido interrompida, caminhando com naturalidade e permanecendo mais voraz do que nunca. Nada disposta a poupar sangue, a série garante que cabeças vão rolar, anunciando com o seu prelúdio uma sucessão de episódios futuros que prometem fazer todos perderem a cabeça. Alguns literalmente.

Mais notícias...

Siga-nos!

2,000,000FãsCurtir
372,000SeguidoresSeguir
1,620,000SeguidoresSeguir
195,000SeguidoresSeguir
162,000InscritosInscrever

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

MATÉRIAS

CRÍTICAS