domingo , 22 dezembro , 2024

Primeiras Impressões | Punho de Ferro – 2ª temporada (Sem Spoilers)

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A Netflix investiu pesado na criação de séries de super-heróis em parceria com a Marvel, afinal, surfar na onda dos cinemas parece sempre ser uma boa decisão a se seguir. No começo, era novidade e Demolidor veio aclamado pela crítica, seguido de Jessica Jones, as duas séries dessa parceria que, definitivamente, valem dedicar algum tempo assistindo, já que as demais, incluindo a união da equipe, Os Defensores, pecam com roteiros rasos e clichês. E Punho de Ferro também é fruto dessa falta de ousadia. Com uma primeira temporada recheada de erros, parece que nem a renovação para um novo ano serviu como correção, já que a trama tediosa e sem inspiração só se intensificou.

Nada em Punho de Ferro parece caminhar para frente, os 10 longos episódios (já reduzidos de 13) poderiam facilmente ser enxugados em apenas 6 ou 8, algo que funcionaria para corrigir seu ritmo lento e cansativo, às vezes chato demais, às vezes previsível demais. A série em si parece não saber para onde deseja ir e fica dando voltas em subtramas que ninguém se importa, transformando uma potencial boa história em um novelão brega com super-heróis ocasionais.



E põe ocasionais nisso, já que as cenas com o herói do título estão perdidas no meio dos episódios, tem vezes que quase esquecemos que é uma série da Marvel. E, quando finalmente Danny assume os poderes, nada de novo em relação à primeira temporada acontece, ou seja, seu punho brilha com uma luz artificialmente amarela e só. Não espere muito mais que isso, mesmo que haja indicações de seu clássico uniforme dos quadrinhos, faltou ousadia para que ele pudesse aparecer vestindo-o.

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No entanto, uma coisa essa segunda temporada tem de sobra: personagens clichês e estereotipados, engessados e sem química entre si. Como o casal protagonista, por exemplo. Tudo bem que Danny (Finn Jones) e Colleen (Jessica Henwick) estão passando por uma crise no relacionamento, já que ambos estão seguindo caminhos diferentes, mas a falta de conexão dos atores é tamanha que visivelmente estão desconfortáveis em seus papeis, assim como grande parte do elenco. Nem mesmo a novidade da vez, a atriz Alice Eve (Além da Escuridão – Star Trek) parece entender perfeitamente sua personagem que, ao invés de ser misteriosa, como tenta passar, acaba sendo enjoada e caricata demais. Um talento desperdiçado. Porém, o vilão Davos (Sacha Dhawan) acerta com seu ar sombrio e sensual.

Contudo, apesar de um primeiro episódio maçante, a trama até tenta crescer no segundo e emplaca algumas cenas divertidas de se assistir, como o constrangedor jantar no 3º episódio, além da fotografia esverdeada, melhor até que a 1ª temporada. A direção dos episódios está correta, sem exageros ou planos interessantes (exceto a luta do 2ª episódio, muito bem filmada), o que é uma pena, já que é esperado que haja uma evolução na experimentação dos diretores a esse ponto. Os efeitos especiais também não progrediram e o punho amarelo em ação ainda é tosco e desanimador.

E as lutas? A marca registrada da série também não inova como se esperava. A cena de abertura, mesmo que bem filmada, já mostra que o que está por vir não é lá grande coisa. E se comprova conforme os episódios vão passando. A sensação que fica é que os roteiristas precisavam inserir cenas de luta dentro do drama só para cumprir a obrigação, já que muitas são sem necessidade, como a infame cena da “lutinha” com um hashi em determinado momento, que mais lembra a cena de “luta” de Ben Affleck e Jennifer Garner em um parquinho infantil em Demolidor (2003).

Ao meu ver, o principal acerto desta 2ª temporada fica por conta do tom mais adulto, com muito sexo e violência, algo que até funciona na parceria com a Netflix, comoO Justiceiro está fazendo, mas que se distancia (e muito!) do super-herói bom-caráter e bonzinho que Danny é. Afinal, ele tem super poderes, diferente de outros heróis. Essa vibe adulta funciona bem melhor em um contexto com personagens menos fantasiosos e mais realistas, o que não é o caso aqui.

Sendo assim, o segundo ano de Punho de Ferro não aprende com os erros do passado e se efunda ainda mais em uma trama desinteressante e previsível. Existe um ditado popular que diz que persistir no erro é burrice, bom, a Netflix parece não se importar mesmo com críticas negativas, mostrando, com esta série, que a crise que enfrenta em relação à qualidade de conteúdo, também está afetando os inabaláveis super-heróis.

O novo ano de Punho de Ferro chega à Netflix nesta sexta-feira, dia 07 de setembro.

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Thiago Munizhttp://cinepop.com.br/
Carioca, 26 anos, apaixonado por Cinema. Venho estudando e vivendo todas as partes da sétima arte à procura de conhecimento da área. Graduando no curso de Cinema e influenciador cinematográfico no Instagram.

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A Netflix investiu pesado na criação de séries de super-heróis em parceria com a Marvel, afinal, surfar na onda dos cinemas parece sempre ser uma boa decisão a se seguir. No começo, era novidade e Demolidor veio aclamado pela crítica, seguido de Jessica Jones, as duas séries dessa parceria que, definitivamente, valem dedicar algum tempo assistindo, já que as demais, incluindo a união da equipe, Os Defensores, pecam com roteiros rasos e clichês. E Punho de Ferro também é fruto dessa falta de ousadia. Com uma primeira temporada recheada de erros, parece que nem a renovação para um novo ano serviu como correção, já que a trama tediosa e sem inspiração só se intensificou.

Nada em Punho de Ferro parece caminhar para frente, os 10 longos episódios (já reduzidos de 13) poderiam facilmente ser enxugados em apenas 6 ou 8, algo que funcionaria para corrigir seu ritmo lento e cansativo, às vezes chato demais, às vezes previsível demais. A série em si parece não saber para onde deseja ir e fica dando voltas em subtramas que ninguém se importa, transformando uma potencial boa história em um novelão brega com super-heróis ocasionais.

E põe ocasionais nisso, já que as cenas com o herói do título estão perdidas no meio dos episódios, tem vezes que quase esquecemos que é uma série da Marvel. E, quando finalmente Danny assume os poderes, nada de novo em relação à primeira temporada acontece, ou seja, seu punho brilha com uma luz artificialmente amarela e só. Não espere muito mais que isso, mesmo que haja indicações de seu clássico uniforme dos quadrinhos, faltou ousadia para que ele pudesse aparecer vestindo-o.

No entanto, uma coisa essa segunda temporada tem de sobra: personagens clichês e estereotipados, engessados e sem química entre si. Como o casal protagonista, por exemplo. Tudo bem que Danny (Finn Jones) e Colleen (Jessica Henwick) estão passando por uma crise no relacionamento, já que ambos estão seguindo caminhos diferentes, mas a falta de conexão dos atores é tamanha que visivelmente estão desconfortáveis em seus papeis, assim como grande parte do elenco. Nem mesmo a novidade da vez, a atriz Alice Eve (Além da Escuridão – Star Trek) parece entender perfeitamente sua personagem que, ao invés de ser misteriosa, como tenta passar, acaba sendo enjoada e caricata demais. Um talento desperdiçado. Porém, o vilão Davos (Sacha Dhawan) acerta com seu ar sombrio e sensual.

Contudo, apesar de um primeiro episódio maçante, a trama até tenta crescer no segundo e emplaca algumas cenas divertidas de se assistir, como o constrangedor jantar no 3º episódio, além da fotografia esverdeada, melhor até que a 1ª temporada. A direção dos episódios está correta, sem exageros ou planos interessantes (exceto a luta do 2ª episódio, muito bem filmada), o que é uma pena, já que é esperado que haja uma evolução na experimentação dos diretores a esse ponto. Os efeitos especiais também não progrediram e o punho amarelo em ação ainda é tosco e desanimador.

E as lutas? A marca registrada da série também não inova como se esperava. A cena de abertura, mesmo que bem filmada, já mostra que o que está por vir não é lá grande coisa. E se comprova conforme os episódios vão passando. A sensação que fica é que os roteiristas precisavam inserir cenas de luta dentro do drama só para cumprir a obrigação, já que muitas são sem necessidade, como a infame cena da “lutinha” com um hashi em determinado momento, que mais lembra a cena de “luta” de Ben Affleck e Jennifer Garner em um parquinho infantil em Demolidor (2003).

Ao meu ver, o principal acerto desta 2ª temporada fica por conta do tom mais adulto, com muito sexo e violência, algo que até funciona na parceria com a Netflix, comoO Justiceiro está fazendo, mas que se distancia (e muito!) do super-herói bom-caráter e bonzinho que Danny é. Afinal, ele tem super poderes, diferente de outros heróis. Essa vibe adulta funciona bem melhor em um contexto com personagens menos fantasiosos e mais realistas, o que não é o caso aqui.

Sendo assim, o segundo ano de Punho de Ferro não aprende com os erros do passado e se efunda ainda mais em uma trama desinteressante e previsível. Existe um ditado popular que diz que persistir no erro é burrice, bom, a Netflix parece não se importar mesmo com críticas negativas, mostrando, com esta série, que a crise que enfrenta em relação à qualidade de conteúdo, também está afetando os inabaláveis super-heróis.

O novo ano de Punho de Ferro chega à Netflix nesta sexta-feira, dia 07 de setembro.

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Carioca, 26 anos, apaixonado por Cinema. Venho estudando e vivendo todas as partes da sétima arte à procura de conhecimento da área. Graduando no curso de Cinema e influenciador cinematográfico no Instagram.

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