domingo , 22 dezembro , 2024

Primeiras Impressões | La Casa de Papel – 5ª temporada ENLOUQUECE a trama e os personagens

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Feche os olhos e lembre da noite anterior à prova do vestibular, ou daquela prova que, se você não passasse, repetiria de ano. Lembre dos momentos antes de você entrar na igreja para o seu casamento, ou de entrar em um avião pela primeira vez. Momentos como esse geram o aumento da adrenalina no corpo humano, que, por sua vez, também provoca o aumento de outros hormônios, como a endorfina. Essa é a sensação do início da aguardada primeira parte da nova temporada de ‘La Casa de Papel’, que chega esse final de semana na Netflix.



O primeiro episódio faz ligação direta com o fim da quarta temporada, retomando o resgate cinematográfico de Lisboa (Itziar Ituño), levando-a para dentro do atraco. O apelo da população segue forte do lado de fora, enquanto o coronel Tamayo (Fernando Cayo) tenta de todas as formas conseguir dar fim às mais de cem horas de cerco ao prédio, considerando, inclusive, o uso das Forças Armadas para resolver a questão. Em paralelo a isso, a detetive Alicia Sierra (Najwa Nimri) consegue descobrir o verdadeiro esconderijo do Professor (Álvaro Morte) e usa isso como um trunfo para tentar recuperar o prestígio perdido. Do lado de dentro, os Dalís ainda sofrem com a morte de Nairóbi (Alba Flores), e pensam o que fazer com seu algoz, Gandía (José Manuel Poga), porém, uma reviravolta entre os reféns faz com que os Dalís se vejam sozinhos no assalto e tenham que tomar decisões por conta própria.

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Diferentemente do que foi apresentado na terceira temporada e em até metade do capítulo anterior, a quinta temporada de ‘La Casa de Papel’ já começa com a ação acontecendo, elevando, em apenas dois episódios, o nível de adrenalina da produção, ao ponto de a gente se flagrar pensando que a trama já estaria resolvida ali, imaginando o que o roteiro de Javier Gómez Santander e Álex Pina inventaria para a parte dois da quinta temporada.

Uma das assinaturas das produções de Álex Pina é que ele recicla cenas e personagens que deram muito certo em seus trabalhos e os reutiliza de outra forma, seja na mesma ou em outras produções. Aquela cena, por exemplo, do sacrifício de Berlim (Pedro Alonso), com tiroteio para todos os lados, é resgatada nesta quinta temporada, com a inversão dos peões, mas usando a mesma tomada cinematográfica revolta em tiro, explosões e destruição.

O que podemos perceber é que essa primeira parte do fim de ‘La Casa de Papel’ elevou o nível da adrenalina no bom e no mau sentido, na trama e nos personagens, de modo que temos eventos acontecendo que não fazem o menor sentido (como Lisboa se tornar a chefe do grupo), e, ao mesmo tempo, temos personagens já há tanto tempo naquela tensão do jogo do gato e rato, que estão literalmente enlouquecendo. A adrenalina somada à endorfina e à tensão da sobrevivência dão destaque aos personagens Arturo (Enrique Arce), Sierra, Denver (Jaime Lorente) e Bogotá (Hovik Keuchkerian), além de um batalhão especial, estilo ‘Esquadrão Suicida’, que entra em cena para tocar o terror nos Dalís.

Recosturando cenas que deram certo no passado, o melhor acerto da nova temporada de ‘La Casa de Papel’ é começar indo direto à ação. Resta aguardar para ver como Álex Pina planejou o começo do fim de sua mais bem sucedida produção.

 

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Janda Montenegrohttp://cinepop.com.br
Escritora, autora de 6 livros, roteirista, assistente de direção. Doutora em Literatura Brasileira Indígena UFRJ.

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O primeiro episódio faz ligação direta com o fim da quarta temporada, retomando o resgate cinematográfico de Lisboa (Itziar Ituño), levando-a para dentro do atraco. O apelo da população segue forte do lado de fora, enquanto o coronel Tamayo (Fernando Cayo) tenta de todas as formas conseguir dar fim às mais de cem horas de cerco ao prédio, considerando, inclusive, o uso das Forças Armadas para resolver a questão. Em paralelo a isso, a detetive Alicia Sierra (Najwa Nimri) consegue descobrir o verdadeiro esconderijo do Professor (Álvaro Morte) e usa isso como um trunfo para tentar recuperar o prestígio perdido. Do lado de dentro, os Dalís ainda sofrem com a morte de Nairóbi (Alba Flores), e pensam o que fazer com seu algoz, Gandía (José Manuel Poga), porém, uma reviravolta entre os reféns faz com que os Dalís se vejam sozinhos no assalto e tenham que tomar decisões por conta própria.

Diferentemente do que foi apresentado na terceira temporada e em até metade do capítulo anterior, a quinta temporada de ‘La Casa de Papel’ já começa com a ação acontecendo, elevando, em apenas dois episódios, o nível de adrenalina da produção, ao ponto de a gente se flagrar pensando que a trama já estaria resolvida ali, imaginando o que o roteiro de Javier Gómez Santander e Álex Pina inventaria para a parte dois da quinta temporada.

Uma das assinaturas das produções de Álex Pina é que ele recicla cenas e personagens que deram muito certo em seus trabalhos e os reutiliza de outra forma, seja na mesma ou em outras produções. Aquela cena, por exemplo, do sacrifício de Berlim (Pedro Alonso), com tiroteio para todos os lados, é resgatada nesta quinta temporada, com a inversão dos peões, mas usando a mesma tomada cinematográfica revolta em tiro, explosões e destruição.

O que podemos perceber é que essa primeira parte do fim de ‘La Casa de Papel’ elevou o nível da adrenalina no bom e no mau sentido, na trama e nos personagens, de modo que temos eventos acontecendo que não fazem o menor sentido (como Lisboa se tornar a chefe do grupo), e, ao mesmo tempo, temos personagens já há tanto tempo naquela tensão do jogo do gato e rato, que estão literalmente enlouquecendo. A adrenalina somada à endorfina e à tensão da sobrevivência dão destaque aos personagens Arturo (Enrique Arce), Sierra, Denver (Jaime Lorente) e Bogotá (Hovik Keuchkerian), além de um batalhão especial, estilo ‘Esquadrão Suicida’, que entra em cena para tocar o terror nos Dalís.

Recosturando cenas que deram certo no passado, o melhor acerto da nova temporada de ‘La Casa de Papel’ é começar indo direto à ação. Resta aguardar para ver como Álex Pina planejou o começo do fim de sua mais bem sucedida produção.

 

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